Minidiab

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Sistema cardiovascular

Minidiab, para o que é indicado e para o que serve?

Minidiab é indicado no tratamento de diabetes melito tipo 2 (doença caracterizada por aumento de açúcar sanguíneo) como auxiliar à dieta e ao exercício, para melhorar o controle glicêmico (dos níveis sanguíneos de glicose ) em adultos.


Como Minidiab funciona?

O principal mecanismo de ação da glipizida é o estímulo da secreção de insulina (hormônio regulador da taxa de glicose do sangue) pelas células pancreáticas (do pâncreas). O estímulo da secreção de insulina causado pela glipizida em resposta a uma refeição é de suma importância. Os níveis de insulina em jejum não se elevam mesmo com a administração prolongada de glipizida, porém a resposta pós-prandial (após as refeições) à insulina continua a ser aumentada após pelo menos 6 meses de tratamento. A resposta insulinotrópica (secreção de insulina) a uma refeição ocorre dentro de 30 minutos após a dose oral de glipizida em pacientes diabéticos, porém níveis elevados de insulina não persistem além do tempo de exposição aos alimentos.

Quais as contraindicações do Minidiab?

Minidiab não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade (alergia) à glipizida, outras sulfonilureias (como a clorpropamida , a tolazamida, a glizipida e a glimepirida ) ou sulfonamidas (por ex., sulfanilamida, sulfadiazina , sulfadimidina, sulfasalazina e sulfametoxazol) ou a qualquer componente da fórmula. Também não deve ser usado nos casos de diabetes melito tipo 1 (diabetes dependente de insulina), cetoacidose diabética (complicação grave do diabetes, principalmente do tipo I, quando o sangue do paciente fica repleto de cetonas, o que pode acontecer se o organismo não tiver insulina suficiente), coma diabético (situação médica na qual o portador de diabetes melito entra em estado de coma por desequilíbrio de sua doença. Pode ser tanto por elevação como por diminuição excessiva da glicose do sangue), no decurso de doenças infecciosas e febris, por ocasião de traumas graves (grandes lesões, como ocorre em acidentes graves) e intervenções cirúrgicas (operações) e quando houver complicações gangrenosas ( gangrena é uma necrose por falta de suprimento sanguíneo, e consequente falta de oxigênio das extremidades – braço, mão, perna, pé).

Como usar o Minidiab?

Minidiab deve ser administrado cerca de 30 minutos antes da refeição.

Assim como qualquer agente hipoglicemiante (para redução da quantidade de glicose – açúcar – no sangue), a posologia deve ser ajustada para cada paciente.

Tratamentos a curto prazo com Minidiab podem ser suficientes em pacientes geralmente bem controlados com dieta durante períodos transitórios de perda de controle.

Dose Inicial

Aconselha-se iniciar a terapêutica com Minidiab® na dose de 1 comprimido ao dia (5 mg), antes do café da manhã ou do almoço. Pacientes idosos e outros pacientes sob risco de hipoglicemia (taxa de glicose no sangue abaixo dos níveis normais) devem iniciar o tratamento com 2,5 mg (meio comprimido) ao dia.

Titulação (ajuste da dose)

O ajuste de dose deve ser feito com incrementos de 2,5 mg ou 5 mg, determinado pela resposta glicêmica (da glicose no sangue). Deve-se dar um intervalo de vários dias entre as etapas da titulação.

Manutenção

Alguns pacientes podem ser efetivamente controlados em um regime de dose única diária. A dose única máxima diária recomendada é de 15 mg. Caso não seja suficiente, a dose diária pode ser dividida.

As doses acima de 15 mg devem ser divididas. Doses totais maiores que 30 mg foram administradas 2 vezes ao dia com segurança em pacientes sob tratamento a longo prazo. Pacientes podem estabilizar com dosagens entre 2,5 mg a 30 mg diários. A dose máxima diária recomendada é de 40 mg.

Posologia para populações especiais

Crianças

A segurança e a eficácia de Minidiab em crianças ainda não foi estabelecida.

Idosos e pacientes de alto risco

A fim de diminuir o risco de hipoglicemia (baixas quantidades de glicose no sangue) em pacientes de risco, incluindo idosos, debilitados, e mal-nutridos ou pacientes com ingestão calórica irregular, e pacientes com insuficiência renal (redução da função dos rins) ou hepática (redução da função do fígado ), a dose inicial e de manutenção devem ser conservadas.

