Invanz

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Infecções

Invanz, para o que é indicado e para o que serve?

Invanz ® é indicado para o tratamento das seguintes infecções:

  • Infecção intra-abdominal;
  • Infecção de pele, incluindo infecção por diabetes das extremidades inferiores e pé diabético;
  • Pneumonia adquirida na comunidade;
  • Infecção do trato urinário, incluindo infecção renal;
  • Infecção pélvica aguda;
  • Sepse bacteriana (infecção bacteriana do sangue);
  • Prevenção de infecções cirúrgicas locais após cirurgia de cólon e reto em pacientes a partir de 18 anos.

Como o Invanz funciona?

Invanz ® é um antibiótico que tem a capacidade de eliminar uma ampla gama de bactérias que causam infecções.

Quais as contraindicações do Invanz?

Você ou sua criança não devem tomar Invanz ® se:

  • Forem alérgicos a qualquer um de seus componentes e/ou;
  • Forem alérgicos a betalactâmicos, como penicilinas ou cefalosporinas.

Além disso, no caso de uso intramuscular, não devem tomar Invanz ® as pessoas que são alérgicas a anestésicos locais do tipo amida, particularmente cloridrato de lidocaína .

Como usar o Invanz?

A dose usual de Invanz ® para pacientes a partir de 13 anos é de 1 grama (g), 1 vez ao dia (1x/dia). A dose usual de Invanz ® em pacientes a partir de 3 meses até 12 anos é de 15 mg/kg duas vezes ao dia (2x/dia), não excedendo 1 g/dia.

A dose recomendada para pacientes adultos para a prevenção de infecções cirúrgicas locais após cirurgia de cólon ou reto é de 1 grama (g) administrado em dose intravenosa (IV) única 1 hora antes da incisão cirúrgica. Invanz ® pode ser administrado por infusão intravenosa (IV) durante 30 minutos ou por injeção intramuscular (IM).

A administração IM de Invanz ® pode ser utilizada como alternativa à administração intravenosa no tratamento de infecções para as quais a terapia intramuscular é adequada.

A duração usual do tratamento com Invanz ® é de 3 a 14 dias, entretanto varia com o tipo de infecção e microorganismo(s) causador(es). Quando houver indicação clínica e for observada melhora clínica, o paciente pode passar a receber um antimicrobiano adequado por via oral. Seu médico informará quando você deverá interromper o uso do medicamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que eu devo fazer quando esquecer de usar o Invanz?

O esquema terapêutico e a dose serão determinados pelo médico que irá monitorar sua resposta e condição clínica. Se estiver preocupado(a) de que você ou sua criança possam ter deixado de receber uma dose, fale com seu médico imediatamente.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Invanz?

Informe ao seu médico sobre qualquer problema médico que você ou sua criança esteja apresentando ou que já tenha apresentado, incluindo:

  • Doença renal;
  • Alergia a qualquer medicamento, inclusive a antibióticos ;
  • Colite ou qualquer outra doença gastrintestinal.

Hipersensibilidade

Reações de hipersensibilidade (anafiláticas) graves foram relatadas em pacientes tratados com betalactâmicos.

Houve relatos de diarreia associada à Clostridium difficile , leve a potencialmente fatal, com praticamente todos os agentes antibacterianos, incluindo o ertapeném, Portanto, informe ao seu médico caso você ou sua criança apresentem diarreia posterior à administração de agentes microbianos.

Potencial de convulsões

Crises epiléticas e outras reações adversas relacionadas ao sistema nervoso central (SNC) foram reportadas durante o tratamento com Invanz ® .

Desenvolvimento de bactérias resistentes ao medicamento

A exemplo de outros antibióticos, o uso prolongado de Invanz ® pode resultar em supercrescimento de microrganismos não sensíveis.

Exames laboratoriais

Embora Invanz ® tenha toxicidade semelhante à do grupo betalactâmico de antibióticos, é aconselhável, durante terapias prolongadas, a avaliação periódica da função do sistema de órgãos, incluindo sistema renal, hepático e hematopoiético.

