Uni Bromazepax

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Sistema Nervoso

Uni Bromazepax, para o que é indicado e para o que serve?

O bromazepam é um ansiolítico . Em doses baixas, o bromazepam reduz seletivamente a tensão e a ansiedade. Em doses altas, promove efeito sedativo e músculo-relaxante. Sua ação se faz sentir após cerca de 20 minutos da administração.

Quais as contraindicações do Uni Bromazepax?

O produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou a outros benzodiazepínicos, em portadores de miastenia gravis, glaucoma agudo de ângulo fechado e doença pulmonar obstrutiva crônica severa. Deve ser usado com cautela em casos de tendência para o abuso de drogas, tais como pacientes alcoólatras e toxicômanos, devido a predisposição ao hábito e dependência.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.

Não deve ser usado durante a gravidez e lactação.

Durante o tratamento o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde.

Como usar o Uni Bromazepax?

A dose ótima de bromazepam deve ser individualizada com base na severidade dos sintomas e na resposta individual do paciente. A dose efetiva mínima deve ser usada pelo menor tempo possível. Se houver a necessidade de tratamento prolongado, deve-se realizar reavaliações periódicas da terapia e retirada gradual da medicação.

Doses médias para pacientes não hospitalizados: 1,5 a 3 mg, até três vezes ao dia. O tratamento de pacientes não hospitalizados deve ser iniciado com doses baixas, gradualmente aumentadas até se atingir a dose ótima. Casos graves, especialmente em pacientes hospitalizados: 6 a 12 mg, duas ou três vezes ao dia.

Estas doses devem ser consideradas como recomendações gerais, devendo a dose de cada paciente ser estabelecida individualmente. Após algumas semanas e no mais tardar 3 meses, de acordo com o resultado do tratamento, deve-se tentar interromper a medicação. Um período de tratamento de 3 meses ou menos não ocasiona, em geral, qualquer problema.

Os compromidos deverm ser administrados com um pouco de líquido (não alcoólico).

É importante que a dose recomendada não seja excedida devido ao potencial de causar dependência. Não aumente a dose se o medicamento estiver menos efetivo após algumas semanas de tratamento; nesses casos, consulte o seu médico.

Somente o médico poderá aumentar a dose ou suspender a medicação. Em caso de interrupção do tratamento após uso prolongado, a dose deve ser reduzida gradualmente para evitar os sintomas de abstinência.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Uni Bromazepax?

Gravidez e lactação

O bromazepam não é recomendado durante os três primeiros meses de gravidez e no período de lactação. O bromazepam passa para o leite materno, podendo causar sonolência e prejudicar a sucção da criança. Informe ao médico se pretende engravidar ou amamentar.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando.

Ineração medicamentosa

Não faça uso de bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com este medicamento.

Idosos

Pacientes idosos e enfraquecidos necessitam de doses menores do que as recomendadas devido às variações na sensibilidade individual na farmacocinética do bromazepam.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Uni Bromazepax?

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis como: sonolência, cansaço , relaxamento muscular ou dificuldade de andar, agitação, irritação, agressividade e pesadelos.

Qual a composição do Uni Bromazepax?

Cada comprimido de 3 mg contém:

Bromazepam 3 mg.

Excipientes: lactose, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, óxido de ferro amarelo, corante azul brilhante, dióxido de silício coloidal, talco .

Cada comprimido de 6 mg contém:

Bromazepam 6 mg.

Excipientes: lactose, corante amarelo crepúsculo, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, silicato de magnésio, dióxido de silício coloidal.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Uni Bromazepax maior do que a recomendada?

Nos casos de intoxicações graves por quaisquer benzodiazepínicos, com coma ou sedação grave, recomenda-se o uso do antagonista específico flumazenil na dose inicial de 0,3 mg EV, com incremento de 0,3 mg a intervalos de 60 segundos até reversão do coma.

