Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada)

Princípio/forma ativa - Bula - Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada)

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) - Para que serve?

A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) é indicada para a prevenção de gastroenterites causadas por rotavírus.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada): Contraindicação de uso

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não deve ser administrada a indivíduos que já apresentaram hipersensibilidade a esta vacina ou a qualquer componente da sua fórmula.

A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não deve ser administrada a indivíduos com história de intussuscepção.

A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não deve ser administrada a crianças com malformação congênita não corrigida (como divertículo de Meckel) do trato gastrointestinal que predisponha à intussuscepção.

A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não deve ser administrada a indivíduos com transtorno de Imunodeficiência Combinada Grave (SCID).

A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não deve ser administrada a crianças com conhecida imunodeficiência primária ou secundária, incluindo crianças HIV positivo.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada): Posologia e como usar

Uso oral.

A vacina é apresentada como um líquido límpido e incolor, livre de partículas visíveis, para administração oral.

A vacina está pronta para o uso (não é necessário reconstituir ou diluir).

A vacina deve ser administrada por via oral sem misturar com outras vacinas ou soluções.

Antes da administração, a vacina deve ser inspecionada visualmente para detecção de qualquer partícula estranha e/ou de aparência física anormal. Caso sejam observadas, inutilizar a vacina.

A vacina destina-se apenas a administração oral. Ao receber a vacina, a criança deve estar sentada em posição reclinada.

Administre todo o conteúdo da seringa por via oral, na parte interna da bochecha. Não injete.

As vacinas não utilizadas ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.

Não injetar.

Este produto não deve ser misturado com outros medicamentos.

Leia as instruções antes de começar o procedimento de administração da vacina.

Uma vez que a bisnaga encontra-se aberta, cheque se o líquido encontra-se límpido, livre de quaisquer partículas. Administrar a vacina imediatamente.

Caso seja notada qualquer anormalidade, não utilizar a vacina.

Pressione o líquido da bisnaga suavemente para a lateral da boca da criança – interior de sua bochecha. Pode ser necessário apertar a bisnaga algumas vezes até que todo o conteúdo da vacina seja administrado – poderá sobrar uma gota na ponta da bisnaga.

Posologia do Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada)

A vacinação consiste de duas doses. A primeira dose deve ser administrada a partir de 6 semanas de idade. Deve haver um intervalo de pelo menos 4 semanas entre as doses. O esquema de vacinação deve ser administrado preferencialmente antes de 16 semanas mas pode ser completada até 24 semanas de idade. A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) pode ser administrada a crianças prematuras nascidas pelo menos com 27 semanas de gestação.

Em estudos clínicos, raramente se observou um lactente cuspir ou regurgitar a vacina, e quando essas circunstâncias ocorreram não foi administrada dose de reposição. No entanto, no evento improvável de um lactente cuspir ou regurgitar a maior parte da dose da vacina, uma única dose de reposição pode ser administrada na mesma consulta de vacinação.

É fortemente recomendado que lactentes que receberem uma dose da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) completem o esquema com a segunda dose da mesma vacina.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) destina-se apenas ao uso oral.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não deve, sob nenhuma circunstância, ser injetada.

Não há nenhuma restrição ao com sumo de alimentos ou líquidos pelo lactente, entre eles o leite materno, antes ou após a vacinação.

Com base nas evidências geradas nos estudos clínicos disponíveis, verificou-se que a amamentação não reduz a proteção contra a gastroenterite causada por rotavírus conferida pela Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada). Portanto, a amamentação pode ser mantida durante o esquema de vacinação.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) - Reações Adversas

O perfil de segurança apresentado abaixo baseia-se nos dados de estudos clínicos conduzidos tanto com a formulação liofilizada como com a líquida da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada).

Em um total de 4 estudos clínicos, aproximadamente 3.800 doses da formulação líquida da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) foram administradas em cerca de 1.900 crianças. Esses estudos têm mostrado que o perfil de segurança da formulação líquida é comparável ao da formulação liofilizada. Em um total de 23 estudos clínicos, foram administradas aproximadamente 106.000 doses da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em pó liofilizado ou líquida a cerca de 51.000 lactentes.

