Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida

Princípio/forma ativa - Bula - Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida - Para que serve?

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida é indicado para pacientes nos quais há suspeita de depleção de potássio ou naqueles em que essa depleção é prevista. A combinação do cloridrato de amilorida com a hidroclorotiazida minimiza a possibilidade de desenvolvimento de perda excessiva de potássio em pacientes submetidos a uma diurese intensa por períodos prolongados. Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida, com o componente cloridrato de amilorida conservador de potássio, está especialmente indicado para as condições em que o efeito positivo sobre o balanço de potássio for particularmente importante.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida: Contraindicação de uso

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida: Posologia e como usar

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida está disponível para uso oral em forma de comprimidos, em duas concentrações.

A posologia usual é de 1 comprimido de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 50 mg/5 mg (equivalente a 2 comprimidos de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 25 mg/2,5 mg), administrado uma vez ao dia ou em doses fracionadas. Alguns pacientes podem necessitar de apenas 1 comprimido de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 25 mg/2,5 mg uma vez ao dia (equivalente a meio comprimido de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 50 mg/5 mg).

O início de tratamento com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 50 mg/5 mg pode ser feito com a posologia de 1 comprimido ao dia. A posologia pode ser aumentada, se necessário, mas não deve exceder 2 comprimidos ao dia. A posologia ideal é determinada pela resposta diurética adequada e pelo nível sérico de potássio. Uma vez obtida a diurese inicial, deve-se reduzir a posologia para o tratamento de manutenção, o qual também pode ser feito de forma intermitente.

O tratamento deve ser iniciado com uma pequena dose de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 50 mg/5 mg: 1 comprimido uma vez ao dia. Se necessário, a posologia pode ser aumentada gradualmente até que haja diurese efetiva. A posologia não deve exceder dois comprimidos ao dia.

A posologia de manutenção pode ser mais baixa que a necessária para iniciar a diurese; portanto, quando o peso do paciente estiver estabilizado, deve-se tentar reduzir a dose diária da medicação. A perda de peso gradual é especialmente desejável para pacientes com cirrose, para reduzir a possibilidade de reações indesejadas, associadas ao tratamento diurético.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida - Reações Adversas

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida é geralmente bem tolerado, apesar de algumas reações adversas sem muita importância terem sido relatadas com certa frequência; as reações significativas têm sido infrequentes.

As reações adversas relatadas com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida são geralmente aquelas associadas ao uso de diuréticos , terapia tiazídica ou com a doença de base que está sendo tratada. Os estudos clínicos não demonstraram que a combinação de amilorida com hidroclorotiazida aumente o risco de reações adversas além daquelas observadas com cada um dos componentes da associação isoladamente.

Reação anafilática.

Anorexia *.

Desidratação , desequilíbrio eletrolítico, gota , hiponatremia e hiponatremia sintomática.

Alterações de apetite.

Depressão , confusão mental e nervosismo.

Sonolência e insônia .

Tontura * e cefaleia *.

Gosto ruim e parestesia .

Estupor e síncope .

Distúrbios visuais.

Vertigem.

Arritmia.

Angina pectoris e taquicardia.

Hipotensão ortostática.

Ruborização.

Dispneia.

Congestão nasal.

Náusea*, diarreia e dor abdominal.

Empachamento, vômito , constipação , flatulência e soluços.

Sangramento gastrintestinal.

Prurido e erupções cutâneas.

Diaforese.

Dor nas pernas.

Dor nas costas , dor nas articulações e cãibras.

Disúria, incontinência e noctúria.

Disfunção renal (incluindo insuficiência renal).

Impotência.

Fadiga , fraqueza*.

Dor torácica e sede*.

Mal estar.

Níveis séricos de potássio elevados (>5,5 mEq/L).

Toxicidade digitálica.

*Reações adversas mais frequentemente relatadas durante estudos clínicos controlados com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida.

Anemia aplástica e neutropenia.

Diminuição da libido.

Encefalopatia, sonolência e tremores.

Zumbido .

Palpitação; um paciente com bloqueio cardíaco parcial desenvolveu bloqueio completo.

Tosse .

Ativação de úlcera péptica provavelmente preexistente, boca seca e dispepsia .

Icterícia .

Alopecia .

Pescoço/ombro dolorido, dor nas extremidades.