Gravidez

Invanz ® não foi estudado em grávidas. Invanz ® deve ser utilizado durante a gravidez apenas se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Amamentação

Invanz ® é secretado no leite humano. Como os bebês podem ser afetados, as mulheres que estiverem sendo tratadas com Invanz ® não devem amamentar. Converse com seu médico caso esteja amamentando ou pretenda amamentar.

Crianças

Invanz ® pode ser usado em crianças a partir de 3 meses de idade. Invanz ® não é recomendado para crianças com menos de 3 meses de idade, pois não há dados disponíveis sobre o uso nessa faixa etária.

Idosos

Invanz ® é bem tolerado e age igualmente bem em pacientes idosos e adultos jovens. A dose recomendada de Invanz ® pode ser administrada independentemente da idade do paciente.

Pacientes com Doença Renal

Seu médico precisa saber se você ou sua criança têm alguma doença renal, para poder prescrever a dose correta de Invanz ® .

Dirigir ou Operar Máquinas

Não foram realizados estudos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. Invanz ® pode influenciar na capacidade do paciente dirigir e operar máquinas. Tontura e sonolência foram reportadas com o uso de Invanz ® .

Aviso: Este medicamento pode causar um tipo de reação alérgica grave chamada anafilaxia . A anafilaxia pode ser fatal e requer atenção médica imediata. Se sentir algum dos seguintes sintomas, entre em contato com seu médico imediatamente: coceira, urticária , rouquidão, dificuldade em respirar, dificuldade para engolir, manchas vermelhas na pele, qualquer inchaço de suas mãos, rosto ou na boca, febre , dor de garganta , calafrios, ou outros sinais de infecção.

É comum observar melhora clínica no início do tratamento com Invanz ® , porém o medicamento deve ser administrado exatamente conforme indicado. A supressão de doses ou interrupção do tratamento prescrito pode diminuir a eficácia do tratamento e aumentar o risco de surgimento de resistência bacteriana.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Invanz?

Qualquer medicamento pode apresentar efeitos adversos ou indesejáveis, denominadas reações adversas.

Pacientes adultos

Em adultos, as reações adversas relatadas durante o tratamento com ertapeném foram:

Reações adversas comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Diarreia, inflamação da veia que está recebendo a infusão, náusea, dor de cabeça e vaginite (inflamação das paredes da vagina).
Reações adversas incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Corpo em geral: distensão abdominal, dor, calafrios, sepsechoque séptico, desidratação , gota , mal-estar, astenia/fadiga ( cansaço ), necrose, candidíase , perda de peso, inchaço facial, endurecimento no local da injeção, dor no local da injeção, extravasamento, flebite/tromboflebite (inflamação das paredes da veia), dor lombar , desmaio ;
  • Sistema cardiovascular : insuficiência cardíaca , hematoma, dor no peito , hipertensão ( pressão alta ), taquicardia frequência cardíaca alta), parada cardíaca, bradicardia (frequência cardíaca baixa), arritmia (batimento cardíaco irregular), fibrilação atrial (frequência cardíaca irregular), sopro cardíaco , taquicardia ventricular, parada cardíaca , hemorragia subdural (acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio);
  • Sistema digestivo: refluxo, candidíase oral (sapinho), dispepsia ( indigestão ), sangramento gastrointestinal, anorexia (perda de peso), gases , diarreia associada à C. difficile , estomatite , disfagia (dificuldade para engolir), hemorroidas , íleo, colelitíase (pedra na vesícula), duodenite (inflamação do duodeno), esofagite (inflamação do esôfago), gastrite , icterícia (coloração amarela da pele), úlcera na boca, pancreatite , estenose pilórica (estreitamento do piloro);
  • Sistema musculoesquelético: dor na perna;
  • Sistema nervoso e psiquiátrico: ansiedade , nervosismo, convulsões, tremor, depressão , hiperestesia (aumento da sensibilidade), espasmo (contração muscular involuntária), parestesia (sensações anormais, como por exemplo, formigamento ), comportamento agressivo, vertigem;
  • Sistema respiratório: tosse , faringite , crepitação / roncos, desconforto respiratório, derrame pleural (acúmulo de líquido na cavidade pleural do pulmão), hipoxemia (oxigenação insuficiente do sangue), broncoespasmo, desconforto faríngeo, epistaxe (sangramento nasal), dor pleural, asma , hemoptise (tosse com sangue), soluços, distúrbio de voz;
  • Pele e apêndices: eritema, suor, dermatite , descamação, vermelhidão, urticária;
  • Sentidos especiais: alteração do paladar;
  • Sistema urogenital: insuficiência renal, oligúria / anúria (diminuição ou ausência da produção de urina), coceira vaginal, hematúria (presença de sangue na urina), retenção urinária, disfunção da bexiga, candidíase vaginal, vulvovaginites (inflamação da vulva e da vagina).

