Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol

Princípio/forma ativa - Bula - Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol - Para que serve?

Hipertensão arterial.

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol: Contraindicação de uso

É contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao metoprolol ou aos seus derivados, à hidroclorotiazida ou à qualquer outro fármaco derivado sulfonamídico e aos outros componentes da fórmula.

É contraindicado em pacientes com bloqueio atrioventricular de grau II ou de grau III; insuficiência cardíaca não compensada instável ( edema pulmonar , hipoperfusão ou hipotensão ); pacientes com terapia inotrópica contínua ou intermitente agindo através de agonista do receptor beta; síndrome do nó sinoatrial (a não ser que um marcapasso permanente esteja em uso); choque cardiogênico; bradicardia sinusal clinicamente relevante e arteriopatia periférica grave.

O metoprolol não deve ser administrado em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio enquanto a frequência cardíaca for < 45 batimentos/minuto, o intervalo PQ for > 0,24 segundos ou a pressão sistólica for < 100 mmHg.

É contraindicada em pacientes com insuficiência renal ou hepática graves; hipocalemia e hiponatremia resistentes à terapia de reposição; hipercalcemia e hiperuricemia sintomática e anúria.

1º trimestre da gravidez e lactação.

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol: Posologia e como usar

Os comprimidos devem ser ingeridos por via oral, com o estômago vazio.

Posologia

A dose diária recomendada é de 1 a 2 comprimidos. A dose diária total pode ser administrada como dose única ou dividida em 2 administrações, pela manhã e à noite.

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol deve ser descontinuado se a insuficiência renal for evidente.

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol não deve ser administrado à pacientes com insuficiência hepática grave porque a hidroclorotiazida é contraindicada nesses pacientes.

Não é necessário ajuste de dose.

Há experiência limitada do tratamento de crianças com Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol.

Se o paciente esquecer de tomar uma dose de Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol e ainda estiver faltando 4 horas para a próxima tomada, deve-se tomar a dose perdida, se o paciente só se lembrar quando estiver faltando menos de 4 horas para a próxima tomada, deve tomar somente metade da dose prescrita. As próximas doses deverão ser tomadas no horário habitual.

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol - Reações Adversas

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol é bem tolerado e as reações adversas têm sido geralmente leves e reversíveis. Os eventos a seguir têm sido relatados como eventos adversos em estudos clínicos ou em uso de rotina. Em muitos casos, não foi estabelecida uma relação com o tratamento com metoprolol, hidroclorotiazida ou metoprolol + hidroclorotiazida.

Bradicardia, alterações posturais (muito raramente com síncope ), mãos e pés frios, fenômeno de Raynaud e palpitações.

Deterioração dos sintomas de insuficiência cardíaca, choque cardiogênico em pacientes com infarto agudo do miocárdio*, bloqueio cardíaco de primeiro grau, edema e dor precordial.

Alterações na condução cardíaca e arritmias cardíacas.

Gangrena em pacientes com alterações circulatórias periféricas graves preexistentes.

* Excesso de frequência de 0,4% comparado com placebo em um estudo com 46000 pacientes, com infarto agudo do miocárdio, quando a frequência de choque cardiogênico foi de 2,3% no grupo metoprolol e 1,9% no grupo placebo no subgrupo de pacientes com menor índice de risco de choque. O índice de risco de choque foi baseado no risco absoluto em cada paciente individualmente derivado da idade, sexo, time delay, classe Killip, pressão sanguínea, frequência cardíaca, anormalidades no ECG e histórico de hipertensão prévia. O grupo de pacientes com menor índice de risco de choque corresponde aos pacientes nos quais metoprolol é recomendado para o uso em infarto do miocárdio.

Fadiga .

Vertigem e cefaleia .

Parestesia e cãibras musculares.

Náusea, dor abdominal, diarreia e constipação .

Vômitos .

Boca seca.

Trombocitopenia .

Alterações de testes da função hepática.

Hepatite .

Ganho de peso.

Artralgia e astenia.

Depressão , dificuldade de concentração, sonolência ou insônia e pesadelos.

Nervosismo, ansiedade e impotência/disfunção sexual.

