Posprand

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Sistema cardiovascular

Posprand, para o que é indicado e para o que serve?

Posprand é um antidiabético (hipoglicemiante oral) que atua na diminuição da glicemia nas refeições em pacientes com diabetes tipo 2 (diabetes que se manifesta na idade madura), cuja hiperglicemia não pode ser controlada satisfatoriamente com dieta, redução de peso e exercícios físicos.

Também é muito importante que seja associada uma dieta adequada.

Como Posprand funciona?

Posprand é um medicamento usado para o tratamento do diabetes tipo 2. O diabetes mellitus tipo 2 é uma doença na qual o pâncreas não produz insulina suficiente para controlar o nível de glicose no sangue.

A repaglinida ajuda o pâncreas a produzir mais insulina no momento das refeições. O tratamento do diabetes tipo 2 com repaglinida é um adjuvante da dieta e exercícios físicos. Para o melhor controle do diabetes, pode ser necessária a associação da repaglinida com outros medicamentos, como por exemplo a metformina.

Quais as contraindicações do Posprand?

Posprand é contraindicado na presença das seguintes condições:

  • Alergia conhecida à repaglinida ou a qualquer um dos componentes do produto;
  • Diabetes tipo 1, peptídeo c negativo;
  • Cetoacidose diabética;
  • Gravidez ou amamentação;
  • Existência de disfunções renais ou hepáticas graves;
  • Tratamento em conjunto com outros medicamentos que interfiram na ação da repaglinida (por exemplo, que inibam ou induzam a enzima CYP3A4).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.

Como usar o Posprand?

A repaglinida deve ser tomada por via oral antes de cada refeição principal com um copo de água.

Posologia

A dose deve ser determinada pelo médico, de acordo com as necessidades de cada paciente.

A dose inicial recomendada é de 0,5 mg, no caso de pacientes submetidos anteriormente a tratamento com outro agente hipoglicemiante oral, recomenda-se uma dose inicial de 1 mg.

A dose única máxima recomendada é de 4 mg.

A dose máxima diária total não deve exceder 16 mg.

Além da auto monitoração usual da glicemia e/ou glicose urinária pelo paciente, o médico deve monitorar periodicamente a glicemia do paciente para otimizar a dose e o controle glicêmico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.​

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Posprand?

Se houver esquecimento de uma dose, a dose seguinte deve ser tomada normalmente, sem dobrar a quantidade.

A interrupção do tratamento sem orientação médica pode ocasionar perda do controle glicêmico.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Posprand?

Informe ao seu médico se você:

  • Utilizar insulina e/ou metformina, pois pode aumentar o risco de hipoglicemia ;
  • Tiver problemas renais ou hepáticos;
  • Está prestes a se submeter a uma cirurgia de grande porte;
  • Apresentou recentemente doença grave ou infecção ou;
  • Quando exposto a estresse , tal como febre e trauma.

Em tais casos pode ocorrer perda do controle glicêmico. Se alguma das situações acima aplicar-se a você, pode ser necessário descontinuar o tratamento com repaglinida e administrar temporariamente insulina. Consulte o seu médico para que ele possa aconselhá-lo.

Assim como com uso de outros hipoglicemiantes orais, o uso de repaglinida pode levar à hipoglicemia, com risco aumentado em pacientes idosos, debilitados ou desnutridos, e naqueles com insuficiência adrenal, pituitária ou hepática.

Gravidez e Lactação

Posprand não deve ser usado:

  • Se você estiver amamentando;
  • Se você estiver grávida ou planejando engravidar.

Não há estudos sobre o uso de repaglinida em mulheres grávidas ou lactantes. Os estudos pré-clínicos demonstraram que a repaglinida não é teratogênica (não produz dano ao embrião ou feto durante a gravidez). Entretanto, estudos com ratos expostos a níveis elevados da repaglinida no último estágio de gravidez e durante o período de lactação apresentaram embriotoxicidade, desenvolvimento anormal dos membros em fetos e em filhotes recém-nascidos. A repaglinida também foi detectada no leite de animais de experimento. Portanto, deve-se evitar o uso de repaglinida durante a gravidez e lactação.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento não deve ser utilizado por lactantes sem orientação médica.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

É aconselhável que você tome as devidas precauções para evitar hipoglicemia enquanto estiver dirigindo. Isto é particularmente importante se você tem pouca ou nenhuma percepção dos sinais de alerta de hipoglicemia ou se tiver episódios frequentes de hipoglicemia. A conveniência de dirigir nestas circunstâncias deve ser considerada com precaução.

