Oxypynal

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Dor Febre e Contusão

Oxypynal, para o que é indicado e para o que serve?

Oxypynal ® é indicado para o tratamento de dores moderadas a severas, quando é necessária a administração contínua de um analgésico, 24 horas por dia, por período de tempo prolongado.

Como o Oxypynal funciona?

Oxypynal ® é um opioide que atua como analgésico com ação semelhante à da morfina. Quando Oxypynal ® atinge a corrente sanguínea, bloqueia as mensagens de dor que são enviadas ao cérebro.

Quais as contraindicações do Oxypynal?

Oxypynal ® é contraindicado nos seguintes casos:

  • Pacientes com alergia à oxicodona ou a qualquer outro componente da fórmula;
  • Em situações nas quais os opioides são contraindicados, como por exemplo, para pacientes com histórico de depressão respiratória e/ou insuficiência respiratória, asma brônquica severa;
  • Pacientes com hipóxia (diminuição da quantidade de oxigênio no sangue) ou hipercapnia (aumento do gás carbônico no sangue) aguda ou severa;
  • Pacientes acometidos ou que apresentem suspeita de íleo paralítico (problema no qual os movimentos contráteis normais da parede do intestino se detêm temporariamente);
  • Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica severa;
  • Pacientes com cor pulmonale ( insuficiência cardíaca , na qual há diminuição da capacidade do lado direito do coração, devido à doença pulmonar ).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres que estão amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Oxypynal?

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

A natureza da liberação prolongada da formulação permite que Oxypynal ® seja administrado a cada 12 horas.

Embora a dosagem simétrica, doses iguais (matinal e vespertina) a cada 12 horas seja adequada para a maioria dos pacientes, alguns deles poderão beneficiar-se de uma dosagem assimétrica (com a dose da manhã diferindo da dose da tarde), ajustada ao caso. Normalmente é adequado o tratamento com um único opioide, usando-se terapia de 24 horas.

Informações para pacientes e cuidadores

  • Não ajuste a dose de Oxypynal ® , exceto com autorização do médico responsável;
  • É possível a evacuação das "matrizes" vazias dos comprimidos, seja por colostomia (exteriorização de parte do intestino), seja nas fezes, o que não representa um fenômeno preocupante, já que a oxicodona já foi absorvida;
  • No caso de uso de Oxypynal ® por um período maior que algumas poucas semanas, ao indicar-se o fim da terapia, talvez seja aconselhável reduzir gradualmente a dose, evitando-se a suspensão abrupta; minimizando o risco de sintomas de abstinência. Seu médico poderá indicar um programa de dosagem, a fim de implementar a retirada gradual do medicamento.

Pacientes com comprometimento renal ou hepático

  • O médico deverá adequar a dose inicial de acordo com a situação do paciente. Normalmente, a dose inicial recomendada para adultos deve ser reduzida a 50% e a titulação de dose para adequado controle da dor deve ser realizada de acordo com a situação clínica do paciente.

Uso em idosos

  • As concentrações de oxicodona no plasma são afetadas apenas parcialmente pela idade, sendo 15% superiores em idosos, quando comparadas aos indivíduos jovens. Dessa forma, o médico deve avaliar a necessidade de ajuste de dose.

Diferenças por sexo

  • Em média, as mulheres apresentam concentrações plasmáticas médias de oxicodona até 25% mais altas que os homens, após o ajuste por peso corpóreo.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

O que eu devo fazer quando esquecer de usar o Oxypynal?

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico, de seu médico ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Oxypynal?

A segurança e eficácia do cloridrato de oxicodona em pacientes menores de 18 anos não foram estabelecidas.

Depressão respiratória

A depressão respiratória representa o principal risco de todos os medicamentos com ação agonista opioide.

Outras condições

Deve-se ter cautela ao se utilizar oxicodona em pacientes idosos debilitados; pacientes com função pulmonar severamente comprometida; pacientes com função dos rins ou fígado comprometida; pacientes com mixedema (uma desordem de pele e tecidos, caracterizada por inchaços principalmente na face e pálpebras), hipotireoidismo , doença de Addison (doença caracterizada pela baixa produção de alguns hormônios, como o cortisol), hipertrofia prostática, alcoolismo , psicose tóxica, delirium tremens (síndrome de abstinência, caracterizada por alucinações e tremedeira), pancreatite , hipotensão (diminuição da pressão arterial), lesão craniana (devido ao risco de aumento da pressão intracraniana) ou pacientes que estejam utilizando medicamentos benzodiazepínicos, outros depressores do sistema nervoso central (incluindo álcool) ou inibidores da MAO.

