Monotrean

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Sistema Nervoso

Monotrean, para o que é indicado e para o que serve?

No tratamento de estados vertiginosos de origem vasomotora (como a labirintite e a síndrome de Ménière).

Como o Monotrean funciona?


Com o emprego de Monotrean espera-se a melhora da circulação em geral, especialmente no cérebro, isso proporciona a melhora das tonturas e perda do equilíbrio, sintomas característicos das vertigens.

Está indicado para o tratamento de vertigens de origem vasomotora e capilar (como a labirintite e a síndrome de Ménière).

Quais as contraindicações do Monotrean?

  • Por crianças;
  • Durante a gravidez e a amamentação;
  • Por pessoas que apresentaram reações alérgicas a qualquer dos ingredientes da fórmula;
  • Por pessoas que têm deficiência da enzima glicose 6-fosfato-desidrogenase (ou deficiência de G6PD);
  • Por portadores de miastenia grave (doença em que ocorre perda da força muscular);
  • Por portadores de algumas arritmias do coração (exemplo: bloqueio atrioventricular total);
  • Por portadores de doenças do fígado ;
  • Por asmáticos;
  • Por portadores da doença de Parkinson sob tratamento com a levodopa;
  • Em casos de inflamação do nervo ótico (neurite ótica) e em pessoas que têm zumbido nos ouvidos.

Como usar o Monotrean?

Em geral, uma drágea três vezes ao dia após as refeições.

Nos casos mais graves (por exemplo, após traumatismos cranianos e síndrome de Ménière) iniciar o tratamento com 3 drágeas, duas vezes ao dia. Em seguida, reduzir para 1 drágea três vezes ao dia durante 4 a 6 semanas; após esse período a posologia recomendada é de 1 a 2 drágeas ao dia.

Equivalência em peso entre o composto químico da apresentação farmacêutica com a substância terapeuticamente ativa:

A papaverina e o cloridrato de quinina são absorvidos pelo trato gastrintestinal após administração oral. A biodisponibilidade do cloridrato de quinina fica entre 76% e 88%, e da papaverina é em torno de 54%; 122 mg de cloridrato de quinina correspondem a aproximadamente 100 mg de quinina anidra.

O que fazer no caso de se esquecer de tomar uma vez a drágea?

Deve-se tomar a dose assim que possível, caso não esteja perto da próxima vez. Se já estiver perto do horário da próxima tomada, deve-se simplesmente continuar o horário certo, sem tomar duas drágeas para compensar aquela que foi esquecida.

Cuidados de administração:

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, doses e a duração do tratamento.

Interrupção do tratamento:

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Monotrean?

Recomenda-se cautela em pessoas com motilidade intestinal diminuída, com arritmias cardíacas ou outras doenças cardíacas graves; em portadores de glaucoma e diabéticos.

A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do indivíduo.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Uso durante a gestação e lactação:

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Não há estudos sobre a excreção de papaverina no leite materno, mas se sabe que a quinina é excretada em concentrações que podem causar danos aos lactentes. Portanto, seu uso é contra-indicado durante a lactação.

A ingestão excessiva de água tônica contendo quinina pode produzir efeitos tóxicos pela superposição da dose de quinina presente no medicamento.

Pacientes idosos:

Embora não tenham sido relatadas restrições de uso em idosos, recomenda-se usar a menor dose para o alívio dos sintomas.

Efeito na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:

Este medicamento pode causar sonolência, portanto, deve-se ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas. Deve-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e medicamentos que possam causar depressão do sistema nervoso central , como por exemplo, anti-histamínicos, sedativos e ansiolíticos .

Deve-se orientar o paciente para observar os sinais de icterícia durante o uso de Monotrean.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Monotrean?

Não foram descritos casos de reações adversas com o uso de Monotrean. A literatura descreve reações adversas pelo uso isolado dos componentes ativos de sua fórmula, os quais não antecipam as mesmas ocorrências com o uso de Monotrean.

São decorrentes do uso de papaverina (geralmente em doses mais altas):

  • Desconforto abdominal, náuseas, vômitos , anorexia , constipação ou diarréia;
  • Aumento da freqüência respiratória;
  • Hepatotoxicidade em tratamento prolongado;
  • Priapismo.

