Kliogest

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Saúde da Mulher

Kliogest, para o que é indicado e para o que serve?

Terapia hormonal para os sintomas de deficiência estrogênica, em mulheres na menopausa há mais de um ano.

Prevenção da osteoporose em mulheres na pós-menopausa, com um risco aumentado para fraturas osteoporóticas futuras.

A experiência no tratamento de mulheres com mais de 65 anos é limitada.

Como este medicamento funciona?


Kliogest é um produto para a terapia hormonal contínua, que contém estradiol e acetato de noretisterona combinados.

O estradiol é idêntico ao estrogênio produzido pela mulher.

O acetato de noretisterona atua de forma semelhante à progesterona , outro importante hormônio sexual feminino.

Kliogest é prescrito como terapia hormonal para o alívio dos sintomas relacionados à diminuição dos níveis de estrogênios decorrentes da menopausa.

É também prescrito para a prevenção da osteoporose (perda óssea) em mulheres na pós-menopausa.

Quais as contraindicações do Kliogest?

  • Hipersensibilidade conhecida ao estradiol, acetato de noretisterona ou aos demais componentes do produto;
  • Conhecimento, suspeita ou histórico anterior de câncer de mama;
  • Conhecimento ou suspeita de tumores dependentes de estrógeno, por exemplo câncer do endométrio;
  • Sangramento vaginal não-diagnosticado;
  • Hiperplasia endometrial não-tratada;
  • Tromboembolismo venoso idiopático prévio ou atual ( trombose venosa profunda, embolia pulmonar );
  • Eventos tromboembólicos arteriais ativos ou recentes (ex.: angina ou ataque cardíaco );
  • Doença hepática aguda ou histórico de doença hepática, desde que os testes de função hepática não tenham retornado ao normal;
  • Estiver grávida ou com suspeita de gravidez e se estiver amamentando;
  • Porfiria .

Como usar o Kliogest?

Kliogest é um medicamento de administração contínua, que contém estrogênio e progestogênio combinados, para ser administrado à mulheres com útero intacto.

Deve-se ingerir um comprimido de Kliogest ao dia, sem interrupções, preferivelmente no mesmo horário do dia.

Para tratamento dos sintomas da pós-menopausa, a menor dose efetiva deve ser usada.

Em mulheres com amenorréia e que não estão sob Terapia hormonal ou em mulheres que estão se transferindo de um outro produto de Terapia hormonal combinado, de uso contínuo, o tratamento com Kliogest pode ser iniciado no dia em que for mais conveniente.

Em mulheres que estão se transferindo de um regime de terapia hormonal sequencial, o tratamento deve ser iniciado logo após o término do sangramento.

Cuidados de administração:

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Antes de utilizar o medicamento, confira o nome no rótulo, para não haver enganos.

Não utilize Kliogest caso haja sinais de violação e/ou danificações da embalagem.

Tome um comprimido de Kliogest ao dia, sem interrupções, de preferência sempre no mesmo horário do dia.

Interrupção do tratamento:

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Instruções para o uso do estojo calendário:

  1. Ajuste o marcador de dias - Gire o disco interno para ajustar o dia da semana oposto à pequena lingüeta plástica.

  1. Como administrar o primeiro comprimido - Quebre a lingüeta plástica e retire o primeiro comprimido.

  1. Todo dia - Simplesmente mova um espaço da tampa plástica transparente, em sentido horário como indicado pela seta. Retire o próximo comprimido. A tampa plástica transparente só pode ser movida após o comprimido ser retirado da abertura.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este medicamento?


Se a paciente esqueceu de tomar um comprimido, descarte o comprimido esquecido e continue o tratamento como antes.

O esquecimento de uma dose pode aumentar a probabilidade de sangramento de privação e de escape.

Quais cuidados devo ter ao usar o Kliogest?

Exame médico/monitoramento:

Antes de iniciar ou reinstituir a Terapia hormonal (TH), deve-se realizar exame físico minucioso e levantamento completo do histórico médico pessoal e familiar da paciente.

Exames físicos (incluindo pélvico e das mamas) devem ser realizados.

Durante o tratamento são recomendados exames periódicos, com freqüência e natureza adaptadas a cada paciente.

