Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol

Princípio/forma ativa - Bula - Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol

Para que serve?

Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol é indicado para alívio de dores como: dor de cabeça , dor provocada pelo resfriado e sinusite ; artrites; dores musculares, dor de dente e dismenorréia (cólicas pré-menstrual e menstrual) e enxaqueca.

Contraindicação

Não use outro medicamento que contenha paracetamol.

Este medicamento é contra-indicado para menores de 12 anos de idade.

Posologia e como usar

Tomar 2 comprimidos um copo de água, podendo repetir a dose cada 6 horas, não administrar mais de 8 comprimidos em 24 horas.

Tomar apenas uma dose de 2 comprimidos em 24 horas. Se após uma dose a enxaqueca persistir, consulte um médico.

O incío de ação ocorre aproximadamente em 15 minutos após a administração oral.

O tempo de ação deste medicamento poderá variar de paciente para paciente.

Reações Adversas

Reações alérgicas, zumbido nos ouvidos, perda da audição, a área da dor fica vermelha ou inflama.

Se aparecer qualquer um destes efeitos indesejáveis, o tratamento deve ser suspenso e o paciente deverá consultar um médico.

Em caso de alergia, deverá procurar um médico imediatamente.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Riscos

Não use este medicamento em caso de gravidez, gastrite ou úlcera do estômago e suspeita de dengue ou catapora . Não use junto com outros medicamentos que contenham paracetamol, com álcool, ou em caso de doença grave do fígado .

Interação medicamentosa

As interações medicamentosas e com outras substâncias são bem conhecidas e não há indicações de que eles podem mudar com o uso combinado. Não há interações relevantes de segurança entre ácido acetilsalicílico e paracetamol.

Um aumento do pico das concentrações de salicilato no plasma pode ser produzido pela ingestão concomitante de metoclopramida , dipiridamol ou metoprolol . De forma inversa, os corticosteróides e contraceptivos orais pode reduzir os níveis plasmáticos devido ao aumento da eliminação de salicilato. A depuração renal de ácido acetilsalicílico também pode aumentar com os antiácidos e adsorbantes por conta da alcalinização da urina.

O ácido acetilsalicílico compete pelos sítios combinatórios das proteínas plasmáticas com outros fármacos como a antivitamina K e antiinflamatórios não esteroidais (AINES: diclofenaco , cetoprofeno , naproxeno , etc) O ácido acetilsalicílico pode melhorar a atividade de vários fármacos, por exemplo, metotrexato , fenitoína e valproato devido a redução da depuração renal. Existe também um efeito anticoagulante acumulativo na co-administração de ácido acetilsalicílico com heparina , trombolíticos, anticoagulantes orais ou outros antiagregantes plaquetários. Em contrapartida, o ácido acetilsalicílico pode diminuir os efeitos dos uricosúricos, tais como o probenecida e sulfinpirazona.

As interações medicamentosas com paracetamol geralmente são menores e só se tornam significativas quando os fármacos concomitantes têm baixo índice terapêutico, tais como os anticoagulante (por exemplo, varfarina e cumarina ) e anticonvulsivantes. O uso concomitante de paracetamol com AINES possivelmente aumentará o risco de efeitos adversos renais. O paracetamol prolonga a meia-vida do cloranfenicol .

O probenecida interfere com o metabolismo do paracetamol.

A evidência mais recente sustenta que a hepatotoxicidade do paracetamol não aumenta com fármacos antiepilépticos, fenobarbital , fenitoína ou carbamazepina . Os tratamentos para a tuberculose , isoniazida e rifampicina aumentam a hepatotoxicidade do paracetamol.

A cafeína interage com outros fármacos que participam na via do citocromo P450 hepático. Poderá aumentar a meia-vida de eliminação da cafeína, assim como reduziu depuração com alguns agentes antibacterianos (ciprofloxacina, enoxacina e ácido pipemídico ), o antifúngicos terbinafina e contraceptivos orais. O antidepressivo fluvoxamina é um potente inibidor do citocromo hepático que metaboliza a cafeína (CYP1A2) e também prolonga significativamente a meia-vida de eliminação da cafeína.

Foi relatado o efeito oposto com fenitoína fenilpropanolamina. A cafeína antagoniza os efeitos hipnóticos do diazepam . A cafeína e clozapina podem interagir através de ambos mecanismos, farmacocinéticos e farmacodinâmicos, e pode aumentar a depuração renal do lítio .

Precauções

Asma , problemas de coagulação, úlceras ou problemas estomacais como acidez, desconforto gástrico e dor de estômago que não se cura ou é recorrente.