Espasmo de bexiga, poliúria e frequência urinária.

Função hepática anormal e pressão intraocular aumentada.

Sialadenite.

Câncer de pele não melanoma ( carcinoma basocelular , carcinoma de células escamosas).

Agranulocitose, anemia aplástica, anemia hemolítica , leucopenia, púrpura e trombocitopenia .

Hiperglicemia , hiperuricemia e hipocalemia .

Inquietude.

Turvação transitória da visão e xantopsia.

Angeíte necrosante (vasculite, vasculite cutânea).

Distúrbios respiratórios (incluindo pneumonite e edema pulmonar ).

Cólica , irritação gástrica e pancreatite .

Icterícia colestática intra-hepática.

Fotossensibilidade, necrólise epidérmica tóxica e urticária .

Glicosúria e nefrite intersticial.

Febre .

Baseado nos dados disponíveis de estudos epidemiológicos, foi observada uma associação dose dependente cumulativa entre a hidroclorotiazida e o câncer de pele não melanoma.

O maior estudo incluiu uma população composta por 71.533 casos de carcinoma basocelular e 8.629 casos de carcinoma de células escamosas, correspondendo a 1.430.833 e 172.462 controles populacionais, respectivamente. A utilização de dose cumulativa elevada de hidroclorotiazida (≥50.000 mg) foi associada a uma razão de probabilidade ajustada (OR) de 1,29 (IC 95%: 1,23-1,35) para o carcinoma basocelular e de 3,98 (IC 95%: 3,68-4,31) para o carcinoma de células escamosas. Foi observada uma relação dose cumulativa–resposta tanto para carcinoma basocelular como para carcinoma de células escamosas. Outro estudo avaliou a associação entre o câncer de lábio e a exposição à hidroclorotiazida: 633 casos de câncer de lábio foram pareados com 63.067 controles populacionais. Uma relação dose cumulativa-resposta foi demonstrada com uma razão de probabilidade ajustada (OR) de 2,1 (95% CI: 1,7-2,6) para o uso constante, aumentando para uma razão de probabilidade ajustada (OR) de 3,9 (IC 95%: 3,0-4,9) para uso aumentado (≥ 25.000 mg) e um OR de 7,7 (IC 95%: 5,7-10,5) para a dose cumulativa mais alta (≥ 100.000 mg).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida: Interações medicamentosas

Geralmente não deve ser administrado com diuréticos, pois estes reduzem a depuração plasmática do lítio e aumentam o risco de toxicidade. Recomenda-se a leitura das informações para uso das preparações de lítio antes de usá-las.

Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (COX-2), podem reduzir o efeito de medicamentos anti-hipertensivos, incluindo diuréticos, natriuréticos e efeitos anti-hipertensivo de diuréticos.

Em alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos, incluindo aqueles sob terapia diurética) que são tratados com medicamentos anti-infamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, a coadministração de receptores de antagonistas da angiotensina II ou inibidores ECA pode resultar em deteriorização adicional da função renal, incluindo possível falência renal aguda. Esses efeitos são normalmente reversíveis. Dessa forma, a combinação deve ser administrada com cautela para pacientes com função renal comprometida.

A administração concomitante de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e agentes conservadores de potássio, incluindo o cloridrato de amilorida, pode causar hipercalemia e insuficiência renal, particularmente em pacientes idosos; portanto, quando o cloridrato de amilorida é usado concomitantemente com AINEs, a função renal e o nível sérico de potássio devem ser monitorados cuidadosamente.

Quando se administra cloridrato de amilorida concomitantemente com um inibidor da enzima conversora de angiotensina, um antagonista receptor da angiotensina II, ciclosporina ou tacrolimo , o risco de hipercalemia pode ser aumentado; portanto, se o uso concomitante desses agentes for indicado por causa da presença de hipocalemia demonstrada, eles devem ser usados mediante monitoração frequente e cautelosa do nível sérico do potássio.

Quando usados concomitantemente, os seguintes medicamentos podem causar interações com os diuréticos tiazídicos.

Pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática.

Podem ser necessários ajustes posológicos das medicações antidiabéticas.

Exercem efeito aditivo. Deve-se descontinuar o tratamento diurético por 2-3 dias antes do início do tratamento com um inibidor da ECA para reduzir a possibilidade de hipotensão de primeira dose.