No caso dos benzodiazepínicos de meia vida longa pode haver re-sedação, portanto recomenda-se o uso do flumazenil por infusão endovenosa de 0,1 – 0,4 mg/hora, gota a gota, em glicose 5 % ou cloreto de sódio 0,9 %, juntamente com os demais processos de reanimação, desde que o flumazenil não reverta a depressão respiratória.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Uni Bromazepax com outros remédios?

Interações farmacodinâmicas

Os efeitos adversos de Bromazepam como sedação e depressão cardiorespiratória também podem ocorrer quando coadministrado com qualquer depressor do sistema nervoso central , incluindo o álcool.

O álcool deve ser evitado em pacientes que utilizam Bromazepam. Vide item “Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Bromazepam maior do que a recomendada?” para informações sobre outros depressores do sistema nervoso central, incluindo o álcool.

No caso de analgésicos narcóticos, pode ocorrer aumento do efeito euforizante, levando ao aumento da dependência.

Interações farmacocinéticas

Compostos que inibem enzimas hepáticas chave com ação oxidativa podem aumentar a atividade dos benzodiazepínicos. A administração concomitante de cimetidina , um inibidor de várias CYP e possivelmente do propranolol , pode prolongar a meia-vida de eliminação de Bromazepam por meio de uma redução substancial da depuração plasmática ( clearance ) (redução de 50% com cimetidina). A administração combinada com fluvoxamina , inibidora da CYP1A2, resulta em um aumento significativo da exposição ao Bromazepam (2,4 vezes a ASC – área sob a curva) e da meia-vida de eliminação (1,9 vezes).

O Bromazepam não afetou o metabolismo da antipirina, que é um marcador de substituição para atividade de CYP1A2, CYP2B6, CYP2C e CYP3A. Além disso, o Bromazepam não induziu isoenzimas CYP450 importantes in vitro ao nível do mRNA; também não ativou receptores hormonais nucleares. Portanto, é improvável que o Bromazepam cause interações medicamentosas e farmacocinéticas com base na indução do CYP450.

Qual a ação da substância do Uni Bromazepax (Bromazepam)?

Resultados de Eficácia


O tratamento com bromazepam na dose de 6 a 30 mg diária mostrou-se eficaz no tratamento de ansiedade e síndrome de ansiedade/neurose. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 Por causa de sua meia-vida longa, bromazepam pode ser utilizado em dose única diária.9 Bromazepam tem sido indicado no tratamento de neurose ansiosa em pacientes que não respondem ao diazepam ou clordiazepóxido. 5

Bromazepam é eficaz na redução de sintomas cardiovasculares e gastrintestinais psicossomáticos. 10, 11

Bromazepam mostrou-se benéfico no tratamento de fobia e sintomas obsessivos. 12 No tratamento de ansiedade generalizada , o tratamento que utiliza 3 mg de bromazepam, duas vezes ao dia, foi similar ao tratamento que utiliza alprazolam 0,5 mg, duas vezes ao dia. 8 Do mesmo modo, o tratamento para ansiedade que utiliza bromazepam foi similar ao tratamento que utiliza buspirona . 13

Diversos estudos mostraram que bromazepam é tão eficaz quanto diazepam no tratamento de neuroses de ansiedade 1, 2, 4, 14 e também no tratamento de ansiedade pré-operatória. 15 Bromazepam é tão eficaz quanto lorazepam no tratamento de ansiedade generalizada e resulta em menos efeitos adversos, o que favorece a adesão ao tratamento. 16

