Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano

Princípio/forma ativa - Bula - Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano

Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano - Para que serve?

Guaifenesina + Bromidrato De Dextrometorfano é destinado a descongestionar as vias respiratórias com um expectorante e a acalmar e aliviar a tosse com um antitussígeno.

Indicado como expectorante para o alívio da tosse produtiva que geralmente acompanha gripes e resfriados.

Indicado também para o alívio da tosse se a tosse for irritativa, geralmente secundária, que também está presente com frequência nos episódios de gripes e resfriados.

Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano: Contraindicação de uso

Guaifenesina + Bromidrato De Dextrometorfano não deve ser utilizado por pacientes que apresentem úlcera ou gastrite , asma , enfisema, excesso de secreção, tosse persistente ou crônica (como as que ocorrem em fumantes), ou bronquite crônica, uma vez que estes sintomas podem mascarar algum problema mais grave.

Não utilizar em caso de alergia/hipersensibilidade a qualquer dos ingredientes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos.

Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano: Posologia e como usar

Tomar a dose recomendada para o produto, de acordo com a faixa etária/peso, utilizando o copo dosador do produto. Agite antes de usar .

Posologia

15 mL ou uma colher de sopa (200 mg de guaifenesina e 20 mg de bromidrato de dextrometorfano monoidratado).

7,5 mL ou uma colher de sobremesa (l00 mg de guaifenesina e 10 mg de bromidrato de dextrometorfano monoidratado).

Apenas sob recomendação médica.

Repetir a dose a cada 4 a 6 horas até o máximo de 6 doses ao dia.

Para uso em crianças entre 2 a 6 anos, consulte um médico.

Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano - Reações Adversas

Sonolência, náuseas, tontura e distúrbios gastrointestinais. Não exceder a dosagem recomendada, já que pode causar insônia , náuseas, vômitos , distúrbios gastrointestinais, depressão do sistema nervoso central e dificuldades para respirar.

Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano: Interações medicamentosas

Não utilizar esse produto concomitantemente com tranquilizantes ou inibidores da monoamino oxidase (IMAO), ou no período de 2 semanas após utilizar esses medicamentos. São fármacos utilizados geralmente para depressão, doenças psiquiátricas e doença de Parkinson .

Pode ocorrer aumento de efeitos colaterais se usado em conjunto com antidepressivos inibidores de recaptação da serotonina .

Não existem interferências conhecidas por esse produto em exames clínicos e laboratoriais.

Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano: Precauções

Não exceda a dose recomendada. Contém 4,37% de álcool. Não utilizar por mais de 5 dias seguidos. Se a tosse persistir por mais de uma semana, tender a reincidir, ou vier acompanhada de febre , irritação de pele ou dor de cabeça persistente, o médico deverá ser consultado.

Não deve ser administrado em crianças com menos de 6 anos de idade, a menos que indicado pelo médico. Em caso de prescrição do medicamento, siga orientação do seu médico, sempre respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento. Nesse caso, não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Não existem recomendações especiais para pacientes idosos.

Atenção, diabéticos: contém açúcar.

Caso você esteja amamentando, consulte um profissional de saúde antes de utilizar este medicamento.

Categoria B: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Guaifenesina + Bromidrato de Dextrometorfano: Ação da substância no organismo

Resultados de Eficácia

Guaifenesina + Bromidrato De Dextrometorfano possui dois princípios ativos, o bromidrato de dextrometorfano monoidratado (um antitussígeno) e a guaifenesina (expectorante).

Estudos mostram que pacientes que tomaram o Xarope 44E® na combinação de guaifenesina 13,33 mg e bromidrato de dextrometorfano 1,33 mg, conforme indicado neste produto, apresentaram melhor expectoração e redução da frequência da tosse, quando comparado à administração isolada e ao placebo. Isso ocorre devido aos fármacos possuírem mecanismos de ação distintos, que não interferem entre si.

A eficácia do bromidrato de dextrometorfano monoidratado foi demonstrada em pacientes apresentando tosse aguda em resfriados comuns, conforme evidenciado em metanálise (Pavesi et al, 2001). Esta metanálise incluiu 6 estudos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo, os quais analisaram conjuntamente a tosse em 710 pacientes com infecção do trato respiratório superior ao longo de um período de tempo de 3 horas. Os seguintes parâmetros da tosse foram avaliados: acessos, a latência (tempo entre as tosses), esforço, intensidade e componentes da tosse. A área sob a curva (AUC) para os seis estudos indicaram efeitos estatisticamente significantes (p < 0,05) de 30 mg de bromidrato de dextrometorfano monoidratado para acessos de tosse, esforço e latência. A magnitude do efeito (AUC) foi estimada estar entre 12 e 17% com um efeito máximo de 28% aos 90 minutos após a administração para a frequência da tosse. A supressão da tosse foi observada em aproximadamente 30 minutos.