Amnésia/comprometimento da memória, confusão e alucinações.

Dispneia de esforço.

Broncoespasmo.

Rinite .

Distúrbios da visão, irritação e/ou ressecamento dos olhos e conjuntivite .

Zumbido e distúrbios do paladar.

Exantema (na forma de urticária psoriasiforme e lesões cutâneas distróficas) e sudorese aumentada.

Perda de cabelo.

Reações de fotossensibilidade e agravamento da psoríase .

A hidroclorotiazida é geralmente bem tolerada nas doses utilizadas na associação. Os possíveis efeitos indesejáveis em altas doses também estão listados.

Hipotensão ortostática que pode ser potencializada por álcool.

Cefaleia, vertigem e tontura .

Parestesia.

Anorexia , irritação gástrica, náusea, vômito, cólicas, diarreia e constipação.

Pancreatite .

Trombocitopenia, leucopenia, agranulocitose e anemia aplástica.

Colestase intra-hepático ou icterícia .

Hiperuricemia, hiperglicemia , glicosúria e hipocalemia.

Distúrbios do sono, impotência e depressão.

Miopia aguda, glaucoma agudo de ângulo fechado.

Urticária, exantema e fotossensibilidade.

Vasculite necrotizante.

Lúpus eritematoso sistêmico , lúpus eritematoso cutâneo.

Idiossincrasia.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol: Interações medicamentosas

O metoprolol é um substrato metabólico para o citocromo P450 isoenzima CYP2D6. Fármacos que atuam como substâncias indutoras e inibidores enzimáticos podem exercer uma influência nos níveis plasmáticos do metoprolol. Os níveis plasmáticos do metoprolol podem ser aumentados pela coadministração de compostos metabolizados pelo CYP2D6, ex.: antiarrítmicos, anti-histamínicos, antagonistas dos receptores de histamina-2, antidepressivos , antipsicóticos e inibidores da COX-2. A concentração plasmática do metoprolol é diminuída pela rifampicina e pode ser aumentada pelo álcool e hidralazina .

Pacientes recebendo tratamento concomitante com agentes bloqueadores ganglionares simpáticos, outros betabloqueadores (por ex.: colírios) ou inibidores da MAO (monoaminoxidase) devem ser cuidadosamente monitorados.

Se o tratamento concomitante com clonidina for descontinuado, a medicação betabloqueadora deve ser retirada vários dias antes da clonidina.

Pode ocorrer aumento dos efeitos negativos sobre o inotropismo e cronotropismo quando metoprolol for administrado junto com antagonistas do cálcio (particularmente do tipo verapamil e diltiazem ).

Pacientes tratados com betabloqueadores não devem receber administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil.

Os betabloqueadores podem aumentar os efeitos inotrópicos e dromotróficos de agentes antiarrítmicos (do tipo da quinidina e amiodarona ).

A associação de digitálicos glicosídicos e betabloqueadores pode aumentar o tempo de condução atrioventricular e induzir bradicardia.

Em pacientes recebendo terapia com betabloqueador, os anestésicos inalatórios aumentam o efeito cardio depressor.

O tratamento concomitante com indometacina ou outros fármacos inibidores da prostaglandina sintetase pode diminuir o efeito anti-hipertensivo dos betabloqueadores.

Sob certas condições, quando a epinefrina (adrenalina) é administrada a pacientes tratados com betabloqueadores, os betabloqueadores cardiosseletivos interferem muito menos no controle da pressão sanguínea do que os não-seletivos.

Pode ser necessário um ajuste da dose de hipoglicemiantes orais em pacientes sob tratamento com betabloqueadores.

O metoprolol pode reduzir a velocidade de depuração plasmática de outros fármacos (ex.: lidocaína ).

A hipocalemia que pode sensibilizar ou exagerar a resposta do coração aos efeitos tóxicos dos digitálicos (ex.: aumento da irritabilidade ventricular).

Pode ocorrer hipocalemia durante o uso concomitante de esteroides ou hormônio adrenocorticotrófico (ACTH).

O tratamento com diuréticos tiazídicos pode impactar a tolerância à glicose . A necessidade de outros medicamentos antidiabéticos, incluindo a insulina, em pacientes diabéticos pode ser aumentada, diminuída ou inalterada.

