Acetato de Nomegestrol + Estradiol

Princípio/forma ativa - Bula - Acetato de Nomegestrol + Estradiol

Acetato de Nomegestrol + Estradiol - Para que serve?

Anticoncepção oral.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol: Contraindicação de uso

Os anticoncepcionais hormonais combinados (AHCs) não devem ser utilizados na presença de qualquer uma das condições listadas a seguir.

Como nenhum dado epidemiológico de anticoncepcionais hormonais combinados orais (AHCOs) contendo 17β-estradiol está disponível ainda, as contraindicações para AHCs contendo etinilestradiol são consideradas aplicáveis ao uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol . Caso qualquer uma das condições apareça pela primeira vez durante o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol, o medicamento deverá ser interrompido imediatamente.

Este medicamento é contraindicado para uso durante a gravidez ou em caso de suspeita de gravidez.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol: Posologia e como usar

Os comprimidos devem ser tomados todos os dias aproximadamente no mesmo horário independentemente das refeições. Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido, conforme necessário, e na ordem estabelecida na cartela. São fornecidos adesivos marcados com os 7 dias da semana. A mulher deve escolher o adesivo que começa com o dia em que ela começa a tomar os comprimidos e colá-lo na cartela.

Deve-se começar a tomar os comprimidos no primeiro dia do ciclo natural da mulher (ou seja, o primeiro dia de menstruação). Fazendo assim, nenhuma medida anticonceptiva adicional é necessária. Pode-se começar nos dias 2-5, mas durante a primeira cartela de comprimidos um método de barreira deve ser utilizado até que a mulher tenha completado 7 dias de tomada de comprimidos brancos sem interrupção (veja Figura 1).

A mulher deve iniciar Acetato de Nomegestrol + Estradiol de preferência no dia seguinte ao da administração do último comprimido ativo (o último comprimido que contém as substâncias ativas) do AHCO utilizado anteriormente, ou o mais tardar, no dia seguinte ao do intervalo habitual sem tratamento ou do comprimido placebo de seu tratamento anterior com AHCO. No caso de anel vaginal ou adesivo transdérmico, a mulher deve iniciar o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol de preferência no dia da retirada do anel ou do adesivo, ou o mais tardar, no dia em que a aplicação seguinte deveria ser realizada.

A troca da minipílula pode ser feita em qualquer dia e Acetato de Nomegestrol + Estradiol deve ser iniciado no dia seguinte. Implante ou SIU podem ser retirados em qualquer dia e a troca por Acetato de Nomegestrol + Estradiol deve ser feita no dia de sua retirada. No caso de medicamento injetável, deve-se iniciar o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol no dia em que seria administrada a próxima injeção.

Em todos esses casos, a mulher deve ser aconselhada de que é necessária a utilização de um método anticonceptivo adicional de barreira até que tenha completado 7 dias de tratamento ininterrupto com os comprimidos brancos ativos.

Pode-se iniciar imediatamente. Nesse caso, não há necessidade da utilização de um método anticonceptivo adicional.

A mulher deve ser orientada a iniciar entre os dias 21 e 28 após o parto ou aborto no segundo trimestre de gestação. Quando iniciar depois desse período, a mulher deve ser orientada a utilizar um método anticoncepcional adicional de barreira durante os primeiros 7 dias de tratamento ininterrupto com o comprimidos brancos ativos. No entanto, se a mulher já tiver mantido alguma relação sexual antes de iniciar o tratamento, deve-se descartar a possibilidade de gravidez antes de ela iniciar o uso do AHCO, ou então, deve-se esperar que ocorra a primeira menstruação para iniciar o tratamento anticoncepcional.

Para lactantes, veja item " Quais cuidados devo ter ao usar o Acetato de Nomegestrol + Estradiol? – Gravidez e lactação".

Ao reiniciar o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol, o risco aumentado de TEV durante o período pós-parto deve ser considerado.

Figura 1

A mulher deve tomar o comprimido branco esquecido assim que se lembrar, mesmo se isso significar a administração de dois comprimidos ao mesmo tempo. Ela deve, então, continuar a tomar os comprimidos seguintes no horário habitual. Além disso, um método de barreira como, por exemplo, um preservativo deve ser utilizado até que ela tenha completado 7 dias de tratamento ininterrupto com os comprimidos brancos ativos. Se a mulher tiver mantido relação sexual nos 7 dias anteriores, a possibilidade de gravidez deve ser considerada.

