Vesuvius HCT

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Pressão alta

Vesuvius HCT, para o que é indicado e para o que serve?

Vesuvius HCT é indicado para o tratamento da pressão alta em pacientes que não tiveram boa resposta com apenas uma das substâncias.

Como o Vesuvius HCT funciona?


Este medicamento contém a substância ativa telmisartana , que impede a ação da substância chamada angiotensina II presente no organismo, cuja ação provoca aumento da pressão arterial. Desta forma, a pressão arterial é reduzida. Possui também outra substância, a hidroclorotiazida , que provoca o aumento da urina, reduzindo ainda mais a hipertensão arterial.

Quais as contraindicações do Vesuvius HCT?

Você não deve usar Vesuvius HCT se:

  • Tiver alergia às substâncias ativas ou aos demais componentes da fórmula;
  • Tiver alergia a algum composto derivado de sulfonamida (como hidroclorotiazida);
  • Apresentar obstrução ou funcionamento insuficiente das vias biliares (canais que conduzem a bile);
  • Tiver problema grave de funcionamento do fígado ;
  • Tiver problema grave de funcionamento dos rins;
  • Tiver níveis de potássio no sangue muito baixos que não melhoram com o tratamento;
  • Tiver excesso de cálcio no sangue;
  • Tiver intolerância à frutose (contém sorbitol );
  • Tiver diabetes mellitus ou problemas nos rins (taxa de filtração glomerular <60mL/min/1,73m2 ) e está fazendo uso de alisquireno .

Este medicamento é contraindicado durante a gravidez, especialmente no segundo e terceiro trimestre de gestação (de 4 a 9 meses) e durante a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Vesuvius HCT?

A Vesuvius HCT deve ser administrado uma vez ao dia na dose prescrita pelo médico, com ou sem alimento.

O médico irá especificar a dose de Vesuvius HCT (40mg/12,5mg, 80mg/12,5mg ou 80mg/25mg) adequada para o seu tratamento.

O máximo efeito anti-hipertensivo é geralmente obtido após 4 a 8 semanas de tratamento. Quando o médico achar necessário, Vesuvius HCT pode ser administrada com outra droga anti-hipertensiva.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Vesuvius HCT?


Continue tomando as próximas doses regularmente no horário habitual.

Não duplique a dose na próxima tomada.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Vesuvius HCT?

Se a sua pressão alta for causada por um estreitamento das artérias que levam sangue para os rins, há um risco aumentado de queda grave da pressão. Se você passou recentemente por um transplante renal, não deve usar Vesuvius HCT. Se tiver insuficiência renal de leve a moderada (mau funcionamento dos rins), poderá usar Vesuvius HCT.

Se tiver desidratação como consequência de dieta com restrição de sódio (sal), diarreia ou vômitos , pode ocorrer queda da pressão. Nesse caso, recomenda-se que esta condição seja resolvida antes de começar o tratamento com Vesuvius HCT.

Diabetes mellitus

Sempre informe o seu médico se você tem diabetes, pois ele precisará avaliar os vasos do seu coração (coronárias) antes de iniciar o tratamento com Vesuvius HCT. É importante que problemas cardiovasculares (doença arterial coronária) sejam diagnosticados e tratados, mesmo quando você não tiver nenhuma queixa ou sintoma, pois sem o diagnóstico e tratamento, o risco de sofrer um infarto do coração ou morte inesperada pode aumentar. Com uso de Vesuvius HCT poderá ser necessário ajustar seus medicamentos para controle do diabetes. Além disto, se você tem diabetes latente (a doença já existe, mas ainda não se manifestou), o uso de diuréticos como a hidroclorotiazida pode levar à manifestação da doença.

Pode ocorrer aumento dos níveis de colesterol e triglicérides (gordura no sangue) com o uso de hidroclorotiazida, porém foram relatados poucos efeitos com a dose de 12,5mg contida em Vesuvius HCT. Também podem ocorrer aumento do ácido úrico (substância presente no sangue) e desencadeamento de crises de gota (dor e inflamação da articulação por excesso de ácido úrico). Pacientes que usam o Vesuvius HCT devem ter seus níveis de sódio e potássio controlados periodicamente devido ao diurético.