A absorção da hidroclorotiazida é prejudicada na presença de resinas de troca aniônica. Doses únicas de colestiramina ou colestipol ligam-se à hidroclorotiazida e reduzem sua absorção no trato gastrintestinal em até 85% e 43%, respectivamente.

Depleção eletrolítica intensificada, particularmente hipocalemia.

Possível diminuição da resposta a esses medicamentos, mas não suficiente para contraindicar o uso.

Possível resposta exacerbada ao relaxante muscular .

Em razão dos efeitos no metabolismo do cálcio, os tiazídicos podem interferir com os exames de função da paratireoide.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida: Precauções

Foi observada hipercalemia (potássio sérico >5,5 mEq/L) em pacientes que receberam cloridrato de amilorida isolada ou concomitantemente com outros diuréticos. A hipercalemia foi observada especialmente em pacientes idosos e em pacientes hospitalizados com cirrose hepática ou edema cardíaco e que sabidamente apresentavam comprometimento renal, estavam gravemente doentes ou haviam sido submetidos à terapia diurética intensa. Esses pacientes devem ser monitorizados cuidadosamente quanto a evidências clínicas, laboratoriais ou eletrocardiográficas (ECG) de hipercalemia. Foram relatadas algumas mortes nesse grupo de pacientes.

A suplementação de potássio, por meio de medicação ou dieta rica em potássio, não deve ser realizada com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida, exceto nos casos graves e/ou refratários de hipocalemia; se realizada, recomenda-se monitorização cuidadosa dos níveis séricos de potássio.

Se ocorrer hipercalemia em pacientes tratados com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida, o medicamento deve ser descontinuado imediatamente e, se necessário, deve-se empregar medidas ativas para reduzir o nível plasmático de potássio.

Os diuréticos tiazídicos são ineficazes quando a depuração de creatinina diminui para menos de 30 mL/min.

Pacientes com aumento no nível sérico de ureia acima de 30 mg/100 mL, com níveis séricos de creatinina sérica de 1,5 mg/100 mL ou com valores da ureia no sangue total acima de 60 mg/100 mL ou com diabete melittus não devem receber Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida sem monitorização cuidadosa e frequente de eletrólitos séricos e níveis séricos de ureia. A retenção de potássio decorrente da insuficiência renal é acentuada pela adição de um agente anticaliurético e pode resultar no desenvolvimento rápido de hipercalemia.

Embora a probabilidade de desequilíbrio eletrolítico seja reduzida com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida, deve-se observar com cautela sinais de desequilíbrio hídrico e eletrolítico: hiponatremia, alcalose hipoclorêmica, hipocalemia e hipomagnesemia. É particularmente importante realizar determinações séricas e urinárias dos eletrólitos quando o paciente estiver vomitando excessivamente ou recebendo fluidos parenterais. Os sinais alarmantes ou sintomas de desequilíbrio hídrico e eletrolítico incluem: boca seca, sede, fraqueza, letargia, sonolência, inquietude, convulsões, confusão, dores ou cãibras musculares, fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia e distúrbios gastrintestinais, como náuseas e vômitos. Pode-se desenvolver hipocalemia com a hidroclorotiazida ou com outros diuréticos potentes, especialmente quando se promove diurese brusca, após tratamento prolongado ou quando há cirrose hepática grave. A hipocalemia pode sensibilizar ou exagerar a resposta do coração aos efeitos tóxicos dos digitálicos (como maior irritabilidade ventricular).

A hiponatremia induzida pelos diuréticos é geralmente leve e assintomática. Em raros casos, pode se tornar grave e sintomática; nesses casos, os pacientes necessitam atenção imediata e tratamento adequado.

Os tiazídicos podem diminuir a excreção urinária de cálcio e causar elevação intermitente e discreta do cálcio sérico na ausência de distúrbios do metabolismo deste íon. Os tiazídicos devem ser descontinuados antes da realização de exames de função da paratireoide.

A azotemia pode ser precipitada ou aumentada pela hidroclorotiazida. Os efeitos cumulativos do medicamento podem desenvolver-se em pacientes com disfunção renal; se ocorrer oligúria ou azotemia durante o tratamento de doença renal, o diurético deve ser descontinuado.