Tolerância e dependência

Com o uso crônico, os pacientes podem desenvolver tolerância à oxicodona, podendo ser necessário o aumento progressivo de dose para manutenção do controle da dor. O uso prolongado deste medicamento pode levar à dependência física e pode ocorrer síndrome de retirada caso o tratamento seja interrompido abruptamente. Quando o paciente não necessitar mais do tratamento com oxicodona, é recomendável que o médico realize a redução de dose gradativamente, de modo a prevenir a ocorrência de sintomas da síndrome de retirada (abstinência).

A síndrome de abstinência caracteriza-se pelos seguintes sintomas:

  • Inquietude; lacrimejamento; coriza; bocejamento; transpiração; calafrios; dor muscular; e dilatação da pupila.

Outros sintomas também podem surgir, tais como:

  • Irritabilidade; ansiedade ; dor nas costas ; dor articular; fraqueza; cólicas abdominais; insônia ; náuseas; anorexia (perda de apetite); vômitos ; diarreia ; elevações na pressão sanguínea, frequência respiratória ou cardíaca.

A oxicodona possui um perfil de abuso similar ao de outros agonistas opioides fortes. A oxicodona pode ser utilizada de forma indevida por pacientes com tendência a vícios. Existe potencial de desenvolvimento de dependência psicológica a analgésicos opioides, incluindo oxicodona.

Oxypynal ® deve ser usado com cautela em pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas.

Convulsões

A oxicodona, assim como todos opioides, pode agravar as convulsões em pacientes com transtornos convulsivos.

Pessoas com dificuldade de deglutição

Oxypynal ® não deve ser diluído ou umedecido antes de ser colocado na boca, e deve-se tomar um comprimido por vez, com água suficiente para garantir a sua imediata deglutição. Deve-se ter especial cautela ao se prescrever Oxypynal ® a pacientes que apresentem dificuldade de deglutição ou que apresentem distúrbios gastrintestinais que possam predispor à obstrução.

Utilização em doenças do trato gastrointestinal

Pacientes com distúrbios de trato gastrintestinal, tais como câncer de esôfago ou câncer de cólon, com lúmen gastrintestinal reduzido, apresentam maior risco de desenvolverem complicações ( obstrução intestinal , ou exacerbação de diverticulite , situações que podem requerer intervenção médica para remoção do comprimido).

Utilização em doenças do trato pancreático/biliar

A oxicodona pode causar espasmo do esfíncter de Oddi [músculo circular localizado na junção do colédoco (canal do fígado que é a principal via de eliminação de bile) com o duodeno (parte inicial do intestino)], devendo ser usada com cautela em pacientes com doenças do trato biliar, inclusive pancreatite aguda. Os opioides, inclusive a oxicodona, podem elevar o nível de amilase sérica (uma enzima).

Abdômen agudo

Em pacientes com quadros de abdômen agudo, a administração de qualquer analgésico opioide, dentre eles a oxicodona, pode mascarar o diagnóstico ou o curso clínico.

Utilização no pré e pós-operatório

Não é aconselhável a utilização para uso pré-operatório nem no manejo da dor no período pós-cirúrgico imediato (nas primeiras 12 a 24 horas após a cirurgia).

Quanto aos pacientes que já estavam recebendo comprimidos de Oxypynal ® como parte de uma terapia analgésica estabelecida, pode-se manter com segurança a administração do fármaco, contanto que tenham sido feitos os ajustes de dose necessários, levando em consideração fatores tais como o procedimento, as outras drogas administradas, e as alterações fisiológicas temporárias provocadas pela própria intervenção cirúrgica.

Efeitos no sistema endócrino

Os opioides, assim como a oxicodona, podem influenciar os eixos hipotalâmico-pituitário-adrenal ou gonadal. Algumas alterações que podem ser observadas incluem um aumento da prolactina sérica e redução no cortisol e testosterona plasmáticos (hormônios). Devido a essas alterações hormonais, sintomas clínicos podem se manifestar.

Gravidez e lactação

A oxicodona pode passar pela placenta e causar depressão respiratória no bebê ou outros sintomas de abstinência. Além disso, a oxicodona também pode passar para o leite materno.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres que estão amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Efeitos na capacidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.