Durante o tratamento, o paciente deve se precaver contra hipoglicemia ao dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Não foram realizados ensaios clínicos em pacientes com deficiência hepática, em crianças e adolescentes com menos de 18 anos e em pacientes com mais de 75 anos de idade. Portanto, o tratamento com Posprand não é recomendado para estes grupos de pacientes.

Principais interações medicamentosas

A necessidade de Posprand pode se alterar se o paciente estiver tomando outros medicamentos, portanto, informe ao seu médico caso você tome qualquer um destes, ou outros medicamentos que você não tem certeza se podem ser tomados junto com repaglinida:

As substâncias a seguir podem aumentar o efeito hipoglicemiante da repaglinida

  • Inibidores da enzima monoaminoxidase - IMAO (usados para tratar a depressão );
  • Agentes betabloqueadores não-seletivos (usados para tratar hipertensão arterial e certas doenças cardíacas);
  • Inibidores da ECA ou enzima conversora de angiotensina (usados para tratar determinadas doenças cardíacas);
  • Salicilatos (medicamentos que contém ácido salicílico , por exemplo, aspirina );
  • Antiinflamatórios não-esteroidais – AINES (medicamentos que controlam a inflamação e reduzem a dor e a febre);
  • Octreotida (usada em tumores intestinais ou da hipófise);

As substâncias a seguir podem reduzir o efeito hipoglicemiante da repaglinida

  • Anticoncepcionais orais;
  • Tiazidas (usados como diuréticos );
  • Corticosteróides (cortisona ou cortisol);
  • Danazol (hormônio anti-estrogênico);
  • Hormônios tireoidianos (usados para tratar pacientes com baixa produção de hormônio da tireoide );
  • Simpatomiméticos (usados para tratar asma , por exemplo).

Os agentes betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia.

O álcool pode intensificar e prolongar o efeito hipoglicemiante da repaglinida.

Agentes antifúngicos, tal como cetoconazol , agentes antibacterianos, tal como eritromicina , ou medicamentos que elevem o nível das enzimas hepáticas, tais como rifampicina ou fenitoína , também estão contraindicados em combinação com a repaglinida, uma vez que não se conhece a magnitude do efeito indutor ou inibidor da combinação dessas substâncias.

Informe seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Posprand?

Com base na experiência com repaglinida e outros agentes hipoglicêmicos, as reações adversas abaixo têm sido observadas:

Hipoglicemia

Assim como com outros agentes hipoglicemiantes usados no tratamento do diabetes, reações hipoglicêmicas foram observadas após a administração de repaglinida. Essas reações são principalmente leves e facilmente controladas com a ingestão de açucares. Se forem graves, pode haver necessidade de administração intravenosa de glicose. A ocorrência dessas reações, como em todas as terapias diabéticas, depende de fatores individuais, como hábitos alimentares, dose, exercícios e estresse.

Distúrbios visuais

Sabe-se que as alterações dos níveis de glicemia resultam em distúrbios visuais transitórios, principalmente no início do tratamento. Esses distúrbios foram relatados apenas em pouquíssimos casos após início do tratamento com repaglinida. Nenhum desses casos resultou em descontinuação do tratamento com repaglinida durante os estudos clínicos.

Distúrbios gastrintestinais

Nos estudos clínicos foram relatadas queixas gastrintestinais como dor abdominal, diarréia, náuseas, vômitos e constipação . A freqüência e a gravidade desses sintomas não foi diferente da observada com outros secretagogos orais.

Enzimas hepáticas

Durante tratamento com repaglinida, foram relatados casos isolados de aumento das enzimas hepáticas. A maioria dos casos foi de caráter leve e transitório e pouquíssimos pacientes descontinuaram o tratamento em decorrência do aumento das enzimas hepáticas.

Alergia

Podem ocorrer reações alérgicas na pele como coceira, erupções e urticária . Não há motivo de suspeita de alergenicidade cruzada com as sulfoniluréias devido à diferença de estrutura química.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Qual a composição do Posprand?

Cada comprimido de Posprand 0,5 mg contém:

Repaglinida 0,5 mg
Excipientes* q.s.p 1 comprimido

*Meglumina, poloxâmer, povidona , celulose microcristalina, água purificada, repaglinida base grânulos, amido, fosfato dicálcico anidro, polacrilina, estearato de magnésio.

