Zyprexa IM

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Sistema Nervoso

Zyprexa IM, para o que é indicado e para o que serve?

Zyprexa IM é especialmente indicado para o controle rápido da agitação em pacientes com esquizofrenia , mania e demência.

Como o Zyprexa IM funciona?


Zyprexa IM é um medicamento classificado como antipsicótico e que age no Sistema Nervoso Central (SNC), ocasionando um rápido controle da agitação em pacientes com esquizofrenia, mania e demência.

Quais as contraindicações do Zyprexa IM?

Zyprexa IM não deve ser usado por pacientes alérgicos à olanzapina ou a qualquer um dos seus excipientes. O desenvolvimento de síndrome neuroléptica maligna (SNM), uma síndrome complexa e potencialmente fatal, foi associado com Zyprexa IM. Portanto, o aparecimento de sinais e/ou sintomas associados a essa síndrome exige descontinuação do tratamento com Zyprexa IM.

Este medicamento é contra-indicado na faixa etária de pacientes menores de 18 anos.

Não deve ser usado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.

Informe a seu médico se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Como usar o Zyprexa IM?

Deve ser administrado exclusivamente por via intramuscular.

Instruções para Reconstituição do Pó para Injeção

Reconstituir com 2,1 ml de água estéril para injeção. Usar dentro de 1 hora após a reconstituição. Não congelar. Proteger da luz. Após a reconstituição, a solução resultante deve ser transparente e de cor amarela, sem partículas identificáveis a olho nu. Desprezar qualquer porção não usada.

Principais incompatibilidades

  • A olanzapina injetável deve ser reconstituída apenas com água estéril para injeção.
  • A olanzapina injetável não deve ser preparada em uma seringa contendo diazepam injetável, pois ocorre precipitação quando estes produtos são misturados.
  • O lorazepam injetável não deve ser usado para reconstituir a olanzapina injetável, pois esta combinação resulta em um aumento no tempo de reconstituição.
  • A olanzapina injetável não deve ser preparada em uma seringa contendo haloperidol injetável, uma vez que esta combinação resulta na diminuição do pH e na degradação prolongada da olanzapina.

Posologia do Zyprexa IM


A tabela a seguir fornece os volumes a serem aplicados para várias doses de olanzapina:

Dose, mg de olanzapina Volume a ser injetado, mL
10,0 Todo o conteúdo do frasco
7,5 1,5
5,0 1,0
2,5 0,5

Pacientes agitados com esquizofrenia ou com mania

A dose recomendada de olanzapina é de 10 mg, administrada como dose única por via intramuscular. Baseando-se no estado clínico do paciente, pode ser administrada uma segunda dose de até 10 mg, 2 horas após a primeira e uma terceira dose de até 10 mg, 4 horas após a segunda injeção. A segurança de uma dose total diária maior que 30 mg não foi avaliada em estudos clínicos.

Caso seja clinicamente indicada uma terapia de manutenção com olanzapina, o tratamento com olanzapina injetável deve ser interrompido e instituída a olanzapina por via oral, na variação de dose de 5-20 mg/dia, tão logo as condições clínicas sejam favoráveis.

Pacientes agitados com demência

A dose recomendada de olanzapina injetável é de 2,5 mg, administrada como dose única por via intramuscular. Repetidas aplicações não devem ser feitas, a menos que o paciente permaneça extremamente agitado. Baseando-se no estado clínico do paciente, pode ser administrada uma segunda dose de até 5 mg, 2 horas após a primeira injeção.

A segurança de uma dose diária total maior que 12,5 mg não foi avaliada em estudos clínicos. O uso da olanzapina injetável em outras situações, exceto na agitação aguda sobre um único período de tratamento de 24 horas, não foi estudado e não é recomendado para pacientes com demência. A apresentação de administração por via oral da olanzapina não é indicada para o tratamento de pacientes com demência.