As tiazidas podem diminuir a resposta arterial à norepinefrina, mas não o suficiente para impedir a eficiência do agente pressor para o uso terapêutico.

As tiazidas podem aumentar a resposta aos relaxantes musculares não despolarizantes (ex.: tubocurarina).

A depuração renal de lítio é reduzida pelas tiazidas, aumentando o risco de toxicidade por lítio.

O efeito depletor de potássio da hidroclorotiazida pode ser potencializado por medicamentos associados à perda de potássio e hipocalemia (ex.: outros diuréticos caliuréticos, laxantes , anfotericina, carbenoxolona e derivados do ácido acetilsalicílico ).

Os efeitos diurético, natriurético e anti-hipertensivos da hidroclorotiazida são atenuados pelos AINEs ( anti-inflamatórios não esteroidais).

A absorção da hidroclorotiazida é reduzida por colestipol ou colestiramina .

Os diuréticos tiazídicos podem aumentar os níveis séricos de cálcio devido à excreção diminuída. Se houver necessidade de prescrição de suplemento de cálcio ou vitamina D , os níveis séricos de cálcio devem ser monitorados e a dose ajustada adequadamente.

O efeito hiperglicêmico do diazóxido pode ser aumentado pelas tiazidas.

As tiazidas podem aumentar o risco de efeitos adversos causados pela amantadina.

As tiazidas podem reduzir a excreção renal de medicamentos citotóxicos (ex.: ciclofosfamida , metotrexato ) e potencializar os efeitos mielossupressores.

A hipotensão postural pode ser agravada pela ingestão concomitante de álcool, barbitúricos ou anestésicos.

O tratamento concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de hiperuricemia e complicações características de gota .

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol: Precauções

Não se deve realizar administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil em pacientes tratados com betabloqueadores.

Pacientes com doenças broncoespáticas, em geral, não devem receber betabloqueadores. Porém, devido à sua relativa seletividade beta-1, succinato de metoprolol pode ser usado com cautela em pacientes com doença broncoespática que não respondem ou não toleraram tratamento com outros anti-hipertensivos.

Geralmente, quando estiver tratando pacientes com asma , deve-se administrar terapia concomitante com agonista beta-2 (comprimidos e/ou aerossol). Pode haver necessidade de ajuste da dose do agonista beta- 2 (aumento) quando o tratamento com Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol é iniciado.

O tartarato de metoprolol deve ser usado com cautela em pacientes diabéticos. Betabloqueadores podem mascarar taquicardia ocorrendo com hipoglicemia , mas outras manifestações como vertigem e sudorese podem não ser significativamente afetadas. Durante o tratamento com metoprolol, há menor risco de interferência com o metabolismo de carboidratos ou de mascarar a hipoglicemia do que com betabloqueadores não-seletivos.

Pacientes com insuficiência cardíaca devem ter a descompensação tratada antes e durante o tratamento com Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol.

A estimulação simpática é um componente vital de suporte da função circulatória em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e os betabloqueadores possuem o risco potencial de depressão da contractilidade do miocárdio, podendo precipitar uma insuficiência cardíaca mais severa. Em pacientes hipertensos e com angina que têm insuficiência cardíaca congestiva controlada por digitálicos e diuréticos, tartarato de metoprolol deve ser administrado com cautela. Tanto digitálicos, quanto tartarato de metoprolol diminuem a condução A-V. Muito raramente, uma alteração preexistente da condução AV de grau moderado pode ser agravada (levando, possivelmente, a bloqueio A-V).

O uso de betabloqueadores por um período de tempo prolongado pode, em alguns casos, levar à insuficiência cardíaca. Nos primeiros sinais ou sintomas de iminência de insuficiência cardíaca, os pacientes devem ser totalmente digitalizados e/ou receber diuréticos. A resposta deve ser atentamente observada. Se a insuficiência cardíaca persistir, o tratamento com tartarato de metoprolol deve ser suspenso.

Se os pacientes desenvolverem crescente bradicardia, deve-se reduzir a dose de Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol ou suspender a medicação gradualmente.