Referências Bibliográficas

1. Anon: bromazepam, a new anxiolytic: a comparative study with diazepam in general practice. J Roy Coll Gen Pract 1984; 34:509-512.
2. Lapierre YD, Oyewumi LK, Ghadirian A et al: A placebo-controlled study of bromazepam and diazepam in anxiety neurosis. Curr Ther Res 1978; 23:475-484.
3. Modestin J & Hodel J: Lorazepam (Temesta) versus bromazepam (Lexotanil). Controlled crossover study. Munchen Med Wochenschr 1976; 118:1335-1336.
4. De Geyter J, Dumont E & Steiner P: Clinical assay of a new tranquilizer, Lexotan, in the treatment of neurotic troubles. Sem Hop Ther 1975; 51:247-252.
5. Kerry RJ, McDermott CM & Orme JE: bromazepam, medazepam, chlordiazepoxide in treatment of neurotic anxiety. Br J Psychiatry 1974; 124:485-486.
6. Rickels K, Pereira-Ogan JA, Chung HR et al: bromazepam and phenobarbital in anxiety: a controlled study. Curr Therap Res 1973; 15:679-690.
7. McLeod WR, Mowbray RM & Davies B: Trials of RO 5-3350 and diazepam for anxiety symptoms. Clin Pharmacol Ther 1970; 11:856-861.
8. Bertolino A, Mastucci E, Porro V et al: Etizolam in the treatment of generalized anxiety disorder: a controlled clinical trial. J Int Med Res 1989; 17:455-460.
9. Montandon A & Halpern A: Treatment of functional disorders of patients of a medical outpatient department with bromazepam in a single daily dose. Ther Umsch 1977; 34:701-707.
10. Matteoli E, Lampagnani E, Zaini G et al: The therapy of functional cardiovascular disturbances with a new benzodiazepine derivative. Minerva Med 1974; 65:2481-2484.
11. Bianchi A, DeMarino V & Baiano G: Experimental studies in guinea pigs of the behavioral and electrocardiographic effects of bromazepam. Clinical research on its use in the treatment of some psychosomatic syndromes. Clin Ter 1975; 73(5):441-459.
12. Grattarola FR & Morgando E: Clinical investigations with a new benzodiazepine derivative, bromazepam (RO 5-3350) in the treatment of phobic-obsessive symptoms. Minerva Med 1973; 64:2107-2111.
13. Sacchetti E, Zerbini O, Banfi F et al: Overlap of buspirone with lorazepam, diazepam and bromazepam in patients with generalized anxiety disorder: findings from a controlled, multicentre, double-blind study. Hum Psychopharmacol 1994; 9:409-422.
14. Carlier L et al: Open and double-blind clinical study of a new benzodiazepine in neurotic disturbances. Ars Medici 1974; 29:935-944.
15. Chalmers P & Horton JN: Oral bromazepam in premedication. A comparison with diazepam. Anesthesia 1984; 39:370-372.
16. Fontaine R, Chouinard G & Annable L: Rebound anxiety in anxious patients after abrupt withdrawal of benzodiazepine treatment. Am J Psychiatry 1984; 141:848.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

As ações centrais de benzodiazepínicos são mediadas através de uma melhora da neurotransmissão GABAérgica em sinapses inibitórias. Na presença de benzodiazepínicos, a afinidade do receptor GABA pelo neurotransmissor é aumentada através da modulação alostérica positiva, resultando em uma ação aumentada do GABA liberado nos canais póssinápticos transmembrana de íon cloreto. Doses baixas de Bromazepam reduzem seletivamente a tensão e a ansiedade. Em doses elevadas, aparecem as propriedades sedativas e relaxantes musculares. A ação de Bromazepam começa cerca de 20 minutos depois da sua administração.

Farmacocinética

Absorção

Bromazepam é rapidamente absorvido e as concentrações plasmáticas máximas são atingidas duas horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta de bromazepam dos comprimidos de Bromazepam é de 60 Alimentos podem reduzir a biodisponibilidade de bromazepam, entretanto, sua relevância clínica não foi estabelecida. Durante a administração de doses múltiplas de bromazepam, a extensão da absorção permanece constante; as concentrações previstas no estado de equilíbrio são observadas e confirmam a cinética linear para o fármaco. As concentrações previstas no estado de equilíbrio são observadas e confirmam a cinética linear para o fármaco. As concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são atingidas em cerca de 5 – 9 dias. Após doses orais múltiplas de 3 mg administradas três vezes por dia, a concentração máxima medida de bromazepam no estado de equilíbrio foi de120 ng/ml, o que é de 3 a 4 vezes superior ao observado após uma dose única de 3 mg.