Considerações gerais sobre a administração de Zyprexa em populações especiais

Dose para pacientes idosos

Deve ser considerada uma dose de 2,5-5 mg por injeção para pacientes idosos ou quando outros fatores clínicos justificarem. Uma dose de 2,5 mg por injeção é sugerida para pacientes idosos agitados com demência, já que essa dose mostrou ser eficaz.

A olanzapina não foi estudada em indivíduos menores de 18 anos de idade.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Zyprexa IM?

O uso de Zyprexa IM foi associado ao desenvolvimento de discinesia tardia (dificuldade em realizar movimentos voluntários). Caso o paciente desenvolva sinais e/ou sintomas dessa doença, o médico deverá considerar o ajuste da dose ou a interrupção do tratamento com a olanzapina.

Zyprexa IM deve ser usado cuidadosamente nos seguintes tipos de pacientes:

Pacientes com histórico de convulsões ou que estão sujeitos a fatores que possam desencadear convulsões, direta ou indiretamente; pacientes com aumento da próstata, alteração do funcionamento de uma parte do intestino (íleo paralítico), glaucoma de ângulo estreito (uma doença que atinge os olhos) ou condições relacionadas; pacientes que tenham alteração na contagem de células sanguíneas; pacientes com história de depressão /toxicidade da medula óssea induzida por drogas; pacientes com depressão da medula óssea causada por doença concomitante, radioterapia ou quimioterapia; pacientes com TGP e/ou TGO (enzimas do fígado ) elevadas; pacientes com sinais e sintomas de insuficiência hepática ou outras doenças que atinjam o fígado, diminuindo a sua função; pacientes que estejam em tratamento com medicamentos que são tóxicos ao fígado.

Em pacientes diabéticos, ou com pré-disposição a esta doença, em tratamento com Zyprexa IM, recomenda-se o acompanhamento médico devido ao aumento da freqüência desta doença em pacientes com esquizofrenia.

Devido à possibilidade de bradicardia (lentidão dos batimentos cardíacos) e/ou hipotensão (diminuição da pressão sangüínea) com olanzapina na administração intramuscular, os pacientes devem permanecer deitados após a injeção, caso apresentem sonolência ou tontura , até que o exame indique que não estão com queda da pressão arterial, diminuição do ritmo das batidas do coração e/ou com dificuldades para respirar.

Deve-se ter cautela em:

  • Pacientes com doença cardiovascular grave, onde a ocorrência de desmaio ( síncope ), queda da pressão arterial e/ou diminuição do ritmo dos batimentos cardíacos podem colocar o paciente em maior risco médico;
  • Pacientes que realizam tratamento com medicamentos que induzam queda da pressão arterial, diminuição do ritmo dos batimentos cardíacos, diminuição do número dos movimentos da respiração e alteração da atividade do Sistema Nervoso Central. A administração concomitante de Zyprexa IM com benzodiazepínicos por via parenteral não foi estudada e portanto, não é recomendada.

Deve-se ter cautela quando Zyprexa IM for prescrito com drogas que sabidamente alteram o eletrocardiograma , indicando alteração da condução de impulsos nervosos para o coração, especialmente em pacientes idosos.

Zyprexa IM não foi estudado em indivíduos com menos de 18 anos de idade.

Devido ao fato de Zyprexa IM poder causar sonolência, os pacientes devem ser alertados quando operarem máquinas, incluindo automóveis, enquanto estiverem em tratamento com a olanzapina.

Zyprexa IM não pode ser administrado por via endovenosa ou subcutânea.

Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes .

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Zyprexa IM?

