Asparaginase

Princípio/forma ativa - Bula - Asparaginase

Para que serve?

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) é indicado para o tratamento de pacientes com leucemia linfocítica aguda. Este agente é principalmente útil em combinação com outros agentes quimioterápicos para a indução de remissões da enfermidade em pacientes pediátricos.

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) não deve ser usado como único agente de indução, a não ser que a terapia combinada seja considerada inapropriada.

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) não é recomendado para tratamento de manutenção.

Contraindicação

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) é contra-indicado para pacientes com pancreatite ou histórico de pancreatite. Têm sido relatados casos de pancreatite hemorrágica aguda, algumas vezes fatais, após o uso de asparaginase.

A asparaginase também é contra-indicada para pacientes que tiveram reações anafiláticas prévias ao medicamento.

Posologia e como usar

Deve ser realizada antes da administração da primeira dose de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) no início do tratamento em reatores positivos e em casos de repetição de tratamento de qualquer paciente cujo tratamento é julgado necessário, após cuidadosa avaliação do aumento de risco de reações de hipersensibilidade.

A dessensibilização rápida do paciente pode ser tentada com a administração intravenosa de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) em quantidades aumentadas progressivamente, sendo que as devidas precauções devem ser tomadas para tratar uma reação alérgica aguda, caso ocorra.

Um esquema relatado começa com um total de 1 Ul por via IV, dobrando-se a dose a cada 10 minutos, desde que não tenha havido nenhuma reação, até que a quantidade total acumulada se iguale às doses planejadas para aquele dia.

Para conveniência, a seguinte tabela é incluída para calcular o número de doses necessárias para se atingir a dose total diária do paciente. Por exemplo: Um paciente pesando 20 kg deve receber 200 UI/kg (dose total 4.000 UI) e tomar as injeções 1 a 12 durante a dessensibilização.

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Como um componente de esquemas de indução por agentes múltiplos selecionados, Asparaginase (substância ativa deste medicamento) pode ser administrado por via intravenosa ou intramuscular. Quando administrada por via intravenosa, essa enzima deve ser dada por um período não menor do que trinta minutos em via colateral de soro fisiológico já em uso ou de glicose 5%. Asparaginase (substância ativa deste medicamento) apresenta pouca tendência para flebite quando administrado por via intravenosa. Reações anafiláticas requerem o uso imediato de epinefrina , oxigênio e esteróides por via intravenosa. Quando Asparaginase (substância ativa deste medicamento) for administrado por via intramuscular, o volume máximo em cada local da injeção deve ser de 2 ml. Se o volume necessário for maior do que 2 mL, deverá então ser injetado em dois locais diferentes. Interações desfavoráveis de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) têm ocorrido com alguns agentes antitumorais. Portanto, recomenda-se que Asparaginase (substância ativa deste medicamento) seja usado em esquemas de associação somente por médicos familiarizados com os benefícios e riscos de um dado esquema de tratamento. Durante o período da sua inibição da síntese protéica e da duplicação celular, Asparaginase (substância ativa deste medicamento) pode interferir com a ação de medicamentos, tais como o metotrexato , que requerem duplicação celular para seus efeitos letais. Asparaginase (substância ativa deste medicamento) pode ainda interferir na detoxificação enzimática de outras drogas, principalmente no fígado .

Esse medicamento pode ter propriedades tóxicas e deve ser manuseado e administrado com cuidado. Deve ser administrado por via intramuscular ou via intravenosa. A inalação de pós ou vapores e o contato com a pele e as mucosas, especialmente a dos olhos, devem ser evitados. Equipamento de proteção apropriado deve ser utilizado sempre que Asparaginase (substância ativa deste medicamento) for manuseado.

Os medicamentos para uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto a partículas em suspensão e descoloração antes da administração, sempre que a solução e o frasco permitirem. Quando reconstituído, Asparaginase (substância ativa deste medicamento) deve ser uma solução límpida e incolor. Se estiver turva, descarte-a.

