Princípio/forma ativa - Bula - Estreptoquinase
Nota: Não há relatos sobre o resultado da terapia na administração fora das faixas de tempo indicadas acima.
Estreptoquinase não deve ser utilizado em casos de reações alérgicas graves à preparação.
Na administração local também é possível um efeito sistêmico. Portanto, as contraindicações acima mencionadas também devem ser consideradas no caso da administração local.
Categoria C: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento não é indicado para menores de 18 anos de idade.
Estreptoquinase é administrado por via intravenosa ou intra-arterial. A duração do tratamento depende da natureza e extensão da obstrução vascular e difere de acordo com a indicação.
Estreptoquinase é apresentado como um liofilizado branco. Após a reconstituição com solução fisiológica é obtida uma solução límpida, incolor a amarelada.
Para garantir que o conteúdo do frasco seja rápida e completamente reconstituído, 5 mL de solução salina fisiológica devem ser injetados no frasco de Estreptoquinase contendo vácuo e o vácuo residual eliminado soltando-se por um instante a agulha da seringa.
Para a administração com uma bomba de infusão, podem ser utilizados como diluentes: solução salina fisiológica, solução de Ringer-lactato, solução de glicose 5% ou solução de levulose. Para diluições maiores, especialmente quando é necessária uma boa estabilidade durante períodos prolongados, pode ser utilizada poligelina como diluente.
Nota: Quando a terapia trombolítica é necessária ou quando uma elevada concentração de anticorpos contra Estreptoquinase estiver presente, ou quando a terapia com Estreptoquinase foi administrada recentemente (mais de 5 dias e menos de um ano, previamente), fibrinolíticos homólogos devem ser utilizados.
Administração sistêmica: Em caso de lise de curto prazo deve-se administrar heparina por seis horas durante ou após a infusão de Estreptoquinase, quando o tempo de trombina (TT) ou o tempo de tromboplastina parcial (TTPa) atingirem menos de duas ou 1,5 vezes o valor de referência normal, respectivamente. O TT e o TTPa devem ser prolongados para 2 a 4 vezes e 1,5 a 2,5 vezes o valor normal, respectivamente, a fim de assegurar uma proteção suficiente contra retrombose.
Se a infusão de Estreptoquinase não for repetida a terapia com heparina deve ser instituída simultaneamente com a administração de anticoagulantes orais.
A lise de longo prazo é controlada com o tempo de trombina (TT). Deve-se buscar um prolongamento do tempo de trombina (TT) de 2 a 4 vezes, considerado como uma proteção anticoagulante suficiente. Portanto, uma administração simultânea de heparina pode tornar-se necessária a partir da 16ª. hora do tratamento. Se o TT após a 16ª. hora ainda for prolongado por mais de 4 vezes o valor de referência normal, a dose de manutenção de Estreptoquinase deve ser dobrada por várias horas até que o TT retroceda.
Depois de cada série da terapia com Estreptoquinase, um acompanhamento do tratamento com anticoagulantes ou inibidores da agregação plaquetária, pode ser instituído como uma prevenção da retrombose. Na terapia com heparina, em especial, deve-se considerar um risco aumentado de hemorragia. A terapia com heparina é controlada individualmente com o TT ou o TTPa. Deve-se buscar um prolongamento do TT de 2 a 4 vezes e do TTPa de 1,5 a 2,5 vezes. Para a profilaxia a longo prazo, anticoagulantes orais como, por exemplo, derivados da cumarina ou inibidores da agregação plaquetária podem ser usados.
As seguintes reações adversas são baseadas em estudos clínicos e na experiência pós-comercialização.
Reações alérgicas leves ou moderadas podem ser controladas com o uso concomitante de antihistamínicos e / ou corticosteroides. Se uma reação alérgico-anafilática grave ocorrer, a administração de Estreptoquinase deve ser interrompida imediatamente e um tratamento adequado deve ser iniciado. Os padrões médicos atuais para o tratamento do choque devem ser observados.
A terapia de lise deve ser continuada com fibrinolíticos homólogos.
Estas complicações cardiovasculares podem ser potencialmente fatais e podem levar à morte.
Durante a lise local de artérias periféricas, a embolização distal não pode ser excluída.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
As conseqüências da administração de uma dose excessiva de Estreptoquinase não são conhecidas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
O tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (por exemplo, heparina) e substâncias que inibem a formação ou a função plaquetária (por exemplo, inibidores da agregação plaquetária, dextranas) pode aumentar o risco de hemorragia.
Antes de iniciar a lise sistêmica a longo prazo de trombose venosa profunda e oclusões arteriais com estreptoquinase, deve-se permitir que cessem os efeitos das drogas que agem sobre a formação ou função plaquetária.
Não são conhecidas incompatibilidades.
Para posterior diluição da solução reconstituída, são recomendadas soluções especiais para infusão.