As pacientes devem relatar aos seus médicos quaisquer mudanças em suas mamas.

Exames incluindo mamografia devem ser realizados.

Uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios deve ser realizada ao longo do tratamento em mulheres tratadas com Terapia hormonal.

Condições que precisam de supervisão:

Se qualquer uma das seguintes condições estiver presente, ocorreu previamente e/ou foi agravada durante gravidez ou tratamento hormonal prévio, a paciente deve ser supervisionada de perto.

Deve-se levar em consideração que estas condições podem recorrer ou ser agravadas durante o tratamento com Kliogest, em particular:

  • Leiomioma (fibromas uterinos) ou endometriose ;
  • Histórico de, ou fatores de risco para desordens tromboembólicas;
  • Fatores de risco para tumores dependentes de estrógeno;
  • Hipertensão;
  • Desordens do fígado (p. ex. adenoma do fígado);
  • Diabetes mellitus , com ou sem envolvimento vascular;
  • Colelitíase;
  • Enxaqueca ou cefaléia (severa);
  • Lúpus eritematoso sistêmico ;
  • Histórico de hiperplasia endometrial;
  • Epilepsia;
  • Otosclerose.

Razões para retirada imediata da terapia:

  • Aparecimento de icterícia ou deterioração da função hepática;
  • Aumento significativo da pressão sanguínea;
  • Aparecimento de cefaléia tipo enxaqueca ;
  • Gravidez.

Hiperplasia endometrial:

O risco de hiperplasia endometrial e carcinoma é aumentado quando os estrogênios são administrados sozinhos por períodos prolongados.

A adição de um progestogênio em uso combinado contínuo reduz, entretanto não elimina o risco, em mulheres não-histerectomizadas.

Sangramento de privação ou de escape podem ocorrer durante os primeiros meses de tratamento.

Se sangramento de privação ou de escape aparecerem após algum tempo da terapia, ou continuarem após o tratamento ter sido descontinuado, a causa deve ser investigada, o que pode incluir biópsia endometrial para excluir malignidade endometrial.

Câncer de mama :

Estudos randomizados controlados e epidemiológicos relataram um aumento no risco de câncer de mama em mulheres que tomam estrogênios ou combinações de estrogênios/progestogênios para TH por vários anos.

O risco excessivo aumenta com a duração da ingestão de TH e parece retornar à linha basal no curso de cerca de 5 anos após a interrupção do tratamento. Mulheres usando TH combinada de estrogênio-progestogênio tiveram um risco similar ou possivelmente maior quando comparadas com mulheres que usaram estrogênios sozinhos.

Cânceres de mama diagnosticados em usuárias atuais ou recentes de TH foram menos prováveis de ter propagação para fora da mama que aqueles encontrados em não-usuárias.

Mulheres cujos cânceres de mama se desenvolveram após a TH tenderam a ter características de tumor menos agressivo quando comparadas àquelas mulheres com câncer de mama que não receberam TH.

O risco aumentado foi verificado mais em mulheres com uma constituição corpórea normal ou magra do que em mulheres obesas.

Tromboembolismo venoso:

A TH está associada a um risco relativamente alto de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), isto é, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.

Um estudo randomizado controlado e estudos epidemiológicos verificaram um risco duas a três vezes maior para usuárias comparado com não-usuárias. Para não-usuárias estima-se que o número de casos de TEV, que irá ocorrer em um período superior a 5 anos é aproximadamente 3 em 1000 mulheres, com idade entre 50 e 59 anos e 8 em 1000 mulheres com idade entre 60 e 69 anos.

Estima-se que em mulheres saudáveis que utilizam TH por 5 anos, o número de casos adicionais de TEV, superior a um período de 5 anos, estará  entre 2 e 6 em 1000 mulheres, com idade entre 50 e 59 anos e entre 5 e 15 em 1000 mulheres, com idade entre 60 e 69 anos. A ocorrência de tal evento é mais provável no primeiro ano da TH do que depois.

Fatores de risco geralmente reconhecidos para TEV incluem uma história pessoal ou história familiar, obesidade severa ( IMC > 30 kg/m 2 ) e lúpus eritematoso sistêmico (LES).

Não há qualquer consenso sobre o possível papel de veias varicosas no TEV.