Reconstituir com água estéril para injeção ou com cloreto de sódio para injeção. O volume recomendado para reconstituição é de 5 mL para ampolas de 10.000 UI. Não há inativação da enzima com agitação comum do frasco. A solução pode ser usada para administração intravenosa direta em um prazo de 8 horas após sua preparação. Para a administração por infusão, as soluções devem ser diluídas em soluções isotônicas, cloreto de sódio ou glicose a 5%. Estas soluções também devem ser infundidas em um prazo de 8 horas e somente se estiverem límpidas. Ocasionalmente, pode surgir um número muito pequeno de partículas fibrosas gelatinosas. A filtração por meio de um filtro de 5 micra durante a administração removerá as partículas sem resultar em perda de potência. Alguma perda de potência foi observada com o uso de filtro de 0,2 micra.

Quando Asparaginase (substância ativa deste medicamento) for administrado por via intramuscular, de acordo com o programa citado no esquema de indução, a reconstituição é realizada acrescentando-se 2 mL de cloreto de sódio injetável a uma ampola de 10.000 UI. A solução resultante deve ser usada em um prazo de 8 horas e deve ser límpida.

A L-asparaginase pode ser irritante aos olhos, à pele e ao trato respiratório superior. Foi também demonstrado ser embriotóxico e teratogênico por via intravenosa em estudos animais. Em razão das propriedades tóxicas potenciais do medicamento, precauções apropriadas, incluindo o uso de equipamento de segurança apropriado, são recomendadas para a preparação e para a administração de Asparaginase (substância ativa deste medicamento). A inalação de pós ou vapores e o contato com a pele e as mucosas, especialmente a dos olhos, devem ser evitados. O Instituto Nacional de Saúde atualmente recomenda que a preparação de medicamentos antineoplásicos injetáveis deve ser feita em uma cabine de fluxo laminar de segurança biológica Classe II. Pessoas que preparam medicamentos dessa classe devem vestir roupas químico-resistentes, luvas impermeáveis, óculos de segurança, avental fechado na frente com punhos sanfonados e proteção para os pés. Roupas adicionais devem ser utilizadas com base na tarefa a ser realizada (por exemplo, mangas de proteção, aventais, luvas de proteção, roupas descartáveis) para evitar exposição da pele e inalação de vapores e pós. Técnicas apropriadas devem ser utilizadas para remover as roupas potencialmente contaminadas.

Várias outras diretrizes para manuseio e descarte adequados de medicações antineoplásicas têm sido publicadas e devem ser consideradas.

Caso um contato acidental com os olhos ocorra, deve ser realizada imediatamente a irrigação abundante por no mínimo 15 minutos com água, solução oftálmica balanceada ou solução salina normal, seguida prontamente por uma consulta oftálmica. Caso um contato acidental com a pele ocorra, a parte afetada deve ser lavada imediatamente com água e sabão. Deve-se procurar avaliação médica. Se inalado, sair da área de exposição e procurar avaliação médica (veja Precauções Gerais).

Manter sob refrigeração, em temperatura entre 2ºC e 8ºC. Asparaginase (substância ativa deste medicamento) não contém conservantes. A solução reconstituída, mas ainda não usada, deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC e descartada após 8 horas ou antes, se houver turvação.

Quando em uso de agentes quimioterápicos combinados para obter remissões em pacientes com leucemia linfocítica aguda, procuram-se esquemas terapêuticos que ofereçam maior possibilidade de sucesso e que também evitem toxicidade cumulativa excessiva ou interações negativas entre os medicamentos. Um dos seguintes esquemas de combinação incluindo o Asparaginase (substância ativa deste medicamento) é recomendado para leucemia linfocítica aguda na infância.

Nos esquemas abaixo, o Dia 1 é considerado o 1o dia de tratamento.

Quando se obtém a remissão por qualquer dos esquemas acima, deve-se instituir o tratamento de manutenção apropriado. Asparaginase (substância ativa deste medicamento) não deve ser usado como parte do esquema de manutenção. Os esquemas acima não afastam a necessidade de tratamento especial, visando à prevenção de leucemia do sistema nervoso central .

Deve-se notar que Asparaginase (substância ativa deste medicamento) tem sido usado em outros esquemas de combinação, que não aqueles recomendados acima. É importante lembrar que quando Asparaginase (substância ativa deste medicamento) é administrado por via intravenosa simultânea ou imediatamente antes da aplicação de vincristina e prednisona, pode haver aumento de toxicidade. Os médicos, usando um dado esquema, devem estar minuciosamente familiarizados com seus benefícios e riscos. Não existem informações clínicas suficientes para recomendar o uso de esquemas de combinação em adultos. Há relato de maior toxicidade por asparaginase em adultos do que em crianças.