Foram relatados os seguintes eventos adversos com o uso de Zyprexa:

Eventos adversos gerais

Sonolência, ganho de peso, aumento da prolactina (hormônio da lactação), tontura, fraqueza (astenia), inquietação motora (acatisia), aumento do apetite, inchaço ( edema periférico), diminuição da pressão sangüínea (hipotensão ortostática), lesão muscular grave ( rabdomiólise ), obstrução de veia por coágulo (tromboembolismo venoso), marcha anormal, quedas, incontinência urinária , pneumonia , eventos cerebrovasculares (ex. derrame cerebral), boca seca, prisão de ventre (constipação), elevação das enzimas do fígado (TGO e/ou TGP), aumento da taxa de glicose no sangue ( hiperglicemia ), aumento da taxa de triglicérides no sangue (hipertrigliceridemia), aumento da taxa de colesterol no sangue (hipercolesterolemia), aumento de um tipo de célula branca no sangue (eosinofilia), batimento acelerado do coração (taquicardia), lentidão de batimentos do coração (bradicardia), reações alérgicas graves, coceira (prurido), erupção da pele com coceira ( urticária ), reações após suspensão do medicamento [como sudorese (diaforese), náusea e vômito ], inflamação do pâncreas ( pancreatite ), sensibilidade à luz (fotossensibilidade), lesões de pele, ereção persistente do pênis acompanhada de dor (priapismo), hepatite , coma diabético, cetoacidose diabética, diminuição de células brancas do sangue (leucopenia), diminuição das plaquetas do sangue ( trombocitopenia ), aumento de um tipo de enzima presente predominantemente nas células do fígado (aumento de fosfatase alcalina), aumento do produto da destruição dos glóbulos vermelhos (aumento de bilirrubina total), coloração amarelada da pele, mucosas e secreções ( icterícia ), alopecia (perda de cabelos ), fadiga ( cansaço ) e presença de glicose na urina (glicosúria).

Eventos adversos observados em pacientes idosos com psicose associada à demência

Marcha anormal, quedas, incontinência urinária e pneumonia.

Eventos adversos observados em pacientes com psicose induzida por alguns tipos de medicamentos associada com doença de Parkinson

Piora dos sintomas parkinsonianos e alucinações.

Eventos adversos observados em pacientes com mania recebendo terapia combinada com lítio ou valproato

Ganho de peso, boca seca, aumento de apetite e tremores, distúrbio da fala.

População Especial

Idosos

Em pacientes idosos, com psicose associada à demência, a eficácia de Zyprexa IM não foi estabelecida e, durante estudos clínicos com Zyprexa IM, ocorreram eventos adversos cerebrovasculares (ex. derrame cerebral). Entretanto, todos os pacientes que apresentaram estes tipos de eventos tinham fatores de risco preexistentes conhecidos para os mesmos. Foi observado um aumento na ocorrência de mortes nesta população em especial, contudo também havia fatores de riscos preexistentes para o aumento da mortalidade. Outros eventos observados nesta classe de pacientes foram marcha anormal, quedas, incontinência urinária e pneumonia.

Não existem dados que determinem diferenças na incidência de acidentes cerebrovasculares entre as apresentações de uso oral e injetável de Zyprexa em pacientes idosos com demência.

Recomenda-se que a pressão arterial em pacientes acima de 65 anos e sob tratamento com Zyprexa IM seja medida periodicamente.

Zyprexa IM deve ser usado com cuidado em pacientes idosos, com demência, que utilizam outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central.

Qual a composição do Zyprexa IM?

Cada frasco-ampola contém

Olanzapina 10 mg.

Excipientes : lactose monoidratada e ácido tartárico.

Ácido clorídrico e hidróxido de sódio podem ser adicionados durante o processo de fabricação para o ajuste do pH.

Apresentação do Zyprexa IM


Zyprexa IM é apresentado em:

Pó para injeção, para administração intramuscular, em caixa com 1 frasco ampola contendo 10 mg de olanzapina.

Uso em adultos.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Zyprexa IM maior do que a recomendada?

Os sintomas mais comumente relatados em caso de superdose com olanzapina incluem aumento dos batimentos do coração (taquicardia), agitação/agressividade, alteração na articulação das palavras ( disartria ), vários sintomas extrapiramidais (ex.: tremores, movimentos involuntários) e redução do nível de consciência, variando de sedação ao coma.

