Princípio/forma ativa - Bula - Ácido Hialurônico
Ácido Hialurônico está indicado para tratamento de situações em que é necessário acelerar o processo de recuperação da pele. Atua como adjuvante no processo de cicatrização de feridas pouco granulosas e de recuperação lenta, como: úlceras de estase (varicosas e pósflebíticas), úlceras de decúbito (escaras); úlceras tróficas e tórpidas, além de úlceras crônicas em pacientes diabéticos.
O Ácido Hialurônico (substância ativa deste medicamento) é contra-indicado em pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer um dos seus componentes.
Antes de cada aplicação é aconselhável rigorosa assepsia do local a ser tratado.
Realizar 1 a 3 aplicações tópicas ao dia, até que se obtenha a resolução total da lesão. Caso haja esquecimento de uma aplicação, administrar o medicamento assim que possível e seguir com as demais aplicações, conforme horários previamente estabelecidos.
É possível a ocorrência de fenômenos de sensibilização. Todavia, sua frequência ainda não está bem estabelecida.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há evidências de interação de Ácido Hialurônico com antibióticos e outros medicamentos de uso tópico.
Ácido Hialurônico não possui atividade antibiótica. Assim, seu uso em feridas francamente infectadas deve ser associado a antibioticoterapia adequada, de caráter tópico ou sistêmico, conforme as necessidades do paciente. Preferencialmente, a resolução do quadro infeccioso deve anteceder o uso do produto.
Aconselha-se assepsia rigorosa antes de cada aplicação tópica. O uso do produto, quando prolongado, pode dar origem a fenômenos de sensibilização. Na ocorrência de qualquer reação desagradável, é necessário interromper o tratamento e procurar orientação médica.
Em se tratando de pacientes adultos, não há contra-indicação relativa a faixas etárias. Também não se observaram diferenças nos perfis de eficácia e segurança relacionados à idade do paciente.
Categoria de risco “B”na gravidez; ou seja, os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas não há estudos controlados em mulheres grávidas
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Estudos clínicos avaliando a eficácia de Ácido Hialurônico em lesões de pele demonstraram que este é capaz de melhorar o processo de reparação tissular, reduzir o tempo de cura, prevenir a formação de quelóides e tecido cicatricial retrátil.
Úlceras crônicas compararam a eficácia de Ácido Hialurônico com o tratamento por campos eletromagnéticos por pulsos e à terapia padrão em pacientes acometidos de úlceras de pressão (escaras) durante 30 dias. Ácido Hialurônico reduziu significativamente a dimensão, melhorando os índices de cura em relação aos demais grupos experimentais.
Ácido Hialurônico demonstrou efeito terapêutico superior ao de outras terapias tópicas no tratamento de 43 pacientes portadores de úlceras cutâneas por insuficiência vascular e póstraumáticas. Neste estudo, houve desenvolvimento de tecido de granulação em todos os pacientes tratados com Ácido Hialurônico em período de tempo significativamente menor que o do grupo controle.
O ácido hialurônico condiciona fisiologicamente os eventos celulares indispensáveis ao processo de regeneração tecidual, auxiliando nos processos de cicatrização e renovação epitelial, quando há necessidade de reparação cutânea.
A aplicação local otimiza a atividade dos principais elementos celulares relacionados ao processo de reparação cutânea. Assim, o ácido hialurônico aumenta a migração de neutrófilos e macrófagos para o local da lesão, aumentando a capacidade fagocítica de ambos.
A migração, proliferação e atividade de miofibroblastos e fibroplastos é acentuada pela presença do ácido hialurônico, conforme demonstram vários estudos. Paralelamente, o ácido hialuronico é capaz de aumentar a proliferação de células endotelias, favorecendo a angiogênese e, conseqüentemente, melhorando as condições de aporte sanguineo à área lesada.
Após distribuição sistêmica, sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 10 minutos, sendo bem metabolizado pelo fígado . Após o uso tópico, detectam-se níveis plasmáticos moderados de ácido hialurônico. Este fato revela reduzida absorção percutânea e permanência máxima do fármaco a nível local, onde deve desenvolver sua ação terapêutica.