Pacientes com uma história de TEV ou estado trombofílico conhecido têm um risco aumentado de TEV.

A TH pode aumentar este risco.

Forte história pessoal ou familiar de tromboembolismo, ou aborto espontâneo recorrente, devem ser investigados a fim de excluir uma predisposição trombofílica. Até que uma avaliação completa de fatores trombofílicos seja feita ou tratamento anticoagulante iniciado, o uso de TH em tais pacientes deve ser visto como contra-indicado.

Aquelas mulheres já sob tratamento anticoagulante requerem avaliação cuidadosa do risco-benefício do uso de TH.

O risco de TEV pode ser temporariamente aumentado com imobilização prolongada, trauma ou cirurgia de grande porte. Todos os pacientes no pós-operatório, requerem atenção minuciosa e instituição de medidas profiláticas para prevenir TEV. Se houver imobilização prolongada após cirurgia eletiva, particularmente cirurgia abdominal ou ortopédica nos membros inferiores, deve-se considerar interromper temporariamente a TH 4 a 6 semanas antes, se possível.

O tratamento não deve ser reiniciado até que a mulher esteja totalmente mobilizada.

Se o TEV se desenvolver após o início da terapia, a droga deve ser descontinuada.

As pacientes devem ser avisadas a contatarem seus médicos imediatamente quando elas estiverem cientes de um sintoma tromboembólico potencial (p. ex. inchaço doloroso de uma perna, dor súbita no peito, dispnéia).

Doença arterial coronariana:

Estudos clínicos controlados não demonstraram benefícios cardiovasculares com a TH contínua combinada (estrogênios e acetato de medroxiprogesterona). Grandes estudos clínicos demonstraram um possível aumento do risco de morbidade cardiovascular no primeiro ano de tratamento, sem benefício adicional. Para outros produtos de TH, os dados dos estudos clínicos, em relação a morbimortalidade cardiovascular são inconclusivos e portanto, não deveriam ser extrapolados.

Acidente vascular cerebral:

O estudo WHI demonstrou, como objetivo secundário, um aumento no risco de acidente vascular cerebral em mulheres saudáveis, durante o tratamento combinado contínuo com estrógenos conjugados e medroxiprogesterona.

Na população de mulheres que não utilizam TH, estima-se uma incidência de acidente vascular cerebral de aproximadamente 3 para cada 1000 mulheres entre 50 e 59 anos e de 11 para cada 1000 mulheres entre 60 e 69 anos, em um período de 5 anos. Entre as mulheres que utilizam a TH combinada, a incidência aumenta de 1 a 3 casos, na população entre 50 e 59 anos, e de 1 a 9 casos entre 60 e 69 anos.

Estes resultados não deveriam ser extrapolados para os outros produtos para TH.

Câncer ovariano:

A utilização isolada de estrogênios em mulheres histerectomizadas, por longos períodos (5 a 10 anos), tem sido associada com um aumento no risco de câncer ovariano em alguns estudos epidemiológicos. Não se sabe, porém, se a terapêutica combinada confere um risco diferente quando comparada à reposição estrogênica isolada.

Outras condições:

Os estrogênios podem causar retenção hídrica, portanto os pacientes com disfunção cardíaca ou renal devem ser cuidadosamente monitorados. Nos pacientes com insuficiência renal grave, os níveis séricos de estrogênios circulantes podem aumentar.

Mulheres com hipertrigliceridemia prévia, devem ser acompanhadas durante a terapia de reposição estrogênica ou TH, já que em raros casos, a elevação dos níveis plasmáticos de triglicérides podem levar a pancreatite .

Os estrogênios aumentam a tireoglobulina, levando a um aumento nos níveis séricos de hormônio tireoidiano.

As concentrações de T3 e T4 livres permanecem inalteradas.

Algumas proteínas de ligação podem estar elevadas no plasma, podendo levar a um aumento dos níveis de corticosteróides e esteróides sexuais plasmáticos.

O substrato renina-angiotensinogênio, a alfa-I-anti-tripsina e a ceruloplasmina, podem ter suas concentrações plasmáticas aumentadas.

Idosas:

A experiência de tratamento de mulheres com mais de 65 anos é limitada.

