Micardis Anlo

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Pressão alta

Micardis Anlo, para o que é indicado e para o que serve?

Micardis Anlo é indicado para o tratamento da hipertensão arterial ( pressão alta ). Se você faz tratamento com telmisartana e anlodipino em comprimidos separados, seu médico poderá substituí-los por Micardis Anlo na mesma dosagem. Também é indicado quando sua pressão arterial não é adequadamente controlada com telmisartana ou anlodipino sozinhos. Também pode ser utilizado no tratamento inicial de pacientes com probabilidade de precisar de vários fármacos para atingir a pressão arterial ideal.

Como o Micardis Anlo funciona?

Micardis Anlo combina a ação da telmisartana e do anlodipino com mecanismos complementares para controlar a pressão arterial em pacientes com pressão alta. A telmisartana impede a ação da angiotensina II, uma substância presente no organismo que provoca aumento da pressão arterial. O anlodipino relaxa a musculatura dos vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial. Assim, a combinação destas substâncias reduz a pressão arterial em maior grau do que os componentes sozinhos.

Quais as contraindicações do Micardis Anlo?

Você não deve usar Micardis Anlo se:

  • Tiver alergia à telmisartana, aos derivados diidropiridínicos (como o anlodipino) ou aos demais componentes da fórmula;
  • For gestante entre os 4 e 9 meses (segundo e terceiro trimestres);
  • Estiver amamentando;
  • Apresentar obstrução das vias que conduzem a bile ou problemas graves de funcionamento do fígado ;
  • Tiver pressão baixa grave;
  • Apresentar choque (incluindo choque cardiogênico, ou seja, condição de pressão arterial muito baixa que requer hospitalização);
  • Apresentar obstrução da via de saída do sangue da cavidade esquerda do coração (por exemplo, estenose aórtica – obstrução da válvula aórtica - de alto grau);
  • Apresentar insuficiência cardíaca com instabilidade da pressão do sangue após infarto agudo do miocárdio;
  • Apresentar uma condição hereditária rara, que possa ser incompatível com um excipiente do produto;
  • Estiver fazendo uso de alisquireno sendo diabético ou tendo problema nos rins.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Micardis Anlo?

Tomar o comprimido com um pouco de água ou outro líquido, por via oral, com ou sem alimentos, uma vez ao dia.

Micardis Anlo é um medicamento de uso contínuo e deve ser tomado diariamente na dose prescrita pelo seu médico.

Se você utiliza telmisartana e anlodipino em comprimidos separados pode substituí-los por um comprimido de Micardis Anlo na mesma dosagem uma vez ao dia.

Micardis Anlo pode ser utilizado quando a sua pressão arterial não é adequadamente controlada com telmisartana ou anlodipino em monoterapia.

Se você faz tratamento com 10 mg de anlodipino e apresenta quaisquer reações adversas relacionadas à dose, tais como edema , seu médico poderá substituí-lo por Micardis Anlo 40/5 mg uma vez ao dia, reduzindo a dose de anlodipino sem reduzir a eficácia esperada.

Seu médico poderá indicar Micardis Anlo como tratamento inicial caso seja provável que você precise de vários medicamentos para atingir a pressão arterial ideal e a dose inicial usual é 40/5 mg uma vez ao dia; caso você precise de uma redução maior na pressão arterial, a dose inicial é 80/5 mg uma vez ao dia.

Se for necessária redução adicional da pressão arterial após pelo menos 2 semanas de terapia, a dose pode ser aumentada pelo seu médico até o máximo de 80/10 mg uma vez ao dia.

Micardis Anlo pode ser administrado com outros fármacos anti-hipertensivos.

Não há necessidade de ajustes de dose em pacientes com problemas renais ou que fazem hemodiálise . Micardis Anlo deve ser administrado com cautela em pacientes com problemas leves ou moderados do fígado e nestes casos a dose de telmisartana não deve exceder 40 mg uma vez ao dia. Não é necessário ajustar a dose em pacientes idosos, porém o aumento da dose deve ser realizado com cuidado.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem conhecimento do seu médico.

O que eu devo fazer quando esquecer de usar o Micardis Anlo?

Continue tomando as próximas doses regularmente no horário habitual. Não duplique a dose na próxima tomada.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico, do seu médico, ou do cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Micardis Anlo?

Micardis Anlo deve ser usado com cautela em pacientes com função anormal dos rins (incluindo transplante renal), do fígado ou das vias que conduzem a bile.

Se você tem pressão alta causada por estreitamento bilateral das artérias que levam sangue para os rins ou estreitamento de apenas uma artéria com um rim único funcionando, poderá ter maior risco de queda acentuada da pressão arterial e insuficiência renal.

Você poderá ter queda da pressão arterial, especialmente após a primeira dose, se estiver em tratamento com diuréticos , se fizer restrição rigorosa de sal e se estiver com diarreia ou vômitos . Você deve recuperar-se antes de iniciar o tratamento com Micardis Anlo.