Pacientes que recebem insulina

Assim como outros hipoglicemiantes da classe das sulfonilureias, muitos pacientes com diabetes melito tipo 2 estável recebendo insulina podem ser transferidos com segurança para o tratamento com Minidiab.

A decisão e a forma de transferir o tratamento com insulina para Minidiab® dependem da orientação médica. Siga corretamente as orientações do seu médico. Durante o período de transição o paciente deve automonitorar os níveis de glicose sanguínea e entrar em contato com o médico se os níveis flutuarem e forem diferentes dos valores habituais e adequados.

Pacientes Recebendo Outros Agentes Hipoglicemiantes Orais

Como outros agentes hipoglicemiantes da classe das sulfonilureias, não é necessário período de transição quando os pacientes são transferidos para a glipizida. Pacientes que utilizaram sulfonilureias de meia-vida longa (por ex., clorpropamida) devem ser observados cuidadosamente (1-2 semanas) quanto à hipoglicemia, pois o efeito das 2 medicações podem se somar.

Uso de Combinação

Ao adicionar outros agentes hipoglicemiantes à glipizida para terapia de combinação, o agente deve ser iniciado na menor dose recomendada, e os pacientes devem ser observados cuidadosamente quanto à hipoglicemia. Consultar a bula do produto fornecida com o outro agente oral para informações adicionais.

Ao adicionar a glipizida a outros agentes hipoglicemiantes, a glipizida pode ser iniciada na dose de 5 mg. Os pacientes que forem mais sensíveis a fármacos hipoglicemiantes podem ser iniciados em uma dose mais baixa. A titulação deve ser baseada no julgamento clínico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Minidiab?

Caso você esqueça de tomar Minidiab no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento 2 vezes para compensar doses esquecidas. Se você esquecer uma dose você pode comprometer o resultado do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Minidiab?

Informe ao seu médico se você é portador de doença hepática (do fígado) ou renal (dos rins) ou se você tem deficiência de Glicose-6-fosfato desidrogenase (doença hereditária que acomete, principalmente, homens, e que pode causar icterícia neonatal – pele amarelada no recém-nascido – prolongada, crise hemolítica – destruição das células do sangue – em resposta a certos medicamentos, certos alimentos e cetoacidose diabética).

É importante que você siga as orientações dietéticas, tenha um programa regular de exercícios e realize testes regulares de açúcar no sangue, conforme orientado pelo seu médico.

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Minidiab?

Informe ao seu médico o aparecimento de qualquer reação desagradável durante o tratamento com Minidiab, tais como:

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Hipoglicemia (redução dos níveis de glicose – açúcar – no sangue), náusea, diarreia , dor abdominal superior, dor abdominal.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Tontura , sonolência, tremor, visão embaçada, vômito , icterícia (coloração amarelada da pele e mucosas por acúmulo de pigmentos biliares) colestática, eczema (vermelhidão, descamação e coceira na pele).

Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)

Agranulocitose (ausência de células de defesa: neutrófilos, basófilos e eosinófilos ), leucopenia (redução de células de defesa no sangue), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias) hemolítica, pancitopenia (diminuição de todas as células do sangue), hiponatremia (redução da concentração de sódio no sangue), estado de confusão, dor de cabeça , diplopia (visão dupla), deficiência visual, redução da acuidade visual, constipação ( prisão de ventre ), função hepática (do fígado) anormal, hepatite (inflamação do fígado), dermatite alérgica, eritema (vermelhidão), rash morbiliforme, rash maculopapular (manchas vermelhas elevadas), urticária (alergia da pele), prurido (coceira), reação de fotosensibilidade (sensibilidade exagerada da pele à luz), porfiria não aguda, mal-estar, aspartato amino transferase aumentado, lactato desidrogenase sanguíneo aumentado, fosfatase alcalina sanguínea aumentada, ureia sanguínea aumentada, creatinina sanguínea aumentada.

A anemia e reações específicas tem sido relatados com outras sulfoniluréias (medicamentos utilizados no tratamento do diabetes).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial

Pacientes com insuficiência hepática ou renal (diminuição da função do fígado ou dos rins) graves

O uso de Minidiab é contra indicado a pacientes com insuficiência hepática ou renal.