Os sintomas da falta dessas substâncias incluem boca seca, sede, fraqueza, sensação de corpo pesado e indisposto, sonolência, inquietação, dores ou cãibras musculares, fadiga muscular, queda da pressão, diminuição da quantidade de urina, taquicardia e alterações digestivas como enjoos e vômitos.

Sorbitol

A dose diária máxima de Vesuvius HCT contém 159,31mg de sorbitol na concentração 40mg/12,5mg e 238,88mg nas concentrações de 80mg/12,5mg e 80mg/25mg. Se tiver intolerância à frutose, não deve tomar Vesuvius HCT.

Lactose

A dose diária máxima de Vesuvius HCT contém 64,04mg de lactose na concentração 40mg/12,5mg, 94,30mg na concentração 80mg/12,5mg e 88,10mg na concentração de 80mg/25mg. Se tiver intolerância à galactose (por exemplo: galactosemia ), não deve tomar Vesuvius HCT.

A diminuição excessiva da pressão arterial pode causar infarto do miocárdio ou derrame cerebral em pessoas com problemas de falta de circulação para o coração e o cérebro.

Se você tem histórico de alergia ou asma , tem maior probabilidade de ter reações alérgicas à hidroclorotiazida.

A hidroclorotiazida pode levar a uma piora da doença reumática chamada lúpus eritematoso sistêmico com o uso de Vesuvius HCT. Também pode ocasionar miopia temporária e aumento da pressão interna do olho (o risco é maior se você é alérgico a medicamentos como sulfonamidas ou penicilina); assim, sempre informe seu médico se você sentir diminuição da visão ou dor nos olhos após usar Vesuvius HCT, pois ele poderá interromper seu tratamento.

Você deve ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas, pois você poderá sentir tontura ou sonolência durante o tratamento.

Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.

Este medicamento pode causar doping .

Gravidez

Se você planeja engravidar converse com seu médico, pois poderá ser necessário substituir Vesuvius HCT por outro medicamento. Você só deve usar Vesuvius HCT durante a gravidez se o médico considerar absolutamente necessário.

Se você engravidar durante o uso de Vesuvius HCT, interrompa o tratamento e procure seu médico. Vesuvius HCT não deve ser usado para tratar inchaço ou hipertensão causados pela gravidez, ou para pré-eclâmpsia, pois pode expor o feto a riscos.

Este medicamento não deve ser utilizado no primeiro trimestre de gravidez (de 1 a 3 meses).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Vesuvius HCT?

Reação comum:

Tonturas.

Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Infecções respiratória e urinária, alterações no exame de sangue, diminuição ou aumento do potássio no sangue, ansiedade , desmaio , sensação de formigamento , tontura rotatória, taquicardia, arritmias (alterações do ritmo do coração), bradicardia (batimentos lentos do coração), queda da pressão inclusive ao se levantar, falta de ar, diarreia, boca seca, gases , dor nas costas , cãibras musculares, dor muscular, funcionamento deficiente dos rins, impotência sexual , dor no peito , indisposição, aumento do ácido úrico no sangue.

Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Bronquite , dor de garganta , sinusite , infecção generalizada (inclusive com risco de morte), alterações no exame de sangue, reações alérgicas, exacerbação ou ativação do Lúpus Eritematoso Sistêmico, diminuição do sódio no sangue, hiperuricemia, diminuição do açúcar no sangue (em pacientes diabéticos), depressão , insônia , alterações do sono, visão anormal, visão turva transitória, problemas respiratórios graves, dor na barriga, prisão de ventre , indigestão , vômitos, gastrite , mal-estar do estômago, alterações da função do fígado, inchaço do rosto, lábios, língua e garganta (com risco de morte), manchas vermelhas na pele, coceira, outras manifestações na pele, aumento do suor, placas elevadas na pele com ou sem coceira, manchas vermelhas com descamação e coceira, dor articular, cãibras nas pernas, dor nas pernas, artrose , dor em tendões, sintomas semelhantes aos de gripe , dor, aumento da creatinina e da creatina-fosfoquinase no sangue, aumento das enzimas hepáticas, diminuição da hemoglobina no sangue.

