Veronio

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Sistema Nervoso

Veronio, para o que é indicado e para o que serve?

O Veronio é indicado como adjuvante da anestesia geral, para facilitar a intubação endotraqueal (procedimento para introdução do tubo na traquéia) e promover o relaxamento da musculatura esquelética durante a cirurgia.

Como o Veronio funciona?


O brometo de vecurônio é um relaxante neuromuscular não despolarizante, atuando no bloqueio do processo de transmissão entre a terminação nervosa e a musculatura estriada, ocasionando o relaxamento da musculatura esquelética.

O início de ação do Veronio é rápido, a anestesia intravenosa tem início de ação em 90 a 120 segundos, após sua administração para relaxamento da musculatura para intubação endotraqueal e após administração de 3 a 4 minutos ocorre à paralisia generalizada, adequada para qualquer tipo de cirurgia.

Quais as contraindicações do Veronio?

O produto é contraindicado em pacientes com história decorrida anteriormente e reações anafiláticas devido ao vecurônio ou ao íon brometo. Também é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para o uso em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula do Veronio.

Este medicamento é contra-indicado para menores de 7 semanas.

Como usar o Veronio?

Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, de emprego específico e ser manipulado apenas por pessoal treinado, o item  "Como devo usar este medicamento" não consta nesta bula, uma vez que estas informações serão fornecidas pelo médico conforme necessidade do paciente.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Veronio?


Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, de emprego específico e ser manipulado apenas por pessoal treinado, este item não consta nesta bula, uma vez que o controle é feito pelo hospital ou ambulatório especializado.

Em caso de dúvidas, procure orientação do seu farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Veronio?

É necessário que a ventilação mecânica seja mantida até que a respiração espontânea seja recuperada, pois o produto causa paralisia da musculatura respiratória. Em geral, têm sido relatadas reações anafiláticas (reação alérgica grave) aos bloqueadores neuromusculares.

Embora raramente tenham sido encontradas com o uso do produto, deve-se sempre tomar as precauções para o tratamento dessas reações, caso ocorram.

Dentro das dosagens clínicas o brometo de vecurônio não apresenta efeitos cardiovasculares, portanto não há atenuação da bradicardia (diminuição da freqüência cardíaca) causada por alguns anestésicos e opioides ou devido ao reflexovagal (reações involuntárias) durante a cirurgia.

Entretanto, a utilização de drogas vagolíticas, como a atropina na pré-medicação, ou na indução da anestesia, pode ser importante em procedimentos cirúrgicos, nos quais as reações vagais têm maior possibilidade de ocorrer (por exemplo: cirurgias em que são usados anestésicos de conhecido efeito vagomimético, cirurgias oftálmicas, abdominais, ano-retais, etc).

Não há dados suficientes, até o momento, que recomendem o uso do produto em Unidade de Tratamento Intensivo. Como ocorre com outros relaxantes neuromusculares, foi relatado bloqueio neuromuscular prolongado em pacientes gravemente enfermos, em unidades de cuidados intensivos, após a utilização do produto por períodos prolongados. É essencial que durante o bloqueio neuromuscular contínuo, os pacientes recebam analgesia e sedação adequadas e que a transmissão neuromuscular seja monitorada durante toda a intervenção cirúrgica.

Além disso, os relaxantes musculares devem ser administrados em doses cuidadosamente ajustadas, que devem ser suficientes para a manutenção do bloqueio completo, sob a supervisão de médicos especializados, familiarizados com as ações dos produtos e com as técnicas adequadas de controle neuromuscular. O brometo de vecurônio deve ser administrado somente por médicos especializados ou sob sua supervisão, familiarizados com o uso e efeito desses medicamentos, como qualquer agente bloqueador neuromuscular.

As seguintes patologias podem influenciar a farmacocinética e/ou farmacodinâmica do brometo de vecurônio:

Doença hepática e/ou das vias biliares:

O produto é excretado principalmente pelas vias biliares. Em geral, são encontradas apenas moderadas alterações no curso do bloqueio neuromuscular induzido pelo brometo de vecurônio, em pacientes acometidos por doença hepática ou das vias biliares. Além disso, essas alterações são dose-dependentes.

Com uma dose de 0,1 mg de brometo de vecurônio/kg de peso corpóreo, foram encontrados um leve e estatisticamente insignificante prolongamento do tempo de início de ação e diminuição do tempo de duração, quando comparado a pacientes normais.