Se você tem comprometimento grave do funcionamento do coração ou doença renal, a queda repentina da pressão arterial poderá resultar em falha grave do funcionamento dos rins. Anlodipino deverá ser usada com cautela nestes pacientes, pois poderá aumentar o risco de eventos cardiovasculares futuros.

Se você tem problemas nos rins, no coração, faz uso de diuréticos que levam a menor excreção de potássio ou outros medicamentos que podem aumentar seus níveis (como heparina, por exemplo), usa suplementação de potássio ou substitutos do sal comum ricos em potássio, poderá ter aumento dos níveis de potássio no sangue, devendo ter cautela ao utilizar Micardis Anlo.

Pode ocorrer acúmulo de líquido nos pulmões com o uso de anlodipino em pacientes com comprometimento grave do funcionamento do coração.

A diminuição severa da pressão sanguínea, em pacientes com doença do coração ou dos vasos sanguíneos por problemas no fluxo de sangue (isquemia), pode resultar em infarto ou derrame cerebral.

Se você tem diabetes mellitus , sempre informe o seu médico, pois ele precisará avaliar os vasos do seu coração (artérias coronárias) antes de iniciar o tratamento com Micardis Anlo para detecção e tratamento adequado da doença arterial coronária (DAC). Mesmo sem sintomas ou queixas, o paciente não diagnosticado pode apresentar maior risco de infarto e morte de causa cardíaca inesperada quando tratado com essa classe de anti-hipertensivos.

Se você apresenta intolerância hereditária à frutose , Micardis Anlo 80/5 mg e 80/10 mg não deverá ser utilizado, pois contém 337,28 mg de sorbitol por comprimido.

Micardis Anlo 40/5 mg contém 168,64 mg de sorbitol por comprimido. O sorbitol é uma fonte de frutose (um tipo de açúcar).

Os comprimidos de Micardis Anlo 40/5 mg ,80/5 mg e 80/10 mg contém menos de 23 mg de sódio por comprimido, ou seja, são considerados isentos de sódio.

Fertilidade, Gravidez e Amamentação

Fertilidade

Não há dados clínicos suficientes em relação ao efeito do anlodipino sobre a fertilidade.

Gravidez

Não se recomenda o uso de Micardis Anlo durante os três primeiros meses de gravidez e não deve ser iniciado durante a gravidez. Se você engravidar, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e se você pretende engravidar, deve procurar orientação do seu médico para uma possível substituição do tratamento.

O uso durante o segundo e terceiro trimestres da gestação é contraindicado.

O uso de anlodipino durante a gravidez poderá levar ao risco de retardamento do trabalho de parto. A segurança de anlodipino na gravidez humana não foi estabelecida.

Amamentação

Micardis Anlo é contraindicado durante a amamentação, devido às potenciais reações adversas em bebês.

Não se sabe se a telmisartana é excretada no leite humano.

Anlodipino é excretado no leite humano. O anlodipino foi identificado em bebês amamentados por mulheres tratadas. O efeito do anlodipino em bebês não é conhecido.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Micardis Anlo?

Este medicamento pode causar algumas reações desagradáveis inesperadas, descritas abaixo:

Reações adversas relatadas com Micardis Anlo

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Tontura , edema periférico (inchaço nas extremidades do corpo).
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Sonolência, enxaqueca, cefaleia ( dor de cabeça ), parestesia (formigamentos), vertigem (tontura), bradicardia (batimentos cardíacos lentos), palpitações, hipotensão (pressão arterial baixa), hipotensão ortostática (queda da pressão e tontura ao se levantar), rubor (vermelhidão na pele), tosse , dor abdominal, diarreia, náuseas, prurido (coceira), artralgia (dores nas articulações), espasmo muscular (cãimbras nas pernas), dor nas costas , mialgia (dor muscular), disfunção erétil (problemas de ereção), astenia (sensação de fraqueza), dor torácica ( dor no peito ), fadiga ( cansaço ), edema (inchaço), aumento das enzimas hepáticas (do fígado).
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Cistite (ardência ou dor ao urinar), depressão , ansiedade , insônia , síncope (desmaio), neuropatia periférica ( formigamento nas extremidades), hipoestesia (perda ou diminuição da sensibilidade em determinadas partes do corpo), disgeusia (alteração de paladar), tremor, vômitos, hipertrofia gengival (aumento do volume da gengiva), dispepsia ( indigestão ), boca seca, eczema (descamação e vermelhidão da pele), eritema (vermelhidão na pele), rash (erupção cutânea), dor nas extremidades (dor nas pernas), noctúria (aumento no número de vezes de urinar durante a noite), indisposição, aumento do ácido úrico no sangue.