A mulher deve tomar o último comprimido branco esquecido assim que se lembrar, mesmo se isso significar a administração de dois comprimidos ao mesmo tempo. Ela deve, então, continuar tomando os comprimidos seguintes no horário habitual. Considerando que a mulher tenha tomado os comprimidos corretamente durante os 7 dias anteriores ao do comprimido esquecido, não há necessidade de ela utilizar precauções contraceptivas adicionais. No entanto, caso ela tenha se esquecido de tomar mais de um comprimido, ela deverá ser orientada a utilizar precauções adicionais até que tenha tomado os comprimidos brancos por 7 dias ininterruptos.

O risco de confiabilidade reduzida é iminente por causa da proximidade à fase de uso dos comprimidos amarelos de placebo. Entretanto, ajustando-se o esquema de ingestão dos comprimidos, a proteção anticonceptiva reduzida ainda pode ser evitada. Ao aderir a uma das duas opções seguintes não há, portanto, necessidade de utilizar precauções contraceptivas adicionais, contanto que durante os 7 dias anteriores ao do esquecimento do primeiro comprimido, a mulher tenha tomado todos os comprimidos corretamente. Se este não for o caso, ela deverá adotar a primeira dessas duas opções e utilizar precauções adicionais pelos 7 dias seguintes.

Caso a mulher se esqueça de tomar os comprimidos e posteriormente não apresente sangramento de privação na fase de uso dos comprimidos de placebo, a possibilidade de gravidez deverá ser considerada.

Atenção: se a mulher não tiver certeza do número ou da cor dos comprimidos esquecidos e de qual orientação seguir, um método de barreira deve ser utilizado até que ela tenha completado 7 dias de tratamento ininterrupto com os comprimidos brancos ativos.

A proteção anticonceptiva não fica reduzida. Os comprimidos amarelos da última (4a) fileira da cartela podem ser desconsiderados. No entanto, os comprimidos esquecidos devem ser descartados para evitar o prolongamento não intencional da fase de comprimidos de placebo.

Em caso de distúrbios gastrintestinais graves (por exemplo, vômitos e diarreia ), a absorção das substâncias ativas pode não ter sido completa e devem ser adotadas medidas anticonceptivas adicionais.

Se ocorrer vômito dentro de 3 a 4 horas após a ingestão do comprimido branco, o comprimido deve ser considerado como esquecido e um novo comprimido deve ser tomado o mais rapidamente possível. O novo comprimido deve ser tomado em até 24 horas do horário habitual de tomada dos comprimidos, se possível. O próximo comprimido deve então ser tomado no horário habitual. Caso se passem 24 horas ou mais desde a última tomada de comprimido, é aplicável a orientação relativa aos comprimidos esquecidos. Se a mulher não quiser alterar o seu esquema atual de administração, ela precisa tomar comprimidos brancos adicionais de outra cartela.

Para atrasar a menstruação, a mulher deve continuar o tratamento com os comprimidos brancos da sua próxima cartela de Acetato de Nomegestrol + Estradiol sem tomar os comprimidos amarelos de placebo da cartela atual. A mulher pode continuar com essa segunda cartela durante o tempo que quiser, até o final dos comprimidos brancos ativos. O uso regular de Acetato de Nomegestrol + Estradiol é, então, retomado após os comprimidos amarelos de placebo da segunda cartela tiverem sido tomados. Durante a extensão, a mulher pode apresentar sangramento inesperado ou spotting.

Para mudar a menstruação para outro dia da semana, diferente daquele a que está acostumada, a mulher pode ser orientada a encurtar a próxima fase de comprimidos amarelos de placebo por no máximo quatro dias. Quanto mais curto o intervalo, maior o risco de não apresentar sangramento de privação e apresentar sangramento inesperado e spotting durante o uso da cartela seguinte (do mesmo modo como se ela atrasasse a menstruação).

