Princípio/forma ativa - Bula - Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio
Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio é indicado para reduzir o risco de ataques isquêmicos transitórios recorrentes (AITs); nos pacientes com histórico de isquemia cerebral transitória devido à embolia fibrinoplaquetária, assim como para reduzir o risco de infarto do miocárdio (IM), fatal ou não; nos pacientes com história de infarto prévio ou de angina pectoris instável. Prevenção de trombose coronariana em pacientes com fatores de risco, prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar .
Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio é também indicado como medicação analgésica, antitérmica e anti-inflamatória. Utilizado para o alívio das dores de cabeça, mal-estar, febre das gripes e dos resfriados comuns, e nas condições febris de maneira geral; nas dores musculares fortes a moderadas; no alívio temporário das dores moderadas da artrite , reumatismo , lumbago, ciática; nas dores de dente, neuralgias e neurites; nas dores funcionais da menstruação; na insônia decorrente de estados dolorosos leves; no mal-estar e nas febres pós-imunizações.
Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio é contraindicado a todos os pacientes com hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a qualquer componente da fórmula e a produtos que contenham anti-inflamatórios não esteroidais (por exemplo: diclofenaco , piroxicam , meloxicam , dipirona, paracetamol , ibuprofeno , nimesulida ), medicamentos usados para controlar a inflamação.
Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio também é contraindicado na asma induzida pela administração de salicilatos, úlceras pépticas ativas, diátese hemorrágica, no último trimestre da gravidez, em combinação com metotrexato em dose de 15 mg/semana ou mais, síndrome de Reye e doença viral.
Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio comprimido revestido deve ser ingerido com um pouco de líquido, durante ou após as refeições.
Dose diária de 81 a 162 mg.
Dose diária de 81 a 162 mg.
Dose imediata de 81 a 325 mg, seguida por dose diária de 81 a 162 mg.
Iniciar com dose diária de 162 a 325 mg, e manter indefinidamente com 81 a 162 mg/dia.
Dose diária de 81 a 325 mg.
Iniciar com dose diária de 162 a 325 mg, preferencialmente nas primeiras 48 horas do evento.
Dose diária de 81 a 325 mg.
Dose diária de 81 a 325 mg.
Dose diária de 81 a 200 mg ou 325 mg em dias alternados.
2 comprimidos de 325 mg inicialmente como dose de ataque e 1 comprimido de 325 mg a cada 6 ou 8 horas como manutenção.
A critério médico.
1 comprimido.
1 a 2 comprimidos.
2 a 3 comprimidos.
4 a 5 comprimidos.
Estas doses podem ser repetidas até 3 vezes ao dia, podendo variar segundo orientação médica.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
A superdose por salicilatos pode resultar de uma superdose aguda ou intoxicação crônica. Mesmo na ausência de sinais ou sintomas de uma intoxicação, procurar imediatamente um médico ou um Centro de Intoxicações.
O tratamento da intoxicação com o ácido acetilsalicílico depende da extensão, do estágio e dos sintomas clínicos do quadro.
Alterações graves do equilíbrio ácido-básico que são complicadas com hipertermia e desidratação . Alcalose respiratória ocorre mais cedo enquanto a hiperventilação está presente, mas é rapidamente seguida por acidose metabólica. Hipoglicemia, erupções de pele, zumbido, náuseas, vômitos, distúrbios visuais e auditivos, cefaléia, tontura , confusão e hemorragia gastrointestinal também podem ocorrer.
Em casos de intoxicação aguda, recomendam-se as medidas usuais para reduzir a absorção do princípio ativo, para acelerar a excreção e monitorar o balanço hídrico e eletrolítico e para normalizar a temperatura e a atividade respiratória.
Em caso de superdose acidental, procurar auxílio médico imediatamente.
A intoxicação em idosos e, sobretudo em crianças pequenas (superdose terapêutica ou envenenamento acidental, que é freqüente) deve ser temida, pois pode ser fatal.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Nos dois primeiros trimestres da gravidez, Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio só deverá ser usado por recomendação médica, em casos de absoluta necessidade.
No caso de Dengue deve-se evitar o uso de Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
O ácido acetilsalicílico não deve ser utilizado em pacientes predispostos a dispepsias ou portadores de alguma lesão da mucosa gástrica conhecida.
Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio mesmo em doses baixas pode aumentar o tempo de sangramento, principalmente em hemofílicos, deficientes de vitamina K, doenças hepáticas e pessoas que estejam fazendo uso de anticoagulante .
A administração deve ser cautelosa nos pacientes com função renal comprometida, particularmente nas crianças, e sempre que o paciente estiver desidratado.
Pacientes que consomem três ou mais doses de bebida alcoólica todos os dias estão sujeitos a hemorragia caso utilizem este medicamento.
Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio não deve ser utilizado por períodos prolongados sem a orientação médica.
Durante a gravidez ou amamentação, consulte seu médico antes de utilizar Ácido Acetilsalicílico + Glicinato de Alumínio + Carbonato de Magnésio. Sabe-se que o ácido acetilsalicílico, quando administrado continuamente e em altas doses, pode provocar problemas no parto e/ou no recém-nascido. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término. Informar ao médico se estiver amamentando.
Crianças ou adolescentes não devem usar esse medicamento para catapora ou sintomas gripais antes que um médico seja consultado sobre a síndrome de Reye, uma rara, mas grave doença associada a esse medicamento.