Em 3 estudos clínicos controlados com placebo nos quais a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) foi administrada isoladamente (a administração de vacinas de rotina foi escalonada), a incidência e a gravidade dos sintomas solicitados (coletados após 8 dias da vacinação), diarreia , vômito , perda de apetite, febre , irritabilidade e tosse /coriza não foram significativamente diferentes no grupo que recebeu a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada), em comparação com o que recebeu placebo. Nenhum aumento da incidência ou da gravidade desses eventos foi observado com a segunda dose.

Em uma análise agrupada de 17 estudos clínicos controlados com placebo, entre eles estudos nos quais a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) foi coadministrada com vacinas pediátricas de rotina (ver o item Interações medicamentosas), as reações adversas relacionadas adiante (coletadas após 31 dias da vacinação) foram consideradas como possivelmente relacionadas à vacinação.

Avaliou-se o risco de intussuscepção em um estudo clínico de grande porte conduzido na América Latina e na Finlândia com 63.225 indivíduos recrutados. Esse estudo forneceu evidências de que não houve aumento do risco de intussuscepção no grupo que recebeu a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em comparação com o de placebo, conforme demonstrado na tabela abaixo.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada)

IC: intervalo de confiança.

Em um estudo clínico, 1.009 lactentes prematuros receberam a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em pó liofilizado ou placebo (198 estavam com idade gestacional de 27-30 semanas e 801 com idade gestacional de 31-36 semanas). A primeira dose foi administrada a partir de 6 semanas após o nascimento. Eventos adversos graves foram observados em 5,1% dos que tomaram a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada), em comparação a 6,8% dos que receberam placebo. Os dois grupos apresentaram taxas similares dos dos sintomas solicitados e não solicitados que foram observados no estudo . Não foi relatado nenhum caso de intussuscepção.

Deve ser considerado um risco potencial de apneia e a necessidade de monitorização respiratória durante 48 a 72hs quando se administra a primeira dose em lactentes muito prematuros (nascidos ≤ 28 semanas de gestação) e particularmente para aqueles com história prévia de imaturidade respiratória.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VigiMed, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada): Interações medicamentosas

Vacina difteria tétano-pertussis de célula inteira (DTPw), vacina difteria-tétano-pertussis acelular (DTPa), vacina Haemophilus influenzae tipo b (Hib), vacina pólio inativada (IPV), vacina hepatite B (VHB), vacina pneumocócica conjugada e vacina meningocócica de sorogrupo C conjugada.

Estudos clínicos demonstraram que as respostas imunes e os perfis de segurança das vacinas administradas não foram afetados.

A administração concomitante da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) com a vacina pólio oral (OPV) não afeta a resposta imune aos antígenos da poliomielite .

Embora a administração concomitante de OPV possa reduzir ligeiramente a resposta imune à vacina de rotavírus, a proteção clínica contra gastroenterite grave causada por rotavírus é mantida.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada): Precauções

A administração de Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) deve ser exclusivamente oral.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não deve, sob nenhuma circunstância, ser injetada.

É um princípio das Boas Práticas Clínicas que a vacinação seja precedida por uma avaliação do histórico médico (principalmente com relação à vacinação prévia e à possível ocorrência de eventos indesejáveis) e por um exame clínico.

Assim como com outras vacinas, deve-se adiar a administração da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em crianças com doença febril grave aguda. No entanto, a presença de infecção branda, como um resfriado , não deve ocasionar o adiamento da vacinação.

A administração da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) a lactentes com diarreia ou vômito deve ser adiada.

Não há dados sobre a segurança e a eficácia da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em lactentes com doenças gastrointestinais. O uso desta vacina pode ser considerado com cautela nesses lactentes quando, na opinião do médico, a não administração acarretaria risco maior.