Reações com frequência desconhecida:

Inflamação das glândulas salivares, alterações no exame de sangue, perda de controle do diabetes, falta de apetite, alterações dos eletrólitos (substâncias presentes no sangue), aumento do colesterol, aumento da glicose no sangue, desidratação, inquietação, sensação de desmaio iminente, visão amarelada, alterações vasculares com surgimento de feridas, inflamação do pâncreas, icterícia (olhos e pele amarelados), miopia aguda (alteração visual para longe), glaucoma agudo (aumento da pressão intraocular), reação na pele como lúpus eritematoso (doença reumática com manifestação na pele), sensibilidade à luz , vasculite cutânea, manifestações graves na pele, fraqueza, inflamação do rim, alterações da função renal, glicose (açúcar) na urina, febre , aumento de triglicérides (gordura no sangue).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Qual a composição do Vesuvius HCT?

Cada comprimido de 40mg / 12,5mg contém:

Telmisartana

40mg

Hidroclorotiazida

12,5mg

Excipientes q.s.p.

1 comprimido

Excipientes: sorbitol, meglumina, povidona , crospovidona, hidróxido de sódio, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido, amidoglicolato de sódio, óxido de ferro vermelho, dióxido de silício.

Cada comprimido de 80mg / 12,5mg contém:

Telmisartana

80mg

Hidroclorotiazida

12,5mg

Excipientes q.s.p.

1 comprimido

Excipientes: sorbitol, meglumina, povidona, crospovidona, hidróxido de sódio, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido, amidoglicolato de sódio, óxido de ferro vermelho, dióxido de silício).

Cada comprimido de 80mg / 25mg contém:

Telmisartana

80mg

Hidroclorotiazida

25mg

Excipientes q.s.p.

1 comprimido

Excipientes: sorbitol, meglumina, povidona, crospovidona, hidróxido de sódio, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido, amidoglicolato de sódio, óxido de ferro amarelo, dióxido de silício.

Apresentação do Vesuvius HCT


Comprimido 40mg / 12,5mg

Embalagens contendo 14 ou 30 comprimidos.

Comprimido 80mg / 12,5mg

Embalagens contendo 14 ou 30 comprimidos.

Comprimido 80mg / 25mg

Embalagens contendo 14 ou 30 comprimidos.

Via de administração: oral.

Uso adulto.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Vesuvius HCT maior do que a recomendada?

Os principais sinais e sintomas de dose excessiva são queda da pressão e taquicardia ou bradicardia (aceleração ou diminuição dos batimentos do coração), além de enjoos e sonolência.

O tratamento deve ser sintomático e de manutenção, dependendo de quando ocorreu a ingestão e da gravidade dos sintomas. Eletrólitos séricos e creatinina (exames de sangue) devem ser monitorados frequentemente. Se ocorrer queda de pressão, o paciente deve ser colocado deitado de costas e receber reposições de sal e líquido rapidamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Vesuvius HCT com outros remédios?

Se você usa lítio (para tratamento de depressão e outros problemas psiquiátricos), pode ocorrer aumento da concentração de lítio no soro e aumento do potencial de toxicidade. Medicações como outros diuréticos, laxantes (como picossulfato de sódio , bisacodil ), corticosteroides (como predinisona, hidrocortisona , etc.), anfotericina, penicilina G sódica, ácido salicílico e derivados (como diclofenaco potássico) podem aumentar o efeito de perda de potássio. Já certas substâncias como substitutos do sal e suplementação de potássio podem aumentar os níveis desta substância.

A administração concomitante de medicamentos anti-inflamatórios (ácido salicílico, diclofenaco potássico, etc) sem hidratação adequada pode causar riscos de lesão dos rins, e podem reduzir o efeito diurético da hidroclorotiazida.

Uma série de substâncias, inclusive álcool, pode interagir com a hidroclorotiazida.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Vesuvius HCT (Telmisartana + Hidroclorotiazida)?

Resultados de eficácia

Em humanos, uma dose de 80 mg de telmisartana inibiu quase completamente os aumentos de pressão arterial induzidos pela angiotensina II. Este efeito inibidor mantém-se durante 24 horas e pode ser detectado após 48 horas.