Gravidez e amamentação

Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Informe ao seu médico se estiver amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a composição do Minidiab?

Cada comprimido de Minidiab contém:

O equivalente a 5 mg de glipizida.

Excipientes: lactose, celulose microcristalina, amido de milho, estearato de magnésio e ácido esteárico

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Minidiab maior do que a recomendada?

A superdosagem com sulfonilureias, incluindo glipizida, pode produzir hipoglicemia. Sintomas hipoglicêmicos leves, sem perda de consciência ou achados (alterações) neurológicos devem ser tratados ativamente com glicose (açúcar) oral e ajustes de posologia e/ou padrões de refeições. O acompanhamento cuidadoso deve continuar até que o médico tenha certeza de que o paciente esteja fora de perigo. Reações hipoglicemiantes graves com coma, convulsões ou outras alterações neurológicas ocorrem com baixa frequência, mas constituem emergência médica e necessitam de imediata hospitalização.

Se há suspeita ou diagnóstico de coma hipoglicêmico, deve-se administrar injeção intravenosa rápida de solução concentrada de glicose (50%), seguido por infusão contínua de solução glicosada diluída (10%) em velocidade para manter a glicemia acima de 100 mg/dL (5,55 mmol/L). Pacientes devem ser cuidadosamente monitorados por no mínimo 24 a 48 horas e dependendo do estado do paciente o médico deve optar se monitoração posterior é necessária. O clearance (taxa de excreção) da glipizida pode ser prolongado em pessoas com insuficiência hepática.

Devido à extensa ligação da glipizida às proteínas plasmáticas (do sangue), diálise (filtração do sangue por máquinas) não parece ser benéfica.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Minidiab com outros remédios?

Os seguintes medicamentos podem aumentar o efeito hipoglicêmico

Antifúngicos

Miconazol

Aumento do efeito hipoglicêmico, levando, possivelmente, a sintomas de hipoglicemia ou, até mesmo, coma.

Fluconazol

Há relatos de hipoglicemia após coadministração de Glipizida e fluconazol, possivelmente resultado de um aumento da meia-vida da Glipizida.

Voriconazol

Embora não estudado, o voriconazol pode aumentar os níveis plasmáticos de sulfonilureias (por ex., tolbutamida, Glipizida e glibenclamida ) e, portanto, causar hipoglicemia. Recomenda-se monitoramento cuidadoso da glicose sanguínea durante a coadministração.

Anti-inflamatórios não esteroides (por ex., fenilbutazona )

Aumento no efeito hipoglicêmico de sulfonilureias (deslocamento de sulfonilureia ligada a proteínas plasmáticas e/ou diminuição na eliminação de sulfonilureias).

Salicilatos ( ácido acetilsalicílico )

Aumento do efeito hipoglicêmico com altas doses de ácido acetilsalicílico (ação hipoglicemiante do ácido acetilsalicílico).

Beta-bloqueadores

Todos os beta-bloqueadores mascaram alguns dos sintomas hipoglicêmicos, como por exemplo, palpitações e taquicardia. A maioria dos beta-bloqueadores não cardioseletivos aumentam a incidência e a gravidade da hipoglicemia.

Inibidores da enzima conversora da angiotensina

A utilização desses medicamentos pode levar a um efeito hipoglicêmico aumentado em pacientes diabéticos tratados com sulfonilureias, incluindo Glipizida. Portanto, a redução da dose de Glipizida pode ser necessária.

Antagonistas dos receptores H2

O uso de antagonistas dos receptores H2 (por ex., cimetidina ) pode potencializar o efeito hipoglicêmico das sulfonilureias, incluindo Glipizida.

A ação hipoglicemiante de sulfonilureias, em geral, pode também ser potencializada pelos inibidores de monoaminoxidase e fármacos que têm alta ligação a proteínas, tais como sulfonamidas, cloranfenicol , probenecida e cumarínicos.

Quando esses fármacos são administrados (ou descontinuados) em pacientes que recebem Glipizida, o paciente deve ser observado cuidadosamente quanto à hipoglicemia (ou perda do controle).

Estudos de ligação in vitro com proteína sérica humana indicam que a Glipizida liga-se diferentemente da tolbutamida e não interage com salicilatos ou dicumarol. No entanto, deve-se ter cuidado em extrapolar esse dado para situações clínicas e no uso de Glipizida com estes fármacos.