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol pode precipitar ou agravar os sintomas de arteriopatia periférica, devendo ser usado com cautela nestas condições.

Se utilizado em pacientes com feocromocitoma , deve-se administrar concomitantemente um alfabloqueador.

O tartarato de metoprolol, como outros betabloqueadores, é um inibidor competitivo de agonistas de beta-receptores e seus efeitos podem ser revertidos pela administração destes agentes, por exemplo, dobutamina ou isoproterenol. Entretanto, estes pacientes podem ser sujeitos a hipotensão severa prolongada. Dificuldade em reiniciar e manter os batimentos cardíacos tem sido também relatada com betabloqueadores.

A necessidade ou desejo de retirar a terapia betabloqueadora antes de cirurgias maiores é controversa, a habilidade prejudicada do coração para responder a estímulos adrenérgicos reflexos pode aumentar os riscos de anestesia geral e procedimentos cirúrgicos.

Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado de que o paciente está tomando Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol. Não é recomendado interromper o tratamento com betabloqueador em pacientes que serão submetidos à cirurgia.

A suspensão abrupta da medicação é perigosa, especialmente em pacientes de alto risco e, portanto, não deve ser realizada. Após a interrupção abrupta da terapia com certos agentes bloqueadores, têm ocorrido exacerbações de angina do peito e, em alguns casos, infarto do miocárdio.

Se houver a necessidade de descontinuar o tratamento com Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol, recomenda-se que seja feita de forma gradual, quando possível. Muitos pacientes podem ter a medicação retirada em um período de 14 dias. Isto pode ser feito reduzindo a dose diária em passos sequenciais alcançando uma dose final de 25 mg uma vez ao dia. No decurso da retirada do medicamento, deve-se manter estreita vigilância, especialmente em pacientes com coronariopatia isquêmica. Se a angina piorar muito ou se desenvolver uma insuficiência coronariana aguda, a administração de Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol deve ser imediatamente reiniciada, pelo menos temporariamente, e devem ser tomadas outras medidas apropriadas para o controle da angina instável . Sabendo-se que a doença da artéria coronária é comum e pode não estar diagnosticada, aconselha-se que o tratamento não seja interrompido abruptamente. O risco de eventos coronarianos, incluindo morte súbita, pode aumentar durante a retirada do betabloqueador.

Em pacientes utilizando betabloqueadores, o choque anafilático manifesta-se com maior intensidade.

O bloqueio beta-adrenérgico pode mascarar certos sinais clínicos de hipertireoidismo (ex.: taquicardia). Pacientes suspeitos de apresentarem tireotoxicoses devem ser controlados cuidadosamente para evitar interrupção abrupta do bloqueio beta, o que pode precipitar uma descompensação do quadro.

Terapia com tiazidas em altas doses pode causar hiperuricemia e até mesmo precipitar a gota. O diabetes latente pode se manifestar durante terapia com tiazidas.

Foi demonstrado que Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol não interfere no balanço de potássio. Entretanto, alguns pacientes podem apresentar distúrbios no balanço hídrico e eletrolítico com doses maiores de hidroclorotiazida. Os pacientes devem observar os sinais clínicos de distúrbio hidroeletrolítico, isto é, hiponatremia, alcalose hipoclorêmica e hipocalêmica. Os sinais e sintomas de advertência são: boca seca, sede, fraqueza, letargia, sonolência, confusão, cãibras, dor muscular, fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia, náuseas e vômitos. A hipocalemia pode causar arritmia cardíaca e pode exacerbar a resposta tóxica ao efeito dos digitálicos (ex.: aumento da irritabilidade ventricular).

O uso de Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol pode apresentar níveis séricos elevados das transaminases, fosfatase alcalina e lactato desidrogenase (DHL).

Deve-se avaliar a reação dos pacientes ao medicamento antes de dirigir veículos e operar máquinas, porque, ocasionalmente, podem ocorrer vertigem ou fadiga.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Como a hidroclorotiazida não é recomendada durante a gravidez e lactação, Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol não deve ser utilizado, a menos que absolutamente necessário.