Os tiazídicos devem ser usados com cautela em pacientes com insuficiência hepática ou hepatopatia progressiva, pois pequenas alterações no balanço hidroeletrolítico podem precipitar o coma hepático.

Pode ocorrer hiperuricemia ou precipitação de gota em certos pacientes tratados com terapia tiazídica.

A terapia tiazídica pode prejudicar a tolerância à glicose . Podem ser necessários ajustes posológicos dos agentes antidiabéticos, incluindo a insulina.

Aumentos nos níveis de colesterol e triglicérides podem ser associados com a terapia diurética tiazídica.

Para minimizar o risco de hipercalemia em diabéticos ou pacientes com suspeita de diabetes , o grau de função renal deve ser conhecido antes do início do tratamento com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida. O tratamento deve ser suspenso por pelo menos três dias antes do exame de tolerância à glicose.

O tratamento anticaliurético deve ser instituído apenas, e com cautela, para os pacientes gravemente doentes, nos quais possa ocorrer acidose metabólica ou respiratória, tais como pacientes com doença cardiopulmonar ou diabetes não controlado adequadamente. Mudanças no balanço ácido-base alteram o equilíbrio intra e extracelular do potássio e o desenvolvimento de acidose pode estar associado com rápidos aumentos dos níveis séricos de potássio.

Tem sido relatada a possibilidade de exacerbação ou ativação de lúpus eritematoso sistêmico com o uso de tiazídicos.

Foi observado em estudos epidemiológicos um aumento no risco de câncer de pele não melanoma (carcinoma basocelular (CBB) e carcinoma de células escamosas (CCE)) com o aumento da dose cumulativa de hidroclorotiazida. Ações fotossensibilizadoras da hidroclorotiazida poderiam atuar como um possível mecanismo para o câncer de pele não melanoma.

Pacientes em tratamento com hidroclorotiazida devem ser informados sobre o risco de câncer de pele não melanoma e aconselhados a tomar medidas preventivas a fim de reduzir a exposição solar e aos raios UVA artificiais. Os pacientes devem verificar regularmente a sua pele quanto a novas lesões e a notificar imediatamente para avaliação de seu médico quaisquer lesões cutâneas suspeitas. O uso da hidroclorotiazida pode também precisar ser reconsiderado em pacientes que tenham apresentado câncer de pele não melanoma previamente.

Categoria de risco: B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou do cirurgião-dentista.

O uso rotineiro de diuréticos por gestantes saudáveis, com ou sem edema leve, não é recomendado e expõe a mulher e o feto a riscos desnecessários. Os diuréticos não previnem o desenvolvimento de toxemia gravídica e não há evidência satisfatória de que sejam úteis para o tratamento da toxemia.

Os tiazídicos cruzam a barreira placentária e aparecem no sangue do cordão umbilical; portanto, para administrar Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida a mulheres grávidas ou sob suspeita de gravidez, é necessário que os benefícios do medicamento superem os riscos potenciais para o feto, que incluem icterícia fetal ou neonatal, trombocitopenia e possivelmente outras reações adversas que ocorreram no adulto.

Os tiazídicos aparecem no leite materno. Se o uso do medicamento for considerado essencial, a paciente deve parar de amamentar.

O uso do cloridrato de amilorida em crianças não foi pesquisado; portanto, Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida não é recomendado para este grupo etário. Uso em Idosos: observou-se hipercalemia (potássio sérico >5,5 mEq/L) em pacientes que receberam cloridrato de amilorida isolada ou concomitantemente com outros diuréticos. A hipercalemia foi observada especialmente em pacientes mais idosos e em pacientes hospitalizados com cirrose hepática ou edema cardíaco e que sabidamente apresentavam comprometimento renal, estavam gravemente doentes ou haviam sido submetidos à terapia diurética intensa. Esses pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto a evidências clínicas, laboratoriais ou eletrocardiográficas (ECG) de hipercalemia. Foram relatadas algumas mortes nesse grupo de pacientes.

Não há dados sugestivos de que Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida afete a habilidade de dirigir e operar máquinas.

Este medicamento pode causar doping .