Nas doses de 0,15 mg e 0,20 mg de brometo de vecurônio/kg, o prolongamento do tempo de início de ação foi ainda menos pronunciado (0,15 mg/kg) ou ausente (0,2 mg/kg) e nenhuma alteração foi vista na duração de ação no grupo de 0,15 mg/kg, enquanto que no grupo de 0,2 mg/kg foram observados aumentos significativos na duração de ação e no tempo de recuperação.

Insuficiência renal:

Quando administrado o produto em pacientes com insuficiência renal, foram relatadas apenas mínimas alterações dos parâmetros farmacodinâmicos. À semelhança de outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes, pode ocorrer uma diminuição limitada de resistência à ação do brometo de vecurônio em pacientes com insuficiência renal.

Quando o produto for administrado em pacientes com insuficiência renal, pode ocorrer um pequeno aumento no tempo de início de ação e de recuperação, entretanto, este aumento não é clinicamente significativo.

Tempo de circulação prolongado:

O tempo de circulação prolongado está associado com doenças cardiovasculares, idade avançada, estados edematosos, resultando em um aumento do volume de distribuição, contribuindo desta forma, para um aumento no tempo de início de ação do bloqueio neuromuscular.

Doença neuromuscular:

O produto deve ser usado com extrema cautela em caso de doença neuromuscular ou após poliomielite , uma vez que a resposta a esses agentes neuromusculares pode ser consideravelmente alterada nesses pacientes. A magnitude e duração dessa alteração podem variar amplamente. Nos pacientes com miastenia gravis ou síndrome miastênica (doença auto-imune) (Eaton Lambert), pequenas doses do produto podem ter profundos efeitos, portanto, nesses pacientes, o produto deve ser administrado conforme a resposta.

Hipotermia :

É prolongado o efeito bloqueador neuromuscular do produto, em cirurgias com hipotermia.

Condições que podem aumentar os efeitos do brometo de vecurônio:

Hipocalemia (diminuição de potássio no sangue) (por exemplo: após vômitos intensos, diarréia e terapia diurética), hipermagnesemia (aumento de magnésio), hipocalcemia (diminuição de cálcio) (após transfusões maciças), hipoproteinemia (diminuição de proteína), desidratação , acidose, hipercapnia (aumento de gás carbônico no sangue arterial) e caquexia (perda de peso, atrofia muscular, fadiga , fraqueza e perda de apetite).

Distúrbios eletrolíticos graves, pH sanguíneo alterado ou desidratação devem, portanto, ser sempre corrigidos quando possível. Como o brometo de pancurônio , d-tubocurarina ou outros bloqueadores não despolarizantes, o produto pode causar uma redução no tempo parcial de tromboplastina (enzima que realiza a transformação da protrombina a trombina) e no tempo de protrombina ( fator de coagulação).

Cirurgia obstétrica:

Estudos com brometo de vecurônio administrado em doses de até 0,1 mg/kg, demonstraram segurança para uso em cesarianas. O índice de Apgar, o tônus muscular fetal e a adaptação cardiorrespiratória, não são afetados pelo produto. Das amostras sanguíneas do cordão umbilical, constatou-se apenas uma pequena transferência placentária da droga, que não levou a nenhuma observação clínica de efeitos adversos no recém-nascido.

Interações medicamentosas:

As drogas seguintes demonstraram influenciar a magnitude e/ou duração dos bloqueadores neuromusculares não despolarizantes:

Efeito Aumentado:

Anestésicos

Halotano , éter, enflurano , isoflurano , metoxiflurano, ciclopropano

Altas doses de tiopental , metoexital, cetamina , fentanila , gamahidroxibutirato, etomidato

Antibióticos

Antibióticos aminoglicosídicos e polipeptídicos, acilaminopenicilinas, altas doses de metronidazol

Diuréticos , bloqueadores beta-adrenérgicos, tiamina , inibidores da MAO, quinidina , protamina , bloqueadores alfa-adrenérgicos,
sais de magnésio

  • Outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes;
  • A prévia administração de succinilcolina.
Efeito Reduzido:
  • Neostigmina, edrofônio, piridostigmina, derivados aminopiridínicos;
  • A prévia administração de corticosteróides de forma crônica, fenitoína , carbamazepina ;
  • Norepinefrina, azatioprina (apenas efeitos limitados e passageiros), teofilina , cloreto de cálcio.
Efeito Variável:
  • Relaxantes musculares despolarizantes como succinilcolina, administrados após o brometo de vecurônio, podem produzir potencialização ou atenuação do efeito bloqueador neuromuscular do produto.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Veronio?