Cada comprimido de Posprand 1 mg contém:

Repaglinida 1 mg
Excipientes* q.s.p 1 comprimido

*Meglumina, poloxâmer, povidona, celulose microcristalina, água purificada, repaglinida base grânulos, amido, fosfato dicálcico anidro, polacrilina, óxido férrico amarelo, estearato de magnésio.

Cada comprimido de Posprand 2 mg contém:

Repaglinida 2 mg
Excipientes* q.s.p 1 comprimido

*Meglumina, poloxâmer, povidona, celulose microcristalina, água purificada, repaglinida base grânulos, amido, fosfato dicálcico anidro, polacrilina, óxido férrico vermelho, estearato de magnésio.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Posprand maior do que a recomendada?

Caso uma grande dose de Posprand seja tomada, a quantidade de açúcar no seu sangue pode tornar-se muito baixa, levando a um evento hipoglicêmico.

Os sintomas incluem:

  • Dor de cabeça ;
  • Tontura ;
  • Cansaço ;
  • Batimento cardíaco acelerado;
  • Nervosismo e tremores;
  • Náusea; enjoo;
  • Suor.

Caso ocorram esses sintomas, devem ser tomadas medidas adequadas para corrigir o baixo nível de açúcar no sangue, como ingerir açúcar ou alimentos açucarados. Quando eventos hipoglicêmicos não são tratados podem tornar-se muito graves.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Posprand com outros remédios?

Sabe-se que vários fármacos influenciam o metabolismo da glicose/ Repaglinida, portanto possíveis interações devem ser consideradas pelo médico. Dados in vitro indicam que a Repaglinida é metabolizada predominantemente pelo CYP2C8 e CYP3A4. Dados clínicos de voluntários sadios confirmam o CYP2C8 como sendo a enzima mais importante envolvida no metabolismo da Repaglinida, apenas com efeito limitado de fortes inibidores do CYP3A4, mas a contribuição relativa pode ser aumentada se o CYP2C8 é inibido.

Consequentemente, o metabolismo e o clearance da Repaglinida, podem ser alterados por fármacos que influenciam estas enzimas do citocromo P-450 através da inibição ou indução. Deve-se tomar cuidado especial quando ambos inibidores do CYP2C8 e CYP3A4 são administrados simultaneamente com a Repaglinida.

Um estudo de interação medicamentosa em voluntários sadios demonstrou que a coadministração de genfibrozila (600 mg duas vezes ao dia), um inibidor do CYP2C8, e Repaglinida (uma dose única de 0,25 mg) aumentou 8,1 vezes a AUC da Repaglinida e 2,4 vezes a C max e prolongou a meia-vida de eliminação (t1⁄2) de 1,3 para 3,7 horas, resultando possivelmente em um maior e mais prolongado efeitoredutor da glicemia pela Repaglinida. O uso concomitante de genfibrozila e Repaglinida deve, portanto, ser evitado. Se a combinação for considerada necessária, a glicemia deve ser cuidadosamente monitorada e a dose de Repaglinida reduzida, se necessário.

A co-administração de itraconazol , um inibidor do CYP3A4, com genfibrozila e Repaglinida, no mesmo estudo, resultou em um efeito ainda mais pronunciado; a AUC da Repaglinida aumentou 19,4 vezes e a t1⁄2 aumentou de 1,3 para 6,1 horas. A co-administração de trimetoprima (160 mg duas vezes ao dia), um fraco inibidor do CYP2C8, e Repaglinida (uma dose única de 0,25 mg) resultou em pequenos aumentos na AUC da Repaglinida, C max e t1⁄2 (1,6 vezes, 1,4 vezes e 1,2 vezes, respectivamente) sem efeitos estatisticamente significativos sobre os níveis de glicose no sangue. Esta ausência de efeito farmacodinâmico foi observada com uma dose subterapêutica de Repaglinida.

Uma vez que o perfil de segurança desta associação não foi estabelecido com doses superiores a 0,25 mg de Repaglinida e 320 mg de trimetoprima, deve-se ter cautela no uso concomitante. Se o uso concomitante for necessário, um controle cuidadoso da glicemia e uma monitoração clínica rigorosa deverão ser realizados. A rifampicina , um potente indutor do CYP3A4, mas também do CYP2C8, atua tanto como um indutor quanto como um inibidor do metabolismo da Repaglinida. O pré-tratamento de sete dias com rifampicina (600 mg), seguido pela co-administração de Repaglinida (uma dose única de 4 mg) no 7° dia, resultou numa AUC 50% menor (efeito de uma indução e inibição combinada). Quando Repaglinida foi administrada 24 horas após a última dose de rifampicina, uma redução de 80% da AUC da Repaglinida foi observada (efeito de indução apenas).