Reações adversas com telmisartana sozinha

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Infecções do trato urinário e do trato respiratório superior, cistite (inflamação na bexiga), anemia , hipercalemia (aumento do potássio no sangue), depressão, insônia, síncope, vertigem, bradicardia (batimentos cardíacos lentos), hipotensão, hipotensão ortostática, dispneia (falta de ar), dor abdominal, diarreia, vômitos, dispepsia, flatulência (gases), rash , prurido, hiperidrose (aumento da produção de suor), dor nas costas, espasmo muscular, mialgia, disfunção renal (incluindo insuficiência renal aguda - mau funcionamento dos rins), dor torácica, astenia, aumento da creatinina no sangue.
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0 , 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Sepse (infecção generalizada que pode levar à morte), eosinofilia (aumento de um tipo de leucócito no sangue chamado eosinófilo), trombocitopenia (diminuição das plaquetas no sangue), reação anafilática (reação alérgica grave), hipersensibilidade (alergia), hipoglicemia (diminuição do nível de açúcar no sangue – em pacientes diabéticos), ansiedade, distúrbios visuais, taquicardia (batimentos cardíacos acelerados), boca seca, desconforto abdominal, função hepática anormal/distúrbio hepático (alteração do funcionamento do fígado), angioedema (inchaço da face, língua e garganta -com risco de morte), urticária (erupção na pele que causa coceira), erupção medicamentosa (erupção induzida pelo medicamento), erupção tóxica cutânea (erupção relacionada à toxicidade pelo medicamento), eczema, eritema, artralgia, dor nas extremidades (dor nas pernas), dor nos tendões (semelhante à tendinite ), mal-estar tipo gripal, aumento das enzimas hepáticas, diminuição da hemoglobina, aumento da creatinina fosfoquinase no sangue, aumento do ácido úrico no sangue.

Reações adversas com anlodipino sozinho

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Edema.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Sonolência, tontura, cefaleia, distúrbios visuais, diplopia (visão dupla), palpitações, rubor, dispneia, dor abdominal, diarreia, dispepsia, constipação ( prisão de ventre ), náuseas, mudança do hábito intestinal, inchaço nas articulações, espasmo muscular, astenia, fadiga.
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Depressão, ansiedade, insônia, alteração de humor, síncope (desmaio), parestesia (formigamento), hipoestesia (perda ou diminuição da sensibilidade em determinadas partes do corpo), disgeusia (alteração no paladar), tremor, zumbido , taquicardia ventricular (arritmia com origem nos ventrículos do coração) arritmia, fibrilação atrial (tipo de arritmia cardíaca , onde o ritmo cardíaco pode ser irregular e rápido), bradicardia, hipotensão, tosse, rinite (inflamação da mucosa que reveste a cavidade do nariz e seios da face), vômitos, boca seca, urticária, rash , prurido, alopecia (queda de cabelos e pelos), púrpura (sangramento na pele formando manchas roxas), descoloração cutânea, hiperidrose (aumento da produção de suor), artralgia (dor nas articulações), dor nas costas, mialgia (dores musculares), noctúria (aumento do número de vezes de urinar durante a noite), distúrbio de micção, polaciúria (aumento do número de micções), disfunção erétil, ginecomastia (aumento das mamas em homens), dor torácica, dor, indisposição, perda de peso, aumento de peso.
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Confusão mental.
Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos no sangue), trombocitopenia, hipersensibilidade, hiperglicemia (aumento na taxa de açúcar no sangue), hipertonia (aumento do tônus muscular), neuropatia periférica, infarto do miocárdio, vasculite (inflamação das paredes dos vasos sanguíneos), pancreatite (inflamação no pâncreas), gastrite ( inflamação do estômago ), hipertrofia gengival, hepatite (inflamação do fígado), icterícia (cor amarelada da pele e olhos), elevações de enzimas hepáticas (na maior parte das vezes com colestase, que é o retardo ou interrupção do fluxo nos canais biliares), síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave caracterizada por bolhas em mucosas e em grande parte do corpo), angioedema, eritema multiforme (alterações na pele causadas por uma reação alérgica), dermatite esfoliativa (alterações na pele acompanhadas por descamação), reação de fotossensibilidade (reação cutânea à luz solar).
Reações com frequência desconhecida (não é possível determinar a partir dos dados disponíveis)
  • Distúrbio extrapiramidal (alterações na coordenação dos movimentos), necrólise epidérmica tóxica (lesões cutâneas graves).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Micardis Anlo

Comprimidos

  • 40/5 mg e 80/5 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos;
  • 80/10 mg: embalagem com 30 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Qual a composição do Micardis Anlo?

Cada comprimido de 40/5 mg contém:

40 mg de telmisartana e 5 mg de anlodipino, correspondentes a 6,9 mg de besilato de anlodipino .

Excipientes: hidróxido de sódio, povidona , meglumina, sorbitol, estearato de magnésio, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, amido de milho, dióxido de silício, mistura de pigmentos (óxido de ferro preto, óxido de ferro amarelo, azul brilhante 133, laca de alumínio).

Cada comprimido de 80/5 mg contém:

80 mg de telmisartana e 5 mg de anlodipino, correspondentes a 6,9 mg de besilato de anlodipino.