O risco de intussuscepção foi avaliado em um grande estudo de segurança (que incluiu 63.225 crianças) conduzido na América Latina e na Finlândia. Nesse estudo clínico não foi observado risco de intussuspeção maior em comparação com o placebo após a administração de Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada). Entretanto, estudos de segurança pós-comercialização indicam uma incidência aumentada transitória de intussuscepção após a vacinação, principalmente dentro de 7 dias após a primeira dose, e em menor extensão, após a segunda dose. A incidência global de intussuscepção permanece rara. Não foi estabelecido se Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) afeta o risco global de intussuscepção.

Portanto, como precaução, os profissionais de saúde devem fazer o acompanhamento de quaisquer sintomas indicativos de intussuscepção (forte dor abdominal, vômito persistente, fezes com sangue inchaço abdominal e/ou febre alta). Os pais devem ser aconselhados a relatar imediatamente esses sintomas.

Para indivíduos com predisposição à intussuscepção, ver o item " Quais as contraindicações do Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada)? ".

A administração da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em crianças imunodeprimidas, inclusive nas que recebem terapia imunossupressora, deve ser baseada na consideração cuidadosa dos potencias benefícios e riscos.

Sabe-se que a eliminação do vírus da vacina nas fezes ocorre após a vacinação e dura 10 dias, em média, com pico de excreção em torno do sétimo dia. Em estudos clínicos, foram observados casos de transmissão do vírus da vacina excretado para contatos soronegativos de vacinados sem causar sintomas clínicos. A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) deve ser administrada com cuidado quando o paciente tem contatos próximos imunodeficientes, por exemplo, devido a malignidades ou que estejam de outra forma imunocomprometidos ou recebendo terapia imunossupressora. As pessoas que têm contato com crianças recentemente vacinadas devem ser aconselhadas a observar cuidadosamente a higiene (o que incluiu a lavagem das mãos) quando trocarem as fraldas dessas crianças.

Como com qualquer vacina, uma resposta imune protetora pode não ser induzida em todos os vacinados.

Não se conhece a extensão de proteção que a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) pode fornecer contra cepas de rotavírus que não estavam circulando nos estudos clínicos.

A Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não protege contra gastroenterite causada por outros patógenos diferentes do rotavírus.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) não se destina ao uso em adultos ou idosos.

Assim, os dados de humanos sobre o uso durante a gravidez ou a lactação não estão disponíveis e não se realizaram estudos de reprodução em animais.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada): Ação da substância no organismo

Resultados de Eficácia

Em estudos clínicos, foi demonstrada a eficácia contra gastroenterites causadas por genótipos de rotavírus mais comuns G1P[8], G2P[4], G3P[8] e G9P[8] e contra genótipos de rotavírus incomuns G8P[4] (gastroenterites graves) e G12P[6] (quaisquer gastroenterites). Todas essas cepas estão em circulação no mundo todo.

Realizaram-se estudos clínicos controlados com placebo na Europa, na América Latina, na África e na Ásia para avaliar a eficácia protetora da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) contra gastroenterite causada por rotavírus.

Um estudo clínico realizado na Europa com 4.000 indivíduos avaliou a administração de Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em diferentes esquemas europeus (2-3 meses; 2-4 meses; 3-4 meses; e 3-5 meses).

Depois de duas doses da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada), a eficácia protetora da vacina observada durante o primeiro e o segundo anos de vida e nos dois anos combinados é apresentada na Tabela 1.

Tabela 1. Estudo realizado na Europa

Eficácia da vacina (%) contra gastroenterite por rotavírus de qualquer gravidade e grave [IC de 95%]

Cepa

Grave

Definiu-se a gastroenterite grave como pontuação ≥11 na escala de Vesikari.
§ Coorte de eficácia ATP. Essa coorte inclui todos os indivíduos da coorte de segurança ATP que entraram no período de acompanhamento de eficácia.
* Não estatisticamente significativo (p≥0,05). Esses dados devem ser interpretados com cautela.

