Princípio/forma ativa - Bula - Danazol
Gravidez, amamentação, insuficiência hepática, renal ou cardíaca graves; porfiria ; tumor androgênio-dependente; sangramento vaginal anormal ainda não diagnosticado, trombose ativa ou doença tromboembólica, histórico de ambos eventos e uso concomitante com sinvastatina .
Este medicamento é contraindicado para uso por pessoas que sofrem de insuficiência hepática, renal ou cardíaca grave.
Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Recomenda-se administrar Danazol logo após as principais refeições. Danazol deve ser administrado com líquido, por via oral.
A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta de cada paciente, e pode ser reduzida ao se alcançar resposta favorável.
Em mulheres em idade fértil, o tratamento deve ser iniciado durante a menstruação a fim de afastar possibilidade de gravidez. Manter método contraceptivo não-hormonal durante o tratamento com Danazol.
A dose recomendada é de 200 a 800 mg diários. Um método de tratamento contínuo normalmente tem a duração de 3 a 6 meses.
A dose recomendada é de 100 a 400 mg diários. Um método de tratamento contínuo normalmente tem a duração de 3 a 6 meses.
400 a 800 mg diários, por 3 a 6 semanas.
Não há estudos dos efeitos de Danazol administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Danazol não é recomendado para crianças e idosos.
Pacientes em tratamento de epilepsia , diabetes ou hipertensão podem ter necessidade de ajuste das doses dos seus medicamentos, ao iniciar ou suspender o uso de Danazol.
Este medicamento não deve ser aberto ou mastigado.
Na maioria dos casos, os efeitos colaterais com Danazol são previsíveis e reversíveis, e reações sérias são raras. Os eventos citados a seguir foram associados ao danazol, mas nem sempre uma relação causal foi efetivamente estabelecida.
Resistência à insulina aumentada e tolerância anormal à glicose .
Casos de infarto do miocárdio foram relatados.
Eventos trombóticos também foram relatados incluindo do seio sagital, trombose cerebrovascular, assim como trombose arterial.
Foram relatados aumento do nível plasmático do glucagon , aumento do colesterol LDL, redução do colesterol HDL afetando todas as sub-frações e redução das apolipoproteínas Al e All. Outros eventos metabólicos incluem indução de ALA sintetase e redução da globulina ligada à tireoide e T4 com aumento da recaptação de T3, mas sem alteração do TSH ou do índice de tiroxina livre.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
O tratamento com Danazol pode interferir com a dosagem de testosterona ou proteínas plasmáticas.
Danazol não deve ser ingerido juntamente com bebidas alcóolicas.
Considerando sua farmacologia, suas interações e seus reações adversas conhecidas, Danazol deve ser utilizado com cuidado em caso de doença renal ou hepática, hipertensão e doenças cardiovasculares, qualquer situação que pode ser exacerbada pela retenção de líquidos, diabetes mellitus, policitemia, epilepsia, distúrbios das lipoproteínas, história de reação androgênica intensa ou persistente sob tratamento com esteróides gonadais, enxaqueca.
Aconselha-se controle clínico cuidadoso em todas as pacientes.
Para tratamentos prolongados (mais de 6 meses) ou conduta repetida do tratamento, é recomendada ultrassonografia hepática bianual.
A monitorização laboratorial também deve ser considerada, incluindo a medição periódica da função hepática e situação hematológica.
Antes do início do tratamento, a presença de carcinoma hormônio-dependente deve ser excluída ao menos por exame clínico cuidadoso assim como se nódulos mamários persistirem ou aumentarem durante o tratamento com Danazol .
O Danazol deve ser iniciado durante a menstruação. Deve ser usado um método contraceptivo não-hormonal eficaz.
A diminuição da dose efetiva de Danazol deve ser sempre almejada.
Uma vez que o Danazol está contraindicado na gravidez em decorrência de risco de virilização do feto feminino, medidas adequadas devem ser tomadas em mulheres em idade fértil para excluir a possibilidade de gravidez no início do tratamento.
O Danazol deve ser iniciado durante a menstruação. Deve ser usado método contraceptivo não-hormonal eficaz. Se ocorrer gravidez durante o tratamento, este deve ser suspenso.