Após a administração da primeira dose de telmisartana, o início da atividade anti-hipertensiva gradualmente se torna evidente dentro de 3 horas. A redução máxima da pressão arterial é normalmente obtida 4 semanas após o início da terapêutica, mantendo-se durante o tratamento de longa duração.

O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão arterial. Este fato é confirmado pelas relações vale-pico consistentemente acima de 80%, verificadas após doses de 40 e 80 mg de telmisartana em estudos clínicos controlados com placebo.

Em pacientes hipertensos, a telmisartana reduz a pressão arterial diastólica e sistólica, sem afetar a frequência cardíaca. A eficácia anti-hipertensiva de telmisartana foi comparada a fármacos antihipertensivos tais como anlodipino , atenolol , enalapril , Hidroclorotiazida, losartana , lisinopril , ramipril e valsartana .

Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana, a pressão arterial retorna gradualmente aos valores anteriores ao tratamento, ao fim de vários dias, sem evidências de efeito-rebote.

A incidência de tosse seca foi significantemente menor em pacientes tratados com telmisartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA em estudos clínicos comparando diretamente os dois tratamentos anti-hipertensivos.

Telmisartana + Hidroclorotiazida (HCT)

Os efeitos da terapia combinada telmisartana e Hidroclorotiazida foram avaliados em três estudos que incluíram pacientes com hipertensão leve a moderada. Os resultados demonstraram de forma consistente que a combinação produziu maiores respostas da PA que o uso de cada um dos agentes isolados. Além disso, a eficácia pôde ser alcançada com baixas doses de HCT, minimizando o potencial para eventos adversos, associados aos tiazídicos.

Em um estudo de dose única diária de telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida12,5 mg, por 8 semanas, ocorreu redução de ambas as PAS e PAD de modo significativamente maior que cada um dos componentes isolados (p<0,01 vs cada componente isolado). A telmisartana 40 mg/Hidroclorotiazida1 2,5 mg também reduziu significativamente a PA comparado com os componentes isolados, mas de forma menos ampla.

Neste estudo de 8 semanas, duplo-cego, de grupos paralelos, placebo controlado, com dose fixa, com um desenho fatorial 4x5 (20 diferentes grupos de tratamento), um total de 818 pacientes receberam: placebo, telmisartana 20, 40, 80 ou 160mg isolado ou em combinação com Hidroclorotiazida 6,25, 12,5 ou 25 mg. A alteração, ajustada, na PAS e PAD para cada grupo de tratamento após 8 semanas de tratamento telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi significativamente melhor que os componentes isolados na redução da PAS e da PAD (p<0,01). Para esta combinação, a redução observada na PAS supina média e PAD foi de 23,9 e 14,9 mmHg, respectivamente. Em contraste, as alterações médias observadas na PAS e PAD foram de – 15,4 e –11,5 mmHg, respectivamente, com telmisartana 80 mg de -6,9 e -4,6 mmHg, respectivamente com Hidroclorotiazida 12,5 mg e de -2,9 e –3,8 mmHg, respectivamente, com placebo. O tratamento com telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi equivalente para um benefício de 8,5 e 3,4 mmHg na pressão arterial, respectivamente, sobre o uso de telmisartana 80 mg isolado e de 17 e 7,6 mmHg, respectivamente, sobre o uso da Hidroclorotiazida 12,5 mg isolada. De modo semelhante, a mais alta taxa de resposta foi alcançada com a combinação telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg com 79% de taxa de resposta da PAD (definida como PAD supina ≤90mmHg ou uma redução ≥10 mmHg, com relação ao basal) e uma taxa de resposta de 85% da PAS (definida com o uma redução ≥10 mmHg em relação ao basal). Para os pacientes recebendo placebo a taxa de resposta da PAD e da PAS foi de 29% para ambas.