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida: Ação da substância no organismo

Resultados de Eficácia

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida é um medicamento diurético/anti-hipertensivo que combina a forte ação natriurética da hidroclorotiazida (HCTZ), com a ação poupadora de potássio pelo cloridrato de amilorida. Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida é indicado para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial, edema de origem cardíaca ou cirrose hepática com ascite e edema nos quais a depleção de potássio pode ser esperada.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida minimiza a possibilidade do desenvolvimento da perda excessiva de potássio em pacientes que recebem terapia com tiazídicos por períodos prolongados. Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida é indicado especialmente para condições em que o efeito conservador de potássio é importante.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 5 mg/50 mg demonstrou atividade anti-hipertensiva, quando utilizado na dose de 1 a 4 comprimidos ao dia. Em um estudo clínico multicêntrico de hipertensão de 12 semanas, 74% dos pacientes que receberam 1 ou 2 comprimidos diários de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida apresentaram resposta na Semana 4 (pressão arterial diastólica na posição supina igual ou menor que 90 mmHg, ou diminuição da pressão arterial diastólica na posição supina ≥ 10 mmHg) e 74% apresentaram resposta na conclusão do estudo. Reduções semelhantes foram mantidas no primeiro período de extensão duplo-cega. No final da 12a semana os seguintes níveis médios séricos de potássio foram obtidos para os grupos de tratamento de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida e HCTZ.

Potássio sérico médio (mEq/L)

Semana 12

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida

—0,38++

HCTZ

—0,59++

++ Redução significativa em relação ao baseline, p < 0.01.

Um estudo clínico multicêntrico (8 centros) de 12 semanas foi realizado para avaliar os efeitos anti-hipertensivos e conservadores de potássio e ao perfil de segurança da amilorida 5 mg e Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 5 mg/50 mg e da HCTZ 50 mg em pacientes com hipertensão essencial nãocomplicada leve a moderada. Durante esse estudo, 14 dos 62 pacientes (22,6%) que receberam HCTZ, 1 de 57 pacientes (2%) que receberam Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida, e nenhum dos 60 pacientes que receberam amilorida apresentaram uma ou mais reduções clinicamente importantes (abaixo de 3,0 mEq/L) nos níveis séricos de potássio durante o período de tratamento de 12 semanas. Além disso, a hipocalemia, que ocorreu no grupo HCTZ, tendeu a persistir. A ação poupadora de potássio da amilorida quando utilizada com HCTZ na combinação fixa do medicamento Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida geralmente preveniu a ocorrência de hipocalemia clinicamente importante.

Um estudo multi-clínico duplo-cego foi conduzido para comparar os efeitos anti-hipertensivos de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida (2,5 mg/25 mg) com HCTZ 25 mg em 30 pacientes com hipertensão leve a moderada. Após 6 semanas, em cada grupo de tratamento, foram observadas reduções médias significativas da pressão arterial na posição supina tanto diastólica como sistólica [pressão arterial diastólica (PAD) de 10,6 mmHg para Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida e 10,5 mmHg para HCTZ, e para pressão arterial sistólica (PAS) de 19,9 mmHg para Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida e de 18,1 mmHg para HCTZ]. A diferença entre os dois grupos não foi significativa. Uma redução média em relação ao pré-tratamento foi observada na 6a semana com o grupo de HCTZ (-0,34 mmol/l), embora os valores séricos de potássio dentro do grupo que recebeu Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida tenham ficado praticamente inalterados (0,03 mmol/l). Uma diferença estatística foi observada entre os dois grupos.

Um estudo clínico aberto, de desenho paralelo, multicêntrico (4 centros) com 7-8 semanas de duração foi conduzido em 69 pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca congestiva compensada, que estavam recebendo digitálicos. Os efeitos diuréticos e poupadores de potássio de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 5 mg/50 mg em comparação com triantereno 50 mg/HCTZ 25 mg ou HCTZ mais suplementação de potássio foram avaliados após um período de basal de 1 ou 2 semanas com HCTZ 50 mg. O tratamento consistiu de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida (1 ou 2 comprimidos 1x/dia), triantereno 50 mg/HCTZ 25 mg (2 ou 4 cápsulas 1x/dia), ou HCTZ (50 ou 100 mg 1x/dia), mais KCl 40 mEq/30 mL (30 ou 60 mL 1x/dia). O grupo que recebeu Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida apresentou reduções estatisticamente significativas no peso corporal em comparação com o período basal de 2 e 4 semanas de tratamento, e aumentos estatisticamente significativos nos níveis séricos de potássio em todas as semanas de tratamento. Nenhum dos outros grupos apresentou reduções estatisticamente significativas de peso, e apenas o grupo de triantereno 50 mg/HCTZ 25 mg apresentou aumento estatisticamente significativo de potássio sérico (em uma semana de tratamento).