O uso de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) como único agente de indução deve ser feito somente em uma situação pouco comum, quando o esquema combinado é inapropriado em razão de toxicidade ou outros fatores especificamente relacionados com determinado paciente ou em casos de refratariedade a outro tratamento. Quando Asparaginase (substância ativa deste medicamento) for usado como único agente de indução, tanto em crianças como em adultos, a posologia recomendada é de 200 UI/kg/dia por via intravenosa, durante 28 dias. Quando foram obtidas remissões completas com esse esquema, elas foram de curta duração: 1 a 3 meses. Asparaginase (substância ativa deste medicamento) tem sido usado como único agente de indução em outros esquemas. Os médicos que usarem um dado esquema terapêutico devem estar totalmente familiarizados com seus benefícios e seus riscos. Pacientes submetidos a tratamento de indução devem ser cuidadosamente monitorados e o esquema terapêutico ajustado de acordo com a resposta e a toxicidade. Tais ajustes devem sempre envolver diminuição das doses de um ou mais agentes ou mesmo a suspensão, dependendo do grau de toxicidade. Os pacientes que já receberam uma série de Asparaginase (substância ativa deste medicamento), se novamente tratados, têm maior risco de reações de hipersensibilidade. Portanto, a repetição do tratamento somente deve ser instituída quando o benefício for bem avaliado em relação ao aumento de risco.

Em razão da ocorrência de reações alérgicas, o teste intradérmico deve ser realizado antes da administração inicial de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) e quando Asparaginase (substância ativa deste medicamento) é dado após o intervalo de uma semana ou mais entre as doses. A solução para o teste intradérmico pode ser preparada como segue: reconstitua o conteúdo de uma ampola de 10.000 Ul com 5 mL de diluente. Retire dessa solução (2000 UI/mL) 0,1 mL e coloque em outra ampola que contenha 9,9 mL de diluente, tendo portanto uma solução para teste intradérmico de aproximadamente 20,0 Ul/mL. Use 0,1 mL desta solução (mais ou menos 2,0 Ul) para o teste intradérmico. O local do teste deve ser observado pelo menos por uma hora até o aparecimento de pápula ou eritema, sendo que qualquer um dos dois indica uma reação positiva. Uma reação alérgica, mesmo a uma dose de teste intradérmico, pode ocorrer raramente em certos indivíduos sensibilizados. O teste intradérmico negativo não afasta a possibilidade de desenvolvimento de reações alérgicas.

A dose máxima recomendada para o uso seguro do Asparaginase (substância ativa deste medicamento) ainda não foi formalmente estabelecida nas experiências clínicas com humanos. Na experiência pós-comercialização, um relatório publicado descreve um caso de hepatotoxicidade severa não fatal em um paciente adulto com diabetes melittus que recebeu 1.000 UI/kg (80.000 unidades) por dia de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) por 8 dias em combinação com a vincristina e a prednisona. Nos estudos pré-clínicos, a DL50 intravenosa aguda do Asparaginase (substância ativa deste medicamento) nos camundongos foi de cerca de 500.000 UI/kg e nos coelhos foi de cerca de 22.000 UI/kg.

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) deve ser administrado por via intramuscular ou via intravenosa.

Reações Adversas

Reações alérgicas, incluindo erupções cutâneas, urticária , artralgia, dispnéia e anafilaxia aguda têm sido relatadas. Têm ocorrido reações agudas mesmo na ausência do teste intradérmico positivo e durante manutenção contínua de níveis séricos terapêuticos de Asparaginase (substância ativa deste medicamento). Isto pode ocorrer em função de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) ser uma proteína bacteriana que pode induzir a produção de anticorpos nos pacientes tratados com o medicamento. Em 2 experiências clínicas projetadas prospectivamente (N = 59 e 24), aproximadamente um quarto dos pacientes desenvolveram anticorpos que se uniram ao Asparaginase (substância ativa deste medicamento) conforme medido pelos ensaios imunossorventes ligados a enzima (ELISA). As reações de hipersensibilidade clínica ao Asparaginase (substância ativa deste medicamento) observadas nos estudos tiveram a variação comum de 32,5% a 75%. Nesses estudos, as medicações concomitantes e os esquemas de dosagem variaram. Os pacientes com reações de hipersensibilidade foram mais passíveis de produzir anticorpos do que aqueles sem as reações de hipersensibilidade. As reações de hipersensibilidade foram associadas à depuração aumentada do Asparaginase (substância ativa deste medicamento). A incidência de formação de anticorpos foi menor na primeira administração do Asparaginase (substância ativa deste medicamento) do que na segunda administração. A freqüência da formação de anticorpos nos adultos com relação às crianças é desconhecida. Não existem informações suficientes para que se possa comentar sobre como neutralizar os anticorpos; no entanto, níveis mais elevados de anticorpos correlacionaram com uma diminuição da atividade da asparaginase.A incidência de anticorpos detectados depende muito da sensibilidade e especificidade do ensaio, as quais não foram totalmente avaliadas. Além disso, a incidência observada do anticorpo anti-asparaginase em um ensaio pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo amostragem do soro, ocasião, metodologia, medicações concomitantes, doença latente e grau de imunosupressão. Para essas reações, a comparação da incidência de anticorpos ao Asparaginase (substância ativa deste medicamento) com a incidência de anticorpos a outros produtos pode ser enganosa.