O uso concomitante de rifampicina e Repaglinida pode, portanto, induzir uma necessidade de ajuste de dose da Repaglinida, que deve ser baseado em controles cuidadosos da glicemia, no início do tratamento com rifampicina (inibição aguda), após a administração (misto de inibição e indução), na interrupção (somente indução) e até aproximadamente uma semana após a descontinuação da rifampicina, quando o efeito indutor desta não está mais presente.

A co-administração de claritromicina (250 mg duas vezes ao dia), um potente inibidor baseado no mecanismo do CYP3A4, com Repaglinida (uma dose única de 0,25 mg) aumentou ligeiramente a exposição da Repaglinida (a AUC aumentou 1,4 vezes e a C max 1,7 vezes) e o acréscimo médio da AUC de insulina sérica aumentou 1,5 vezes (e C max 1,6 vezes).

O cetoconazol (200 mg ao dia), um potente inibidor do CYP3A4, mostrou um aumento limitado na exposição média da Repaglinida (a AUC aumentou 1,2 vezes e a C max 1,6 vezes), com perfis de glicemia alterados em menos de 8%, quando administrados concomitantemente (uma dose única de 4 mg de Repaglinida).

A co-administração de cimetidina , nifedipina ou sinvastatina com Repaglinida, todos substratos do CYP3A4, não alterou significativamente os parâmetros farmacocinéticos da Repaglinida.

Estudos de interação medicamentosa realizados em voluntários sadios demonstraram que a Repaglinida não teve efeito clinicamente relevante nas propriedades farmacocinéticas da digoxina , teofilina ou varfarina .

Desse modo, não é necessário o ajuste da dose de digoxina, teofilina ou varfarina na co-administração com Repaglinida.

Um estudo clínico farmacocinético em voluntários sadios demonstrou que a administração concomitante de contraceptivos orais ( etinilestradiol/levonorgestrel ) não alterou a biodisponibilidade total da Repaglinida para um grau clinicamente relevante, embora os níveis de pico da Repaglinida ocorressem mais cedo. A Repaglinida não teve efeito clinicamente significativo sobre a biodisponibilidade do levonorgestrel , mas os efeitos sobre a biodisponibilidade do etinilestradiol não podem ser excluídos.

As seguintes substâncias podem aumentar e/ou prolongar o efeito hipoglicemiante da Repaglinida:

Genfibrozila , claritromicina , cetoconazol , itraconazol , trimetoprima, outros antidiabéticos, inibidores da monoamina oxidase (IMAO), agentes beta-bloqueadores não-seletivos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), salicilatos, antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), octreotida , álcool e esteroides anabólicos.

As seguintes substâncias podem reduzir o efeito hipoglicemiante da Repaglinida:

Contraceptivos orais, rifampicina , barbitúricos e carbamazepina , tiazidas, corticosteroides, danazol , hormônios da tireoide, octreotida e simpatomiméticos.

Qual a ação da substância do Posprand (Repaglinida)?

Resultados de Eficácia


Após administração oral de Repaglinida a pacientes com Diabetes Tipo 2, observou-se que a resposta insulinotrópica à refeição ocorreu num prazo de 30 minutos, causando efeito hipoglicemiante durante o período da refeição. Os níveis elevados de insulina, porém, não persistiram além do período da refeição.

Os níveis plasmáticos de Repaglinida diminuíram rapidamente e observaram-se baixas concentrações plasmáticas do fármaco em pacientes com Diabetes Tipo 2 quatro horas após sua administração. Uma redução da glicemia dose-dependente foi comprovada com a administração de doses de 0,5 mg a 4 mg de Repaglinida.

Resultados de estudos clínicos demostraram que a Repaglinida é dosada de maneira ótima em relação às principais refeições (dosagem pré-prandial).

As doses devem ser preferivelmente administradas 15 minutos antes da refeição.