Em um estudo que incluiu 15 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva compensada, amilorida 20 mg e HCTZ 200 mg (equivalente a Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 4 comprimidos por dia) foram administradas concomitantemente durante um período de três semanas de tratamento. Quando HCTZ 200 mg/dia foi administrada isoladamente, o nível sérico médio de potássio no final das 3 primeiras semanas de tratamento foi de 3,6 mEq/L. Com a terapia concomitante com amilorida/HCTZ, o nível sérico médio de potássio foi de 4,3 mEq/L no final do segundo período de três semanas de tratamento.

Um estudo randômico, duplo-cego, de 12 semanas, avaliou os efeitos diuréticos e conservadores de potássio de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida 5 mg/50 mg e hidroclorotiazida 50 mg em 21 pacientes ambulatoriais com cirrose hepática. Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida foi utilizado na dose de 1 a 4 comprimidos por dia, e a dose média foi de 2 comprimidos. O peso corporal seco foi mantido por ambos os grupos de tratamento. No entanto, o grupo Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida manteve um padrão eletrolítico sérico mais equilibrado com níveis séricos de potássio mais altos durante a terapia diurética. No final de 9 e 12 semanas de tratamento, o nível médio de potássio sérico para o grupo Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida foi de 3,9 mEq/L (período basal de 4,2 mEq/L), enquanto o nível de potássio sérico médio para o grupo de HCTZ foi de 3,4 mEq/L (período basal de 4,3 mEq/L). Quatro dos 11 pacientes que receberam Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida apresentaram um ou mais valores de potássio sérico abaixo de 3,5 mEq/L durante o tratamento (normal = 3,5-5,5 mEq/L), enquanto todos os 10 pacientes que receberam HCTZ apresentaram um ou mais valores de potássio sérico abaixo de 3,5 mEq/L. Nenhum paciente apresentou hipercalemia, potássio sérico superior a 5,5 mEq/L.

Características Farmacológicas

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida é um diurético/anti-hipertensivo que combina a potente ação natriurética da hidroclorotiazida com a propriedade conservadora de potássio do cloridrato de amilorida.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida proporciona atividade diurética e anti-hipertensiva (principalmente pela hidroclorotiazida), enquanto o componente amilorida age prevenindo a perda excessiva de potássio que pode ocorrer em pacientes que recebem um diurético tiazídico. Por causa da amilorida, a excreção urinária de magnésio é menor com Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida do que com uma tiazida ou um diurético de alça usado isoladamente.

As ações diurética e anti-hipertensiva leves do cloridrato de amilorida são adicionais às atividades natriurética, diurética e anti-hipertensiva da tiazida e, ao mesmo tempo, minimizam a perda excessiva de potássio e bicarbonato, diminuindo a chance de desequilíbrio ácido-base.

O início da ação diurética de Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida ocorre em duas horas e pode manter-se por aproximadamente 24 horas.

A hidroclorotiazida é um diurético e anti-hipertensivo eficaz por via oral. O início de ação após a administração oral ocorre em duas horas e atinge o efeito máximo em mais ou menos quatro horas, enquanto a atividade diurética persiste por aproximadamente seis a doze horas. A hidroclorotiazida não afeta a pressão arterial normal.

O cloridrato de amilorida é um medicamento poupador de potássio que possui leve atividade natriurética, diurética e anti-hipertensiva. Sua principal função é a conservação do potássio em pacientes que sofrem de perda excessiva de potássio (ou nos quais esse tipo de perda é prevista) e que recebem agentes diuréticos.

O início de ação do cloridrato de amilorida geralmente ocorre até duas horas após a administração oral. Seu efeito sobre a excreção de eletrólitos atinge o máximo entre 6 e 10 horas e dura cerca de 24 horas. Os níveis plasmáticos máximos são obtidos em 3 a 4 horas e a meiavida plasmática varia de 6 a 9 horas.