Posologia do Acetato de Nomegestrol + Estradiol

Deve-se tomar um comprimido diariamente por 28 dias consecutivos. Cada cartela começa com 24 comprimidos brancos ativos seguidos de 4 comprimidos amarelos de placebo. Uma cartela subsequente é iniciada imediatamente após o término da cartela anterior, sem interrupção na ingestão diária de comprimidos e independentemente da presença ou ausência de sangramento de privação. O sangramento de privação em geral começa no dia 2-3 após a ingestão do último comprimido branco e pode ser que não termine antes que a próxima cartela seja iniciada.

Embora dados de pacientes com insuficiência renal não estejam disponíveis, é improvável que a insuficiência renal afete a eliminação do acetato de nomegestrol e do estradiol.

Não foram realizados estudos clínicos em pacientes com insuficiência hepática. Como o metabolismo de hormônios esteroides pode ser comprometido em pacientes com doença hepática grave, o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol por estas mulheres não é indicado se os valores de função hepática não tiverem voltado ao normal.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol - Reações Adversas

Sete estudos clínicos multicêntricos de até dois anos de duração foram utilizados para avaliar a segurança de Acetato de Nomegestrol + Estradiol. No total, 3.490 mulheres de 18 a 50 anos de idade foram admitidas e completaram 35.028 ciclos.

Na lista anteriormente apresentada, o termo MedDRA mais apropriado (versão 13.0) é listado para descrever uma certa reação adversa. A acne foi um evento solicitado em vez de ter sido relatado espontaneamente, sendo determinado em todas as visitas de estudo. Adicionalmente às reações adversas mencionadas anteriormente, têm sido relatadas tromboembolismo venoso, tromboembolismo arterial e reações de hipersensibilidade em usuárias de Acetato de Nomegestrol + Estradiol (frequência desconhecida).

Foram relatadas diversas reações adversas em mulheres que utilizam anticoncepcionais orais combinados contendo etinilestradiol, os quais são discutidos em mais detalhes no item " Quais cuidados devo ter ao usar o Acetato de Nomegestrol + Estradiol? ".

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol: Superdose

Doses múltiplas até cinco vezes a dose diária de Acetato de Nomegestrol + Estradiol e doses únicas até 40 vezes a dose diária de acetato de nomegestrol isolado foram utilizadas em mulheres sem problema de segurança.

Com base na experiência geral com anticoncepcionais orais combinados, os sintomas que podem ocorrer são: náusea, vômitos e, em meninas jovens, discreto sangramento vaginal. Não existem antídotos e o tratamento deve ser sintomático.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol: Interações medicamentosas

Nota: As bulas dos medicamentos concomitantes devem ser consultadas para identificação de interações potenciais.

Interações entre anticoncepcionais orais e medicamentos indutores enzimáticos podem causar sangramento inesperado e falha anticonceptiva.

Podem ocorrer interações com medicamentos ou produtos fitoterápicos indutores de enzimas microssomais, especificamente enzimas do citocromo P450 (CYP) que podem resultar em aumento da depuração, reduzindo a concentração plasmática dos hormônios sexuais e podem diminuir a eficácia de anticoncepcionais combinados orais, incluindo Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

A indução enzimática pode ocorrer após alguns dias de tratamento. A indução máxima é geralmente observada em algumas semanas. Após descontinuação da terapia, a indução enzimática pode durar por até 28 dias.

Quando co-administradas com anticoncepcionais hormonais, muitas combinações de inibidores de protease do HIV (por exemplo, nelfinavir) e inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa (por exemplo, nevirapina), e/ou combinações com medicamentos utilizados no tratamento do vírus da hepatite C (HCV) (por exemplo, boceprevir , telaprevir ), podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas dos progestagênios, incluindo o acetato de nomegestrol ou o estrogênio. O efeito líquido dessas alterações pode ser clinicamente relevante em alguns casos.

Mulheres que estejam recebendo quaisquer desses medicamentos indutores de enzimas hepáticas ou produtos fitoterápicos listados anteriormente devem ser informadas de que a eficácia de Acetato de Nomegestrol + Estradiol pode estar reduzida. Um método anticonceptivo de barreira também deve ser utilizado durante a administração do medicamento indutor de enzimas hepáticas e nos 28 dias após a descontinuação do medicamento indutor de enzimas hepáticas.

Caso a administração do medicamento concomitante continue após o término dos comprimidos ativos da cartela atual, a próxima cartela deve ser iniciada logo em seguida a estes, sem considerar o intervalo usual de comprimidos placebo.