Quando a gravidade da gastroenterite por rotavírus foi calculada pela escala de Vesikari de 20 pontos, a eficácia da vacina durante o primeiro ano de vida se elevou progressivamente com o aumento da gravidade da doença, atingindo 100% (IC de 95%: 84,7-100) quando as pontuações dessa escala eram ≥17.

Um estudo clínico realizado na América Latina com mais de 20.000 indivíduos avaliou a administração da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) aproximadamente aos 2 e aos 4 meses de idade. A gravidade da gastroenterite foi definida de acordo com os critérios da OMS.

Depois de duas doses da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada), a eficácia protetora da vacina contra a gastroenterite grave por rotavírus que requer hospitalização e/ou terapia de hidratação em instalações clínicas foi de 84,7% (IC de 95%: 71,7; 92,4) durante o primeiro ano de vida. A eficácia protetora da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) contra a gastroenterite grave se manteve durante o segundo ano de vida com o percentual de 79,0% (IC de 95%: 66,4; 87,4).

Quando se usou a escala de Vesikari de 20 pontos para calcular a gravidade da gastroenterite por rotavírus, a eficácia da vacina durante o primeiro ano de vida se elevou progressivamente com o aumento da gravidade da doença, atingindo 100% (IC de 95%: 74,5; 100) quando as pontuações dessa escala eram ≥19.

Observaram-se casos de gastroenterite causada pelas cepas G1P[8] e G9P[8] suficientes para demonstrar que a vacina atingia eficácia de 100% (IC de 95%: >72,2; 100) quando as pontuações da escala de Vesikari eram ≥18.

A eficácia protetora da vacina observada contra a gastroenterite grave por rotavírus é apresentada na Tabela 2.

Tabela 2. Estudo realizado na América Latina

Cepas

Gastroenterite grave por rotavírus (2º ano de vida)

Vacina rotavirus humano G1P[8] (N=7,175)

Vacina rotavirus humano G1P[8] (N=9.009)

Placebo (N=7,062)

Placebo (N=8.858)

Eficácia (%)
[IC de 95%]

Eficácia (%)
[IC de 95%]

G1P[8]

91,8
[74,1; 98,4]

72,4
[34,5; 89,9]

G3P[8]

71,9*
[<0,0; 97,1]

G9P[8]

87,7
[72,9; 95,3]

Cepas com genótipo P[8]

79,5
[67,0; 87,9]

Definiu-se a gastroenterite grave por rotavírus como um episódio de diarreia, com ou sem vômitos, que exigiu hospitalização e/ou terapia de hidratação em instalações clínicas (critérios da OMS).
§ Coorte de eficácia ATP. Essa coorte inclui todos os indivíduos da coorte de segurança ATP que entraram no período de acompanhamento de eficácia.
* Não estatisticamente significativo (p≥0,05). Esses dados devem ser interpretados com cautela.

Uma análise combinada de quatro estudos de eficácia* mostrou 71,4% (IC de 95%: 20,1; 91,1) de eficácia contra a gastroenterite grave (pontuação da escala de Vesikari ≥11) causada pela cepa G2P[4] do rotavírus.

* Nesses estudos, as estimativas pontuais e os intervalos de confiança foram respectivamente de: 100% (IC de 95%: -1.858,0; 100), 100% (IC de 95%: 21,1;100), 45,4% (IC de 95%: -81,5; 86,6) e 74,7% (IC de 95%: -386,2; 99,6).

Embora a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) seja uma vacina de duas doses, observou-se que é eficaz desde a primeira dose. Na Europa, a eficácia da vacina contra a gastroenterite por rotavírus de qualquer gravidade foi, da dose 1 à dose 2, de 89,8% (IC de 95%: 8,9; 99,8).

Uma análise combinada de dois estudos realizados na América Latina mostrou eficácia contra a gastroenterite grave por rotavírus, da dose 1 à 2, de 64,4% (IC de 95%: 11,9-86,9).