Reações Anafiláticas:

São descritas reações anafiláticas aos relaxantes neuromusculares em geral. Apesar de essas serem muito raras com o uso do produto, sempre devem ser tomadas as precauções para o seu tratamento, caso elas ocorram. Cuidados especiais devem ser tomados, particularmente em caso de história anterior de reações anafiláticas aos bloqueadores neuromusculares, uma vez que foram relatados casos de reação alérgica cruzada entre bloqueadores neuromusculares.

Liberação de Histamina e Reações Histaminóides:

Uma vez que os bloqueadores neuromusculares são conhecidos como capazes de induzir a liberação de histamina local ou sistemicamente, a possível ocorrência de prurido e reação eritematosa no local de injeção e/ou reações histaminóides (anafilactóides) generalizadas, como broncoespasmo e alterações cardiovasculares, devem sempre ser consideradas quando se faz uso dessas medicações. Estudos experimentais com injeção intradérmica de brometo de vecurônio demonstraram que esse fármaco tem apenas uma fraca capacidade de induzir liberação de histamina local.

Estudos controlados no homem não demonstraram qualquer aumento significativo nos níveis de histamina no plasma humano após administração intravenosa do produto. Até o momento tais casos foram relatados raramente durante o uso de brometo de vecurônio em grande escala.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações inadequadas pelo uso do medicamento.

Informe a empresa sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

População Especial

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas:

Os pacientes não devem utilizar máquinas potencialmente perigosas, ou dirigir veículos durante as 24 horas após a recuperação completa da ação bloqueadora neuromuscular do produto.

Gravidez:

Gravidez – Categoria C.

Não há dados suficientes sobre o uso do produto durante a gestação animal ou humana que possam assegurar prováveis danos ao feto. O brometo de vecurônio somente deverá ser usado na gravidez quando os benefícios forem claramente superiores aos potenciais riscos fetais.

Em mulheres que estiverem usando sulfato de magnésio paratoxemia gravídica, a reversão do bloqueio neuromuscular induzido pelo brometo de vecurônio pode ser insatisfatória, pois os sais de magnésio potencializam o bloqueio neuromuscular.

Portanto, a dosagem do produto deve ser reduzida e cuidadosamente ajustada à resposta de contratilidade muscular, em mulheres que estão recebendo o sulfato de magnésio.

Lactantes:

Não se sabe se esta droga é excretada no leite humano.

Uso pediátrico:

Pacientes pediátricos de 10 a 16 anos tem a mesma necessidade de dosagem que adultos e podem ser tratados da mesma maneira. Pacientes de 1 a 10 anos de idade, podem necessitar de doses iniciais maiores assim como uma manutenção mais frequente que adultos. Crianças menores de 1 ano porém maiores que 7 semanas são mais sensíveis a Veronio que adultos. A segurança e eficácia de Veronio em crianças menores que 7 semanas não foi estabelecida.

Não há dados suficientes sobre infusão contínua de Veronio em pacientes pediátricos, portanto nenhuma recomendação de dosagem é recomendada. Neonatos com menos de cinco meses de idade podem ser mais sensíveis ao vecurônio e recomenda-se uma dose teste inicial de 10-20mcg /kg, seguida por manutenção de acordo com a resposta. A duração da ação e recuperação é mais longa em neonatos e lactentes do que em crianças e adultos e podem necessitar de doses menores de manutenção administrado com menor frequência.

Pacientes idosos:

Embora estudos adequados com agentes bloqueadores neuromusculares não tenham sido realizados na população geriátrica, problemas específicos geriátricos que limitariam a utilização destas medicações em idosos, não são esperados. Pacientes idosos possuem maior probabilidade de insuficiência renal relacionado à idade, podendo diminuir a proporção de depuração de galamina, metocurarina, pancurônio, succinilcolina ou tubocurarina do corpo, prolongando desta forma os efeitos neurobloqueadores.

Qual a composição do Veronio?

Apresentação:

Pó liofilizado injetável.

Veronio 4 mg:

Cartuchos contendo 10 frascos-ampola + 10 ampolas de diluente.

Veronio 10 mg:

Cartuchos contendo 10 frascos-ampola.

Composição:

Cada frasco-ampola Veronio 4 mg de pó liofilizado contém:

Brometo de Vecurônio 4 mg.

Excipientes: ácido cítrico anidro, fosfato de sódio dibásico anidro, manitol , ácido fosfórico e hidróxido de sódio.

Cada frasco-ampola Veronio 10 mg de pó liofilizado contém:

Brometo de Vecurônio 10,0 mg.

Excipientes: ácido cítrico anidro, fosfato de sódio dibásico anidro, manitol, ácido fosfórico e hidróxido de sódio.

Cada ampola de diluente contém:

Água para injeção 1 ml.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Veronio maior do que a recomendada?

Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, de emprego específico e ser manipulado apenas por pessoal treinado, este hospital ou ambulatório especializado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Veronio com outros remédios?

As drogas seguintes demonstraram influenciar a magnitude e/ou duração dos bloqueadores neuromusculares não despolarizantes

Efeito Aumentado

Anestésicos
  • Halotano , éter, enflurano , isoflurano , metoxiflurano, ciclopropano;
  • Altas doses de tiopental, metoexital, cetamina , fentanila , gamahidroxibutirato, etomidato .
Outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes
  • A prévia administração de succinilcolina.
Outros medicamentos
Antibióticos
  • Antibióticos aminoglicosídicos e polipeptídicos, acilaminopenicilinas, altas doses de metronidazol .
Diuréticos, bloqueadores beta-adrenérgicos
  • Tiamina , inibidores da MAO, quinidina, protamina , bloqueadores alfaadrenérgicos, sais de magnésio.

Efeito Reduzido

  • Neostigmina , edrofônio, piridostigmina , derivados aminopiridínicos;
  • A prévia administração de corticosteróides de forma crônica, fenitoína , carbamazepina ;
  • Norepinefrina , azatioprina (apenas efeitos limitados e passageiros), teofilina, cloreto de cálcio .

Efeito Variável

  • Relaxantes musculares despolarizantes como succinilcolina, administrados após o Brometo de Vecurônio, podem produzir potencialização ou atenuação do efeito bloqueador neuromuscular do produto.

Qual a ação da substância do Veronio (Brometo de Vecurônio)?

Resultados de eficácia

Vecurônio é um bloqueador neuromuscular não despolarizante e de ação curta, análogo monoquaternário do pancurônio . Estudo mostrou que vecurônio é 1,2 vezes mais potente que pancurônio.

Características farmacológicas

O Brometo de Vecurônio é um relaxante neuromuscular não despolarizante, quimicamente designado como o aminosteróide brometo de 1-(3alfa, 17beta-diacetoxi-2beta piperidino-5alfa-androstan-16beta-il) metilpiperidínio.

Mecanismo de Ação

O produto bloqueia o processo de transmissão entre a terminação nervosa e a musculatura estriada, ligando-se competitivamente com a acetilcolina aos receptores nicotínicos localizados na região terminal da placa motora do músculo estriado. Diferente dos bloqueadores neuromusculares despolarizantes, como a succinilcolina, o produto não causa fasciculações musculares.

Dentro de 90 a 120 segundos após a administração intravenosa de uma dose de 0,08 mg a 0,10 mg de Brometo de Vecurônio por kg de peso corpóreo (aproximadamente 2 x ED90 sob anestesia neuroléptica), são obtidas de boas a excelentes condições de relaxamento para intubação endotraqueal, e após 3 a 4 minutos da administração desta dose, ocorre paralisia muscular generalizada adequada para qualquer tipo de cirurgia.

A duração de ação até a recuperação de 25% da contratilidade muscular padrão (duração clínica) com esta dose, é de 20 a 30 minutos. O tempo de recuperação de 95% da contratilidade muscular padrão com esta dose, é aproximadamente 40 a 50 minutos.

Com dosagens maiores de Brometo de Vecurônio, o tempo de início de ação é abreviado e a duração de ação é prolongada. Nas dosagens de 0,15 mg; 0,20 mg; 0,25 mg; 0,30 mg de Brometo de Vecurônio por kg de peso, o tempo médio de início de ação sob anestesia neuroléptica é de 146, 110, 92 e 77 segundos respectivamente. A duração clínica média de ação com essas dosagens é de 41, 55, 70 e 86 minutos respectivamente. Ainda com essas altas dosagens ocorre um aumento gradual, mas relativamente insignificante, da velocidade de recuperação do bloqueio neuromuscular.

Com a administração do Brometo de Vecurônio por infusão intravenosa contínua, pode ser obtido um estado estacionário do bloqueio neuromuscular de 90%, com velocidade de infusão constante e sem um prolongamento clinicamente significativo do tempo de recuperação do bloqueio neuromuscular ao término da infusão. O produto não apresenta efeitos cumulativos se as doses de manutenção forem administradas quando houver 25% de recuperação da contratilidade muscular. Diversas doses de manutenção podem, portanto, ser administradas em sequência.

As propriedades citadas fazem com que o produto possa ser usado tanto em curtos como em longos procedimentos cirúrgicos. Dentro dos limites de dosagem clínica, o produto não exerce atividade bloqueadora vagolítica nem ganglionar. A administração de inibidores da acetilcolinesterase, como a neostigmina, piridostigmina ou edrofônio, antagoniza a ação do Brometo de Vecurônio.