Para mulheres em terapia prolongada com medicamentos indutores de enzimas hepáticas, um método anticoncepcional alternativo que não seja afetado por medicamentos indutores de enzimas deve ser considerado.

A administração concomitante de inibidores fortes (por exemplo, cetoconazol , itraconazol , claritromicina ) ou moderados (por exemplo, fluconazol , diltiazem , eritromicina ) da CYP3A podem aumentar as concentrações séricas dos estrogênios ou dos progestagênios.

Estudos de interação medicamentosa não foram realizados com Acetato de Nomegestrol + Estradiol, mas dois estudos com rifampicina e cetoconazol, respectivamente, foram realizados com doses mais elevadas de combinação de acetato de nomegestrol-estradiol (acetato de nomegestrol 3,75 mg + 1,5 mg de estradiol) em mulheres na pós-menopausa. O uso concomitante de rifampicina diminui a AUC 0-∞ de acetato de nomegestrol em 95% e aumenta a AUC 0-túltimo de estradiol em 25%. O uso concomitante de cetoconazol (dose única de 200 mg) não modifica o metabolismo do estradiol, mas foram observados aumentos no pico de concentração (85%) e de AUC 0-∞ (115%) de acetato de nomegestrol, os quais não tiveram relevância clínica. Conclusões similares são esperadas em mulheres em idade fértil.

Os anticoncepcionais orais podem afetar o metabolismo de outros medicamentos. Dessa forma, as concentrações plasmáticas e tissulares podem aumentar (por exemplo, a ciclosporina ) ou diminuir(por exemplo, lamotrigina ).

Durante estudos clínicos com combinações de medicamentos utilizados no tratamento do vírus de hepatite C (HCV) ombitasvir/paritaprevir/ritonavir com ou sem dasabuvir, aumentos de ALT maior que 5 vezes o limite superior da normalidade (LSN) foi significativamente mais frequente em mulheres utilizando medicamentos contendo etinilestradiol, tais como os ACHs. Mulheres utilizando medicamentos contendo estrogênios excetuando o etinilestradiol, tal como o estradiol, tiveram uma taxa de aumento de ALT similar àquelas que não receberam estrogênio; porém, devido ao número limitado de mulheres usando esses outros estrogênios, recomenda-se precaução na coadministração com combinações de regime de tratamento com medicamentos contendo ombitasvir/paritaprevir/ritonavir com ou sem dasabuvir.

O uso de AHCOs pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos hepáticos, da tireoide , adrenais e renais, concentrações plasmáticas de proteínas (carreadoras), por exemplo, globulinas transportadoras de corticosteroide e de frações de lipídeos/lipoproteínas, parâmetros de metabolismo de carboidratos , e parâmetros de coagulação e fibrinólise. As alterações geralmente permanecem dentro da faixa laboratorial normal.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol: Precauções

Se alguma das condições/fatores de risco relacionados a seguir estiver presente, os benefícios do uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol devem ser avaliados contra os possíveis riscos para a mulher individualmente e discutidos com a paciente antes de ela decidir iniciar o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol. Em caso de agravamento, exacerbação ou primeira ocorrência de alguma dessas condições ou fatores de risco, a mulher deve entrar em contato com o seu médico. O médico, então, deve decidir se o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol deve ser descontinuado. Todos os dados apresentados a seguir são baseados nos dados epidemiológicos obtidos com AHCs que contêm etinilestradiol. Acetato de Nomegestrol + Estradiol contém 17β-estradiol. Como nenhum dado epidemiológico está disponível ainda para AHCOs que contêm 17β-estradiol, as mesmas advertências são consideradas aplicáveis ao uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

Os seguintes dados são baseados nos dados epidemiológicos obtidos com AHCs contendo etinilestradiol. Acetato de Nomegestrol + Estradiol contém 17β-estradiol.

Como nenhum dado epidemiológico está disponível ainda para AHCOs que contenham 17β-estradiol, as mesmas advertências são consideradas aplicáveis ao uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

Probabilidade de desenvolvimento de TEV

*AHC = anticoncepcional hormonal combinado.
**Dados de gravidez baseados na duração real da gravidez em estudos de referência. Com base em uma suposição modelo em que a duração da gravidez é de nove meses, a razão é de 7 para 27 por 10.000 mulheres-anos.