Este medicamento pode causar doping .

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Oxypynal?

As reações adversas apresentadas na tabela abaixo estão classificadas por sistema corpóreo e por incidência.

As frequências são dadas conforme definido abaixo:

  • Reação muito comum: ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação comum: ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação incomum: ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação rara: ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação muito rara: ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Não conhecida: Não pode ser estimada pelos dados disponíveis.

Sistema corpóreo

Muito comum Comum Incomum Rara Muito rara

Não conhecida

Sistema imunológico

- - Hipersensibilidade - -

Reação anafilática ou anafilactoide

Metabolismo e nutricional

- Diminuição do apetite Desidratação - - -

Psiquiátrico

Ansiedade, confusão, insônia, nervosismo, pensamento anormal, depressão Labilidade emocional, agitação, humor eufórico, alucinação, diminuição da libido, dependência - - -

Agressão

Sistema nervoso

Tontura , dor de cabeça , sonolência Tremor, letargia (perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento) Amnésia, convulsão , hipertonia (aumento do tônus muscular), hipoestesia (perda ou diminuição da sensibilidade de uma região do corpo), contrações musculares involuntárias, parestesia (sensações subjetivas na pele como, por exemplo, frio, calor, formigamento , pressão, etc.), distúrbio da fala, desmaio , disgeusia (diminuição do paladar) - -

Hiperalgesia (sensibilidade exagerada à dor ou sensação elevada a estímulos dolorosos)

Olhos

- - Contração da pupila, comprometimento visual - - -

Ouvido e labirinto

- - Vertigem - - -

Cardíaco

- - Palpitações (no contexto da síndrome de retirada) - - -

Vascular

- - Vasodilatação Diminuição da pressão arterial, Diminuição da pressão arterial ao se levantar - -

Respiratório, torácico e mediastinal

- Dificuldade de respirar Depressão respiratória, asfixia - - -

Gastrintestinal

Constipação , náusea, vômito Dor abdominal, diarreia, boca seca, indigestão Dificuldade para engolir o comprimido, regurgitação, ânsia de vômito, arroto, flatulência , íleo paralítico - -

Cáries dentais

Hepatobiliar

- - Aumento das enzimas hepáticas - -

Redução do fluxo biliar

Pele e tecido subcutâneo

Coceira Suor excessivo, rash Pele seca Urticária (vergões vermelhos na pele normalmente em função de uma reação alérgica) - -
Renal e urinário - - Retenção urinária - - -

Reprodutivo e mama

- - Disfunção erétil , produção inadequada de hormônios reprodutivos - -

Ausência do fluxo menstrual

Gerais e local de administração

- Fraqueza, cansaço Calafrios, síndrome de retirada, inchaço, inchaço periférico, mal-estar, sede, tolerância à droga - -

Síndrome de retirada neonatal

Lesões, intoxicações e complicações

- - Medicamento preso na garganta - - -

Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe a empresa sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato através do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).

Apresentações do Oxypynal

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

Comprimido revestido de liberação prolongada 10 mg e 20 mg

Embalagens com 14 ou 28 comprimidos revestidos de liberação prolongada.

Uso oral.

Uso adulto.

Qual a composição do Oxypynal?

Cada comprimido revestido de liberação prolongada de 10 mg contém:

10,00 mg (equivalente a 8,96 mg de oxicodona) de cloridrato de oxicodona.

Excipientes: celulose microcristalina 102, celulose microcristalina 200, hipromelose , estearato de magnésio, opadry YS1-7003 branco (composto de dióxido de titânio, hipromelose, macrogol e polissorbato 80) e água purificada.

Cada comprimido revestido de liberação prolongada de 20 mg contém:

20,00 mg (equivalente a 17,9 mg de oxicodona) de cloridrato de oxicodona

Excipientes: celulose microcristalina 102, celulose microcristalina 200, hipromelose, estearato de magnésio, opadry YS1-7003 branco (composto de dióxido de titânio, hipromelose, macrogol e polissorbato 80), óxido de ferro vermelho e água purificada.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Oxypynal maior do que a recomendada?

Procure ajuda médica imediatamente. Se a pessoa estiver inconsciente, nunca dê nada pela boca.