Características Farmacológicas


Modo de Ação

O Diabetes Tipo 2 é uma doença na qual o pâncreas não produz insulina suficiente para controlar o nível de glicose no sangue, sendo também conhecida como Diabetes mellitus não-insulinodependente (DMNID) ou Diabetes que se manifesta na idade madura. Repaglinida auxilia o pâncreas a produzir mais insulina no momento das refeições, sendo usado para controlar o Diabetes nos casos em que dietas, exercícios e redução de peso isoladamente não mais forem suficientes para controlar (ou diminuir) os níveis de glicemia. Repaglinida também pode ser administrado em combinação à metformina. Repaglinida - agente hipoglicemiante oral - sob a forma de comprimidos deve ser administrado pré-prandialmente.

Propriedades farmacodinâmicas

A Repaglinida é um secretagogo oral, derivado do ácido carbamoilmetilbenzóico, de ação é curta. A Repaglinida reduz os níveis de glicemia de forma aguda ao estimular a liberação de insulina pelo pâncreas, um efeito dependente do funcionamento das células beta nas ilhotas pancreáticas.

A Repaglinida fecha os canais de potássio ATP-dependente na membrana da célula beta através de uma proteína-chave, diferentemente dos outros secretagogos. Tal efeito despolariza as células beta, determinando a abertura dos canais de cálcio. O aumento do influxo de cálcio resultante induz a secreção de insulina pelas células beta.

Propriedades farmacocinéticas

A Repaglinida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal, resultando em rápido aumento da concentração plasmática do fármaco. O nível plasmático máximo ocorre uma hora após a administração. Após atingir o nível máximo, o nível plasmático reduz rapidamente e a Repaglinida é eliminada em 4 - 6 horas. A meia-vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 1 hora.

A farmacocinética da Repaglinida é caracterizada por biodisponibilidade absoluta média de 63% (Coeficiente de Variação 11%), baixo volume de distribuição, 30 litros (consistente com a distribuição no fluido intracelular) e rápida eliminação do sangue.

Nos ensaios clínicos detectou-se uma alta variabilidade interindividual (60%) nas concentrações dos níveis plasmáticos. Entretanto, como a variabilidade intraindividual é de baixa à moderada (35%) e a Repaglinida deve ser titulada versus a reposta clínica, a eficácia do fármaco não é afetada pela variabilidade interindividual.

A exposição à Repaglinida aumenta em pacientes com insuficiência renal e hepática e em pacientes idosos com Diabetes Tipo 2. O AUC (desvio padrão) após exposição à dose única de 2 mg (4 mg em pacientes com insuficiência hepática) foi de 31,4 ng/mL x h (28,3) em voluntários sadios, 75,2 ng/mL x h (67,7) em pacientes com insuficiência renal, 304,9 ng/mL x h (228,0) em pacientes com insuficiência hepática e 117,9 ng/mL x h (13,8) em pacientes idosos com Diabetes Tipo 2.

Em humanos, a Repaglinida liga-se fortemente a proteínas plasmáticas (> 98%). Não foram observadas diferenças relevantes na farmacocinética da Repaglinida quando administrada 0, 15 ou 30 minutos antes da refeição ou em estado de jejum.

A Repaglinida é quase completamente metabolizada e não se identificou nenhum metabólito com efeito hipoglicemiante clinicamente relevante.

A excreção da Repaglinida e de seus metabólitos ocorre primariamente pela via biliar. Uma pequena fração (menos de 8%) da dose administrada aparece na urina, preliminarmente como metabólito. Menos de 1% do fármaco-mãe é recuperado nas fezes.

Como devo armazenar o Posprand?

Posprand deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC a 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Prazo de Validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características organolépticas

Posprand é um comprimido não revestido, circular redondo, biconvexo e de cor amarelo claro. Possui a marcação "G" de um lado e é plano do outro lado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Dizeres Legais do Posprand

Registro MS 1.1013.0256.

Farmacêutica Responsável:
Valéria Medeiros Miqueloti
CRF/SP n o 51.263.

Fabricado por:
Glenmark Pharmaceuticals Ltd.
Goa, Índia.

Registrado por:
Glenmark Farmacêutica Ltda.
São Paulo/SP.
CNPJ n° 44.363.661/0001-57

Importado e distribuído por:
Glenmark Farmacêutica Ltda.
Rua Edgard Marchiori, 255
Distrito Industrial - Vinhedo/SP
CNPJ n° 44.363.661/0005-80

Venda sob prescrição médica.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Posprand ® .