Dor de cabeça forte (enxaqueca) nunca antes diagnosticada,dores de cabeça fortes (enxaqueca) diferentes das usuais, febre e rigidez do pescoço, dores de cabeça que iniciaram por uma lesão na cabeça, esforço, tosse ou flexão; primeira dor de cabeça depois de 50 anos de idade; dores de cabeças diárias, dor de cabeça tão severa que requer repouso, problemas ou efeitos secundários sérios ao tomar outro medicamento redutor da dor ou febre, vômito causado pela dor de cabeça.

Anticoagulantes ou medicamentos utilizados para tratar diabetes , gota ou artrite ; qualquer outro medicamento que contenha paracetamol, ácido acetilsalicílico ou qualquer outro redutor da dor ou febre.

O paciente não deverá exceder a dose recomendada, não usar Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol por mais de 5 dias para dor ou 3 dias para febre, sem consultar um médico.

Se os sintomas persistirem ou piorarem, ou se apresentar novos sintomas, o paciente deverá consultar um médico.

O ácido acetilsalicílico pode causar uma reação alérgica grave que inclui erupções, inflamação facial, asma ou choque.

O uso de altas doses de paracetamol pode provocar danos hepáticos graves.

Crianças ou adolescentes não devem usar este medicamento para catapora ou sintomas gripais antes que um médico seja consultado sonre a síndrome de reye, uma rara, mas grave doença associada a este medicamento.

Atenção: Este medicamento contém corantes que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.​

As bebidas alcoólicas deverão ser evitadas, uma vez que a combinação do álcool com paracetamol e ácido acetilsalicílico pode causar danos hepáticos e sangramento no estômago. Por esta razão, o paciente que consome três ou mais doses de bebida alcoólica por dia, deverá consultar um médico antes de usar Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol.

A dose recomendada para este produto contém aproximadamente tanta cafeína quanto uma xícara de café. Ao tomar este medicamento, o paciente deverá limitar o uso do medicamentos, alimentos ou bebidas que contenham cafeína, uma vez que a cafeína pode causar nervosismo, irritabilidade, insônia e ocasionalmente aumento dos batimentos cardíacos.

Recomenda-se precaução quando utilizado em pacientes grávidas. A exposição in útero do ácido acetilsalicílico está associada a hipertensão pulmonar persistente.

Não utilizar ácido acetilsalicílico durante os últimos 3 meses de gravidez, a menos que indicado pelo médico, pois poderá causar problemas no feto ou complicações durante o parto.

O uso excessivo de ácido acetilsalicílico durante os últimos 3 meses de gestação pode aumentar a duração da gravidez, prolongar o trabalho ou causar outros problemas durante o parto. O uso regular de ácido acetilsalicílico, no final da gravidez pode causar efeitos indesejados sobre o coração ou o fluxo sanguíneo do feto ou recém-nascido.

Foram relatadas hemorragias e complicações hemorrágicas associadas com salicilato em bebês cujas mães consumiram ácido acetilsalicílico durante a gravidez.

É recomendado que as mulheres grávidas diminuam ao mínimo a ingestão de cafeína, porque há dados controversos do efeito da cafeína sobre o feto, incluindo perda fetal durante a gravidez.

Ácido Acetilsalicílico + Cafeína + Paracetamol não é recomendada durante a lactação. Uma vez que o ácido acetilsalicílico aparece no leite materno, existe um risco potencial de síndrome de Reye e hipoprotrombinemia em recém-nascidos com deficiência de vitamina K. A cafeína também aparece no leite materno e pode estar associada a irritabilidade e dificuldade do sono, uma vez que o recém-nascido a libera lentamente.

Não foram realizados estudos sobre o efeito na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

Os idosos são mais sensíveis aos efeitos adversos dos medicamentos e por isso deverão seguir as indicações de seu médico durante o tratamento.

Resultados da eficácia

A análise combinada dos resultados de 3 estudos clínicos avaliaram a eficácia da combinação ácido acetil salicílico, paracetamol e cafeína em comparação ao placebo no tratamento da cefaléia e dor de cabeça quanto a redução da intensidade de dor e alívio da dor. A intensidade da dor nestes pacientes apresentou reduções em 59.3% deles versus 32.8% daqueles em placebo (p<0.001) duas horas após o uso da medicação.

Após 6 horas, 50.8% dos pacientes que utilizaram o ácido acetil salicílico estavam sem dor enquando apenas 23.5% dos que utilizaram placebo encontravam-se sem dor (p<0.001).

Consistente com estes dados, a redução da intensidade da dor e alívio da dor assim como todos os pontos secundários de avaliação de eficácia, também demonstraram a superioridade da combinação em relação ao sumatriptano, ibuprofeno ou seus componentes utilizados separadamente.