Superdoses agudas de oxicodona podem manifestar-se por depressão respiratória; sonolência progressiva até o estupor (estado de inconsciência profunda) ou o coma, flacidez dos músculos esqueléticos, pele fria e pegajosa, pupilas contraídas, bradicardia (frequência cardíaca baixa), hipotensão (pressão baixa), e morte.

No tratamento da superdose de oxicodona deve-se atentar inicialmente ao restabelecimento das vias respiratórias.

Os antagonistas opioides puros, tais como a naloxona, são antídotos específicos contra os sintomas provocados por superdose de opioide.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Oxypynal com outros remédios?

Pode haver um aumento do efeito depressor sobre o sistema nervoso central, o qual pode levar a sedação profunda, depressão respiratória, coma e morte, durante tratamento concomitante com benzodiazepínicos ou outras drogas que também afetem o sistema nervoso central, como álcool, outros opioides, sedativos não-benzodiazepínicos, hipnóticos, antidepressivos , fenotiazinas e drogas neurolépticas, etc.

A administração concomitante de oxicodona com anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica (por exemplo, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, antipsicóticos, relaxantes musculares, medicamentos anti-Parkinson) podem resultar em aumento dos efeitos adversos anticolinérgicos, como: nariz e garganta seca, dilatação da pupila, aumento da frequência cardíaca, entre outros.

Os antibióticos macrolídeos (por exemplo, claritromicina ), agentes antifúngicos azólicos (por exemplo, cetoconazol ), inibidores de protease (por exemplo, ritonavir ), e suco de toranja podem levar a um aumento das concentrações de oxicodona plasmática. A paroxetina e a quinidina também podem apresentar este efeito.

A rifampicina , carbamazepina , fenitoína e erva de São João podem levar a uma redução das concentrações plasmáticas de oxicodona.

Efeitos dos alimentos

Em contraste às fórmulas de liberação imediata, os alimentos não têm efeito significativo sobre a absorção da oxicodona. A liberação de Oxypynal ® é independente do pH.

Suco de toranja e erva de São João podem apresentar efeitos no metabolismo da oxicodona.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

Interação alimentícia: posso usar o Oxypynal com alimentos?

Efeitos dos alimentos

Em contraste às fórmulas de liberação imediata, os alimentos não têm efeito significativo sobre a absorção da Oxicodona de Oxicodona. A liberação de Oxicodona de Oxicodona é independente do pH. Suco de toranja e erva de São João podem apresentar efeitos no metabolismo da Oxicodona.

Qual a ação da substância do Oxypynal (Oxicodona)?

Resultados de Eficácia


Quatro estudos duplos cegos em dor oncológica compararam o uso de Oxicodona administrados a cada 12 horas, com Oxicodona de liberação imediata administrada quatro vezes ao dia. Dois destes estudos1,2 utilizaram o modelo grupo paralelo e dois utilizaram investigações cruzadas 3,4 .

O primeiro estudo 1 envolveu 111 pacientes e avaliou a eficácia, segurança e aceitabilidade de Oxicodona (n = 57) versus comprimidos de Oxicodona de liberação imediata (n = 54), cada um em dose diária fixa total de 60 mg de Oxicodona, não sendo permitido uso de analgésico suplementar ou titulação de dose. As medidas primárias da eficácia da intensidade média da dor e da aceitabilidade da terapia não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos para qualquer dia do estudo. A análise farmacocinética/farmacodinâmica mostrou que concentrações elevadas de Oxicodona estavam geralmente associadas a taxas médias de intensidade de dor mais baixas, apoiando a sensibilidade do ensaio e a relação entre magnitude da concentração de Oxicodona no plasma e os efeitos analgésicos.

O segundo estudo grupo paralelo 2 avaliou a eficácia de Oxicodona em 164 pacientes com dor oncológica de moderada a alta intensidade, com 81 pacientes randomizados para Oxicodona e 83 para Oxicodona de liberação imediata. Os resultados não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de tratamento para valores de intensidade média diária da dor e aceitabilidade, não havendo diferença entre os grupos quanto intensidade da dor em função da hora do dia. A média de intensidade da dor em 5 dias foi leve em ambos os grupos, correspondendo a 102% da eficácia relativa para Oxicodona comparado com Oxicodona de liberação imediata, com 95% de confiança de 89% a 118%.