Além disso, a alta taxa vale-pico confirmou que o efeito anti-hipertensivo da terapia combinada foi mantida ao longo das 24 horas do intervalo de dose. Desta forma, a terapia combinada telmisartana/Hidroclorotiazida pôde proporcionar proteção contra a elevação da PA matinal, quando a incidência de eventos cardiovasculares é maior. A combinação telmisartana 40 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi significativamente melhor que cada um desses componentes isolados na redução média da PAS (p<0,01 para cada comparação, exceto vs telmisartana 40 mg para PAD). Com a terapia combinada, a redução observada na média das PAS e PAD supinas foram de 18,8 e 12,6 mmHg, respectivamente. Isto se comparou com um benefício de 6,6 e 1,9 mmHg na pressão arterial, respectivamente, sobre o telmisartana 40 mg (em monoterapia) e 11,9 e 5,3 mmHg, respectivamente sobre a Hidroclorotiazida 12,5 mg isolada. A magnitude desta resposta foi menos intensa que a resposta da combinação telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg. Todos os regimes de tratamento foram bem tolerados e a adição do telmisartana à Hidroclorotiazida tendeu a melhorar as reduções relacionadas com a dose no potássio sérico, o que está associado com a Hidroclorotiazida em monoterapia.

Prevenção de mortalidade e lesão cardiovascular

O estudo ONTARGET comparou os efeitos da telmisartana, ramipril e da combinação de telmisartana e ramipril sobre os desfechos cardiovasculares em 25.620 pacientes com idade igual ou superior a 55 anos, com história de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica ou diabetes mellitus associada à evidência de dano a órgão-alvo (por exemplo, retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda, macro ou microalbuminúria), que representam uma grande parte dos pacientes com alto risco cardiovascular.

Os pacientes foram randomizados para um dos três seguintes grupos de tratamento: telmisartana 80 mg (n=8.542), ramipril 10 mg (n=8.576), ou combinação de telmisartana 80 mg e ramipril 10 mg (n=8.502), seguidos de um tempo médio de observação de 4,5 anos. A população estudada era 73% masculina, 74% caucasiana, 14% asiática e 43% tinham idade igual ou superior a 65 anos. Cerca de 83% dos pacientes randomizados apresentavam hipertensão: 69% tinham história de hipertensão na randomização e mais 14% tinham leituras reais de pressão arterial acima de 140/90 mm Hg. No início, 38% do total de pacientes tinham história médica de diabetes e mais 3% apresentavam glicemia de jejum elevada. A terapia de início incluía ácido acetilsalicílico (76%), estatinas (62%), betabloqueadores (57%), bloqueadores dos canais de cálcio (34%), nitratos (29%) e diuréticos (28%).

O objetivo primário de avaliação (desfecho primário) foi uma composição de morte cardiovascular, infarto não fatal do miocárdio, acidente vascular cerebral não-fatal ou hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva.

A adesão ao tratamento foi melhor para telmisartana do que para ramipril ou para a combinação de telmisartana e ramipril, embora a população do estudo tenha sido pré-selecionada para tolerância ao tratamento com um inibidor da ECA. A análise dos eventos adversos que levaram à descontinuação permanente do tratamento e dos eventos adversos graves mostrou que tosse e angioedema foram menos frequentemente relatados em pacientes tratados com telmisartana do que com ramipril, enquanto que hipotensão foi mais frequentemente relatada com telmisartana.

A telmisartana teve eficácia similar ao ramipril na redução do objetivo primário de avaliação (desfecho primário), com ocorrências similares nos braços com telmisartana (16,7%), ramipril (16,5%) e com a combinação de telmisartana e ramipril (16,3%). A proporção de risco para telmisartana vs . ramipril foi de 1,01 [IC 97,5% 0,93-1,10, p (não-inferioridade)=0,0019]. O efeito do tratamento mostrou persistir após correções para diferenças na pressão arterial sistólica de início e ao longo do tempo. Não houve diferença nos resultados do desfecho primário com base na idade, sexo, raça, terapia basal ou doença subjacente.

A telmisartana mostrou-se também similarmente eficaz ao ramipril em vários desfechos secundários pré-especificados, incluindo uma composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio e acidente vascular cerebral não-fatal, desfecho primário no estudo de referência HOPE, que havia investigado o efeito do ramipril vs . Placebo. A proporção de risco da telmisartana vs . ramipril para este desfecho no ONTARGET foi de 0,99 [IC 97,5% 0,90-1,08, p (não-inferioridade)=0.0004].