Em 6 estudos controlados com placebo ou medicação ativa demonstraram de forma consistente a eficácia para a indicação cefaléias e dor de dente. Em todos os estudos, a combinação demonstrou ser consistentemente superior ao placebo ou comparadores ativos quanto à redução da intensidade da dor ou alívio da dor durante o período de observação.

Nos estudos em pacientes com dor de dente, aproximadamente 10% mais pacientes estavam livres da dor 2 horas após a administração em comparação ao usuários de paracetamol isoladamente e 20% mais pacientes quando comparado ao placebo. De acordo com estes estudos demonstra-se que a combinação ácido acetil salicílico, paracetamol e cafeína é um tratamento efetivo para algias e dores menores.

Os resultados pré-clínicos da combinação de ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína não demonstram nenhuma sinergia de toxicidade aguda.

A toxicidade aguda por administração oral (DL50) em roedores e não roedores foi 920- 4000 mg / kg para o ácido acetilsalicílico. Os principais sinais de toxicidade foram hemorragias e úlceras gástricas. Os dados não clínicos disponíveis indicam que o ácido acetilsalicílico não é mutagênico, exceto em doses mais elevadas que as do produto em questão e não é carcinogênico. Não foi relatada nenhum efeito do ácido acetilsalicílico sobre a fertilidade. Existe evidência de potencial fetotóxico e teratogênico em doses maternas tóxicas.

Os dados não clínicos disponíveis indicam que o paracetamol não é teratogênico, mutagênico e carcinogênico. A toxicidade aguda por administração oral (DL50) em roedores e não roedores foi 760 – 3900 mg/kg. Os principais sinais de toxicidade hepáticas foram lesões/necroses centrolobular. A superdose pode causar toxicidade hepática grave.

A toxicidade aguda por administração oral (DL50) em roedores e não roedores foi 155-2300 mg / kg de cafeína. Os principais sinais de toxicidade foram as alterações do sistema nervoso central e cardiovascular. Os dados não clínicos disponíveis indicam que não é mutagênico ou carcinogênico.

Características Farmacológicas

Este medicamento é uma combinação de ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína. O paracetamol atua tanto como agente analgésico como antipirético, o ácido acetilsalicílico proporciona ação analgésica adicional e antiinflamatória por causa da inibição da síntese de prostaglandina. A cafeína exerce um efeito adjuvante sobre o paracetamol e ácido acetilsalicílico.

Em geral, a absorção é rápida e total após administração oral. É hidrolisado para salicilato, principalmente no trato gastrintestinal, fígado e sangue; o salicilato é metabolizado principalmente no fígado.

É facilmente absorvido a partir do trato gastrintestinal, as concentrações máximas de pico plasmático ocorrem de 30 minutos a 2 horas após a ingestão. É metabolizado no fígado e excretado na urina, principalmente como conjugado glucurônico e sulfato.

Menos de 5% da dose é excretada como paracetamol inalterado. A meia-vida de eliminação varia de 1 a 4 horas. A ligação às proteínas plasmáticas é desprezível nas concentrações terapêuticas habituais, mas aumenta em concentrações mais elevadas.

Oxidases hepáticas de função mista produzem um metabólito hidroxilado, normalmente em pequena quantidade, e que geralmente perde a toxicidade mediante a conjugação com glutationa hepática. Esse metabólito pode acumular-se após a superdose de paracetamol e produzir dano hepático.

É absorvida de maneira rápida e completa após administração oral, produzindo pico plasmático entre 5 e 90 minutos após a dose em indivíduos em jejum. Não há provas de metabolismo pré-sistêmico. Nos adultos, a eliminação ocorre principalmente através do metabolismo hepático.

Em adultos, há uma acentuada variabilidade individual na taxa de eliminação. A média de meia-vida de eliminação plasmática é de 4,9 horas com um intervalo de 1,9 -12,2 horas. A cafeína é distribuída em todos os fluidos corporais. A média de ligação da cafeína às proteínas plasmáticas é de 35%. A cafeína é metabolizada quase por meio de oxidação, desmetilação e acetilação, e é excretada na urina. Os principais metabólitos são 1-metilxantina, 7-metilxantina, 1,7-dimetilxantina (paraxantina). Os metabólitos menores incluem ácido 1- metilúrico e 5-acetil-amino 6-formilamina-3-metil uracilo.

Por causa da combinação dos três ingredientes ativos, a quantidade de cada um é baixa. Portanto, não existe uma saturação dos processos de eliminação com os conseqüentes riscos de aumento de meia-vida e toxicidade. A absorção dos três princípios ativos é rápida, tal como descrito nas propriedades farmacocinéticas individuais. Não foram observadas interações.