O terceiro estudo 3 foi a comparação dose-repetida, duplo-cega, randomizada, cruzada em dois períodos, multicêntrica, entre Oxicodona e Oxicodona de liberação imediata, consistindo de estimativa da eficácia do controle da dor sobre a duração dos intervalos de dose, desenvolvimento de um perfil farmacocinético/farmacodinâmico, e exame da relação entre concentração plasmática de Oxicodona em estado de equilíbrio e efeitos da droga. Mais de 91% dos pacientes tratados com Oxicodona obtiveram controle da dor dentro de 1,6 dias. Durante a fase duplo-cega, os pacientes continuaram estabilizados em níveis leves de intensidade da dor, sem diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos. Concluindo, tanto Oxicodona quanto Oxicodona de liberação imediata foram eficazes nos intervalos de dose e mostraram diferentes perfis farmacocinéticos e efeitos de droga comparáveis. O quarto estudo 4 foi ensaio de centro único randomizado, duplo cego e cruzado em dois períodos, comparando a eficácia de Oxicodona com comprimidos de Oxicodona de liberação imediata final do período da dosagem. Cada período do estudo durou 3 a 7 dias, sem intervalo de pausa entre os tratamentos. A aceitabilidade da terapia foi avaliada como “boa” por 60% dos pacientes com Oxicodona e 63% dos pacientes com Oxicodona de liberação imediata. A fase duplo cego deste estudo apoia os estudos prévios que mostravam eficácia analgésica equivalente de Oxicodona e Oxicodona de liberação imediata.

Estudo dose-resposta multicêntrico 5 , duplo cego, randomizado, placebo controlado, grupo paralelo, dose repetida, em pacientes entre 32 e 90 anos (média de 62 anos de idade) com osteoartrite crônica, envolveu 133 pacientes, dos quais 44 foram randomizados para tratamento com Oxicodona de 10mg a cada 12 horas ou Oxicodona de 20 mg (2 x 10 mg) a cada 12 horas por 14 dias. Os 45 pacientes remanescentes receberam placebo a cada 12 horas pelo mesmo período. Não foram permitidos titulação de dose ou analgésico suplementar. Os resultados demonstraram clara relação dose-resposta para a redução da intensidade da dor. A análise de regressão mostrou correlações inversas significativas (P < 0,05) entre a concentração plasmática de Oxicodona e intensidade de dor (medidas através de escala CAT e VAS) e efeitos de droga.

Estudo dose repetida, randomizado, cruzado em dois períodos, multicêntrico 6 , duplo cego, comparou perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos de Oxicodona e de comprimidos de Oxicodona de liberação imediata, envolvendo 57 adultos com dor lombar crônica estável, randomizados a uma fase de titulação aberta e tomando Oxicodona a cada 12 horas ou Oxicodona de liberação imediata. Dos 57 pacientes envolvidos, 47 (82%) completaram com sucesso a fase de titulação aberta dentro de 4 dias, e 44 pacientes completaram a fase duplo cega do estudo. Daqueles que se submeteram a titulação, 87% dos pacientes tratados com Oxicodona atingiram controle estável da dor em média de 2,5 dias e mais de 96% dos tratados com Oxicodona de liberação imediata atingiram este estado numa média de 3 dias. Diferenças de tratamento estatisticamente significativas (P < 0,05) foram observadas entre as concentrações plasmáticas de Oxicodona e Oxicodona de liberação imediata em 0, 1, 3 a 4, 5 e 6 horas pósdosagem. Relações estatisticamente significativas foram encontradas entre a concentração plasmática de Oxicodona e os efeitos de droga MSDEQ. Observou-se também uma significativa relação inversa entre concentração plasmática de Oxicodona e intensidade da dor.

A neuralgia pós-herpética foi utilizada como modelo para estudo 7 da eficácia e segurança de Oxicodona na dor neuropática. Estudo randomizado, duplo cego, cruzado, avaliando doentes com neuralgia pós-herpética com dor de intensidade no mínimo moderada, comparou Oxicodona 10mg a cada 12 horas ou placebo, cada um administrado durante 4 semanas. Houve aumento da dose semanalmente até o máximo de 30mg a cada 12 horas, e a avaliação da intensidade e alívio da dor foram diárias. Dos 50 pacientes envolvidos, 38 (idades 70 ± 11 anos) completaram ambos os períodos duplos cegos. Comparado ao placebo, Oxicodona mostrou valores superiores para alívio da dor, eficácia clínica e incapacidade (eficácia clínica placebo = 0,7 ± 1,0 ; Oxicodona 1,7 ± 1,1; valor-P 0,0001).