A combinação de telmisartana e ramipril não acrescentou benefício sobre a monoterapia com ramipril ou telmisartana. Além disso, houve uma incidência significativamente maior de hipercalemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope no grupo da combinação. Portanto, o uso da combinação de telmisartana e ramipril não é recomendado nesta população.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

Telmisartana + Hidroclorotiazida é uma combinação de um BRA (bloqueador do receptor de angiotensina II - telmisartana) e um diurético tiazídico (Hidroclorotiazida). A combinação desses princípios ativos exerce um efeito anti-hipertensivo adicional reduzindo a pressão sanguínea para um melhor nível do que o obtido com cada componente isolado.

Telmisartana + Hidroclorotiazida, administrado uma vez ao dia, na faixa de doses terapêuticas, promove redução efetiva e gradativa na pressão arterial.

Telmisartana

É um bloqueador específico dos receptores da angiotensina II (tipo AT1), é eficaz por via oral. A telmisartana desloca, com afinidade muito elevada, a angiotensina II de seus sítios de ligação no receptor AT1, o qual é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina II. A telmisartana não apresenta qualquer atividade agonista parcial no receptor AT1 e liga-se seletivamente a esses receptores. Esta ligação é de longa duração.

A telmisartana não apresenta afinidade por outros receptores, incluindo AT2 e outros receptores AT menos caracterizados. A função destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da possível superestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados pela telmisartana. Os níveis de aldosterona plasmática são diminuídos pela telmisartana. A telmisartana não inibe a renina plasmática humana nem bloqueia canais iônicos. A telmisartana não possui efeito inibitório sobre a ECA (quininase II), que também degrada a bradicinina. Portanto não se espera uma potencialização de efeitos adversos mediados pela bradicinina.

Hidroclorotiazida

É um diurético tiazídico. O mecanismo do efeito anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos não está totalmente elucidado. A tiazida influencia nos mecanismos tubulares renais de reabsorção de eletrólitos, aumentando diretamente a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A ação diurética da Hidroclorotiazida reduz o volume plasmático, aumenta a atividade da renina plasmática, aumenta a secreção de aldosterona, com consequentes aumentos na perda de potássio e bicarbonato através da urina e diminuição de potássio sérico. Supõe-se que através do bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona, a coadministração de telmisartana tende a reverter a perda de potássio associada a esses diuréticos. Com Hidroclorotiazida, o início da diurese ocorre em 2 horas e o efeito máximo ocorre em cerca de 4 horas, enquanto a ação persiste por aproximadamente 6 a 12 horas.

Estudos epidemiológicos demonstraram que o tratamento a longo prazo com Hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e morbidade cardiovascular.

São atualmente desconhecidos os efeitos da combinação de doses fixas de Telmisartana + Hidroclorotiazida na mortalidade e morbidade cardiovascular.

Farmacocinética

A administração concomitante de Hidroclorotiazida e telmisartana não interfere na farmacocinética de cada droga.

Absorção

Telmisartana

O pico de concentração de telmisartana é atingido em 0,5 a 1,5 horas após administração oral. A biodisponibilidade absoluta de 40 mg e 160 mg de telmisartana foi de 42% e 58%, respectivamente. A administração concomitante com alimentos reduz levemente a biodisponibilidade de telmisartana com a redução da área sob a curva de concentração plasmática x tempo (AUC) de cerca de 6% com o comprimido de 40 mg e cerca de 19% após a dose de 160 mg. Três horas após a administração, as concentrações plasmáticas são semelhantes, quer a telmisartana seja tomada em jejum, quer com alimentos.

Não é de se esperar que a pequena redução na AUC cause uma redução na eficácia terapêutica. A farmacocinética de telmisartana administrada por via oral não é linear na faixa de doses situada entre 20 e 160 mg, apresentando aumentos das concentrações plasmáticas (C máx e AUC) maiores que os proporcionais com o aumento das doses. A telmisartana não se acumula significativamente no plasma após doses repetidas.

Hidroclorotiazida

Após administração oral de Telmisartana + Hidroclorotiazida, os picos de concentração de Hidroclorotiazida são alcançados em aproximadamente 1,0 a 3,0 horas após a administração. Baseada na excreção renal acumulativa de Hidroclorotiazida, a biodisponibilidade absoluta foi cerca de 60%.