Em crianças com leucemia avançada, foi relatada incidência menor de anafilaxia com a administração intramuscular, embora houvesse uma incidência maior de reações de hipersensilidade mais leve do que com a administração intravenosa. Hipertermia fatal tem sido relatada. Pancreatite, às vezes fulminante, já ocorreu durante ou após a terapia com Asparaginase (substância ativa deste medicamento). Há referências de hiperglicemia com glicosúria e poliúria, embora em baixa incidência. Acetona, urinária e sérica, geralmente estão ausentes ou insignificantes nestes pacientes; portanto, esta síndrome assemelha-se à hiperglicemia não cetótica hiperosmolar induzida por vários outros agentes. Geralmente esta complicação responde à suspensão de Asparaginase (substância ativa deste medicamento), ao uso ponderado de líquidos intravenosos e insulina, mas pode eventualmente ser fatal. Além da hipofibrinogenemia, há relato de depressão de vários outros fatores da coagulação. Tem sido mais marcante a queda dos níveis séricos dos fatores V e VIII e a diminuição variável dos fatores VII e IX. Tem ocorrido, em incidência menor, diminuição das plaquetas circulantes que, com o aumento dos níveis séricos dos produtos de degradação da fibrina no soro, pode indicar o desenvolvimento de coagulopatia de consumo. Sangramentos têm sido um problema somente em uma minoria de pacientes com coagulopatia demonstrável. No entanto, têm sido relatadas hemorragias intracranianas e hemorragias fatais associadas a níveis baixos de fibrinogênio . Tem ocorrido também aumento da atividade fibrinolítica, aparentemente de natureza compensatória. Alguns pacientes têm apresentado efeitos no SNC que consistem de depressão, sonolência, fadiga , coma, confusão, agitação e alucinações, variando de alterações leves a graves. Raramente tem ocorrido uma síndrome tipo Parkinson , com tremores e aumento progressivo do tono muscular. Estes efeitos colaterais geralmente cedem espontaneamente, após a suspensão do tratamento. O tratamento com Asparaginase (substância ativa deste medicamento) está associado ao aumento da amônia sanguínea pela conversão de asparagina em ácido aspártico pela enzima. Não existe correlação clara entre o grau de elevação dos níveis da amônia sanguínea e o aparecimento de alterações do SNC. Podem ocorrer: calafrios, febre , náuseas, vômitos , anorexia , cólicas abdominais, perda de peso, cefaléia e irritabilidade, mas geralmente leves. Azotemia, geralmente pré-renal, ocorre freqüentemente. Insuficiência renal aguda e insuficiência renal fatal têm sido relatadas durante o tratamento. Ocorreu proteinúria, mas não freqüentemente. Há referência a uma variedade de anormalidades da função hepática, incluindo elevações da TGO, TGP, fosfatase alcalina, bilirrubinas direta e indireta e diminuição da albumina sérica , do colesterol (total e ésteres) e do fibrinogênio plasmático. Têm ocorrido elevações e diminuições de lípideos totais. Hipoalbuminemia acentuada associada a edema periférico foi relatada. Essas anomalias, no entanto, geralmente são reversíveis com a suspensão do tratamento e mesmo alguma reversão pode ocorrer durante o tratamento. Alterações gordurosas do fígado foram documentadas por biópsia . Síndrome da má absorção tem sido relatada. Raramente foi observada depressão transitória da medula óssea, evidenciada pelo atraso na normalização dos níveis de hematócrito e hemoglobina em pacientes em processo de remissão hematológica da leucemia. Há relato de leucopenia acentuada.