Um estudo clínico realizado na África com mais de 4.900 indivíduos avaliou a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada), que foi administrado às 10 e 14 semanas de idade (2 doses) ou às 6, 10 e 14 semanas de idade (3 doses). A eficácia da vacina contra a gastroenterite grave por rotavírus durante o primeiro ano de vida foi de 61,2% (IC de 95%: 44,0; 73,2). O estudo não teve poder para avaliar a diferença entre os esquemas de duas e três doses quanto à eficácia da vacina.

A eficácia protetora da vacina observada em qualquer tipo de gastroenterite ou na forma grave da doença por rotavírus é apresentada na Tabela 3.

Tabela 3. Estudo realizado na África

Cepas

Gastroenterite grave por rotavírus (1º ano de vida, resultados combinados)

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) (N=2.974)

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) (N=2.974)

Placebo (n=1.443)

Placebo (n=1.443)

Eficácia (%)
[IC de 95%]

Eficácia (%)
[IC de 95%]

G1P[8]

68,3 [53,6; 78,5]

56,6
[11,8; 78,8]

G2P[4]

83,8
[9,6; 98,4]

G3P[8]

51,5*
[<0; 96,5]

G8P[4]

63,6
[5,9; 86,5]

G9P[8]

56,9*
[<0; 85,5]

G12P[6]

55,5*
[<0; 82,2]

Cepas com genótipo P[4]

70,9
[37,5; 87,0]

Cepas com genótipo P[6]

55,2*
[<0; 81,3]

Cepas com genótipo P[8]

59,1
[32,8; 75,3]

Definiu-se a gastroenterite grave como pontuação ≥11 na escala de Vesikari.
§ Coorte de eficácia ATP. Isso inclui todos os indivíduos da coorte de segurança ATP que entraram no período de acompanhamento de eficácia.
* Não estatisticamente significativo (p≥0,05). Esses dados devem ser interpretados com cautela.

Um estudo clínico conduzido na Ásia (Hong Kong, Singapura e Taiwan) com mais de 10.000 indivíduos avaliou a administração da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) de acordo com diferentes esquemas (2 e 4 meses de idade; 3 e 4 meses de idade).

Depois de duas doses da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada), a eficácia protetora da vacina observada até os 3 anos de idade é apresentada na Tabela 4.

Tabela 4. Estudo realizado na Ásia

Eficácia até 3 anos de idade

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) (N=5.263)

Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) (N=5.263)

Placebo (N=5.256)

Placebo (N=5.256)

Eficácia da vacina (%) contra a gastroenterite por rotavírus [IC de 95%]

Cepa

Grave

G1P[8]

100,0
(84,8;100,0)

G2P[4]

100,0
(<0;100,0)

G3P[8]

95,2
(70,4;99,9)

G9P[8]

91,7
(43,8;99,8)

Cepas com genótipo P[8]

96,6
(87,0;99,6)

Cepas de rotavírus circulantes

96,9
(88,3;99,6)

Eficácia da vacina (%) contra a gastroenterite por rotavírus que requer hospitalizaçãoe/ ou terapia de hidratação em instalações clínicas [IC de 95%]

Cepas de rotavírus circulantes

95,5
(86,4;99,1)

Definiu-se a gastroenterite grave como pontuação >11 na escala de Vesikari.
§ Coorte de eficácia ATP. Essa coorte inclui todos os indivíduos da coorte de segurança ATP que entraram no período de acompanhamento de eficácia.
* Não estatisticamente significativo (p≥0,05). Esses dados devem ser interpretados com cautela.

Desde que a resposta imunológica observada depois de 2 doses de formulação líquida da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) tenha sido comparável à resposta imunológica constatada depois de 2 doses de formulação liofilizada da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada), os níveis de eficácia da vacina registrados com a formulação liofilizada podem ser extrapolados para a formulação líquida.

Características Farmacológicas

A vacina rotavírus humano G1 P[8] (atenuada) – Bio Manguinhos é uma vacina monovalente de vírus vivo atenuado, cepa RIX4414, do sorotipo G1P[8].

Grupo farmacoterapêutico: vacina viral, código ATC J07BH01.

