Saccharomyces cerevisiae

Princípio/forma ativa - Bula - Saccharomyces cerevisiae

Para que serve?

Saccharomyces cerevisiae comprimido vaginal é destinado à recomposição da microbiota vaginal desequilibrada por afecções provocadas por agentes patógenos, caracterizando o quadro clínico de vaginose bacteriana.

Este medicamento é destinado ao tratamento dos distúrbios da microbiota intestinal fisiológica causados por germes patógenos ou pelo uso de antibióticos .

Contraindicação

Saccharomyces cerevisiae comprimido vaginal é contraindicado em caso de hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Este medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez, desde que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista (categoria de risco A).

Posologia e como usar

Via vaginal.

Uso adulto.

Aplicar um comprimido à noite ao deitar, durante oito dias, ou conforme orientação médica.

Este medicamento não deve ser partido ou aberto.

Via oral.

Uso adulto e pediátrico.

Tomar o conteúdo total de 1 flaconete (5mL) a cada 12 horas ou a critério médico.

Reações Adversas

Ainda não são conhecidas a intensidade e frequência das reações adversas com o uso do Saccharomyces cerevisiae comprimido vaginal.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Não foram relatadas, até o momento, reações adversas, colaterais ou alterações de exames laboratoriais com o uso do Saccharomyces cerevisiae .

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Superdose

Considerando que o produto não é absorvido pela via vaginal, não há risco de superdosagem.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Como o levedo de Saccharomyces cerevisiae não é absorvido pelo organismo, não existe o risco de superdosagem.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa

O uso simultâneo de antifúngicos, antibióticos, corticosteroides, imunossupressores orais, sistêmicos ou tópicos, por via vaginal, com o medicamento pode reduzir seu efeito terapêutico.

O uso concomitante de antifúngicos orais ou sistêmicos com o medicamento Saccharomyces cerevisiae pode reduzir seu efeito terapêutico.

Precauções

O volume do comprimido foi cientificamente dimencionado, considerando as variações de volume da cavidade vaginal, para obter uma cobertura total do epitélio vaginal (fundo de saco e paredes vaginais).

Saccharomyces cerevisiae não requer precaução na sua utilização, por se tratar de um produto não absorvido e de ação local. Não há relatos na literatura sobre efeitos adversos do uso concomitante do Saccharomyces cerevisiae com a ingestão de bebidas alcoólicas, no entanto, recomenda-se evitar ingeri-los conjuntamente.

Não contém lactose. Não contém glúten. Não contém soja.

Este medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez, desde que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista (categoria de risco A).

Resultados de Eficácia

Estudo clínico prospectivo avaliou a eficácia do uso do Saccharomyces cerevisiae , uma levedura, em 82 mulheres com idade entre 19 e 75 anos, com a média de 35,8 anos, com leucorreia não específica. Foram tratadas por 7 dias com aplicações diárias, por via vaginal, da levedura na apresentação em suspensão.

Reavaliadas no trigésimo dia do estudo, com relação a sintomas clínicos, reações adversas, alterações no esfregaço e pH vaginal. Os resultados mostraram melhoria da sintomatologia clínica em 58 pacientes (70,7%), sem alterações em 21 (25,6%) e piora em 3 (3,7%). As reações adversas foram observadas em 14 pacientes (17%) principalmente ardor, queimor e prurido vaginais. Conclui-se que a recomposição da microbiota vaginal, nas pacientes com vaginose bacteriana, utilizando o Saccharomyces cerevisiae , em suspensão, por via vaginal, é bem aceita pelas usuárias, melhorando os sintomas na grande maioria dos casos.

59 pacientes acometidos com diarreia aguda e crônica, por diferentes bactérias patogênicas isoladas em coprocultura, foram tratados com suspensão de Saccharomyces cerevisiae FR 1972, 5mL, duas vezes ao dia, via oral. Em 90% dos pacientes, a regressão total dos sintomas foi verificada nas primeiras 24 horas de tratamento. Nos 10% restantes, o tratamento prolongou-se por 48 a 72 horas, nos casos de diarreias agudas, e de 7 a 10 dias, nas diarreias crônicas.

Características Farmacológicas

A atividade terapêutica deste medicamento é devida às propriedades do Saccharomyces cerevisiae no meio de cultura.

Este medicamento é um probiótico, com ação anti-infecciosa, constituído pela cultura de Saccharomyces cerevisiae FR 1972, levedo não patogênico que, a exemplo de outras cepas de Saccharomyces cerevisiae , apresenta atividade bactericida/bacteriostática sobre germes patógenos intestinais. Esse levedo realiza a síntese de vitaminas do complexo B, possui atividade antimicrobiana, estimula o sistema retículo-endotelial, exerce ação enzimática complementar ao suco digestivo resistente às secreções gástricas e duodenais, e aos antibióticos e quimioterápicos, mesmo em concentrações superiores às que são observadas no tubo digestivo durante os tratamentos. Além disso, apresenta propriedades benéficas para microbiota intestinal.

A ação do Saccharomyces cerevisiae na diarreia infecciosa pode estar relacionada a um efeito antagônico direto do levedo, administrado em altas concentrações, frente a populações bacterianas anormalmente elevadas. O mecanismo de ação do Saccharomyces cerevisiae tem sido estudado por vários autores, com destaque para a ação de duas proteínas produzidas por essa levedura: bacteriocina e a “ killer ” toxina. A bacteriocina, proteína de alto peso molecular, apresenta ação antibiótica, e a “ killer ” toxina, proteína de peso molecular 11.470 Dalton, possui ação bactericida.