Excipientes: hidróxido de sódio, povidona, meglumina, sorbitol, estearato de magnésio, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, amido de milho, dióxido de silício, mistura de pigmentos (óxido de ferro preto, óxido de ferro amarelo, azul brilhante 133, laca de alumínio).

Cada comprimido de 80/10 mg contém:

80 mg de telmisartana e 10 mg de anlodipino, correspondentes a 13,9 mg de besilato de anlodipino.

Excipientes: hidróxido de sódio, povidona, meglumina, sorbitol, estearato de magnésio, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, amido de milho, dióxido de silício, mistura de pigmentos (óxido de ferro preto, óxido de ferro amarelo, azul brilhante 133, laca de alumínio).

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Micardis Anlo maior do que a recomendada?

Poderá ocorrer queda da pressão arterial, aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos, dilatação acentuada dos vasos das extremidades com taquicardia reflexa; também poderá ocorrer queda acentuada e prolongada da pressão arterial que pode levar à morte.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Micardis Anlo com outros remédios?

Não foram realizados estudos de interação de Micardis Anlo e outros medicamentos, porém seu médico deve considerar as informações a seguir:

O efeito de Micardis Anlo pode ser alterado pelo uso concomitante de:

  • Digoxina , varfarina , hidroclorotiazida , glibenclamida , ibuprofeno , paracetamol , sinvastatina , ramipril e ramiprilato, lítio , AINEs ( anti-inflamatórios não esteroidais, por exemplo, AAS como anti-inflamatório, inibidores da COX-2 e AINEs não seletivos em pacientes desidratados), pomelo ( grapefruit ) e suco de pomelo (suco de grapefruit ), outras medicações para hipertensão, inibidores de protease, antifúngicos azólicos, macrolídeos como a eritromicina ou claritromicina , verapamil ou diltiazem , rifampicina , Hypericum perforatum (Erva-de-São-João), dantrolene (infusão), tacrolimo , ciclosporina , sirolimo , tensirolimo , everolimo . Álcool ou medicamentos que afetam o sistema nervoso (barbitúricos, narcóticos, antidepressivos ) podem agravar a queda da pressão arterial ao levantar-se rapidamente.

Durante o tratamento você poderá apresentar reações indesejadas como desmaio, sonolência, tontura ou vertigem. Portanto, você deve ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas e evitar tais tarefas potencialmente arriscadas caso você apresente estas reações.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

Interação alimentícia: posso usar o Micardis Anlo com alimentos?

Pomelo ( grapefruit ) e suco de pomelo (suco de grapefruit )

Um estudo em 20 voluntários sadios com dose oral única de 10 mg de anlodipino e 240 ml de suco de pomelo (suco de grapefruit ) não se demonstrou efeito significativo sobre as propriedades farmacocinéticas do anlodipino. Porém, o uso concomitante não é recomendado, pois pode haver aumento da biodisponibilidade do anlodipino em certos pacientes, aumentando seu efeito hipotensor.

Qual a ação da substância do Micardis Anlo (Telmisartana + Besilato de Anlodipino)?

Resultados de eficácia

Telmisartana + Besilato de Anlodipino combina dois compostos anti-hipertensivos com mecanismos complementares para controlar a pressão arterial em pacientes com hipertensão essencial: um BRA (bloqueador do receptor de angiotensina II – telmisartana) e um bloqueador de canais de cálcio diidropiridínico (anlodipino). A combinação destas substâncias tem um efeito anti-hipertensivo aditivo, reduzindo a pressão arterial para um grau maior do que os fármacos sozinhos. Telmisartana + Besilato de Anlodipino uma vez ao dia reduz a pressão arterial de forma consistente e eficaz na faixa terapêutica ao longo das 24 horas.

Telmisartana

Em humanos, uma dose de 80 mg de telmisartana inibiu quase completamente os aumentos de pressão arterial induzidos pela angiotensina II. Este efeito inibidor mantém-se durante 24 horas e pode ser detectado após 48 horas. Após a administração da primeira dose de telmisartana, o início da atividade anti-hipertensiva gradualmente se torna evidente dentro de 3 horas. A redução máxima da pressão arterial é normalmente obtida 4 semanas após o início da terapêutica, mantendo-se durante o tratamento de longa duração.

O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão arterial. Este fato é confirmado pelas proporções vale-pico consistentemente acima de 80%, verificadas após doses de 40 e 80 mg de telmisartana em estudos clínicos controlados com placebo.

Há uma aparente tendência para uma relação entre a dose e o tempo de restabelecimento da pressão arterial sistólica (PAS) basal. Com relação à pressão arterial diastólica (PAD), os dados de referência são inconsistentes.

Em pacientes hipertensos, a telmisartana reduz a pressão arterial diastólica e sistólica, sem afetar a frequência cardíaca. A eficácia anti-hipertensiva da telmisartana é comparável a dos fármacos anti-hipertensivos tais como anlodipino, atenolol , enalapril , hidroclorotiazida , losartana, lisinopril , ramipril e valsartana .

Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana, a pressão arterial retorna gradualmente aos valores anteriores ao tratamento, ao fim de vários dias sem evidências de efeito-rebote.

Estudos clínicos demonstraram que o tratamento com telmisartana está associado a reduções estatisticamente significativas de massa do ventrículo esquerdo e índice de massa do ventrículo esquerdo em pacientes hipertensos portadores de Hipertrofia Ventricular Esquerda.

Estudos clínicos (incluindo comparações com losartana, ramipril e valsartana) demonstraram que o tratamento com telmisartana está associado a reduções estatisticamente significativas da proteinúria (incluindo microalbuminúria e macroalbuminúria) em pacientes com hipertensão e nefropatia diabética.

A incidência de tosse seca foi significantemente menor em pacientes tratados com telmisartana do que naqueles tratados com inibidores da enzima conversora de angiotensina em estudos clínicos comparando diretamente os dois tratamentos anti-hipertensivos.

Prevenção de mortalidade e lesão cardiovascular

O estudo ONTARGET comparou os efeitos da telmisartana, ramipril e da combinação de telmisartana e ramipril sobre os desfechos cardiovasculares em 25.620 pacientes com idade igual ou superior a 55 anos, com história de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica ou diabetes mellitus associada à evidência de dano a órgão-alvo (por exemplo, retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda, macro ou microalbuminúria), que representam uma grande parte dos pacientes com alto risco cardiovascular.

Os pacientes foram randomizados para um dos três seguintes grupos de tratamento: telmisartana 80 mg (n=8.542), ramipril 10 mg (n=8.576), ou combinação de telmisartana 80 mg e ramipril 10 mg (n=8.502), seguidos de um tempo médio de observação de 4,5 anos. A população estudada era 73% masculina, 74% caucasiana, 14% asiática e 43% tinham idade igual ou superior a 65 anos.

Cerca de 83% dos pacientes randomizados apresentavam hipertensão: 69% tinham história de hipertensão na randomização e mais 14% tinham leituras reais de pressão arterial acima de 140/90 mmHg. No início, 38% do total de pacientes tinham história médica de diabetes e mais 3% apresentavam glicemia de jejum elevada. A terapia de início incluía ácido acetilsalicílico (76%), estatinas (62%), betabloqueadores (57%), bloqueadores dos canais de cálcio (34%), nitratos (29%) e diuréticos (28%).

O objetivo primário de avaliação (desfecho primário) foi uma composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio, acidente vascular cerebral não-fatal ou hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva.

A adesão ao tratamento foi melhor para telmisartana do que para ramipril ou para a combinação de telmisartana e ramipril, embora a população do estudo tenha sido pré-selecionada para tolerância ao tratamento com um inibidor da ECA. A análise dos eventos adversos que levaram à descontinuação permanente do tratamento e dos eventos adversos graves mostrou que tosse e angioedema foram menos frequentemente relatados em pacientes tratados com telmisartana do que com ramipril, enquanto que hipotensão foi mais frequentemente relatada com telmisartana.

A telmisartana teve eficácia similar ao ramipril na redução do objetivo primário de avaliação (desfecho primário), com ocorrências similares nos braços com telmisartana (16,7%), ramipril (16,5%) e com a combinação de telmisartana e ramipril (16,3%). A proporção de risco para telmisartana vs. ramipril foi de 1,01 [IC 97,5%, 0,93-1,10, p (não-inferioridade) =0,0019]. O efeito do tratamento mostrou persistir após correções para diferenças na pressão arterial sistólica de início e ao longo do tempo. Não houve diferença nos resultados do objetivo primário de avaliação (desfecho primário) com base na idade, sexo, raça, terapia basal ou doença subjacente.

A telmisartana mostrou-se também similarmente eficaz ao ramipril em vários desfechos secundários pré-especificados, incluindo uma composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio e acidente vascular cerebral não-fatal, desfecho primário no estudo de referência HOPE, que havia investigado o efeito do ramipril vs. placebo. A proporção de risco da telmisartana vs. ramipril para este desfecho no ONTARGET foi de 0,99 [IC 97,5%, 0,90-1,08, p (não-inferioridade)=0.0004].

A combinação de telmisartana e ramipril não acrescentou benefício sobre a monoterapia com ramipril ou telmisartana. Além disso, houve uma incidência significativamente maior de hipercalemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope no grupo da combinação. Portanto, o uso da combinação de telmisartana e ramipril não é recomendado nesta população.

Anlodipino

Em pacientes com hipertensão, a dose única diária promove reduções clinicamente significativas da pressão arterial em ambas as posições, deitado e em pé, ao longo de um intervalo de 24 horas. Devido ao lento início de ação, hipotensão aguda não é uma característica da administração de anlodipino.