Cloridrato de Amilorida + Hidroclorotiazida normalmente começa a agir até 2 horas após a administração. Os efeitos diuréticos e natriuréticos são máximos em torno da quarta hora e sua atividade é detectável por aproximadamente 24 horas; a ação diurética efetiva do produto, porém, só persiste durante aproximadamente 12 horas. A ação conservadora de potássio do cloridrato de amilorida é observada nas primeiras 2 horas após a administração e alcança o pico de atividade entre a sexta e a décima hora após a administração oral. A ação efetiva do medicamento persiste por pelo menos 12 horas, apesar de existir ação anticaliurética detectável por 24 horas.

É um medicamento poupador de potássio (anticaliurético), com fraca ação natriurética, diurética e antihipertensiva em comparação com os diuréticos tiazídicos.

Esses efeitos foram parcialmente aditivos aos efeitos dos diuréticos tiazídicos em alguns estudos clínicos. Quando administrado com um tiazídico ou um diurético de alça, o cloridrato de amilorida reduziu o aumento da excreção urinária de magnésio que acontece quando um tiazídico ou diurético de alça é usado isoladamente. O cloridrato de amilorida exerce atividade conservadora de potássio em pacientes que recebem agentes diuréticos caliuréticos.

O cloridrato de amilorida interfere com o mecanismo envolvido na troca de sódio por potássio no túbulo contornado distal e no túbulo coletor do néfron, o que diminui o potencial líquido negativo do lúmen tubular e reduz a secreção de potássio e hidrogênio e sua subsequente excreção. Esse mecanismo responde em grande parte pela ação conservadora de potássio da amilorida.

O cloridrato de amilorida não é um antagonista da aldosterona e os efeitos são observados até mesmo na sua ausência, sugerindo assim uma ação tubular direta do medicamento. A excreção de sódio aumenta moderadamente, embora a excreção de cloreto possa permanecer inalterada ou aumentar lentamente com a continuidade do tratamento. Esse efeito pode diminuir o risco de alcalose hipoclorêmica de alguns agentes saluréticos.

A retenção de potássio até o ponto de hipercalemia pode ser evitada mantendo-se a dosagem de cloridrato de amilorida abaixo de 20 mg por dia.

É um agente diurético e anti-hipertensivo que afeta o mecanismo tubular renal de reabsorção eletrolítica.

A hidroclorotiazida aumenta a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A natriurese pode ser acompanhada por alguma perda de potássio, magnésio e bicarbonato e a excreção urinária de cálcio pode ser diminuída.

O início da ação diurética da hidroclorotiazida ocorre em 2 horas e o pico da atividade, em aproximadamente 4 horas. A atividade diurética dura de 6 a 12 horas, aproximadamente.

O mecanismo de ação anti-hipertensiva dos tiazídicos pode ser relacionado à excreção e redistribuição de sódio corporal. A hidroclorotiazida normalmente não causa mudanças clinicamente importantes na pressão sanguínea normal.

Normalmente começa a agir até 2 horas após a administração de uma dose oral. O efeito da excreção eletrolítica alcança o pico entre 6 e 10 horas e dura aproximadamente 24 horas. O pico do nível plasmático é obtido em 3 a 4 horas e a meia-vida plasmática varia de 6 a 9 horas. Os efeitos nos eletrólitos aumentam com doses únicas de cloridrato de amilorida de até aproximadamente 15 mg.

O cloridrato de amilorida não é metabolizado pelo fígado , mas é excretado inalterado pelos rins. Aproximadamente 50% de uma dose de 20 mg de cloridrato de amilorida são excretados na urina e 40%, nas fezes, em 72 horas. O cloridrato de amilorida exerce pouco efeito na taxa de filtração glomerular ou no fluxo sanguíneo renal. Em função do cloridrato de amilorida não ser metabolizado pelo fígado, não se espera acúmulo do medicamento em pacientes com disfunção hepática, mas pode ocorrer se houver desenvolvimento de síndrome hepatorrenal.

A sua meia-vida plasmática é de 5,6-14,8 horas, quando os níveis plasmáticos podem ser observados por pelo menos 24 horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada, mas é eliminada rapidamente pelos rins; pelo menos 61% da dose oral é eliminada inalterada em 24 horas. A hidroclorotiazida cruza a placenta, mas não a barreira hematoencefálica, e é excretada no leite materno.

Fonte do conteúdo

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Moduretic ® .