Um estudo duplo cego, de grupo paralelo, controlado por placebo e multi-investigacional confirmou a efetividade da guaifenesina para facilitar a expectoração em pacientes com infecção do trato respiratório superior. Neste estudo, 239 pacientes receberam ou guaifenesina (200 mg) ou placebo na forma de xarope (10 mL) 4 vezes ao dia pelo período do estudo (3 dias). Os pacientes classificaram os seus sintomas antes do tratamento e ao fim de 24, 48 e 72 horas de terapia. A análise médica foi realizada no início do tratamento e após 72 horas. A guaifenesina aumentou significativamente o volume de escarro e facilitou a liberação do escarro em pacientes com muco associado à tosse. A fluidificação do escarro foi relatada por pacientes recebendo guaifenesina. Em 75% dos pacientes utilizando guaifenesina, o uso do medicamento foi considerado útil (contra 31% no grupo tratado com placebo).

Características Farmacológicas

O bromidrato (HBr) de dextrometorfano (D-3-metoxi-N-metilmorfinano) monoidratado é o d-isômero do metorfano, um análogo da codeína. O bromidrato de dextrometorfano monoidratado é um agente antitussígeno não narcótico (sem aditivos) que possui efeitos supressores da tosse similares à codeína, porém, sem a depressão respiratória induzida por opiáceos, sedação, distúrbios gastrointestinais ou dependência. A supressão da tosse ocorre através de um mecanismo central pelo aumento do limiar de iniciação da tosse no centro da tosse localizado na medula oblonga. A farmacologia do dextrometorfano não está totalmente elucidada, uma vez que foi demonstrado que ele se liga a uma série de receptores, incluindo os receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), receptores sigma-1, receptores nicotínicos e receptores serotoninérgicos.

O dextrometorfano administrado oralmente, uma vez absorvido do trato gastrointestinal é metabolizado extensamente no fígado pelo citocromo P450. Ele é metabolizado primariamente para dextrorfano por Odesmetilação através da isoenzima CYP2D6 e em menor medida por N-desmetilação para 3- metoximorfina pela enzima CYP3A4. Ambos metabólitos são metabolizados ainda em 3- hidroximorfinano.

A CYP2D6 é uma enzima hepática metabolizadora de fármacos geneticamente polimórfica, a qual está associada com variações hereditárias no metabolismo do fármaco. A população humana está dividida em metabolizadores pobres e metabolizadores extensos com relação à taxa de metabolização do dextrometorfano. A concentração de pico no plasma é atingida em aproximadamente 2,5 horas e a meia vida de eliminação (T½) do dextrometorfano é de 2-4 horas na maioria dos indivíduos, mas pode chegar a um período entre 28 e 74 horas em metabolizadores lentos. Nas doses terapêuticas, as diferenças nas taxas de metabolização entre lenta e extensa não é considerada um risco de segurança. A rota de excreção do dextrometorfano é bem estabelecida, sendo excretado em sua maior parte na urina como dextrometorfano não modificado, como metabólitos dextrorfano desmetilados e 3-hidroximorfinano, os quais são excretados largamente (> 95%) como conjugados glucurônicos. O dextrometorfano é excretado minimamente pelas fezes.

A guaifenesina, um éter gliceril de guaiacol, é um expectorante bem estabelecido. O mecanismo de ação expectorante ocorre através do estímulo dos receptores da mucosa gástrica que iniciam um reflexo de secreção no fluído do trato respiratório e dessa forma aumentam o volume e diminuem a viscosidade das secreções brônquicas. Esta ação facilita a remoção do muco e reduz a irritação do tecido brônquico.

Como resultado, a drenagem brônquica é melhorada e as tosses são mais produtivas em eliminar secreções.

secreções. Administrada oralmente, a guaifenesina é rapidamente absorvida no trato gastrointestinal com níveis séricos máximos ocorrendo dentro de 15 minutos após a administração. É rapidamente metabolizada, passando por oxidação e desmetilação nos microssomos do fígado. O metabólito primário da guaifenesina é o ácido (2-metoxifenoxi)-láctico. A excreção da guaifenesina ocorre na urina. O T max é rápido (15-50 minutos) e a meia vida de eliminação (T½) é de aproximadamente uma hora com quantidades não detectáveis no sangue após 8 horas, o que indica rápido metabolismo e excreção.

Guaifenesina + Bromidrato De Dextrometorfano apresenta uma tecnologia exclusiva "mucoadesiva" que cobre a faringe para proporcionar um benefício reconfortante. "Mucoadesiva" refere-se ao fenômeno em que um bioadesivo natural ou sintético aplicado a um epitélio da mucosa adere à camada de muco, normalmente criando uma nova interface. Esta tecnologia é uma formulação única constituída por polímeros viscosos incluindo carmelose sódica (espessante), macrogol (mucoadesivo) e polioxil 40 estearato. Esta combinação de ingredientes oferece características físicas específicas que permitem ao xarope cobrir e aderir à garganta e à membrana de muco.

As propriedades do xarope mucoadesivo são semelhantes às descritas para um demulcente. Os demulcentes são farmacologicamente inertes e não interagem com componentes de células de tecido. Sua utilidade terapêutica é devido ao fato de que eles protegem a superfície mecanicamente. Os demulcentes podem aliviar as mucosas irritadas, especialmente as da boca e da garganta, atuando como uma camada protetora de produtos químicos e estímulos irritantes.