Em pacientes hipertensos com função renal normal, doses terapêuticas de anlodipino resultaram na redução da resistência vascular renal e no aumento na taxa de filtração glomerular e fluxo plasmático renal efetivo, sem alteração na fração de filtração ou proteinúria.

O anlodipino não foi associado a quaisquer efeitos metabólicos adversos ou alterações nos lipídeos plasmáticos e é adequado para uso em pacientes com asma , diabetes e gota .

Uso em pacientes com insuficiência cardíaca

Estudos hemodinâmicos e ensaios clínicos controlados baseados em exercícios em pacientes com insuficiência cardíaca NYHA Classe II-IV demonstraram que o anlodipino não leva à piora clínica, conforme medido pela tolerância a exercícios, fração de ejeção ventricular esquerda e sintomatologia clínica.

Um estudo controlado por placebo (PRAISE), desenhado para avaliar pacientes com insuficiência cardíaca NYHA Classes III-IV que recebiam digoxina , diuréticos e inibidores da ECA, mostrou que o anlodipino não leva a um aumento no risco de mortalidade ou mortalidade e morbidade com insuficiência cardíaca.

Em um estudo de acompanhamento, de longa duração e controlado por placebo (PRAISE-2) de anlodipino em pacientes com insuficiência cardíaca NYHA Classes III e IV, sem sintomas clínicos ou achados objetivos, nem doença isquêmica sugerida ou subjacente, e que recebiam doses estáveis de inibidores da ECA, digitálicos e diuréticos, o anlodipino não teve efeito sobre a mortalidade cardiovascular total. Nesta mesma população, associou-se anlodipino ao aumento de relatos de edema pulmonar, apesar da diferença não significativa na piora da insuficiência cardíaca em comparação a placebo.

Telmisartana + Besilato de Anlodipino

Em um estudo fatorial de 8 semanas, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e de grupos paralelos, 1.461 pacientes com hipertensão leve a grave (pressão arterial diastólica média na posição sentada ≥95 e <110 mmHg) foram submetidos a um período introdutório com placebo de 3-4 semanas, a fim de eliminar todos os medicamentos anti-hipertensivos antes da randomização para um tratamento duplo-cego ativo. O tratamento com cada uma das dosagens de Telmisartana + Besilato de Anlodipino resultou em reduções significativamente maiores da pressão arterial diastólica e sistólica e taxas de controle mais elevadas, em comparação às respectivas monoterapias.

As combinações telmisartana/anlodipino mostraram reduções dose-dependentes das pressões arteriais sistólica/diastólica (PAS/PAD) em toda faixa de dose terapêutica:

  • 21,8/-16,5 mmHg com 40/5 mg;
  • 22,1/-18,2 mmHg com 80/5 mg;
  • 24,7/-20,2 mmHg com 40/10 mg e;
  • 26,4/-20,1 mmHg com 80/10 mg.

As proporções de pacientes que obtiveram uma PAD <90 mmHg com a combinação telmisartana/anlodipino foram:

  • 71,6% com 40/5 mg;
  • 74,8% com 80/5 mg;
  • 82,1% com 40/10 mg e;
  • 85,3% com 80/10 mg.

Um subgrupo de 1.050 pacientes no estudo com desenho fatorial teve hipertensão moderada a grave (PAD ≥100 mmHg). Nestes pacientes com maior probabilidade de precisar de mais de um agente anti-hipertensivo para atingir a pressão arterial ideal, as alterações médias observadas nas PAS/PAD com uma terapia combinada contendo 5 mg de anlodipino (-22,2/-17,2 mmHg com 40/5 mg; -22,5/-19,1 mmHg com 80/5 mg) foram comparáveis ou maiores que com 10 mg de anlodipino (-21,0/-17,6 mmHg).

Adicionalmente, a terapia combinada mostrou taxas de edema notavelmente menores (1,4% com 40/5 mg; 0,5% com 80/5 mg; 17,6% com anlodipino 10 mg).

A maior parte do efeito anti-hipertensivo foi atingida dentro de 2 semanas após o início da terapia.

O monitoramento ambulatorial automatizado da pressão arterial desenvolvido em um subgrupo de 562 pacientes confirmou os resultados verificados na clínica, com reduções nas PAS e PAD, consistentemente ao longo de todo o período de 24 horas.

Em outro estudo multicêntrico, duplo-cego, com controle-ativo, um total de 1.097 pacientes com hipertensão leve a grave, que não tinham controle adequado com anlodipino 5 mg receberam Telmisartana + Besilato de Anlodipino (40/5 mg ou 80/5 mg) ou anlodipino em monoterapia (5 mg ou 10 mg). Após 8 semanas de tratamento, cada uma das combinações mostrou-se estatística e significativamente superiores a ambas as doses de anlodipino em monoterapia na redução das PAS e PAD:

  • 13,6/-9,4 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 40/5 mg;
  • 15,0/-10,6 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 80/5 mg;
  • 6,2/-5,7 mmHg com anlodipino 5 mg e;
  • 11,1/-8,0 mmHg com anlodipino 10 mg.