Outras reações adversas incluem alterações de resultados de alguns exames laboratoriais

Pacientes pediátricos

As reações adversas em crianças são geralmente semelhantes às ocorridas em adultos. Em crianças, as reações adversas comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) são diarreia, dor e vermelhidão no local da injeção, vômito .

Reações adversas incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento) incluem:

  • Distúrbios gastrintestinais: náusea;
  • Distúrbios gerais e condições no local de administração: hipotermia (baixa temperatura corporal), dor no peito, dor abdominal superior, coceira no local da infusão, endurecimento, flebite (inflamação das paredes da veia), inchaço e calor;
  • Infecções e Infestações: candidíase, candidíase oral (sapinho), faringite viral, herpes simples, infecção no ouvido e abscesso abdominal (acúmulo de pus no abdômen);
  • Distúrbios do metabolismo e da nutrição: diminuição do apetite;
  • Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: artralgia (dor nas articulações);
  • Distúrbios do sistema nervoso: tontura, sonolência;
  • Distúrbios psiquiátricos: insônia ;
  • Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário: erupção cutânea (vermelhidão) genital;
  • Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: chiado, nasofaringite ( resfriado ), derrame pleural, rinite , rinorreia (corrimento de muco nasal);
  • Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: dermatite (reação inflamatória na pele), prurido (coceira), erupção eritematosa, lesão de pele;
  • Distúrbios vasculares: flebite (inflamação das paredes da veia).

Alterações em alguns exames laboratoriais também podem ser encontradas.

Outras reações adversas reportadas com o uso de Invanz ® por adultos e crianças incluem:

  • Reações alérgicas graves (anafilaxia), urticária, movimentos anormais, tremor, alteração do estado mental (incluindo agitação, agressividade, delírio, desorientação, mudanças de estado mental), alucinações, diminuição da consciência, fraqueza muscular, caminhar instável e uma combinação de febre alta, mal-estar, erupções cutâneas e coloração dos dentes.

Se você apresentar lesões de pele elevadas ou preenchidas com líquido em uma região grande do seu corpo, fale para o seu médico ou enfermeiro imediatamente.

Prevenção de infecções cirúrgicas locais após cirurgia de colón e reto

As reações adversas observadas em pacientes tratados com Invanz ® , como prevenção de infecções cirúrgicas locais após cirurgia de cólon e reto, foram comparáveis ao observados para Invanz ® em estudos clínicos anteriores.

Além das reações adversas já descritas, as seguintes reações adversas comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) foram reportadas:

  • Anemia , obstrução intestinal , pneumonia, infecção pós-operatória, infecção do trato urinário, infecção e complicação da ferida, atelectasia (doença na qual uma parte do pulmão fica desprovida de ar).

Seu médico possui uma lista mais completa de reações adversas. Informe ao seu médico imediatamente sobre esses e outros sintomas incomuns.

Achados de Exames Laboratoriais

As seguintes alterações nos resultados de alguns exames laboratoriais foram observadas durante o tratamento com Invanz ® :

Pacientes Adultos

As alterações nos exames laboratoriais relacionadas ao medicamento observadas com maior frequência durante o tratamento com Invanz ® foram alterações nos exames de função do fígado , como aumento de ALT, AST, fosfatase alcalina e aumento do número de plaqueta, que são células do sangue com função de coagulação.