Outras seqüelas significantes do ponto de vista médico incluem delirium, convulsão , possível síndrome neuroléptica maligna [uma complicação rara, porém potencialmente fatal, caracterizada por excessiva elevação da temperatura do corpo, rigidez muscular e alteração do nível de consciência, associados à disfunção autonômica (pressão sangüínea instável, suor em excesso, aumento dos batimentos do coração)], depressão respiratória, aspiração, aumento ou diminuição da pressão sangüínea (hipertensão ou hipotensão), alteração dos batimentos do coração (arritmias cardíacas) e parada cardiorrespiratória. Casos fatais foram relatados com superdoses agudas tão baixas quanto 450 mg de olanzapina por via oral, porém também foram relatados casos de sobrevida após uma superdose aguda de aproximadamente 2 g de olanzapina por via oral.

Tratamento da superdose

Não existe antídoto específico para olanzapina. A indução de vômito não é recomendada.

Em caso de suspeita, procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. Não tentar dar qualquer medicamento para o paciente intoxicado sem o conhecimento de um médico, pois isso pode piorar o quadro.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Zyprexa IM com outros remédios?

Zyprexa IM poderá interagir com os seguintes medicamentos:

Inibidores ou indutores das isoenzimas do citocromo P450, carbamazepina , inibidores do CYP1A2, carvão ativado , fluoxetina , fluvoxamina , lorazepam. Devido à possibilidade de a olanzapina diminuir a pressão sangüínea, a mesma deve ser administrada com cuidado a pacientes que estejam sob tratamento com medicamentos para controlar a pressão alta .

Deve-se ter cuidado adicional quando Zyprexa IM for administrado em combinação com drogas que agem no Sistema Nervoso Central, incluindo o álcool. O hábito de fumar pode interferir no tratamento com Zyprexa IM.

Informe a seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação alimentícia: posso usar o Zyprexa IM com alimentos?

A absorção da olanzapina não é afetada por alimentos.

Qual a ação da substância do Zyprexa IM (Olanzapina)?

Resultados de Eficácia


Esquizofrenia

A eficácia da olanzapina oral no tratamento da esquizofrenia foi estabelecida em 2 estudos controlados de curto prazo (6 semanas) de pacientes internados, que preenchiam os critérios do DSM III-R (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) para esquizofrenia. Em um dos dois estudos, o medicamento comparador em um dos braços foi o haloperidol, mas no estudo não foram comparadas todas as doses clinicamente relevantes para ambos.

Vários instrumentos foram usados para avaliar os sinais e sintomas psiquiátricos nesses estudos, entre eles a Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica (BPRS), um questionário com múltiplos itens de psicopatologia geral, usado tradicionalmente para avaliar os efeitos do tratamento na esquizofrenia. O fator de psicose da BPRS (desorganização conceitual, comportamento alucinatório, desconfiança e alteração do conteúdo do pensamento) é considerado um instrumento particularmente útil para avaliar os pacientes esquizofrênicos. Uma segunda avaliação tradicional, a Impressão Clínica Global (CGI), reflete a impressão de um observador hábil, completamente familiarizado com manifestações de esquizofrenia, sobre o estado clínico geral do paciente. Além disso, mais duas escalas foram empregadas: a Escala das Síndromes Positiva e Negativa (PANSS), na qual estão enquadrados os 18 itens da BPRS e a Escala para Avaliação dos Sintomas Negativos (SANS).

Os resumos de estudos clínicos apresentados abaixo focam nos seguintes parâmetros:

PANSS total e/ou BPRS total; fator de psicose na BPRS; subescala negativa da PANSS ou SANS e gravidade da CGI.