As proporções de pacientes com normalização da pressão arterial (PAD na posição sentada <90 mmHg ao final do estudo) foram de 56,7% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 40/5 mg e 63,8% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 80/5 mg em comparação a 42,0% com anlodipino 5 mg e 56,7% com anlodipino 10 mg.

Eventos relacionados a edema (edema periférico, edema generalizado e edema) foram significativamente menos frequentes nos pacientes que receberam Telmisartana + Besilato de Anlodipino (40/5 mg ou 80/5 mg), em comparação aos pacientes que receberam anlodipino 10 mg (4,4% vs. 24,9%, respectivamente).

Em outro estudo multicêntrico, duplo-cego, com controle-ativo, um total de 947 pacientes com hipertensão leve a grave que não tinham controle adequado com anlodipino 10 mg receberam Telmisartana + Besilato de Anlodipino (40/10 mg ou 80/10 mg) ou anlodipino sozinho (10 mg). Após 8 semanas, cada um dos tratamentos combinados mostrou-se estatística e significativamente superior ao anlodipino em monoterapia na redução das PAD e PAS:

  • 11,1/-9,2 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 40/10 mg;
  • 11,3/-9,3 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 80/10 mg e;
  • 7,4/-6,5 mmHg com anlodipino 10 mg.

As proporções de pacientes com normalização da pressão arterial (PAD na posição sentada <90 mmHg ao final do estudo) foram de 63,7% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 40/10 mg e 66,5% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 80/10 mg em comparação a 51,1% com anlodipino 10 mg.

Em dois estudos correspondentes de acompanhamento, abertos e de longa duração desenvolvidos ao longo de outros 6 meses, o efeito de Telmisartana + Besilato de Anlodipino foi mantido por todo o período do estudo.

Em pacientes que não tinham controle adequado com anlodipino 5 mg, pode-se obter com Telmisartana + Besilato de Anlodipino um controle da pressão arterial similar (40/5 mg) ou melhor (80/5 mg) ao anlodipino 10 mg, com significativamente menos edema.

Em pacientes com controle adequado com anlodipino 10 mg, mas que apresentaram edema inaceitável, pode-se obter controle similar da pressão arterial com Telmisartana + Besilato de Anlodipino 40/5 mg ou 80/5 mg e com menos edema.

O efeito anti-hipertensivo de Telmisartana + Besilato de Anlodipino foi similar, independentemente da idade e sexo, e em pacientes com e sem diabetes.
Telmisartana + Besilato de Anlodipino não foi estudado em qualquer outra população de pacientes a não ser hipertensos. A telmisartana foi estudada em um grande estudo de desfechos, realizado com 25.620 pacientes sob elevado risco cardiovascular (ONTARGET). O anlodipino foi estudado em pacientes com angina crônica estável, angina vasoespástica e doença arterial coronariana documentada angiograficamente.

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Telmisartana

É um bloqueador específico dos receptores da angiotensina II (tipo AT1), eficaz por via oral, que desloca com afinidade muito elevada a angiotensina II de seus sítios de ligação no receptor AT1, o qual é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina II. A telmisartana não apresenta qualquer atividade agonista parcial no receptor AT1 e liga-se seletivamente a esses receptores; esta ligação é de longa duração. A telmisartana não apresenta afinidade por outros receptores, incluindo AT2 e outros receptores AT menos caracterizados.

A função destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da possível superestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados pela telmisartana. Os níveis de aldosterona plasmática são diminuídos pela telmisartana. A telmisartana não inibe a renina plasmática humana nem bloqueia canais iônicos; não possui efeito inibitório sobre a ECA (quininase II), que também degrada a bradicinina. Portanto não se espera uma potencialização de efeitos adversos mediados pela bradicinina.

Anlodipino

É um inibidor do influxo de íons cálcio do grupo das diidropiridinas (bloqueadores lentos de canal ou antagonistas do íon cálcio) e inibe o influxo transmembrana de íons cálcio para dentro da musculatura lisa cardíaca e vascular. O mecanismo de sua ação anti-hipertensiva é devido ao efeito relaxante direto sobre a musculatura lisa vascular, levando a reduções na resistência vascular periférica e na pressão arterial. Dados experimentais indicam que o anlodipino se liga a ambos os sítios de ligação, diidropiridínicos e não-diidropiridínicos. O anlodipino é relativamente vaso-seletivo, com um efeito maior sobre a musculatura lisa vascular do que sobre a musculatura cardíaca.

Farmacocinética

A taxa e extensão da absorção de Telmisartana + Besilato de Anlodipino são equivalentes à biodisponibilidade da telmisartana e do anlodipino administrados em comprimidos individuais.