Um efeito sistêmico também é possível durante a administração local. Portanto, as advertências especiais mencionadas acima também devem ser consideradas para a administração local.
Por existir uma probabilidade aumentada de resistência devido aos anticorpos antistreptoquinase, o retratamento com Estreptoquinase ou produtos contendo Estreptoquinase pode não ser eficaz se administrado por mais de 5 dias, em especial entre 5 dias e 12 meses, após o tratamento inicial.
Da mesma forma, o efeito terapêutico pode ser reduzido em pacientes com infecções estreptocócicas recentes, tais como faringite estreptocócica, febre reumática aguda, glomerulonefrite aguda.
No início do tratamento, a queda na pressão sanguínea, o aumento ou a diminuição da frequência cardíaca (em casos individuais, chegando até choque) são comumente observados. Portanto, no início da terapia a infusão deve ser feita lentamente. Além disso, os corticosteroides podem ser administrados profilaticamente.
Se o paciente está sob heparinização ativa, esta deve ser neutralizada pela administração de sulfato de protamina, antes do início da terapia trombolítica. O tempo de trombina não deve ser superior a duas vezes o valor de controle normal anterior ao início da terapêutica trombolítica.
Em pacientes previamente tratados com derivados cumarínicos, a RNI (Relação Normalizada Internacional) deve ser inferior a 1,3 antes do início da infusão de Estreptoquinase.
Foi observado um efeito mutuamente reforçador, positivo do ácido acetilsalicílico e Estreptoquinase na expectativa de vida de pacientes com suspeita de infarto do miocárdio. A administração de ácido acetilsalicílico deve ser iniciada antes da terapia com Estreptoquinase e deve continuar por pelo menos um mês.
Caso uma punção arterial seja necessária durante a terapia intravenosa, os vasos superficiais são preferíveis. Após a punção, deve ser aplicada compressão local por pelo menos 30 minutos por meio de um curativo compressivo e o local da punção deve ser observado frequentemente para comprovar a ausência de sangramento.
Categoria C: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Devido ao risco para o feto, Estreptoquinase deve ser administrado durante a gravidez somente após uma avaliação cuidadosa dos riscos. Nas primeiras 18 semanas de gravidez o uso de Estreptoquinase deve ser restrito apenas em indicação vital.
Informação do uso de Estreptoquinase durante a amamentação não está disponível.
A produção de Estreptoquinase altamente purificada promoveu a nível mundial o uso clínico da substância para iniciar e manter uma atividade fibrinolítica adequada.
A eficácia de Estreptoquinase no tratamento de doenças tromboembólicas foi estabelecida em investigações angiográficas amplas em numerosos estudos.
Referências Bibliográficas
1 - WHITE, H.D. et al.: Effect of intravenous streptokinase on left ventricular function and early survival after acute myocardial infarction. N. Engl. J. Med,1987, 317: p.850-855.
2 - EMERAS Collaborative Group: Randomized trial of late thrombolysis in patients with suspected acute myocardial infarction. The Lancet, 1993, 8874: p.767-772.
3 - ISIS-2 Collaborative Group: Randomized trial of intravenous streptokinase, oral aspirin, both, or neither among 17.187 cases of suspected acute myocardial infarction: ISIS-2. The Lancet (1988), ii: p. 349-360.
4 - ISIS-3 Collaborative Group: ISIS-3 – a randomized comparison of streptokinase vs. tissue plasminogen activator vs. antistreplase and of aspirin plus heparin plus heparin vs. aspirin alone among 41.299 cases of suspected myocardial infarction. The Lancet, 1992, 339: p.753-770.
Estreptoquinase é uma proteína bacteriana altamente purificada extraída de filtrado de cultura de estreptococos beta-hemolíticos do Grupo C de Lancefield.
A ativação do sistema fibrinolítico endógeno é iniciada pela formação de um complexo estreptoquinase-plasminogênio.
Este complexo possui propriedades ativadoras e converte o plasminogênio em plasmina proteolítica e fibrinolítica ativa. Quanto mais o plasminogênio é ligado dentro deste complexo ativador, menos plasminogênio é deixado para ser convertido em sua forma enzimaticamente ativa.
Assim, altas doses de Estreptoquinase estão associadas a um menor risco de sangramento e vice-versa.
Após a administração intravenosa ou intra-arterial e neutralização do título individual de anticorpos antiestreptoquinase, a Estreptoquinase está imediatamente disponível sistemicamente ou localmente para a ativação do sistema fibrinolítico.
Devido ao alto grau de afinidade e à rápida reação entre Estreptoquinase e anticorpos antiestreptoquinase, que possivelmente estão presentes no sangue dos pacientes, quantidades baixas de Estreptoquinase são eliminadas do sangue com uma meia-vida de 18 minutos. A meia-vida de eliminação da Estreptoquinase com base na formação do ativador é de cerca de 80 minutos.
A maior parte da Estreptoquinase é degradada a peptídeos e eliminada pelo intestino e rins.