São decorrentes do uso de cloridrato de quinina (geralmente em doses mais altas):

  • Em portadores de deficiência da glicose 6-fosfato desidrogenase - mielossupressão, trombocitopenia , hemólise, coagulação intravascular disseminada, hipoprotrombinemia e anemia hemolítica;
  • Em portadores de miastenia grave - disfagia e depressão respiratória;
  • Acentuação dos sintomas em asmáticos;
  • Distúrbios visuais, incluindo visão borrada, escotomas, sonolência, fotofobia , diplopia, cegueira, redução no campo visual, mudanças na visão das cores, vertigens, dores de cabeça, síncope , apreensão, nervosismo e confusão;
  • Angina ;
  • Náuseas, vômitos e dores epigástricas;
  • Nefrotoxicidade, hepatotoxicidade e ototoxicidade.

O uso de Monotrean é geralmente seguro mas há casos de reações inesperadas que ocorreram em pessoas que tomaram os componentes da fórmula isoladamente.

Dessa maneira, podem ocorrer os seguintes sintomas:

  • Desconforto do abdome (dor na barriga), náuseas, vômito, perda de apetite, prisão de ventre ou diarréia;
  • Aumento da respiração e, em asmáticos, piora dos sintomas da asma ;
  • Alterações da composição e na coagulação do sangue em pessoas com a falta da enzima glicose 6-fosfato desidrogenase (deficiência de G6PD);
  • Dor no peito , tonturas, vertigens, dores de cabeça, perda dos sentidos, apreensão, nervosismo e confusão;
  • Alteração do funcionamento dos rins, do fígado e da audição que podem ser percebidos na consulta médica e, às vezes, pela realização de exames;
  • Alteração da visão, incluindo visão borrada e/ou diminuída, sonolência, incômodo na presença de luz, visão dupla, cegueira, redução no campo de visão e mudanças na visão das cores;
  • Em pessoas com miastenia grave pode provocar dificuldade para engolir e dificuldades para respirar;
  • Priapismo (aumento do tempo de ereção do pênis, sem aumento do desejo sexual, que pode levar a ocorrência de impotência).

Qual a composição do Monotrean?

Apresentação:

Monotrean é apresentado em embalagens contendo:

30 drágeas.

Tomar por via oral.

Pode ser usado somente por adultos.

Composição:

Cada drágea de Monotrean contém:

Cloridrato de Quinina

100 mg

Papaverina

40 mg

Ingredientes não ativos*

1 drágea

*Ácido esteárico, amido, estearato de magnésio, gelatina, lactose monoidratada, povidona , talco , sacarose, carbonato de cálcio , macrogol 4000, cera de abelha, cera de carnaúba, dióxido de titânio, glicose líquida, goma arábica, sorbitol .

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Monotrean maior do que a recomendada?

Em adultos, pode ocorrer toxicidade com 2 gramas de quinina, mas geralmente acontece após a ingestão de mais de 3 gramas, podendo ser fatal quando acima de 4 gramas. Em crianças, a ingestão de 1 grama já pode ser fatal. Para a papaverina, doses acima de 1 grama produzem apenas reações adversas mínimas. Não é conhecida a quantidade que induz toxicidade, mas se sabe que a ingestão de 15 gramas provoca acidose grave em adultos.

Os sinais e sintomas da intoxicação tanto por quinina quanto por papaverina são dores abdominais, náuseas e vômitos, acidose e taquicardia.

Outros sintomas e sinais inespecíficos:

Cefaléia, surdez, zumbido nos ouvidos, ataxia, parestesia , cegueira, midríase, deterioração da visão, letargia, convulsões, coma, alcalose respiratória, hipocalemia , hiperglicemia , hipotensão , insuficiência renal aguda, hipoprotrombinemia, taquicardia, prolongamento dos intervalos PR, QRS e QT, arritmias cardíacas, hipotensão, síncope, parada respiratória e elevação dos níveis de piruvato.

O tratamento consiste em suporte das funções respiratória e cardiovascular. O indivíduo deve ser hospitalizado em unidade de tratamento intensivo com atenção especial aos sinais vitais. A absorção pode ser evitada com a administração de carvão vegetal ou lavagem gástrica. Não é recomendada a indução de vômitos, pois pode haver depressão do Sistema Nervoso Central que aumenta o risco de aspiração do conteúdo gástrico.

O monitoramento deve ser feito, avaliando-se o status cardíaco (FC, PA, ECG), o equilíbrio hidroeletrolítico, o tempo de protrombina (RNI) e os níveis de piruvato e lactato.

No caso de convulsões, o controle inicial deve ser feito com benzodiazepínicos ou fenobarbital , se repetidas. Nos casos de arritmia, aumento do intervalo QRS e acidose, o tratamento consiste na correção do equilíbrio ácido básico. Para reverter a hipotensão, deve-se repor volume com a administração de solução fisiológica. Nos casos de bradicardia, pode-se administrar atropina, solução intravenosa de cálcio, isoproterenol e/ou glucagon . Em alguns casos, pode haver a necessidade de instalação de marca-passo provisório. Para aumentar a eliminação deve-se induzir diurese ácida.