O estudo ISIS-2 avaliou, de forma randomizada, a aspirina comparada com placebo e os efeitos separados e combinados de estreptoquinase (SK) IV e aspirina oral em 17.187 pacientes com IAM. Demonstrou-se uma redução relativa da mortalidade de 23% (2p<0,00001) no grupo aspirina, de 25% (2p<0,00001) no grupo SK, e de 42% (2p<0,00001) no grupo aspirina e SK combinados, comparados com o grupo controle.
A aspirina acrescentou benefício à SK em todos os subgrupos examinados. No seguimento de quatro anos houve manutenção do benefício. Uma revisão sistemática dos estudos randomizados de terapia antiplaquetária, avaliando os efeitos da aspirina no período pósinfarto para determinar a incidência de eventos vasculares (óbito vascular, IAM não-fatal ou AVC não-fatal), demonstrou em cerca de 20 mil pacientes com história prévia de IAM, uma redução significante de 31% do risco de reinfarto não fatal (2p< 0,00001. Esses dados indicam que a aspirina deve ser utilizada em todos os pacientes com IAM, com início mais precoce possível e seu uso mantido por longo prazo. 1
Em estudo realizado para avaliar a eficácia e tolerabilidade da aspirina versus placebo, concluiu-se que uma dose de 1000 mg de aspirina foi eficaz e segura no tratamento da enxaqueca aguda em pacientes adequadamente selecionados. 2
Referências Bibliográficas:
1Avezum, Á.; Cavalcanti, A.B.; Sousa, A. G.; Farsky, P. S. e Knobel, M.. Terapêutica adjuvante no infarto agudo do miocárdio: recomendações baseadas em evidências. Revista Ass. Méd. Brasil 2000; 46(4): 363-8.
2Richard, B.; Lipton, M.D.; Goldstein, M.D. ET AL. A aspirina é eficaz para o tratamento da enxaqueca aguda. Headache 2005; 45:283-292.
O ácido acetilsalicílico é absorvido no trato gastrointestinal e amplamente distribuído para todos os tecidos e fluidos corporais, inclusive no sistema nervoso central , no leite materno e nos tecidos fetais. As concentrações mais altas são encontradas no plasma, fígado , córtex renal, coração e pulmões. A ligação dos salicilatos às proteínas plasmáticas é dependente da concentração. Em doses baixas (< 100 mcg/ml), aproximadamente 90% do salicilato no plasma estão ligados à albumina, enquanto que em concentrações mais altas (> 400 mcg/ml), somente 75% estão ligados.
Ele é rapidamente hidrolisado no plasma em ácido salicílico , tanto que seus níveis plasmáticos são essencialmente indetectáveis após 1 - 2 horas da ingestão da dose. O ácido salicílico tem meia-vida plasmática de aproximadamente 6 horas. Para doses tóxicas seguidas (10 – 20 g) a meia-vida plasmática pode ser aumentada para mais de 20 horas. A taxa de eliminação da droga é constante em relação à concentração plasmática. A excreção renal da droga inalterada depende do pH urinário. Na medida em que o pH urinário chega em torno de 6,5, o clearance renal do salicilato livre aumenta de menos de 5% para mais de 80%.
O ácido acetilsalicílico afeta a agregação plaquetária pela inibição irreversível da cicloxigenase. Este efeito perdura por toda a vida plaquetária, prevenindo a formação do fator tromboxano A2, responsável pela agregação plaquetária.
A administração de ácido acetilsalicílico em conjunto com agentes tamponadores pode reduzir a incidência de efeitos colaterais, além de teoricamente promoverem o aumento do pH gástrico, elevando o percentual de ácido acetilsalicílico na forma ionizada, o que evita ou minimiza a irritação direta da mucosa gástrica. Uma outra vantagem está no fato das formulações de ácido acetilsalicílico tamponado serem absorvidas mais rapidamente do que as não-tamponadas, o que se deve a uma taxa de dissolução mais rápida e a um esvaziamento gástrico mais rápido.
Estudo realizado comparando uma formulação contendo 325 mg de ácido acetilsalicílico com outra contendo 325 mg de ácido acetilsalicílico + 100 mg de hidróxido de magnésio + 50 mg de succinato de alumínio mostrou biodisponibilidade equivalente entre ambas, além da formulação tamponada ter atingido pico de concentração plasmática mais rapidamente. Estes resultados estiveram associados a uma maior taxa de dissolução e a um maior valor de pH com a formulação tamponada, quando comparada à formulação usual. (1)
Outro estudo comprovou que o ácido acetilsalicílico tamponado com glicinato de alumínio e carbonato de magnésio mostrou, após 2 horas, nível de salicilato idêntico a dois tipos de comprimidos de ácido acetilsalicílico sem antiácidos , e que este nível era atingido mais rapidamente com os comprimidos tamponados. (2)
O ácido acetilsalicílico age como analgésico através de mecanismo central e periférico e como antipirético devido ao seu efeito sobre o centro termorregulador.
O ácido acetilsalicílico inibe a síntese das prostaglandinas e de tromboxano A2, prevenindo a agregação plaquetária responsável pela formação de trombos, que podem estar relacionados com o infarto do miocárdio e com acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
O glicinato de alumínio e o carbonato de magnésio, dois potentes antiácidos, interagem entre si constituindo um sistema tampão que evita a ação gastrolesiva do ácido acetilsalicílico, promovendo ao mesmo tempo, sua absorção em velocidade duas vezes maior.