Referências Bibliográficas

1 Parris WCV, Johnson BW Jr, Croghan MK, et al. Therapeutic evaluation of controlled-release oxycodone (OXYCONTIN) tablets in the treatment of chronic cancer pain: a double-blind study. Int Assoc for the Study of pain, 8th World Congress on Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 20, #59 [abstract]; and Data on File (1), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
2 Kaplan R, Parris WCV, Citron ML, et al. Comparison of controlled-release and immediate-release oxycodone tablets in patients with cancer pain, a double-blind study. Int Assoc for the Study of pain, 8th World Congress on Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 20, #58 [abstract]; and Data on File (m), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
3 Data on File (e), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
4 Data on File (q), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
5 Roth S, Burch F, Fleischmann R, et al. The effect of controlled-release (CR) oxycodone on pain intensity and activities in patients with pain secondary to osteoarthritis. Am Pain Soc Program Book 1995; A-147, #95884 [abstract]; and Data on File (a), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
6 Fleischmann R, Iwan T, Kaiko R, et al. Chronic low back pain (LBP) treatment with controlled-release (CR) and immediate-release (IR) oxycodone. Int Assoc for the Study of Pain, 8th World Congress of Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 493, #184 [abstract]; and Data on File (f), Purdue Pharma L.P., Norwalk, CT.
7 Watson CPN, Babul N. Placebo-controlled evaluation of the efficacy and safety of controlled-release oxycodone in postherpetic neuralgia. Int Assoc for the Study of Pain, 8th World Congress of Pain, Vancouver, BC, Canada:1996; 277, #195 [abstract].

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

O Oxicodona é um agonista opioide sem ação antagonista. Seus efeitos são similares aos da morfina. O efeito terapêutico é principalmente analgésico, ansiolítico, antitussígeno e sedativo. O mecanismo de ação envolve os receptores opioides do sistema nervoso central para compostos endógenos com atividade similar a opioides.

Sistema endócrino

Veja item “ Quais cuidados devo ter ao usar o Oxicodona? ”.

Sistema gastrointestinal

Opioides podem induzir espasmos do esfíncter de Oddi.

Outros efeitos farmacológicos

Estudos in vitro e em animais indicam vários efeitos dos opioides naturais, como morfina, em componentes do sistema imunológico. A significância clínica desses achados é desconhecida. Não se sabe se a Oxicodona, um opioide semisintético, possui efeitos imunológicos similares aos da morfina.

Farmacocinética

Absorção

Após a administração de comprimidos de liberação prolongada, os picos de concentração plasmática geralmente são obtidos em torno de 3 a 5 horas. A meia vida de eliminação plasmática é aproximadamente 4,5 horas.

Efeitos dos alimentos

Os alimentos não têm efeito significativo sobre a absorção da Oxicodona de Oxicodona. A liberação de Oxicodona de Oxicodona é independente do pH.

Distribuição

Após a administração endovenosa, o volume de distribuição (Vss) de Oxicodona foi de 2,6 L/kg. Após absorção, a Oxicodona é distribuída para todo o organismo. Aproximadamente 45% é ligada à proteína plasmática.

Metabolismo

A Oxicodona é metabolizada no fígado pela CYP3A4 e CYP2D6 à noroxicodona, oximorfona e noroximorfona, as quais são subsequentemente glucuronidadas.

A noroxicodona e noroximorfona são os principais metabólitos circulantes. A noroxicodona é um agonista fraco do receptor opioide mu. A noroximorfona é um potente agonista do receptor opioide mu, no entanto, não atravessa a barreira hematoencefálica de forma significativa. A oximorfona é um potente agonista do receptor opioide mu, porém está presente em concentrações muito baixas após a administração de Oxicodona. Dessa forma, nenhum desses metabólitos são conhecidos por contribuir de modo significativo com o efeito analgésico da Oxicodona.

Eliminação

A Oxicodona e seus metabólitos são eliminados tanto na urina quanto nas fezes.

Populações especiais

Idosos

As concentrações de Oxicodona no plasma são afetadas apenas parcialmente pela idade, sendo 15% superiores em idosos, quando comparado a indivíduos jovens.

Sexo

Em média, as mulheres apresentam concentrações plasmáticas médias de Oxicodona até 25% mais altas em relação a homens, após o ajuste por peso corpóreo.