Não se sabe como Acetato de Nomegestrol + Estradiol influencia esse risco em comparação com outros AHCs.

Mulheres que utilizam AHCOs devem ser especificamente indicadas a contatar os seus médicos em caso de possíveis sintomas de trombose.

Em caso de ocorrência ou suspeita de trombose, o uso de AHCO deve ser descontinuado. Deve-se iniciar anticoncepção adequada devido à teratogenicidade da terapia anticoagulante (cumarinas).

Todos os dados apresentados a seguir são baseados em dados epidemiológicos obtidos com AHCOs que contêm etinilestradiol. Acetato de Nomegestrol + Estradiol contém 17β-estradiol. Uma vez que dados epidemiológicos ainda não estão disponíveis para AHCOs que contenham 17β estradiol, as mesmas advertências são consideradas aplicáveis ao uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

Durante estudos clínicos com combinações de medicamentos utilizados no tratamento do vírus de hepatite C (HCV) ombitasvir/paritaprevir/ritonavir com ou sem dasabuvir, aumentos de ALT maior que 5 vezes o limite superior da normalidade (LSN) foi significativamente mais frequente em mulheres utilizando medicamentos contendo etinilestradiol, tais como os ACHs. Mulheres utilizando medicamentos contendo estrogênios excetuando o etinilestradiol, tal como o estradiol, tiveram uma taxa de aumento de ALT similar àquelas que não receberam estrogênio; porém, devido ao número limitado de mulheres usando esses outros estrogênios, recomenda-se precaução na coadministração com combinações de regime de tratamento com medicamentos contendo ombitasvir/paritaprevir/ritonavir com ou sem dasabuvir. Veja o item “ Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Acetato de Nomegestrol + Estradiol com outros remédios? ”.

Todos os dados apresentados a seguir são baseados nos dados epidemiológicos obtidos com AHCOs que contêm etinilestradiol. Acetato de Nomegestrol + Estradiol contém 17β-estradiol. Uma vez que dados epidemiológicos ainda não estão disponíveis para AHCOs que contêm 17β-estradiol, as mesmas advertências são consideradas aplicáveis ao uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

Antes de iniciar ou reinstituir o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol, deve-se fazer anamnese completa (incluindo histórico familiar) e deve-se descartar a ocorrência de gravidez. A pressão arterial deve ser medida e, se clinicamente indicado, deve ser realizado exame físico orientado pelas contraindicações e advertências. As mulheres também devem ser orientadas a ler cuidadosamente a bula com as informações para as pacientes e respeitar suas recomendações. A frequência e a natureza das avaliações periódicas adicionais devem se basear nas diretrizes práticas estabelecidas e ser adaptadas individualmente. As mulheres devem ser alertadas de que anticoncepcionais orais não protegem contra infecções pelo vírus HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis.

A eficácia dos AHCOs pode ser reduzida quando, por exemplo, a usuária se esquecer de tomar os comprimidos, apresentar distúrbios gastrintestinais enquanto estiver tomando o comprimido ativo ou administrá-los concomitante com outros medicamentos que diminuem as concentrações plasmáticas do acetato de nomegestrol.

Pode ocorrer sangramento irregular (spotting ou sangramento inesperado) com todos os AHCOs, especialmente durante os primeiros meses de uso. Portanto, a avaliação de qualquer sangramento irregular é apenas importante após um intervalo de adaptação de cerca de três ciclos.

A porcentagem de mulheres que tomam Acetato de Nomegestrol + Estradiol e apresentaram sangramento intracíclico após esse período de adaptação variou de 15-20%.

Se as irregularidades de sangramento persistirem ou ocorrerem após ciclos previamente regulares, então, causas não hormonais devem ser consideradas e medidas diagnósticas adequadas são indicadas para se descartar a hipótese de malignidade ou gravidez. Essas medidas podem incluir curetagem .