Os resultados dos estudos são os seguintes:
  • Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas (n=149), envolvendo duas doses fixas de 1 e 10 mg/dia de olanzapina, a dose de 10 mg/dia (mas não a dose de 1 mg/dia), foi superior ao placebo na PANSS total (também na BPRS total extraída), no fator de psicose da BPRS, na subescala negativa da PANSS e na gravidade da CGI;
  • Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas (n=253), envolvendo 3 intervalos de doses fixas (5,0 + 2,5 mg/dia; 10,0 + 2,5 mg/dia e 15,0 + 2,5 mg/dia), os grupos de dose mais alta de olanzapina (doses médias efetivas de 12 e 16 mg/dia, respectivamente) foram superiores ao placebo no resultado da BPRS total, fator de psicose da BPRS e no resultado de gravidade da CGI. O grupo de dose mais alta de olanzapina foi superior ao placebo na SANS. Não houve vantagem evidente para o grupo de dose alta sobre o grupo de dose média;
  • Em um estudo de longo prazo com pacientes adultos ambulatoriais que reuniam predominantemente os critérios do DSM-IV para esquizofrenia e que permaneceram estáveis durante o tratamento aberto com a olanzapina por pelo menos 8 semanas, 326 pacientes foram randomizados para continuar com as doses de olanzapina (intervalo de 10 a 20 mg/dia) ou com placebo. O período de acompanhamento para observar os pacientes quanto à recidiva, definida como o aumento dos sintomas positivos na BPRS ou hospitalização, foi planejado para 12 meses. Contudo, ocorreu a interrupção antecipada do estudo devido a um excesso das recidivas com placebo, comparadas às recidivas com olanzapina. A olanzapina foi superior ao placebo no período para recidiva, o principal desfecho clínico avaliado neste estudo. Portanto, a olanzapina foi mais efetiva do que o placebo na manutenção da eficácia em pacientes estabilizados por aproximadamente 8 semanas, e seguidos por um período de observação de até 8 meses.

O exame dos grupos de população (raça e sexo) não revelou qualquer resposta diferencial com base nesses subgrupos.

Mania (mania pura ou mista)

Monoterapia

A eficácia da olanzapina oral no tratamento dos episódios maníacos agudos ou mistos foi estabelecida em dois estudos de curto prazo (um de 3 semanas e um de 4 semanas), placebo-controlados, em pacientes que reuniram os critérios para Transtorno Bipolar tipo I com episódios maníacos ou mistos. Estes estudos incluíram pacientes com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclagem rápida.

O instrumento primário usado para avaliar os sintomas maníacos foi a Escala de Mania Young (Y-MRS), uma escala de 11 itens preenchida pelo médico, tradicionalmente usada para avaliar o grau de sintomatologia maníaca (irritabilidade, comportamento agressivo/disruptivo, sono, elevação do humor, fala elevada, atividade aumentada, aumento da libido, transtorno da fala/pensamento, conteúdo de pensamento, aparência e discernimento) em uma escala de 0 (sem características de mania) a 60 (pontuação máxima). O principal desfecho clínico foi a redução da pontuação da Y-MRS ao longo do estudo.

Os resultados desses estudos são os seguintes:
  • No estudo placebo-controlado de 3 semanas (n=67), que envolveu um intervalo de dose de olanzapina de 5-20 mg/dia, iniciando com 10 mg/dia, a olanzapina foi superior ao placebo na redução da pontuação total da Y-MRS;
  • Em um estudo placebo-controlado de 4 semanas (n=115), que envolveu um intervalo de dose de olanzapina de 5-20 mg/dia, iniciando com 15 mg/dia, a olanzapina foi superior ao placebo na redução da pontuação total da Y-MRS;
  • Em outro estudo, 361 pacientes que preenchiam os critérios do DSM-IV para mania ou episódio misto de transtorno bipolar e que apresentaram resposta clínica à olanzapina de 5 a 20 mg/dia na fase inicial aberta do tratamento (duração média aproximada de duas semanas), foram randomizados para continuar o tratamento com olanzapina na mesma dose (n=225) ou para realizar o tratamento com placebo (n=136), com o objetivo de observar as taxas de recaída dos pacientes. Na fase duplo-cego do estudo, aproximadamente 50% dos pacientes do grupo recebendo olanzapina interromperam o tratamento até o 59º dia e 50% dos pacientes do grupo tratados com placebo interromperam o tratamento até o 23º dia. As respostas durante a fase aberta foram definidas como a diminuição da pontuação total da escala Y-MRS < 12 e da escala de Hamilton de Avaliação da Depressão (HAM-D 21) < 8. As recaídas durante a fase duplocego foram definidas como o aumento na pontuação das escalas Y-MRS ou HAM-D 21 > 15, ou a hospitalização em caso de mania ou depressão. Na fase randomizada, os pacientes que continuaram recebendo olanzapina apresentaram um significativo aumento no tempo do aparecimento de uma recaída.