Deve haver um acompanhamento da função visual, para verificar se há evolução do quadro nos casos em que ocorrer a perda da visão.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Monotrean com outros remédios?

O fumo pode interferir no efeito terapêutico da papaverina.

Antiácidos contendo alumínio podem retardar ou diminuir a absorção de quinina.

Acetazolamida pode aumentar os níveis plasmáticos de quinina por alcalinizar a urina.

Anti-histamínicos, buclizina , fenotiazídicos, meclizina ou tioxantênicos podem mascarar sintomas de ototoxicidade, como zumbido nos ouvidos, tonturas ou vertigem.

A papaverina diminui a eficácia da levodopa. A quinina diminui a ação hepática da vitamina K , podendo potencializar o efeito dos anticoagulantes orais .

Não se deve tomar grandes quantidades de água tônica contendo quinina durante o uso de Monotrean.

Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e medicamentos que agem no sistema nervoso causando sonolência como antialérgicos e remédios para tosse (anti-histamínicos), medicamentos para dormir , sedativos e calmantes (tranqüilizantes).

Qual a ação da substância do Monotrean (Papaverina + Quinina)?

Resultados de eficácia

Num estudo clínico duplo-cego com portadores de vertigens devido à insuficiência cerebrovascular, mediu-se o volume do fluxo sangüíneo cerebral por medição radioativa no início e ao final de 4 semanas de tratamento. Os grupos de tratamento do estudo foram divididos em Papaverina + Quinina, placebo ou 40 mg de papaverina.

Os resultados mostraram 4,04% de aumento do fluxo sangüíneo cerebral com o uso de Papaverina + Quinina; 2,36% com o uso de 40 mg de papaverina e 0,72% com o uso de placebo. A análise estatística determinou que o efeito da papaverina foi significativamente superior ao placebo e o efeito do Papaverina + Quinina foi ainda superior, isso devido ao sinergismo da papaverina e da quinina associadas no Papaverina + Quinina.

Num estudo clínico cruzado, 131 pessoas com vertigem foram tratadas com Papaverina + Quinina e placebo.

Depois do tratamento com Papaverina + Quinina, 72% dos casos não apresentaram mais sintomas e 10% melhoraram, mostrando diminuição dos sintomas. Com o uso do placebo, 66% dos pacientes reclamaram do retorno dos sintomas iniciais.

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Papaverina + Quinina contém uma associação de duas substâncias ativas alcalóides. A papaverina exerce um efeito espasmolítico direto na musculatura lisa dos vasos, aumentando o fluxo sangüíneo cerebral e periférico.

Além desse efeito, a papaverina inibe a agregação plaquetária e aumenta a flexibilidade dos eritrócitos; essas ações também aumentam o fluxo sangüíneo como se observa após a administração da papaverina. A quinina inibe a transmissão de estímulos nervosos periféricos e centrais e mantém o efeito vasodilatador.

A associação desses princípios ativos age especialmente nas disfunções vasomotoras do cérebro e da orelha interna, melhorando o fluxo sangüíneo cerebral e os sintomas vestibulares. Assim sendo, Papaverina + Quinina se define como ativador da circulação vestibular, cerebral e periférica.

Farmacocinética

Os componentes de Papaverina + Quinina são bem absorvidos por via oral e sofrem metabolização hepática.

Apresentam grande afinidade pelas proteínas plasmáticas, pelas quais se transporta 90% da dose administrada.

A quinina possui grande afinidade pela alfa-1-glicoproteína ácida e a papaverina se conjuga com o ácido glicurônico. O tempo de meia-vida plasmática da papaverina é de 2 horas, em média, e do cloridrato de quinina é de aproximadamente 10 horas. A principal via de eliminação é a renal, predominantemente sob a forma de metabólito.

Como devo armazenar o Monotrean?

Conservar em temperatura ambiente (15ºC-30ºC).Proteger da luz e umidade.

Vide embalagem externa.

Atenção: Não tome o medicamento depois do prazo de validade, pois pode não fazer os efeitos desejados.

Dizeres Legais do Monotrean

Nº de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem externa.

Reg. MS – 1.0454.0020.

Farm. Resp.:
Dra. Leila Brambila Tsuchiya.
CRF SP nº 21.755.

Fabricado por:
Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.
Alameda Xingu, 766.
Alphaville - Barueri - SP.
CNPJ nº 60.874.187/0001-84.
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.