A duração do sangramento de privação em mulheres que utilizam Acetato de Nomegestrol + Estradiol é de 3-4 dias em média. Também pode acontecer de não haver sangramento de privação em usuárias de Acetato de Nomegestrol + Estradiol sem estas estarem grávidas. Durante os estudos clínicos, a ausência de sangramento de privação variou de 18% a 32% (durante os ciclos 1-12). Nesses casos, a ausência de sangramento de privação não foi associada a uma maior ocorrência de sangramento irregular nos ciclos subsequentes. 4,6% das mulheres apresentaram ausência de sangramento de privação em cada um dos três primeiros ciclos de uso. Dentro desse subgrupo, a porcentagem de mulheres com ausência de sangramento de privação nos últimos ciclos foi alta, variando de 76% a 87%. Dos 28% de mulheres com ausência de sangramento de privação em pelo menos um ciclo (durante os ciclos 2, 3 ou 4), 51% a 62% também apresentaram ausência de sangramento de privação nos ciclos posteriores.

Se ocorrer ausência de sangramento de privação e Acetato de Nomegestrol + Estradiol tiver sido administrado de acordo com as instruções descritas no item " Como usar o Acetato de Nomegestrol + Estradiol? ", é improvável que a mulher esteja grávida. Se Acetato de Nomegestrol + Estradiol não tiver sido tomado conforme as instruções ou se houver ausência de dois sangramentos de privação consecutivos, deve se descartar a possibilidade de gravidez antes de a mulher continuar o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

Não se sabe se a quantidade de estradiol em Acetato de Nomegestrol + Estradiol é suficiente para manter concentrações adequadas de estradiol em adolescentes, especialmente para acúmulo de massa óssea.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol não é indicado durante a gravidez.

Se ocorrer gravidez enquanto estiver tomando Acetato de Nomegestrol + Estradiol, deve-se interromper o seu uso. A maioria dos estudos epidemiológicos não revelou aumento do risco de defeitos congênitos em bebês de mulheres que utilizaram AHCOs contendo etinilestradiol antes da gravidez, nem efeito teratogênico quando os AHCOs contendo etinilestradiol foram tomados inadvertidamente durante o início da gravidez.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Dados clínicos sobre um número limitado de casos de gravidez exposta não indicam efeito adverso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol sobre o feto ou neonato. Nos estudos em animais, observou-se toxicidade reprodutiva com a combinação de acetato de nomegestrol/estradiol.

A lactação pode ser influenciada pelos AHCOs na medida em que podem reduzir a quantidade e alterar a composição do leite materno. Portanto, o uso de AHCOs não deve ser recomendado até que a lactante tenha desmamado completamente seu bebê e um método anticoncepcional alternativo deve ser proposto a mulheres que desejem amamentar. Pequenas quantidades de esteroides anticoncepcionais e/ou seus metabólitos podem ser excretados com o leite, mas não há evidências de que isto afete de forma adversa a saúde do lactente.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol é indicado para prevenção da gravidez. Para informações sobre o retorno da fertilidade, veja item Qual a ação da substância Acetato de Nomegestrol + Estradiol? .

Nenhum estudo sobre os efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas foi realizado com Acetato de Nomegestrol + Estradiol. No entanto, nenhum efeito sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas foi observado em usuárias de AHCOs.

Acetato de Nomegestrol + Estradiol: Ação da substância no organismo

Resultados de Eficácia

Em dois estudos randomizados, abertos e comparativos de eficácia-segurança, mais de 3.200 mulheres entre 18-50 anos de idade foram tratadas por até 13 ciclos consecutivos com Acetato de Nomegestrol + Estradiol e mais de 1.000 mulheres com drospirenona 3 mg-etinilestradiol 30 mcg (regime de 21/7).

No grupo de Acetato de Nomegestrol + Estradiol, foi relatado aumento de peso em 8,6% das mulheres (versus 5,7% no grupo comparador); sangramento de privação anormal (predominantemente ausência de sangramento de privação) em 10,5% das mulheres (versus 0,5% no grupo comparador); e acne em 15,4% das mulheres (versus 7,9% no grupo comparador). As avaliações de acne durante o tratamento com Acetato de Nomegestrol + Estradiol mostraram que a maioria das mulheres (73,1%) não apresentou alteração no status da acne em comparação com o pré-tratamento, enquanto 16,8% apresentaram melhora da acne e 10,1% apresentaram novos casos ou agravamento da acne. Para o comparador drospirenona 3 mg – etinilestradiol 30 mcg, cuja menor dose tem a indicação para o tratamento da acne, 75,4% das mulheres não apresentaram alteração no status da acne, enquanto 20,4% apresentaram melhora e 4,2% apresentaram agravamento da acne.