Outras alterações laboratoriais relacionadas ao medicamento incluem:
  • Alterações nas provas de função do fígado, como o aumento dos valores de bilirrubina sérica direta, indireta e total;
  • Alterações nas quantidades de células do sangue (aumento de eosinófilos , redução dos leucócitos , redução do número de neutrófilos segmentados, redução no número de plaquetas, aumento dos monócitos, redução do hematócrito [porcentagem de glóbulos vermelhos] e redução da hemoglobina);
  • Aumento de TTP (tempo de tromboplastina parcial, que é um dos exames para avaliar a coagulação do sangue);
  • Alterações nos exames de função renal medidos no sangue (aumento de ureia sanguínea e creatinina sérica);
  • Alterações nos exames de urina (aumento de células epiteliais na urina, presença de sangue na urina, presença de bactérias na urina);
  • Alteração nos níveis de glicose no sangue ( hiperglicemia ).
Pacientes Pediátricos

A alteração nos exames laboratoriais relacionadas ao medicamento e observadas com maior frequência durante o tratamento com Invanz ® foi a redução da contagem de neutrófilos.

Outras alterações laboratoriais relacionadas ao medicamento durante todo o período de tratamento incluem:
  • Alterações nas provas de função do fígado, como o aumento de enzimas ALT e AST;
  • Alterações nas quantidades de células do sangue (redução dos leucócitos, aumento de eosinófilos).

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.

Apresentações do Invanz

Pó liofilizado 1g

Em caixas com 1 frasco-ampola.

Uso intravenoso ou intramuscular.

Uso adulto e pediátrico a partir de 3 meses.

Qual a composição do Invanz?

Cada frasco-ampola de Invanz ® contém:

1,046 g de ertapeném sódico , equivalente a 1 g de ertapeném.

Excipientes: bicarbonato de sódio e hidróxido de sódio (para ajustar o pH).

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Invanz maior do que a recomendada?

O esquema terapêutico e a dose serão determinados pelo médico que irá monitorar sua resposta e condição clínica. Se estiver preocupado(a) de que você ou sua criança possa ter recebido uma quantidade do medicamento maior que a indicada pelo médico, fale com ele imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Invanz com outros remédios?

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento, incluindo aqueles obtidos sem prescrição médica, pois alguns medicamentos podem ter seu efeito afetado.

Informe seu médico caso você esteja tomando algum medicamento contendo ácido valpróico ou divalproato de sódio (utilizados para o tratamento de epilepsia , transtorno bipolar , enxaqueca ou esquizofrenia ), pois o uso concomitante com ertapeném pode resultar na redução da concentração de ácido valpróico. O seu médico decidirá se você deverá tomar Invanz ® em combinação com este medicamento.

Informe seu médico caso você esteja tomando algum medicamento contendo probenecida, uma vez que essa substância compete com a secreção tubular ativa, resultando em um aumento da concentração plasmática de ertapeném. O seu médico decidirá se você deverá tomar Invanz ® em combinação com esse medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Qual a ação da substância do Invanz (Ertapeném Sódico)?