Terapia em combinação com lítio e valproato

A eficácia do uso de olanzapina oral concomitantemente com lítio ou valproato no tratamento dos episódios maníacos agudos, foi estabelecida em dois estudos controlados em pacientes que preenchiam os critérios do DSM-IV para Transtorno Bipolar tipo I com episódios maníacos ou mistos. Esses estudos incluíram pacientes com ou sem sintomas psicóticos e, com ou sem curso de ciclagem rápida.

Os resultados desses estudos são os seguintes:
  • Em um estudo de combinação, placebo-controlado, de 6 semanas, 175 pacientes ambulatoriais em tratamento com lítio ou valproato, inadequadamente controlados com relação aos sintomas maníacos ou mistos, foram randomizados para receber olanzapina ou placebo, em combinação com o tratamento original. A olanzapina (em intervalo de dose de 5-20 mg/dia, iniciando com 10 mg/dia) combinada com lítio ou valproato (em intervalo terapêutico de 0,6 mEq/L a 1,2 mEq/L ou 50 mcg/mL a 125 mcg/mL, respectivamente) foi superior ao lítio ou valproato isolados na redução da pontuação total da Y-MRS;
  • Em um segundo estudo de combinação, placebo-controlado, de 6 semanas, 169 pacientes ambulatoriais em tratamento com lítio ou valproato, inadequadamente controlados com relação aos sintomas maníacos ou mistos (Y-MRS > 16), foram randomizados para receber olanzapina ou placebo, em combinação com o seu tratamento original. A olanzapina (em intervalo de dose de 5-20 mg/dia, iniciando com 10 mg/dia) combinada com lítio ou valproato (em intervalo terapêutico de 0,6 mEq/L a 1,2 mEq/L ou 50 mcg/mL a 125 mcg/mL, respectivamente) foi superior ao lítio ou valproato isolados na redução da pontuação total da Y-MRS.

Prevenção de recorrência no transtorno bipolar

A eficácia e a segurança da olanzapina na prevenção da recorrência no transtorno bipolar foram investigadas em quatro estudos randomizados, duplo-cegos e controlados. Em cada estudo, a olanzapina foi administrada por via oral, na forma de comprimidos ou cápsulas, em dose de 5 a 20 mg/dia. As doses de lítio (300 a 1.800 mg/dia) e de valproato (500 a 2.500 mg/dia) foram ajustadas para manter níveis terapêuticos plasmáticos seguros.

O primeiro estudo procurou estabelecer a não inferioridade da olanzapina versus lítio em termos de incidência da recorrência sintomática para pacientes em remissão sintomática de mania e depressão.

Pela definição de recorrência (incluindo hospitalização), os pacientes tratados com olanzapina tiveram uma incidência estatisticamente inferior de recorrência bipolar (31,3% versus 42,5%; p=0,02) e de recorrência de mania (13,8% versus 26,6%; p=0,001), quando comparados aos pacientes tratados com lítio. Os pacientes tratados com olanzapina também demonstraram um período estatisticamente mais longo até a recorrência de transtorno bipolar ou mania do que os pacientes tratados com lítio. Além disso, a olanzapina foi tão eficaz quanto o lítio em prolongar o período de uma recorrência depressiva. A taxa de recorrência e o período até sua ocorrência foram estatisticamente mais favoráveis para os pacientes tratados com olanzapina do que para os pacientes tratados com lítio.