Danazol tem risco teórico potencial de efeito androgênico nos lactentes e portanto o tratamento ou a amamentação devem ser suspensos.
Danazol não está recomendado para uso em pessoas idosas.
Danazol não é recomendado para crianças.
Danazol improvavelmente afeta a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Este medicamento pode causar doping.
O Danazol deve ser interrompido na eventualidade de qualquer reação adversa clinicamente significativa, particularmente em caso de: virilização (a não interrupção do tratamento com Danazol aumenta os riscos de irreversibilidade dos efeitos androgênicos), edema papilar, cefaléia, distúrbios visuais ou outros sinais ou sintomas de pressão intracraniana aumentada, icterícia ou qualquer indicação de distúrbio hepático importante; trombose ou tromboembolismo.
A experiência com administração a longo prazo de Danazol é limitada. Em caso de necessidade de repetir o tratamento, agir com precaução. Os riscos de exposição prolongada a esteroides 17-alquilados, incluindo adenomas hepáticos benignos, hiperplasia nodular focal hepatocelular, peliose hepática e carcinoma hepático devem ser considerados ao se utilizar o Danazol (que é quimicamente relacionado àqueles esteroides).
Dados de dois casos-controles de estudos epidemiológicos foram agrupados para pesquisar a relação entre endometriose, tratamento de endometriose e câncer de ovário . Resultados preliminares sugerem que o uso de Danazol pode aumentar o risco basal de câncer ovariano em pacientes tratadas de endometriose.
A eficácia clínica de Danazol em endometriose pode ser comprovada em um estudo (Morgante G et al, 1999) no qual 28 pacientes portadoras de endometriose moderada a severa foram submetidas a tratamento com o Danazol. Essas pacientes foram divididas em 2 grupos e apenas um grupo foi submetido a uso do Danazol por 6 meses, sendo observado nesse grupo uma redução dos eventos de dor pélvica com poucos ou nenhum efeito colateral. Outro estudo de Danazol (Audebert AJ et al, 1979) comprova também sua eficácia: no estudo em questão foram incluídas 62 pacientes inférteis por endometriose diagnosticada por laparoscopia, sendo que 39 pacientes foram tratadas com laparoscopia cirúrgica e com Danazol (pelo motivo de sua severidade de endometriose) e as outras somente com Danazol. Comprova-se a eficácia com um índice de gravidez de 46,7% nesse grupo como um todo.
Com relação à eficácia de Danazol em pacientes com doenças benignas da mama, por exemplo mastalgia, foi demonstrado em um estudo (Ortiz-Mendoza CM et al, 2004) com 63 mulheres portadoras de mastalgia moderada a severa que, após o uso de Danazol , 71,4% das pacientes não apresentaram qualquer evidência da mastalgia, mesmo sendo essas as que apresentam os piores quadros. Após esse período de tratamento, 71,4% das pacientes relataram que a mastalgia estava controlada. Um outro estudo (Maddox PR et al, 1989), demonstrou que Danazol é eficaz no controle da mastalgia severa persistente. Nesse estudo, envolvendo 34 mulheres, foi administrado Danazol somente na fase lútea das pacientes. Mostrouse que, além da eficácia, baixas doses do Danazol apresentam também baixos efeitos colaterais.
Referências Bibliográficas
1 . Morgante G, et al. Low-dose danazol after combined surgical and medical therapy reduces the incidence of pelvic pain in women with moderate and severe endometriosis. Hum Reprod. 1999 Sep;14(9):2371-4.
2 . Audebert AJ, et al. Endometriosis and infertility. A review of sixty-two patients with danazol. Postgrad Med J. 1979;55 Suppl 5:10-3.
3 . Ortiz-Mendoza CM, et al. Danazol effectivity in control of moderate to severe mastalgia. Cir Cir. 2004 NovDec;72(6):479-82.
4 . Maddox PR, et al. Low-dose danazol for mastalgia. Br J Clin Pract Suppl. 1989 Nov;68:43-53.
Danazol é o 17-alfa-pregna-2,4-dien-20-ino-(2,3-d)-isoxazol-17-ol, um derivado esteroide sintético da etisterona.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Ladogal ® .