O mecanismo imunológico pelo qual a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) protege contra a gastroenterite causada por rotavírus não é inteiramente compreendido. Não se estabeleceu relação entre as respostas de anticorpos à vacinação com rotavírus e a proteção contra a gastroenterite causada por rotavírus.

A Tabela 5 a seguir mostra a porcentagem de indivíduos inicialmente soronegativos para rotavírus (títulos de anticorpos IgA<20UI/mL (por ELISA)) com títulos séricos de anticorpos IgA anti-rotavírus ≥20 UI/mL um a dois meses após a segunda dose de vacina ou placebo, conforme observado em diversos estudos conduzidos com a vacina liofilizada.

Tabela 5. Soroconversão para anticorpos anti-rotavírus IgA após a vacinação com a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada)

6,0%

11,1%

3, 4 meses

0,0%

2,1%

Em 3 estudos comparativos controlados, a resposta imune induzida pela Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em suspensão oral foi similar à da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) na form farmacêutica de pó liofilizado.

Em um estudo clínico conduzido em crianças prematuras com a forma farmacêutica pó liofilizado, a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) foi imunogênica; 85,7% das crianças atingiram títulos de anticorpos IgA séricos antirrotavírus ≥20 UI/ml (por ELISA) um mês após a segunda dose.

Em um estudo clínico, 100 crianças portadoras de HIV receberam a Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) liofilizada ou placebo. O perfil de segurança foi similar entre esses 2 grupos.

A excreção do vírus da vacina nas fezes ocorre após a vacinação e tem a duração média de 10 dias, com excreção máxima por volta do sétimo dia. Partículas do antígeno viral detectadas por ELISA foram encontradas em 50% das amostras de fezes após a primeira dose e em 4% após a segunda. Quando essas amostras de fezes foram testadas para detecção da presença da cepa viva da vacina, 17% foram positivas.

Em 2 estudos clínicos controlados comparativos, a excreção da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) em suspensão oral foi similar à da Vacina Rotavírus Humano G1 P1 [8] (Atenuada) na forma farmacêutica de pó liofilizado.

A efetividade da vacina contra gastroenterite grave levando à hospitalização devido aos genótipos G1P[8], G2P[4], G3P[8] e G9P[8] e também pelos genótipos menos comum G9P[4] e G9P[6] foi demonstrada em estudos observacionais. Todas essas cepas estão em circulação pelo mundo.

A tabela 6 mostra os resultados de vários estudos de caso-controle combinados para avaliar a efetividade da vacina rotavírus humano G1 P[8] (atenuada) contra diversos tipos de rotavírus causadores da gastroenterite grave levando à hospitalização.

Tabela 6. Efetividade contra diversos tipos de rotavírus causadores da gastroenterite grave levando à hospitalização:

*Em indivíduos que não receberam o curso completo da vacinação, a eficácia após uma dose variou de 51% (95% CI: 26;67, El Salvador) a 60% (CI: 37;75, Brasil).

Estudos de impacto da vacina rotavírus humano G1 P[8] (atenuada) foram conduzidos no Panamá, Brasil e México e demonstraram uma redução da mortalidade por diarreia de qualquer causa entre 22% a 56% em crianças com menos de 5 anos de idade, dentro de 2 a 3 anos após a introdução da vacina.

Em um estudo de banco de dados retrospectivo na Bélgica, realizado em crianças com idade igual ou inferior a 5 anos, o impacto direto e indireto da vacinação da vacina rotavírus humano G1 P[8] (atenuada) em hospitalizações relacionadas à rotavírus variavam entre 64% (95% IC: 49;76) e 80% (95% IC: 77;83), dois anos após a introdução da vacina. Estudos similares no Brasil, Austrália e El Salvador mostraram uma redução de 45 a 88%.

Adicionalmente, 2 estudos de impacto em hospitalizações geradas por diarreias de todas as causas conduzidos na América Latina mostraram uma redução de 38% a 40% quatro anos após a introdução da vacina.

Nota: Estudos de impacto tem objetivo de estabelecer uma relação temporal, mas não uma relação causal entre a doença e a vacinação.

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