Uso durante a gravidez e lactação:

Você não deve tomar Kliogest se estiver grávida ou com suspeita de gravidez e se estiver amamentando.

Kliogest não é indicado durante a gravidez e lactação.

Se ocorrer gravidez, o tratamento deve ser imediatamente interrompido.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Informar ao médico se está amamentando.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Este medicamento pode interromper a menstruação por período prolongado e/ou causar sangramentos intermenstruais severos.

Contraceptivo:

Kliogest não apresenta efeito contraceptivo.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento com Kliogest.

Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Kliogest?

Os eventos adversos mais freqüentemente relatados em estudos clínicos com Kliogest foram sangramentos vaginais e sensibilidade/dor nas mamas.

Sangramentos vaginais  geralmente ocorrem nos primeiros meses de tratamento.

Sensibilidade nas mamas geralmente desaparecem após alguns meses de tratamento.

Os eventos adversos listados abaixo podem ocorrer durante o tratamento com estrogênio-progestogênio:

Muito comum (freqüência > 1/10):

  • Sensibilidade/dor nas mamas;
  • Hemorragia vaginal.

Comum (freqüência > 1/100 e < 1/10):

  • Candidíase vaginal, vaginite;
  • Edema ;
  • Depressão, depressão agravada;
  • Náusea, dor abdominal, dispepsia ;
  • Cãibras;
  • Fibromas uterinos, fibromas uterinos agravados;
  • Peso aumentado;
  • Cefaléia.

Incomum (freqüência > 1/1000 e < 1/100):

  • Hipersensibilidade;
  • Nervosismo;
  • Tromboflebite superficial;
  • Flatulência ;
  • Alopécia, hirsutismo, acne ;
  • Prurido, urticária ;
  • Câncer de mama.

Experiência de pós-comercialização:

Em adição às reações adversas acima mencionadas, as apresentadas abaixo tem sido relatadas espontaneamente, e podem estar relacionadas ao tratamento com Kliogest.

A frequência de relatos dessas reações adversas espontâneas é muito rara ( < 1/10.000 pacientes/ ano), sendo elas:

  • Câncer endometrial;
  • Insônia , ansiedade , alterações na libido;
  • Tontura , derrame cerebral;
  • Distúrbios visuais;
  • Hipertensão agravada;
  • Infarto do miocárdio;
  • Dispepsia, vômitos ;
  • Distúrbios na bexiga, colelitíase , colelitíase agravada ou recorrente;
  • Seborréia, rash cutâneo, angioedema ;
  • Hiperplasia endometrial, prurido vulvovaginal;
  • Diminuição de peso;
  • Aumento da pressão sanguínea.

As seguintes reações adversas tem sido relatadas em associação com outros tratamentos com estrógenos e pregestógenos:

Cloasma , eritema multiforme, eritema nodoso e púrpura vascular.

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. As reações adversas mais freqüentemente relatadas são sangramentos vaginais e sensibilidade nas mamas.

Qual a composição do Kliogest?

Apresentação:

Comprimido revestido.

Embalagem contendo estojo calendário com 28 comprimidos.

Uso adulto.

Uso oral.

Composição:

Cada comprimido revestido contém:

Estradiol

2 mg

Acetato de noretisterona

1 mg

Excipientes*

1 comprimido

*Lactose monoidratada, amido, gelatina, silicato de magnésio, estearato de magnésio, hipromelose e triacetina.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Kliogest maior do que a recomendada?

Em caso de superdose, poderá ocorrer náusea e vômito.

Não existe antídoto específico e o tratamento deverá ser sintomático.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Kliogest com outros remédios?

O metabolismo de estrogênios e progestogênios pode estar aumentado pelo uso concomitante de substâncias conhecidas de induzirem enzimas metabolizadoras de drogas, especificamente enzimas do citocromo P450, tais como anticonvulsivantes (p. ex. fenobarbital , fenitoína , carbamazepina ) e anti-infecciosos ( rifampicina , rifabutina , nevirapina , efavirenz ).

Ritonavir e nelfinavir, embora conhecidos como inibidores fortes, ao contrário, exibem propriedades indutoras quando usados concomitantemente com hormônios esteróides.

Preparações vegetais contendo Erva de São João ( Hypericum perforatum ) podem induzir o metabolismo de estrogênios e progestogênios.