Farmacocinética Clínica

Após a administração intravenosa do produto, a meia-vida de distribuição do vecurônio é de aproximadamente 2,2 (± 1,4) minutos. O vecurônio distribui-se principalmente no compartimento extracelular. Em estado estacionário, o volume de distribuição médio é de 0,27 L/kg em pacientes adultos. A depuração plasmática do vecurônio é de 5,2 (± 0,7) ml/kg/min e a meia vida de eliminação plasmática é de 71 (± 20) minutos.

O grau de metabolização do vecurônio é relativamente baixo. Em humanos, um derivado 3-hidroxi, tendo aproximadamente 50% menos potência bloqueadora neuromuscular que o vecurônio, pode ser demonstrado na urina e na bile como metabólito de Brometo de Vecurônio. Em pacientes que não apresentam insuficiência renal nem hepática, a concentração plasmática deste derivado é inferior ao limite de detecção e não contribui para o bloqueio neuromuscular promovido pelo Brometo de Vecurônio.

A excreção biliar é a principal via de eliminação . Estima-se que dentro de 24 horas após a administração intravenosa do produto, 40 a 80% da dose administrada são excretados na bile como compostos monoquaternários. O vecurônio inalterado representa aproximadamente 95% desses compostos, e o 3-hidroxi vecurônio, 5%.

A eliminação renal é relativamente baixa. O total de compostos monoquaternários excretados na urina coletada por cateter intravesical, durante 24 horas após administração de Brometo de Vecurônio, é de em média 30% da dose administrada.

Uso em Pediatria

Constatou-se que em neonatos e lactentes, a dose ED 90 (aproximadamente 28 µg/kg de peso corporal) encontrada de Brometo de Vecurônio sob anestesia com halotano, foi aproximadamente a mesma que em adultos. Embora estatisticamente insignificante, a ED90 encontrada em crianças (aproximadamente 32 µg/kg de peso corporal), foi um pouco maior que em adultos.

O tempo de início de ação do produto em neonatos e lactentes é consideravelmente mais curto em comparação a crianças e adultos, devido, provavelmente, ao menor tempo de circulação e maior débito cardíaco nos neonatos e lactentes. Uma sensibilidade maior da junção neuromuscular aos agentes bloqueadores neuromusculares também pode justificar um início de ação mais rápida nesses pacientes. A duração de ação e o tempo de recuperação com o produto são maiores nos neonatos e lactentes que nos adultos. As doses de manutenção podem, portanto, ser administradas com menor frequência em neonatos e lactentes. Comparando-se a duração de ação e o tempo de recuperação entre adultos e crianças, em geral, a duração de ação é de 30% e o tempo de recuperação é de 30% a 20% menores em crianças.

Efeitos cumulativos como em adultos, não são observados em pacientes pediátricos com doses repetidas de manutenção de aproximadamente ¼ da dose inicial e administradas quando ocorrer 25% de recuperação da contratilidade muscular padrão. O tempo de recuperação prolongado do produto em neonatos e lactentes não é de tal magnitude que seja necessário usar rotineiramente agentes reversores. Se utilizados, esses agentes reversores são eficazes para antagonizar o bloqueio neuromuscular, tanto em neonatos e lactentes, como em crianças e adultos.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Em estudos realizados com animais, com doses elevadas, foi observada toxicidade relacionada à atividade farmacológica do Brometo de Vecurônio.

Como devo armazenar o Veronio?

Conservar a embalagem do produto fechada, em temperatura ambiente controlada, entre 15 e 25ºC, protegida da luz.

Após reconstituição sob condições assépticas, ou diluição, o Veronio pode ser mantido por 24 horas em temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC e à luz do dia. Entretanto, para evitar contaminação microbiológica, deve-se desprezar o conteúdo não utilizado. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem.

Não utilize medicamento com prazo de validade vencido.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use o medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter ao abrigo da luz em temperatura ambiente, entre 15-30Cº por 24 horas.

Aspectos físicos:

Pó branco, livre de partículas estranhas e contido em frasco. Quando reconstituído, produz uma solução límpida, incolor, isentas de partículas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Veronio

MS - 1.0063.0202.

Farmacêutico Responsável:
Rafael Nunes Princesval.
CRF-RJ nº 17295.

Fabricado por:
Gland Pharma Ltd,
Hyderabad - Índia.

Registrado por:
Instituto Biochimico Ind. Farm. Ltda.
Rua Antônio João, n° 218, Cordovil.
Rio de Janeiro – RJ
CEP: 21250-150.
CNPJ: 33.258.401/0001-03.

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.