Este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para a comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico.

Interação medicamentosa

Estudos com cultura de tecidos e estudos animais indicam que Asparaginase (substância ativa deste medicamento) pode diminuir ou mesmo abolir o efeito do metotrexato sobre células malignas. Esse efeito sobre a atividade do metotrexato persiste enquanto os níveis plasmáticos da asparagina estiverem suprimidos. Estes resultados tendem a contra- indicar o uso clínico do metotrexato com Asparaginase (substância ativa deste medicamento) ou, mesmo, no período logo após o tratamento com Asparaginase (substância ativa deste medicamento), quando os níveis plasmáticos de asparagina ainda estão abaixo do normal.

Foi relatada interferência da L-asparaginase na interpretação dos testes funcionais da tireóide, por meio da produção de rápida e acentuada queda nas concentrações séricas da globulina carreadora de tiroxina (TBG), no período de dois dias após a primeira dose. As concentrações séricas de TGB retornaram aos níveis de pré-tratamento no período de quatro semanas da última dose de L-asparaginase.

Precauções

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) deve ser administrado a pacientes em hospitais sob supervisão médica, qualificada, com treinamento e experiência na administração de quimioterápicos para câncer , em razão da possibilidade de reações graves, incluindo anafilaxia e morte súbita. O médico deve estar preparado para tratar a anafilaxia a cada administração do medicamento. No tratamento de cada paciente, o médico deve analisar cuidadosamente a possibilidade de obter benefício terapêutico em relação ao risco de toxicidade. Procedimentos especiais de manuseio devem ser seguidos.

Reações alérgicas à asparaginase são freqüentes e podem ocorrer no ciclo inicial da terapia. Essas reações não são totalmente previsíveis com base no teste intradérmico. Têm havido casos de anafilaxia e óbito mesmo em recinto hospitalar com profissionais experientes. Uma vez que o paciente tenha recebido Asparaginase (substância ativa deste medicamento) como parte de um regime de tratamento, a repetição do tratamento com esse agente, posteriormente, aumenta o risco de reações de hipersensibilidade. Nos pacientes comprovadamente hipersensíveis à asparaginase, por meio do teste intradérmico e em pacientes que tenham sido tratados anteriormente com o medicamento, o tratamento somente deverá começar ou recomeçar após ter sido feita uma dessensibilização com êxito e, mesmo assim, só se o médico julgar que o possível benefício seja maior do que o elevado risco. A própria dessensibilização pode acarretar riscos. Em vista da imprevisibilidade das reações adversas à asparaginase, o seu uso deve ser realizado somente em recintos hospitalares. A asparaginase tem efeito adverso na função hepática na maioria dos pacientes. O tratamento com asparaginase pode agravar o comprometimento hepático preexistente, causado por tratamento prévio ou doença subjacente. Por isso, há uma possibilidade da asparaginase aumentar a toxicidade de outras medicações. A administração de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) por via intravenosa simultaneamente ou logo antes do uso de vincristina e prednisona pode estar associada com toxicidade aumentada.

Não há estudos de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) administrado por vias não recomendadas. Portanto, para segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intramuscular ou via intravenosa.

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) é um medicamento classificado na categoria de risco C na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento pode ter propriedades tóxicas e tanto o pó como a solução devem ser manuseados e administrados com cautela. Asparaginase (substância ativa deste medicamento) pode ser irritante aos olhos, à pele e ao trato respiratório superior. A inalação do pó ou vapores e o contato com a pele e as mucosas, especialmente dos olhos, devem ser evitados. Em caso de contato, lave com grande quantidade de água, solução salina ou solução salina balanceada para irrigação oftálmica por 15 minutos, seguida de avaliação oftalmológica imediata. Se ocorrer contato com a pele, a parte afetada deve ser lavada imediatamente com água e sabão e o indivíduo deverá ser submetido à avaliação médica imediatamente. Em caso de inalação, remover o indivíduo da exposição e submetê-lo à avaliação médica imediatamente. Em experimentos com animais, foi relatado que a asparaginase tem atividade imunossupressora. Deve-se, portanto, considerar a possibilidade de que o uso no homem pode predispor a infecções. Foi relatado que a toxicidade da asparaginase pode ser maior em adultos de que em crianças.