Os seguintes medicamentos podem levar à hiperglicemia

Danazol

Efeito diabetogênico de danazol. Se não puder evitar o seu uso, alertar o paciente e intensificar a automonitoração de glicose sanguínea e urinária. Possivelmente, ajustar a posologia do agente antidiabético durante o tratamento com danazol e após a sua descontinuação.

Fenotiazinas (por ex., clorpromazina ) em altas doses (> 100 mg por dia de clorpromazina)

Elevação da glicose sanguínea (redução da liberação de insulina).

Corticosteroides

Elevação da glicose sanguínea.

Simpatomiméticos (por ex., ritodrina , salbutamol , terbutalina )

Elevação da glicose sanguínea devido à estimulação de beta-2-adrenoceptor.

Outros fármacos que podem produzir hiperglicemia e levar à perda do controle glicêmico incluem as tiazidas e outros diuréticos , produtos que interferem no metabolismo da tireoide , estrógenos, progestágenos, contraceptivos orais , fenitoína , ácido nicotínico , fármacos bloqueadores do canal de cálcio e isoniazida .

Quando tais medicamentos forem descontinuados (ou administrados) a pacientes que fazem uso de Glipizida, estes devem ser observados atentamente quanto à hipoglicemia (ou perda do controle).

Qual a ação da substância do Minidiab (Glipizida)?

Resultados de eficácia

Efeito na glicemia

A efetividade de Glipizida comprimidos de liberação prolongada no diabetes tipo 2 em doses de 5 – 60 mg uma vez ao dia foi avaliada em 4 ensaios clínicos terapêuticos, cada um com extensões abertas, envolvendo um total de 598 pacientes. A administração uma vez ao dia de 5, 10 e 20 mg produziu reduções estatisticamente significativas em relação ao placebo na hemoglobina A1C, glicemia em jejum e glicose pós-prandial em pacientes com diabetes tipo 2 leve a grave. Numa análise combinada dos pacientes tratados com 5 mg e 20 mg, a relação entre a dose e o efeito de Glipizida comprimidos de liberação prolongada na redução da hemoglobina A1C não foi estabelecida. Entretanto, no caso da glicemia em jejum os pacientes tratados com 20 mg tiveram uma redução estatisticamente significativa da glicemia em jejum em comparação ao grupo tratado com 5 mg.

As reduções na hemoglobina A1C e da glicemia em jejum foram semelhantes em pacientes mais jovens e idosos.

A eficácia de Glipizida comprimidos de liberação prolongada não foi afetada pelo sexo, raça ou peso (avaliado pelo índice de massa corporal ). Em ensaios de extensão abertos, a eficácia de Glipizida comprimidos de liberação prolongada foi mantida em 81% dos pacientes por até 12 meses.

Em um estudo aberto, cruzado de duas vias, 132 pacientes foram designados aleatoriamente para Glipizida comprimidos de liberação prolongada ou para Glipizida comprimidos por 8 semanas e depois trocados para o outro produto por outras 8 semanas. A administração de Glipizida comprimidos de liberação prolongada resultou em níveis de glicemia em jejum significativamente menores e níveis de hemoglobina A1C equivalentes, quando comparado com Glipizida comprimidos.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

A Glipizida é um fármaco hipoglicemiante oral da classe das sulfonilureias.

O principal mecanismo de ação da Glipizida é o estímulo da secreção de insulina pelas células beta de tecidos de ilhotas pancreáticas. O estímulo da secreção de insulina causado pela Glipizida em resposta a uma refeição é de suma importância. Os níveis de insulina em jejum não se elevam mesmo com a administração prolongada de Glipizida, porém a resposta pós-prandial à insulina continua a ser aumentada após pelo menos 6 meses de tratamento. A resposta insulinotrópica a uma refeição ocorre dentro de 30 minutos após a dose oral de Glipizida em pacientes diabéticos, porém níveis elevados de insulina não persistem além do tempo de exposição aos alimentos. Existe também uma crescente evidência de que os efeitos extrapancreáticos que envolvem a potencialização da ação da insulina formam um componente significativo da atividade da Glipizida.

O controle da glicemia persiste por até 24 horas após uma dose única de Glipizida, mesmo com os níveis plasmáticos tendo declinado a uma pequena fração dos níveis máximos por este período.