O metoprolol não deve ser administrado durante a gravidez e lactação, a menos que seu uso seja considerado essencial. Em geral, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, o que tem sido associado com retardo de crescimento, morte intrauterina, aborto e parto prematuro. Sugere-se que acompanhamento materno-fetal apropriado seja realizado em mulheres grávidas tratadas com metoprolol. Os betabloqueadores podem causar efeitos adversos, como por exemplo, bradicardia no feto, no recémnascido e em crianças sob aleitamento materno.

O metoprolol é excretado no leite materno em quantidades muito pequenas e o efeito betabloqueador na criança é insignificante quando a mãe é tratada com as doses terapêuticas.

A hidroclorotiazida pode, como qualquer outro diurético tiazídico, reduzir o volume plasmático bem como a circulação sanguínea útero-placentária. Durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, o uso de hidroclorotiazida é aplicável somente por razões imperativas.

A hidroclorotiazida passa para o leite materno e deve-se considerar a interrupção da medicação ou da amamentação ou substituição pela monoterapia com o metoprolol.

Atenção: Este medicamento contém lactose (47,5 mg/comprimido), portanto, deve ser usado com cautela em pacientes com intolerância a lactose .

Este medicamento pode causar doping .

Hidroclorotiazida + Tartarato de Metoprolol: Ação da substância no organismo

Resultados de Eficácia

O metoprolol reduz a pressão arterial elevada tanto em pacientes na posição supina quanto na ortostática.

Pode ser observado aumento na resistência periférica após a instituição do tratamento com metoprolol, mas com curta duração (poucas horas) e clinicamente insignificante. Durante tratamento a longo prazo, a resistência periférica total pode ser reduzida, devido à reversão da hipertrofia na resistência arterial dos vasos. Também foi demonstrado que o tratamento anti-hipertensivo a longo prazo com o metoprolol reduz a hipertrofia ventricular esquerda e melhora a função diastólica ventricular esquerda e o enchimento ventricular esquerdo.

Em homens com hipertensão arterial leve a moderada, o metoprolol tem demonstrado reduzir o risco de morte por doença cardiovascular , principalmente devido ao risco reduzido de morte cardiovascular súbita, reduzir o risco de infarto do miocárdio fatal e não-fatal e de acidente vascular cerebral .

A hidroclorotiazida na dose de 12,5 mg tem demonstrado um efeito anti-hipertensivo aditivo quando administrada com 100 mg de metoprolol.

A qualidade de vida é mantida inalterada ou é melhorada durante o tratamento com metoprolol.

Foi observada uma melhora na qualidade de vida após tratamento com metoprolol em pacientes após infarto do miocárdio.

Características Farmacológicas

O metoprolol é um bloqueador beta-1 seletivo, isto é, bloqueia os receptores beta-1 em doses muito menores que as necessárias para bloquear os receptores beta-2.

O metoprolol possui um insignificante efeito estabilizador de membrana e não apresenta atividade agonista parcial.

O metoprolol reduz ou inibe o efeito agonista das catecolaminas no coração (as quais são liberadas durante estresse físico e mental). Isto significa que o aumento usual da frequência cardíaca, do débito cardíaco, da contractilidade cardíaca e da pressão arterial, produzido pelo aumento agudo das catecolaminas, é reduzido pelo metoprolol. Durante altos níveis endógenos de adrenalina, o metoprolol interfere muito menos no controle da pressão arterial do que os betabloqueadores não-seletivos.

Quando necessário em pacientes com sintomas de doença pulmonar obstrutiva , pode-se administrar metoprolol em associação com um agonista beta-2. Quando administrado junto com um agonista beta-2, o metoprolol, nas doses terapêuticas, interfere menos na broncodilatação causada pelo agonista beta-2 do que os betabloqueadores não-seletivos.

O metoprolol interfere menos na liberação de insulina e no metabolismo dos carboidratos do que os betabloqueadores não-seletivos. Interfere muito menos na resposta cardiovascular para hipoglicemia do que os betabloqueadores não-seletivos.