Estudos clínicos com Asparaginase (substância ativa deste medicamento) não incluíram número suficiente de indivíduos com idade a partir de 65 anos para determinar se eles teriam resposta diferente dos indivíduos jovens. Não têm sido identificadas diferenças na resposta entre pacientes jovens e idosos, em relação a outros eventos clínicos relatados. Em geral, a escolha da dose para um indivíduo idoso deve ser realizada com cautela, geralmente iniciando com a menor dose do intervalo de dosagem utilizado, considerando a grande freqüência de doença hepática, renal ou função cardíaca e de doenças concomitantes ou terapia com outros medicamentos.

Foi reportada maior toxicidade da asparaginase em adultos que em crianças.

Em camundongos e ratos, Asparaginase (substância ativa deste medicamento) mostrou retardar o ganho de peso de mães e fetos, quando dado em dose acima de 1.000 Ul/Kg (a dose humana recomendada). Foram observadas reabsorções, anormalidades grosseiras e anormalidades esqueléticas. A administração intravenosa de 50 -100 UI/kg (1/20 a 1/10 da dose humana) a coelhas prenhas no 8º e no 9º dia de gestação resultou em embriotoxicidade e anormalidades grosseiras dependentes da dose. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Asparaginase (substância ativa deste medicamento) só deve ser usado na gravidez se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto.

Não se sabe se o medicamento é secretado no leite materno. Como muitos medicamentos são eliminados desta forma e em razão do potencial para reações adversas graves em lactentes com Asparaginase (substância ativa deste medicamento), deve-se escolher entre descontinuar a lactação ou medicamento, levando em conta a importância do medicamento para a mãe.

A queda dos linfobIastos circulantes é freqüentemente muito marcante; as contagens de leucócitos, normais ou abaixo do normal, são freqüentemente observadas nos primeiros dias após o início da terapia. Estes valores podem estar acompanhados de elevação acentuada do nível sérico de ácido úrico. Deve-se ter em mente a possibilidade de se desenvolver nefropatia por ácido úrico. Medidas preventivas apropriadas devem ser tomadas como, por exemplo, alopurinoI, aumento de ingestão hídrica e alcalinização da urina. Para orientação quanto aos efeitos da terapia, devem ser controlados freqüentemente o hemograma e o mielograma. As dosagens de amiIase sérica devem ser feitas com freqüência para detectar sinais precoces de pancreatite. Se ocorrer pancreatite, o tratamento deve ser suspenso e não deve ser reiniciado. A glicemia deve ser controlada durante o tratamento com Asparaginase (substância ativa deste medicamento) pois pode ocorrer hiperglicemia.

A injeção intraperitonial de 2.500 UI/Kg/dia por 4 dias, em ratos suíços recém-nascidos, resultou em pequeno aumento nos adenomas pulmonares; a leucemia linfática não aumentou. L-asparaginase em concentrações de 152-909 UI/placa não foi mutagênica no teste de mutação microbiana AMES, com ou sem ativação metabólica. Não há estudos adequados sobre os efeitos da asparaginase sobre a fertilidade.

Ação/Efeitos das substâncias

Em um número significativo de pacientes com leucemia aguda, particularmente a leucemia linfocítica, as células malígnas dependem de uma fonte exógena de asparagina para sobreviver. As células normais, no entanto, são capazes de sintetizar asparagina de forma a serem menos afetadas pela rápida depleção produzida pelo tratamento com a enzima asparaginase. Este é um enfoque terapêutico único, com base em um defeito metabólico na síntese da asparagina de algumas células malígnas. Asparaginase (substância ativa deste medicamento), derivado da Escherichia coIi, é eficaz na indução de remissões em alguns pacientes com leucemia linfocítica aguda.

Um teste de dependência à asparaginase têm sido utilizado durante os estudos de investigação. Nesse teste foi demonstrado que as células Ieucêmicas obtidas de algumas culturas de medula óssea necessitavam de asparagina in vitro, indicando sensibilidade ao tratamento com asparaginase in vivo. Porém, dados atuais indicam que a correlação entre a dependência de asparagina nos referidos testes e a resposta final à terapia é suficientemente baixa para que o teste não seja recomendado como parâmetro para seleção de pacientes para tratamento.