O segundo estudo, de 47 semanas, procurou estabelecer a superioridade da olanzapina versus placebo em termos do tempo até a recorrência sintomática para pacientes em remissão sintomática de mania e depressão. Esse estudo mostrou que o tempo até uma recorrência para mania ou depressão foi estatisticamente maior para a olanzapina do que para o placebo (174 dias para olanzapina e 22 dias para placebo). Os pacientes tratados com olanzapina tiveram taxas estatisticamente menores de recorrência para mania (16,4%) quando comparadas ao placebo (41,2%), e para depressão (34,7% para olanzapina versus 47,8% para o placebo).

O terceiro estudo procurou estabelecer a superioridade da olanzapina mais um estabilizador do humor (lítio ou valproato) versus placebo mais um estabilizador do humor, em termos do tempo até a recorrência sindrômica para pacientes em remissão sindrômica de mania e depressão. Para as análises usando a definição comum de recorrência sintomática, a incidência de recorrência de mania isolada foi estatisticamente menor para o grupo de tratamento com olanzapina mais estabilizador do humor, do que para o grupo de tratamento com placebo mais estabilizador do humor. Esses dados demonstram a utilidade da olanzapina não apenas em monoterapia, mas também em combinação com lítio ou valproato, para tratamento de prevenção da recorrência no transtorno bipolar.

O quarto estudo, duplo-cego, randomizado, de 47 semanas, comparou a olanzapina ao divalproato. Nesse estudo, a olanzapina mostrou-se estatisticamente mais eficaz do que o divalproato em reduzir a sintomatologia maníaca (p=0,002). Além disso, o tempo até a remissão sintomática de mania foi significativamente menor para a olanzapina do que para o divalproato (14 dias para olanzapina e 62 dias para divalproato; p=0,047).

Características Farmacológicas


Descrição

A olanzapina é uma droga antipsicótica atípica que pertence à classe das tienobenzodiazepinas. A designação química é 2-metil-4-(4-metil-1-piperazinil)-10H-tieno[2,3- b] [1,5]benzodiazepina. A fórmula molecular da olanzapina é C 17 H 20 N 4 S e tem um peso molecular de 312,44. Apresenta-se como um sólido cristalino amarelo, que é praticamente insolúvel em água.

Propriedades farmacológicas

Farmacodinâmica

A Olanzapina é uma droga antipsicótica com perfil farmacológico amplo, através da ação em vários sistemas de receptores. Em estudos pré-clínicos, a Olanzapina demonstrou afinidade pelos receptores de serotonina 5HT 2A/C , 5HT 3 , 5HT 6 ; dopamina D 1 , D 2 , D 3, D 4 , D 5 ; muscarínicos M 1-5 ; α 1 -adrenérgico e histamina H 1 .

Os estudos de comportamento em animais sobre os efeitos da olanzapina indicaram antagonismo aos receptores 5HT, dopaminérgicos e colinérgicos, consistente com o perfil de ligação a esses receptores. A olanzapina demonstrou maior afinidade in vitro ao receptor da serotonina 5HT 2 , bem como maior atividade in vivo , comparada à afinidade e atividade para o receptor da dopamina D 2 . Os estudos eletrofisiológicos demonstraram que a olanzapina reduziu seletivamente a ativação dos neurônios dopaminérgicos mesolímbicos (A10), enquanto demonstrou pouco efeito sobre as vias estriatais (A9) envolvidas na função motora. A olanzapina reduziu uma resposta condicionada de aversão, que é um teste indicativo de atividade antipsicótica, em doses abaixo das que produzem catalepsia, que é um resultado indicativo de efeitos motores adversos. Ao contrário de outras drogas antipsicóticas, a olanzapina aumenta a resposta em um teste “ansiolítico”.