Alguns pacientes não respondem inicialmente, ou perdem gradualmente sua capacidade de resposta aos fármacos sulfonilureias, incluindo a Glipizida. Alternativamente, a Glipizida pode ser eficaz em alguns pacientes que não tenham respondido ou tenham parado de responder a outras sulfonilureias.

Outros Efeitos

Um estudo demonstrou que a terapia com Glipizida é eficaz no controle da glicemia sem os efeitos deletérios sobre o perfil de lipoproteínas plasmáticas de pacientes tratados para diabetes do tipo 2. Estas alterações foram bem correlacionadas com a redução obtida nos níveis de glicemia em jejum.

Em um estudo controlado por placebo de 3 anos de duração com a Glipizida em baixa dose em diabéticos químicos, a espessura da membrana basal da musculatura capilar foi utilizada como um índice de vasculopatia diabética precoce. O grupo da Glipizida apresenta uma redução significativa na espessura da membrana, embora o grupo-controle tenha apresentado um aumento significativo. Em um estudo cruzado controlado por placebo conduzido em voluntários normais, a Glipizida não apresentou atividade antidiurética e, na realidade, levou a um discreto aumento do clearance de água.

Propriedades Farmacocinéticas

A absorção gastrintestinal da Glipizida em humanos é uniforme, rápida e quase completa. As concentrações plasmáticas máximas ocorrem 1-3 horas após uma dose oral única. A meia-vida de eliminação varia de 2-4 horas em indivíduos normais, quer sejam administrados por via intravenosa ou por via oral. Os padrões metabólicos e excretores são semelhantes para as duas vias de administração, indicando que o metabolismo de primeira passagem não é significativo.

A Glipizida não se acumula no plasma com a administração oral repetida. A absorção e a disposição totais de uma dose oral não foi afetada pelos alimentos em voluntários normais, porém a absorção foi retardada em cerca de 40 minutos. Assim, a Glipizida foi mais eficaz quando administrada cerca de 30 minutos antes, em vez de junto a uma refeição de teste em pacientes diabéticos.

A ligação a proteínas foi estudada no soro de voluntários que receberam a Glipizida tanto por via oral como por via intravenosa e foi verificada como sendo de 98%-99% 1 hora após cada uma das vias de administração. O volume aparente de distribuição da Glipizida após a administração intravenosa foi de 11 litros, indicativo da localização dentro do compartimento do fluido extracelular.

Em camundongos, nem a Glipizida nem os metabólitos foram detectáveis radiograficamente no cérebro ou na medula espinal de machos ou fêmeas, nem em fetos de fêmeas prenhas. Em outro estudo, no entanto, quantidades muito pequenas de radioatividade foram detectadas em fetos de ratas que receberam o fármaco marcado.

O metabolismo da Glipizida é amplo e ocorre principalmente no fígado . Os metabólitos primários são produtos inativos de hidroxilação e conjugados polares e são excretados principalmente na urina. Menos de 10% de Glipizida inalterada é encontrada na urina.

Dados de Segurança Pré-clínica

Os estudos de toxicidade aguda não apresentaram sensibilidade específica. A toxicidade oral aguda da Glipizida foi extremamente baixa em todas as espécies testadas (DL50 maior que 4 g/kg). Os testes de toxicidade crônica em ratos e cães em doses de até 8,0 mg/kg não apresentaram evidência de efeitos tóxicos.

Um estudo de 20 meses em ratos e um estudo de 18 meses em camundongos em doses até 75 vezes a dose máxima em humanos não revelaram evidências de carcinogenicidade relacionada ao fármaco. Testes de mutagenicidade bacteriana e in vivo f oram uniformemente negativos. Os estudos em ratos de ambos os sexos em doses até 75 vezes a dose em humanos não apresentaram efeitos sobre a fertilidade.

Como devo armazenar o Minidiab?

Minidiab deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características do Minidiab

Comprimidos redondos de cor branca, planos, com bordas chanfradas, sulcados em uma das faces e liso na outra.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Dizeres Legais do Minidiab

MS - 1.0216.0136

Farmacêutica Responsável:
Carolina C. S. Rizoli
CRF-SP Nº 27071

Registrado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 - Itapevi – SP
CNPJ nº 46.070.868/0036-99.

Fabricado e Embalado por:
Pfizer S.R.L.
Buenos Aires – Argentina.

Importado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 - Itapevi – SP.

Venda sob prescrição médica.