Distribuição

Após absorção, bromazepam é rapidamente distribuído no corpo. Em média, 70% de bromazepam é ligado às proteínas plasmáticas por interação hidrofóbica e os ligantes são albumina e ácido α1-glicoproteína. Seu volume de distribuição é cerca de 50 litros.

Metabolismo e eliminação

Bromazepam é extensivamente metabolizado no fígado . Nenhum metabólito com uma meiavida mais longa que a do fármaco de origem é formado. Do ponto de vista quantitativo, predominam dois metabólitos: 3-hidroxi-bromazepam (menos ativo que bromazepam) e 2-(2- amino-5-bromo-3-hidroxibenzoil) piridina (inativo). Bromazepam é metabolizado, pelo menos em parte, através de citocromo P450 (CYP450). No entanto, as isoenzimas CYP específicas envolvidas não foram identificadas. Ainda assim, observações que um forte inibidor de CYP3A4 ( itraconazol ) e um inibidor moderado de CYP2C9 ( fluconazol ) não resultaram em nenhum efeito sobre a farmacocinética de bromazepam sugerem que estas isoenzimas não estão envolvidas de uma forma mais extensa no metabolismo deste fármaco. A pronunciada interação com a fluvoxamina indica a coparticipação da CYP1A2.

Bromazepam apresenta meia-vida de eliminação de, aproximadamente, 20 horas e a depuração plasmática (clearance) é cerca de 40mL/min. O metabolismo é a via principal de eliminação do fármaco. A recuperação urinária de bromazepam intacto é somente 2% e de conjugados glicuronados do 3-hidroxi-bromazepam e da 2-(2-amino-5-bromo-3-hidroxibenzoil) piridina é de27% e 40% da dose administrada, respectivamente.

Farmacocinética em populações especiais

População geriátrica

Pacientes idosos podem ter concentrações máximas significativamente mais elevadas, menor volume de distribuição, fração livre sérica aumentada, menor depuração e, portanto, também uma meia-vida de eliminação prolongada. Isso indica que as concentrações de bromazepam no estado de equilíbrio, a qualquer taxa de dosagem administrada, serão em média quase duas vezes mais elevadas em um indivíduo idoso, em comparação a um indivíduo mais jovem.

Insuficiência renal

Nenhum estudo formal de farmacocinética foi realizado e nenhum dado farmacocinético populacional foi coletado em pacientes com insuficiência renal.

Insuficiência hepática

Nenhum estudo formal de farmacocinética foi realizado e nenhum dado farmacocinético populacional foi coletado em pacientes com insuficiência hepática.

Segurança não clínica

Carcinogenicidade

Estudos de carcinogenicidade conduzidos em ratos não revelaram nenhuma evidência de um potencial carcinogênico para bromazepam.

Genotoxicidade

Bromazepam não foi genotóxico em testes in vitro e in vivo .

Prejuízo da fertilidade

A administração oral diária de bromazepam não causou nenhum efeito na fertilidade e no desempenho reprodutivo geral de ratos.

Toxicidade reprodutiva

Ao administrar bromazepam a ratas prenhes, foram observados aumento da mortalidade fetal, aumento na taxa de fetos que morreram antes do parto e redução na sobrevida de fetos. Não foi detectado efeito teratogênico em estudos de embriotoxicidade/teratogenicidade em doses de até 125 mg/kg/dia.

Após administração oral de doses até 50 mg/kg/dia a coelhas prenhes, foram observados redução no ganho de peso materno, redução do peso fetal e aumento na incidência de reabsorções.

Como devo armazenar o Uni Bromazepax?

Manter o produto em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (entre 15 a 30 o C) e proteger da luz e umidade.

Prazo de validade 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Não use medicamentos com o prazo de validade vencido.

Dizeres Legais do Uni Bromazepax

Registro MS - 1.0497.0166

Farm.Resp.:
Ishii Massayuki
CRF-SP no 4863

União Química Farmacêutica Nacional S/A
Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90
Embu-Guaçu - SP
CEP 06900-000
SAC 0800 11 1559
CNPJ 60.665.981/0001-18
Indústria Brasileira