Em um estudo em pacientes com câncer metastático e leucemia, os níveis plasmáticos iniciais de L- asparaginase, em seguida à administração intravenosa, foram correlacionados à dose. A administração diária resultou em aumento cumulativo dos níveis plasmáticos. A meia-vida plasmática variou de 8 a 30 horas, não parecendo haver influência da posologia, seja única ou repetida, nem podendo ser correlacionada com sexo, idade, superfície corpórea, função hepática ou renal, diagnóstico ou extensão da doença. O volume de distribuição aparente foi de aproximadamente 70 a 80% do volume plasmático estimado. Houve um lento movimento da asparaginase extracelular do espaço vascular para o extravascular. Foi detectada L-asparaginase na linfa. Os níveis Iiquóricos foram menores que 1% dos níveis plasmáticos. Apenas traços apareceram na urina. Em um estudo em que pacientes com leucemia e câncer metastático receberam L-asparaginase intramuscular, os níveis plasmáticos máximos de asparaginase foram alcançados 14 a 24 horas após a administração. A meia-vida plasmática foi de 39 a 49 horas. Não foi detectada asparaginase na urina.

Um estudo de um mês quanto à toxicidade intravenosa de Asparaginase (substância ativa deste medicamento) em cães, nas doses de 250, 1.000 e 2.000 UI/Kg/dia, revelou redução da proteína total sérica e da albumina com perda de peso na dosagem mais alta e anorexia, vômitos e diarréia em todas as dosagens. Um estudo semelhante em macacos, nas dosagens de 100, 300 e 1.000 Ul/kg/dia, também revelou redução das proteínas séricas totais e da albumina, acompanhada de perda de peso com a dose mais alta. Retenção de bromossulfaleína e alterações gordurosas do fígado foram observadas em macacos com as doses de 300 e de 1.000 UI/kg/dia. O coelho foi sensível de forma não habitual a Asparaginase (substância ativa deste medicamento), uma vez que uma dose de 1.000UI/kg causou hipocalcemia associada a necrose das células da paratireóide, convulsões e óbito em cerca de um terço (1/3) dos animais. Alguns coelhos que morreram apresentavam pequenos nódulos hemorrágicos no timo e nos nódulos linfáticos e necrose dos centros germinativos dos nódulos linfáticos e do baço. A administração intravenosa de gluconato de cálcio melhorou ou até mesmo evitou os efeitos adversos.

Foram observadas alterações das ilhotas pancreáticas (não caracterizando pancreatite), variando de edema até necrose nos estudos de toxicidade intravenosa aguda em coelhos (doses de 12.500 a 50.000 UI/kg), mas não foram vistas nos coelhos que receberam 1.000 Ul/kg. As alterações anatômicas e a hipocalcemia encontradas nos coelhos não foram observadas em estudos subagudos em cães e macacos.

Asparaginase (substância ativa deste medicamento) foi avaliado como parte da terapia de combinação para indução da primeira remissão em 823 pacientes da pediatria com leucemia linfoblástica aguda ou leucemia indiferenciada aguda previamente não tratada, a uma dose de 6.000 UI/m² administrada por via intramuscular, 3 vezes por semana, em um total de 9 doses. Dos 815 pacientes avaliados, 758 (93%) obtiveram uma remissão completa. Essa taxa de resposta representa um aumento estatisticamente significativo no número de pacientes que conseguiram uma remissão completa quando comparado com os resultados de um estudo anterior em uma população semelhante de pacientes que utilizou os mesmos componentes da terapia de combinação sem o Asparaginase (substância ativa deste medicamento). O efeito adverso mais conveniente observado foi a L-asparaginase induzindo a hiperglicemia que ocorreu em, aproximadamente, 2,5% dos pacientes tratados. Outros efeitos adversos relatados incluíram pequenas reações alérgicas, hipofibrinogenemia e pancreatite aguda. Vinte e seis (3,2%) dos 815 pacientes avaliáveis morreram durante a fase de indução, principalmente devido à infecção. No entanto, a adição do Asparaginase (substância ativa deste medicamento) não aumentou de maneira significativa a taxa de morbidade ou de mortalidade do regime de indução padrão.

Interação alimentar

Não foram descritas interações com alimentos e com álcool.