Distribuição

Telmisartana

Liga-se predominantemente às proteínas plasmáticas (>99,5%), principalmente à albumina e à glicoproteína ácida alfa-1. O volume aparente de distribuição de telmisartana é de cerca de 500 l indicando ligação tecidual adicional.

Hidroclorotiazida

A porcentagem de ligação protéica de Hidroclorotiazida no plasma é de 64% e seu volume aparente de distribuição é de 0,8 ± 0,3 l/kg.

Biotransformação e eliminação

Telmisartana

Após administração intravenosa ou oral de telmisartana marcada com C 14 , a maior parte da dose de telmisartana administrada (>97%) foi eliminada nas fezes via excreção biliar. Encontraram-se somente ínfimas quantidades na urina. A telmisartana é metabolizada por conjugação para a forma farmacologicamente inativa acilglucuronídeo. O glucuronídeo do composto de origem foi o único metabólito identificado em humanos. Após dose única de telmisartana marcada com C 14 , o glucuronídeo representa aproximadamente 11% da radioatividade medida no plasma. As isoenzimas do citocromo P450 não estão envolvidas no metabolismo de telmisartana. A depuração plasmática total de telmisartana após administração oral é >1500 ml/min. A meia-vida de eliminação terminal foi >20 horas.

Hidroclorotiazida

Não é metabolizada em humanos e é excretada quase totalmente na forma inalterada pela urina. Cerca de 60% da dose oral é eliminada como droga inalterada dentro de 48 horas. A depuração renal é cerca de 250 a 300 ml/min. A meia-vida de eliminação terminal de Hidroclorotiazida situa-se entre 10 e 15 horas.

Populações especiais

Pacientes idosos

A farmacocinética de telmisartana não difere entre pacientes idosos e aqueles com menos de 65 anos de idade.

Sexo

As concentrações plasmáticas de telmisartana são geralmente 2 a 3 vezes maiores em mulheres do que em homens. Contudo, nos estudos clínicos, não ocorreram aumentos significativos na resposta de pressão sanguínea ou na incidência de hipotensão ortostática em mulheres. Não são necessários ajustes de doses. Houve uma tendência, sem relevância clínica, das concentrações plasmáticas de Hidroclorotiazida serem maiores em mulheres do que em homens.

Pacientes com insuficiência renal

A excreção renal não contribui na depuração de telmisartana. Baseada na limitada experiência com pacientes portadores de insuficiência renal leve a moderada (depuração de creatinina de 30 a 60 ml/min, média de aproximadamente 50 ml/min), não são necessários ajustes de doses em pacientes com diminuição da função renal.

A telmisartana não é removida do sangue por hemodiálise .

Em pacientes com função renal prejudicada, a taxa de eliminação de Hidroclorotiazida é reduzida.

Num estudo típico realizado em pacientes com depuração média de creatinina de 90 ml/min, a meia-vida de eliminação da Hidroclorotiazida aumentou.

Em pacientes funcionalmente anéfricos, a meia-vida de eliminação é de cerca de 34 horas.

Pacientes com insuficiência hepática

Em estudos farmacocinéticos em pacientes com insuficiência hepática, verificou-se um aumento na biodisponibilidade absoluta de até quase 100%. A meia-vida de eliminação não se alterou em pacientes com insuficiência hepática.

Como devo armazenar o Vesuvius HCT?

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Comprimido 40mg/12,5mg e 80mg/12,5mg

Vesuvius HCT 80mg/12,5mg apresenta-se como comprimido oblongo, dupla camada, branco + salmão.

Comprimido 80mg/25mg

Vesuvius HCT 80mg/25mg apresenta-se como comprimido oblongo, dupla camada, branco + amarelo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Vesuvius HCT

Registro M.S. nº 1.7817.0824

Farm. Responsável:
Fernando Costa Oliveira
CRF-GO nº 5.220

Registrado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Avenida Ceci, nº 282, Módulo I
Tamboré - Barueri - SP
CEP 06460-120
C.N.P.J.: 61.082.426/0002-07
Indústria Brasileira

Fabricado por:
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 1 - Quadra 2- A - Módulo 4
Daia - Anápolis - GO
CEP 75132-020

Venda sob prescrição médica.