Clinicamente, um metabolismo aumentado do estrógeno e progestógeno pode levar a um efeito diminuído e alterações no perfil de sangramento uterino.

Drogas que inibem a atividade das enzimas microssomais hepáticas, como p. ex. o cetoconazol , podem aumentar os níveis circulantes das substâncias ativas de Kliogest.

Interação alimentícia: posso usar o Kliogest com alimentos?

A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos níveis de estradiol circulante.

Qual a ação da substância do Kliogest (Acetato de Noretisterona + Estradiol)?

Resultados de eficácia

O efeito preventivo desta combinação sobre a perda óssea na pós-menopausa foi demonstrado em numerosos estudos clínicos. Estudos de acompanhamento realizados por 10 anos indicaram aumento na densidade mineral óssea da espinha lombar durante os três primeiros anos de tratamento e, posteriormente, a preservação da massa óssea. O tratamento com TRH, por período prolongado, tem igualmente demonstrado reduzir o risco de fraturas periféricas em pacientes na pós-menopausa.

Estudos observacionais e o estudo do “ Women’s Health Initiative (WHI)” com estrogênios equinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que utilizam TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco.

Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

O estradiol + acetato de noretisterona (substância ativa deste medicamento) contém estradiol (estrogênio natural humano) e acetato de noretisterona (progestógeno sintético). O estradiol fornece reposição hormonal durante e após o climatério e a adição do acetato de noretisterona impede o desenvolvimento de hiperplasia endometrial.

A maioria dos estudos clínicos demonstra que a administração oral de 17-beta-estradiol associado ao acetato de noretisterona, nas quantidades contidas em estradiol + acetato de noretisterona (substância ativa deste medicamento), diminui o colesterol total e triglicérides, assim como as lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C).

Foi demonstrado que o uso prolongado de 17-beta-estradiol associado ao acetato de noretisterona nas quantidades contidas em estradiol + acetato de noretisterona (substância ativa deste medicamento) diminuem significativamente os parâmetros bioquímicos do “turn-over” ósseo.

Farmacocinética

Os estrogênios naturais, tais como o 17-beta-estradiol, são absorvidos rápida e completamente pelo trato gastrintestinal. O estradiol é metabolizado no fígado e em outros tecidos, em estrona, estriol e outros metabólitos. O estradiol é excretado na bile e reabsorvido no intestino. Durante esta circulação êntero-hepática ocorre a metabolização do estradiol. 90-95% do estradiol são eliminados na urina na forma de conjugados de glicuronídios e sulfatos biologicamente inativos.

O acetato de noretisterona é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal e metabolizado à noretisterona, a qual, por sua vez, é metabolizada e excretada na urina e fezes como conjugados de glicuronídios e sulfatos. Aproximadamente metade da dose administrada é recuperada na urina nas primeiras 24 horas.

Noretisterona é parcialmente metabolizada em etinilestradiol após a administração oral de noretisterona ou de acetato de noretisterona a humanos. Esta transformação resulta em uma dose equivalente de aproximadamente 4-6 mcg de etinilestradiol por 1 mg de noretisterona/acetato de noretisterona administrada por via oral.

Dados de segurança pré-clínicos

Não há dados de segurança pré-clínicos que possam ser relevantes para o prescritor e que já não estejam descritos em outros itens desta bula.

Como devo armazenar o Kliogest?

Kliogest deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 - 30ºC), em local seco e ao abrigo da luz.

O prazo de validade é de 48 meses e encontrase gravado na embalagem.

Verifique sempre o prazo de validade do medicamento antes de usá-lo. Nunca use medicamento com o prazo de validade vencido, pois pode ser prejudicial à sua saúde.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.

Dizeres Legais do Kliogest

MS - 1.0181.0325.

Farm. Resp.:
Dra. Clarice Mitie Sano Yui.
CRF-SP nº 5.115.

Importado e distribuído por:
Medley S.A.
Indústria Farmacêutica.
Rua Macedo Costa, 55.
Campinas - SP.
C.N.P.J.: 50.929.710/0001-79.
Indústria Brasileira.

Fabricado por:
Novo Nordisk A/S.
DK-2880 Bagsvaerd.
Dinamarca.

Venda sob prescrição médica.