Em um estudo randomizado e aberto, 32 mulheres foram tratadas por 6 ciclos com Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

Após a descontinuação de Acetato de Nomegestrol + Estradiol, o retorno da ovulação ocorreu em média 20,8 dias após a última tomada de comprimido, sendo que as ovulações mais precoces foram detectadas em 16 dias.

O ácido fólico é uma vitamina importante na fase inicial da gravidez. As concentrações séricas de ácido fólico permaneceram inalteradas durante e após o tratamento com Acetato de Nomegestrol + Estradiol por 6 ciclos consecutivos em comparação com o basal.

Em um estudo randomizado, aberto e comparativo de 2 anos, mulheres de 21-35 anos de idade foram tratadas com Acetato de Nomegestrol + Estradiol sem efeito clinicamente relevante sobre a densidade mineral óssea.

Um estudo randomizado, aberto, comparativo e multicêntrico foi realizado para determinar os efeitos de Acetato de Nomegestrol + Estradiol sobre hemostasia, lipídios, metabolismo de carboidratos, função adrenal e da tireoide, e androgênios. Sessenta mulheres de 18-50 anos de idade foram tratadas com Acetato de Nomegestrol + Estradiol por 6 ciclos consecutivos. Tolerância à glicose e sensibilidade à insulina permaneceram inalteradas e nenhum efeito clinicamente relevante sobre o metabolismo lipídico e a hemostasia foi observado. Acetato de Nomegestrol + Estradiol aumentou as proteínas carreadoras TBG e CBG, e induziu um pequeno aumento de SHBG. Os parâmetros androgênicos androstenediona, DHEA-S, testosterona total e livre foram significativamente reduzidos durante o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

A histologia endometrial foi investigada em um subgrupo de mulheres (n = 32) em um estudo clínico após 13 ciclos de tratamento. Não houve qualquer resultado anormal.

Não há dados disponíveis sobre eficácia e segurança em adolescentes com menos de 18 anos de idade. Os dados farmacocinéticos disponíveis estão descritos no item abaixo.

Características Farmacológicas

Grupo farmacoterapêutico: hormônios sexuais e moduladores do sistema genital, progestagênios e estrogênios, combinações fixas, código.
ATC: G03AA14.

O acetato de nomegestrol é um progestagênio altamente seletivo derivado do hormônio esteroidal natural progesterona . O acetato de nomegestrol possui alta afinidade pelo receptor humano de progesterona e apresenta atividade antigonadotrópica, atividade antiestrogênica mediada por receptor de progesterona, atividade antiandrogênica moderada, e não apresenta atividade estrogênica, androgênica, glicocorticoide ou mineralocorticoide.

O estrogênio de Acetato de Nomegestrol + Estradiol é o 17β-estradiol, um estrogênio natural idêntico ao 17β-estradiol (E2) endógeno humano. Este estrogênio difere do estrogênio etinilestradiol utilizado em outros anticoncepcionais hormonais combinados orais (AHCOs) pela ausência do grupo etinil na posição 17-alfa. Durante o uso de Acetato de Nomegestrol + Estradiol, as concentrações médias de E2 são comparáveis às concentrações de E2 durante a fase folicular inicial e a fase lútea tardia do ciclo menstrual .

O efeito anticoncepcional de Acetato de Nomegestrol + Estradiol é baseado na interação de vários fatores, cujos mais importantes são observados como a inibição da ovulação e as alterações do muco cervical.

O acetato de nomegestrol administrado por via oral é rapidamente absorvido. Concentrações plasmáticas máximas de aproximadamente 7 ng/mL são atingidas em 2 h após administração única. A biodisponibilidade absoluta após uma dose única é de 63%. Nenhum efeito clinicamente relevante dos alimentos foi observado sobre a biodisponibilidade do acetato de nomegestrol.

O acetato de nomegestrol se liga extensivamente à albumina (97-98%), mas não se liga à globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) ou à globulina ligadora de corticoide (CBG). O volume de distribuição aparente do acetato de nomegestrol no estado de equilíbrio é de 1.645 + 576 L.