Em dois dos dois estudos controlados com placebo e em dois dos três estudos controlados comparativos, com mais de 2.900 pacientes esquizofrênicos com sintomas positivos e negativos, a olanzapina foi associada a melhoras significativamente maiores, tanto dos sintomas negativos quanto dos positivos.

Farmacocinética

A olanzapina é bem absorvida após administração oral, atingindo concentrações plasmáticas máximas em 5 a 8 horas. A absorção não é afetada por alimentos. As concentrações plasmáticas de olanzapina foram lineares e proporcionais à dose em estudos clínicos nas doses de 1 a 20 mg.

A olanzapina é metabolizada no fígado pelas vias conjugativa e oxidativa. O maior metabólito circulante é o 10-N-glucuronida, que em teoria não ultrapassa a barreira hematoencefálica. As isoenzimas CYP1A2 e CYP2D6 do citocromo P450 contribuem para a formação dos metabólitos N-desmetil e 2-hidroximetil, ambos exibindo significativamente menor atividade farmacológica in vivo do que a olanzapina em estudos animais. A atividade farmacológica predominante é a da olanzapina original.

Embora tabagismo, sexo e, em menor extensão, idade possam afetar o clearance e a meia-vida da olanzapina, a magnitude do impacto desses fatores isolados é pequena em comparação à variabilidade geral entre indivíduos.

A ligação da olanzapina às proteínas plasmáticas foi cerca de 93% em uma faixa de concentração de 7 a 1.000 ng/mL. A olanzapina está ligada predominantemente à albumina e à α 1 -glicoproteína ácida.

Após administração oral a indivíduos sadios, a meia-vida média de eliminação da olanzapina foi de 33 horas (21 a 54h para o 5º a 95º percentil) e o clearance plasmático médio foi de 26 L/h (12 a 47 L/h para o 5º ao 95º percentil).

A farmacocinética da Olanzapina variou em função do tabagismo, da idade e do sexo, conforme tabela abaixo:
Características do paciente

Meia-vida (horas)

Clearance plasmático (L/h)
Não fumante

38,6

18,6
Fumante

30,4

27,7
Mulheres

36,7

18,9
Homens

32,3

27,3
Idosos (65 anos ou mais)

51,8

17,5
Não idosos

33,8

18,2

Não houve diferença significativa na meia-vida média de eliminação ou no clearance da olanzapina em pacientes com insuficiência renal grave, comparando-se aos pacientes com função renal normal. Aproximadamente 57% da olanzapina radioativamente marcada é excretada na urina, principalmente como metabólitos.

Indivíduos fumantes com disfunção hepática leve apresentaram diminuição do clearance comparado aos indivíduos não fumantes e sem disfunção hepática.

Em um estudo com indivíduos caucasianos, japoneses e chineses, não houve diferenças entre os parâmetros farmacocinéticos da olanzapina entre as três populações. O estado da isoenzima CYP2D6 do citocromo P450 não afeta o metabolismo da olanzapina.

Exclusivo Comprimido Orodispersível

Os estudos farmacocinéticos demonstraram que os comprimidos revestidos e os comprimidos orodispersíveis são bioequivalentes.

Como devo armazenar o Zyprexa IM?

Zyprexa IM deve ser armazenado à temperatura ambiente controlada (15 a 30ºC), protegido da luz e umidade.

O produto deve ser mantido dentro de sua embalagem original até o momento do uso.

Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

O prazo de validade do produto nestas condições de armazenamento é de 2 anos.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Zyprexa IM

Fabricação, validade e número do lote, vide cartucho.

Registro MS - 1.1260.0021

Farm. Resp.:
Márcia A. Preda
CRF-SP No 19189

Fabricado por:
Patheon Italia S.P.A
Monza - Itália

Embalado por:
Lilly Pharma Fertigung Und Distribution GmbH & CO. KG,
Giessen - Alemanha

Distribuído por:
Eli Lilly do Brasil Ltda.
Av. Morumbi, 8264
São Paulo, SP - Brasil
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Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da receita.