Estudos de curto prazo demonstraram que o metoprolol pode causar um discreto aumento nos triglicérides e uma redução nos ácidos graxos livres no sangue. Em alguns casos, foi observada uma pequena redução na fração de lipoproteínas de alta densidade (HDL), embora em uma proporção menor do que a observada após a administração de betabloqueadores não-seletivos. Entretanto, foi demonstrada uma redução significativa nos níveis séricos totais de colesterol após o tratamento com o metoprolol em um estudo realizado durante vários anos.

A hidroclorotiazida inibe a reabsorção ativa de sódio, principalmente nos túbulos distais renais e promove a excreção de sódio, cloreto e água. A excreção renal de potássio e magnésio aumenta de maneira dose-dependente, mas por outro lado o cálcio é reabsorvido em uma maior extensão. Uma dose de 12,5 mg de hidroclorotiazida tem demonstrado ser suficiente na obtenção da diurese. A hidroclorotiazida reduz o débito cardíaco, diminui o volume plasmático e o fluido extracelular. Durante terapia de longa duração, a resistência periférica é reduzida.

A hidroclorotiazida tem demonstrado um efeito anti-hipertensivo aditivo quando administrada em adição ao metoprolol.

O metoprolol é completamente absorvido após administração oral. Dentro da faixa de doses terapêuticas, as concentrações plasmáticas se elevam linearmente em relação à dose. Os picos de concentrações plasmáticas são atingidos após aproximadamente 1,5 - 2 horas. Embora os perfis plasmáticos exibam uma ampla variabilidade interindividual, eles mostram boa reprodutibilidade em cada indivíduo.

Devido ao extenso metabolismo de primeira passagem, a biodisponibilidade sistêmica do metoprolol em uma dose única oral é de aproximadamente 50%. Em administrações repetidas, a porção da dose disponível sistemicamente aumenta para aproximadamente 70%. A ingestão concomitante com alimentos pode aumentar a disponibilidade sistêmica da dose oral em aproximadamente 30 - 40%. A ligação do metoprolol às proteínas plasmáticas é baixa, aproximadamente 5 - 10%.

O metoprolol sofre metabolismo oxidativo no fígado primariamente pela isoenzima CYP2D6. Três principais metabólitos foram identificados, entretanto nenhum deles tem efeito betabloqueador de importância clínica.

Cerca de 95% da dose oral pode ser recuperada na urina. Aproximadamente 5% da dose administrada é excretada na urina como fármaco inalterado, podendo aumentar para até 30% em casos isolados. A meiavida de eliminação do metoprolol no plasma é em média de 3,5 horas (extremos: 1 e 9 horas). A velocidade de depuração total é de aproximadamente 1 L/min.

Os pacientes idosos não apresentam alterações significativas na farmacocinética do metoprolol em comparação com pessoas jovens.

A biodisponibilidade sistêmica e a eliminação do metoprolol não são alteradas em pacientes com função renal reduzida. Entretanto, a excreção dos metabólitos é reduzida. Foi observado um acúmulo significativo dos metabólitos em pacientes com uma taxa de filtração glomerular inferior a 5 mL/min. Esse acúmulo de metabólitos, entretanto, não aumenta o efeito betabloqueador.

A farmacocinética do metoprolol é pouco afetada pela diminuição da função hepática. Entretanto, em pacientes com cirrose hepática grave e derivação porta cava, a biodisponibilidade do metoprolol pode aumentar e a depuração total pode ser reduzida. Os pacientes com anastomose porta cava apresentaram uma depuração total de aproximadamente 0,3 L/min e valores da área sob a curva de concentração plasmática vs. tempo (AUC) até 6 vezes maiores que em indivíduos sadios.

A hidroclorotiazida é rapidamente absorvida no trato gastrointestinal com biodisponibilidade de aproximadamente 60-80%. O perfil de concentração plasmática é similar a outras preparações de liberação imediata com um pico plasmático alcançado após aproximadamente 2 horas.

A hidroclorotiazida não é metabolizada e é excretada quase que integralmente como fármaco inalterado pelos rins. Sua eliminação no plasma é bifásica com uma meia-vida de eliminação de 9-14 horas.

Não foi encontrada interação farmacocinética entre metoprolol e hidroclorotiazida, quando administrados isoladamente ou em associação fixa.