Telmisartana

Absorção

É rápida, embora a quantidade absorvida varie. A biodisponibilidade absoluta média é cerca de 50%. Quando a telmisartana é administrada com alimentos, a redução na AUC varia de aproximadamente 6% (dose de 40 mg) a 19% (dose de 160 mg). Após 3 horas da administração as concentrações plasmáticas são similares, seja a telmisartana administrada em jejum ou com alimentos. Não se espera que a pequena redução na AUC cause uma redução na eficácia terapêutica.

Distribuição

Liga-se amplamente às proteínas plasmáticas (>99,5%), principalmente albumina e glicoproteína ácida alfa-1. O volume de distribuição médio aparente no estado de equilíbrio (Vss) é de aproximadamente 500L.

Metabolismo

É metabolizada por conjugação para o glucuronídeo do composto de origem, para o qual não foi demonstrada nenhuma atividade farmacológica.

Eliminação

É caracterizada por farmacocinética com diminuição bi-exponencial, com meia-vida de eliminação terminal >20 horas. A concentração plasmática máxima (Cmax) e, em menor extensão a AUC, aumentam desproporcionalmente com a dose. Não há evidência de acúmulo de telmisartana clinicamente relevante. Após administração oral (e intravenosa), a telmisartana é quase exclusivamente excretada com as fezes, unicamente como composto inalterado. A excreção urinária cumulativa é <2% da dose. O clearance plasmático total (CLtot) é elevado (cerca de 900 mL/minuto) em comparação ao fluxo sanguíneo hepático (cerca de 1.500 mL/minuto).

Anlodipino

Absorção

Após administração oral de doses terapêuticas de anlodipino sozinho, os picos de concentração plasmática são atingidos em 6-12 horas. A biodisponibilidade absoluta calculada foi entre 64% e 80% e não é afetada pela ingestão de alimentos.

Distribuição

O volume de distribuição é de aproximadamente 21L/kg. Estudos in vitro mostram que aproximadamente 97,5% do fármaco circulante ligam-se às proteínas plasmáticas nos pacientes hipertensos.

Metabolismo

É extensamente (aproximadamente 90%) metabolizado pelo fígado para metabólitos inativos. Eliminação: é bifásica, com uma meia-vida de eliminação terminal de aproximadamente 30 a 50 horas. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são atingidos após administração contínua por 7-8 dias. Dez por cento do anlodipino original e 60% dos metabólitos do anlodipino são excretados na urina.

Pacientes pediátricos (menores de 18 anos)

Não estão disponíveis dados farmacocinéticos para a população pediátrica.

Influência do sexo

Foram observadas diferenças entre os sexos nas concentrações plasmáticas da telmisartana, sendo

Cmax e AUC aproximadamente 3 e 2 vezes mais elevadas, respectivamente, nas mulheres em comparação a homens, sem influência relevante sobre a eficácia.

Pacientes idosos

A farmacocinética da telmisartana não difere entre pacientes jovens e idosos. O tempo até o pico das concentrações plasmáticas de anlodipino é similar em pacientes jovens e idosos. Em pacientes idosos, o clearance do anlodipino tende a diminuir, levando a aumentos na AUC e na meia-vida de eliminação.

Pacientes com disfunção renal

Foram observadas concentrações plasmáticas menores de telmisartana em pacientes com insuficiência renal que fazem diálise. A telmisartana é altamente ligada às proteínas plasmáticas em indivíduos com insuficiência renal e não pode ser removida por diálise. A meia-vida de eliminação não se altera nestes pacientes.

A farmacocinética do anlodipino não é significativamente influenciada pela disfunção renal.

Pacientes com disfunção hepática

Estudos farmacocinéticos em pacientes com disfunção hepática mostraram um aumento na biodisponibilidade absoluta da telmisartana até cerca de 100%. A meia-vida de eliminação não é alterada nestes pacientes. Pacientes com insuficiência hepática têm clearance reduzido do anlodipino, resultando em aumento na AUC de aproximadamente 40-60%.

Como devo armazenar o Micardis Anlo?

Mantenha em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) e na embalagem original para proteger da luz e da umidade. O produto é sensível à umidade, só retirar o comprimido do blister quando for tomá-lo.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

O comprimido de Micardis Anlo é oval, biconvexo, com uma camada azul lisa e outra camada branca a esbranquiçada marcada com o símbolo da empresa Boehringer Ingelheim e um destes símbolos: A1 (40/5 mg), A3 (80/5 mg) ou A4 (80/10 mg).

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Micardis Anlo

M.S – 1.0367.0166

Farm. Resp.:
Ana Carolina Scandura Cardillo
CRF-SP 22440

Importado por:
Boehringer Ingelheim do Brasil Quím. e Farm. Ltda
Rod. Régis Bittencourt, km 286
Itapecerica da Serra – SP
CNPJ 60.831.658/0021-10

Fabricado por:
Cipla Limited
Goa – Índia

Embalado por:
Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG
Ingelheim am Rhein - Alemanha

Ou

Embalado por:
Rottendorf Pharma GmbH
Ennigerloh - Alemanha

SAC
0800-7016633

Venda sob prescrição médica.