Insuficiência renal

Quando comparado a indivíduos normais, pacientes com disfunção renal moderada a severa podem apresentar concentrações plasmáticas mais elevadas de Oxicodona e seus metabólitos. Pode haver um aumento da meia-vida de eliminação da Oxicodona, e isto pode ser acompanhado por um aumento nos efeitos do medicamento.

Insuficiência hepática

Quando comparados a indivíduos normais, pacientes com disfunção hepática moderada a severa podem apresentar concentrações plasmáticas maiores de Oxicodona e noroxicodona, e concentrações plasmáticas mais baixas de oximorfona. Pode haver um aumento na meia-vida de eliminação da Oxicodona, e isto pode ser acompanhado por um aumento nos efeitos do medicamento.

Dados de segurança pré-clínicos

Teratogenicidade

A Oxicodona não apresentou efeito na fertilidade e no desenvolvimento embrionário inicial em ratos machos e fêmeas quando administrada em doses de até 8 mg/kg/dia. Também, a Oxicodona não induziu nenhuma malformação em ratos em doses de até 8 mg/kg/dia ou em coelhos em doses de até 125 mg/kg/dia. Aumentos em variações no desenvolvimento relacionadas a dose (aumento da incidência de vértebra extra pré-sacral (27) e par extra de costelas) foram observados em coelhos quando foram analisados os dados de fetos individuais. No entanto, quando os mesmos dados foram analisados utilizando ninhadas ao invés de fetos individuais, não houve aumento relacionado à dose nas variações do desenvolvimento, embora a incidência de vértebra pré-sacral tenha permanecido significativamente maior no grupo que recebeu 125 mg/kg/dia quando comparado ao grupo de controle. Uma vez que esta dose foi associada a efeitos farmacotóxicos severos nas fêmeas prenhas, os achados nos fetos podem ter sido uma consequência secundária da toxicidade materna severa.

Em um estudo de desenvolvimento peri e pós-natal realizado em ratos, os parâmetros de peso materno e ingesta alimentar foram reduzidos em animais tratados com doses ≥ 2 mg/kg/dia quando comparados ao grupo de controle. Os pesos corporais foram menores na geração F1 de ratas incluídas no grupo de dose de 6 mg/kg/dia. Não houve efeitos nos parâmetros físicos, reflexológicos e de desenvolvimento sensorial ou no comportamento e índices reprodutivos dos filhotes da F1 (a NOEL para filhotes da F1 foi 2 mg/kg/dia baseado nos efeitos sobre o peso corpóreo observados com doses de 6 mg/kg/dia). Não houve efeitos na geração F2 em qualquer dose do estudo.

Carcinogenicidade

Não foram realizados estudos em animais para avaliar o potencial carcinogênico da Oxicodona.

Mutagenicidade

Resultados de estudos in vitro e in vivo indicam que o risco genotóxico da Oxicodona aos humanos é mínimo ou ausente nas concentrações sistêmicas obtidas terapeuticamente. A Oxicodona não foi genotóxica em testes de mutagenicidade bacteriana ou em testes in vivo de micronúcleo em camundongos. A Oxicodona produziu resposta positiva no teste in vitro de linfoma de camundongos na presença de ativação metabólica de fígado de rato S9 em doses maiores que 25 mcg/mL. Dois testes in vitro de aberração cromossômica foram realizados com linfócitos humanos. No primeiro teste, a Oxicodona foi negativa quando não houve ativação metabólica, porém foi positiva quando houve ativação metabólica S9 no tempo 24 horas, mas não em 48 horas após a exposição. No segundo teste, a Oxicodona não demonstrou qualquer clastogenicidade tanto com ativação metabólica quanto sem ativação metabólica em qualquer concentração ou tempo.

Como devo armazenar o Oxypynal?

Oxypynal ® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Oxypynal ® 10 mg

Comprimidos revestidos redondos na cor branca, biconvexos e lisos.

Oxypynal ® 20 mg

Comprimidos revestidos oblongos na cor rosa, biconvexos e lisos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o médico ou farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Oxypynal

M.S - 1.2214.0111

Resp. Téc.:
Marcia da Costa Pereira
CRF-SP n° 32.700

Registrado e Fabricado por:
Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A
Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias, 3400
Pindamonhangaba – SP
C.N.P.J. 55.980.684/0001-27
Indústria Brasileira

SAC
0800-166575

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção da receita.