O acetato de nomegestrol é metabolizado em diversos metabólitos hidroxilados inativos pelas enzimas hepáticas do citocromo P450, principalmente a CYP3A4 e a CYP3A5 com possível contribuição da CYP2C19 e da CYP2C8. O acetato de nomegestrol e seus metabólitos hidroxilados sofrem amplo metabolismo de fase 2 para formar conjugados glicurônicos e de sulfato. A depuração aparente no estado de equilíbrio é de 26 L/h.

A meia-vida de eliminação (t 1/2 ) é de 46 h (variando de 28-83 h) no estado de equilíbrio. A meia-vida de eliminação dos metabólitos não foi determinada.

O acetato de nomegestrol é excretado pela urina e pelas fezes. Aproximadamente 80% da dose é excretada na urina e nas fezes dentro de 4 dias. A excreção do acetato de nomegestrol foi quase completa após 10 dias e as quantidades excretadas foram maiores nas fezes do que na urina.

Observou-se linearidade de dose na faixa de 0,625-5 mg (determinada em mulheres férteis e pós-menopáusicas).

A farmacocinética do acetato de nomegestrol não é influenciada pela SHBG. O estado de equilíbrio é atingido após 5 dias. Concentrações plasmáticas máximas de aproximadamente 12 ng/mL são atingidas 1,5 h após a administração. As concentrações médias plasmáticas de estado de equilíbrio são de 4 ng/mL.

O acetato de nomegestrol não causa indução ou inibição observável in vitro de qualquer enzima do citocromo P450 e não apresenta interação clinicamente relevante com o transportador P-gp.

Após administração oral, o estradiol sofre considerável efeito de primeira passagem. A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 1%. Nenhum efeito clinicamente relevante da presença de alimentos foi observado sobre a biodisponibilidade do estradiol.

A distribuição de estradiol exógeno e endógeno é similar. Os estrogênios são amplamente distribuídos no organismo e são, em geral, encontrados em maiores concentrações nos órgãos-alvo de hormônios sexuais. O estradiol circula no sangue ligado à SHBG (37%) e à albumina (61%), enquanto apenas aproximadamente 1-2% fica livre.

O estradiol exógeno oral é amplamente metabolizado. O metabolismo do estradiol exógeno e endógeno é similar. O estradiol é rapidamente transformado no intestino e no fígado em vários metabólitos, principalmente em estrona, os quais são subsequentemente conjugados e passam por circulação entero-hepática. Existe um equilíbrio dinâmico entre o estradiol, a estrona e a estrona-sulfato devido a várias atividades enzimáticas incluindo estradiol-desidrogenases, sulfotransferases e arilsulfatases. A oxidação da estrona e do estradiol envolve as enzimas do citocromo P450, principalmente CYP1A2, CYP1A2 (extra-hepática), CYP3A4, CYP3A5, CYP1B1 e CYP2C9.

O estradiol é rapidamente depurado da circulação. Devido ao metabolismo e à circulação entero-hepática, um grande grupo circulante de sulfatos e glicuronídeos estrogênicos está presente. Isso resulta em uma meia-vida de eliminação corrigida pelo nível basal altamente variável de estradiol, que é calculada como sendo de 3,6 ± 1,5 h após administração intravenosa.

As concentrações séricas máximas de estradiol são de aproximadamente 90 pg/mL e são atingidas 6 h após a administração. As concentrações séricas médias são de 50 pg/mL e essas concentrações de estradiol correspondem às das fases inicial e tardia do ciclo menstrual de uma mulher.

A farmacocinética do acetato de nomegestrol (objetivo primário) após uma única administração oral de Acetato de Nomegestrol + Estradiol em mulheres saudáveis adultas e adolescentes pós-menarca foi similar. A exposição ao estradiol (objetivo secundário) foi similar em mulheres adolescentes versus adultas durante as primeiras 24 horas, e menor após 24 horas. A relevância clínica desse resultado é desconhecida.

Não foi realizado estudo para avaliar o efeito da doença renal sobre a farmacocinética de Acetato de Nomegestrol + Estradiol.

Não foi conduzido estudo para avaliar o efeito da doença hepática sobre a farmacocinética de Acetato de Nomegestrol + Estradiol. No entanto, os hormônios esteroides podem ser pouco metabolizados em mulheres com insuficiência hepática.

Não foi realizado estudo formal para determinar a farmacocinética em grupos étnicos.

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