Resultados de Eficácia


Pacientes Adultos

Infecções Intra-abdominais Complicadas 1,2,3

O Ertapeném Sódico foi avaliado em 665 adultos com infecções intraabdominais complicadas em um estudo clínico controlado, randômico, multicêntrico, duplo-cego, que comparou o Ertapeném Sódico (1 g IV uma vez ao dia) com a associação piperacilina/tazobactam (3,375 g IV a cada 6 horas) durante 5 a 14 dias. No período basal, os pacientes foram estratificados em dois grupos: apendicite localizada complicada (estrato 1) e qualquer outra infecção intra-abdominal complicada, incluindo infecções do cólon, do intestino delgado, das vias biliares e peritonite generalizada (estrato 2). Uma a duas semanas após o tratamento, as taxas de sucesso clínico e microbiológico foram de 89,6% (190/212) com Ertapeném Sódico e de 82,7% (162/196) com piperacilina/tazobactam; 4 a 6 semanas após o tratamento (teste de cura), as taxas de sucesso foram de 86,7% (176/203) com Ertapeném Sódico e de 81,3% (157/193) com piperacilina/tazobactam. No teste de cura para os pacientes do estrato 1, as taxas de sucesso foram de 90,4% (85/94) com Ertapeném Sódico e de 90,1% (82/91) com piperacilina/tazobactam e, para os pacientes do estrato 2, foram de 83,5% (91/109) com Ertapeném Sódico e de 73,5% (75/102) com piperacilina/tazobactam. As taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos com infecções intra-abdominais complicadas passíveis de avaliação microbiológica

Patógeno

Ertapeném Sódico % (n/N)*

Piperacilina/tazobactam % (n/N)*

Escherichia coli

86,7 (137/158) 80,0 (108/135)

Klebsiella pneumoniae

92,9 (13/14) 70,6 (12/17)
Clostridia spp. 88,8 (71/80)

78,1 (50/64)

Eubacterium spp. 92,7 (38/41)

86,2 (25/29)

Peptostreptococcus spp.

80,6 (29/36) 88,5 (23/26)

Grupo do Bacteroides fragilis +

86,7 (183/211) 85,9 (177/206)
Prevotella spp. 80,0 (20/25)

76,5 (13/17)

* Número de isolados com avaliação de resposta favorável/Número total de isolados.
+ Inclui Bacteroides fragilis e espécies do grupo do B. fragilis .

Em pacientes com bacteremia por E. coli , 100% (3/3) foram tratados com sucesso com Ertapeném Sódico.

Infecções Complicadas de Pele e Anexos (incluindo infecções por diabetes de extremidades inferiores) 4

O Ertapeném Sódico foi avaliado em 540 adultos com infecções complicadas de pele e anexos em um estudo clínico que comparou o Ertapeném Sódico (1 g IV uma vez ao dia) com a associação piperacilina/tazobactam (3,375 g IV a cada 6 horas) durante 7 a 14 dias. Foram incluídos pacientes com infecções por diabetes de extremidades inferiores, abscesso profundo de tecido mole, infecção de ferida pós-trauma e celulite com drenagem purulenta. A taxa de sucesso clínico depois de 10 a 21 dias de tratamento (teste de cura) foi de 82,2% (152/185) com Ertapeném Sódico e de 84,5% (147/174) com piperacilina/tazobactam Por tipo de infecção, as taxas de sucesso clínico no teste de cura para Ertapeném Sódico e piperacilina/tazobactam foram, respectivamente: diabetes de extremidades inferiores, 65,7% (23/35) e 73,3% (22/30); abscesso profundo de tecido mole, 96,7% (29/30) e 94,4% (34/36); infecção de ferida pós-trauma, 83,3% (25/30) e 84,6% (22/26); celulite com drenagem purulenta, 93,1% (27/29) e 87,5% (21/24). As taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos com infecções complicadas de pele e anexos passíveis de avaliação microbiológica

Patógeno

Ertapeném Sódico % (n/N)*

Piperacilina/tazobactam % (n/N)*

Staphylococcus aureus

76,1 (54/71) 78,9 (56/71)

Streptococcus pyogenes

81,3 (13/16) 93,8 (15/16)

Escherichia coli

94,1 (16/17) 80,0 (12/15)

Peptostreptococcus spp.

87,1 (27/31) 90,9 (20/22)

Grupo do Bacteroides fragilis +

100 (11/11) 92,3 (12/13)

Prevotella spp.

100 (12/12) 100 (17/17)

* Número de isolados com avaliação de resposta favorável/Número total de isolados.
+ Inclui Bacteroides fragilis e espécies do grupo do B. fragilis .

Infecções de Pé Diabético 5

O Ertapeném Sódico foi avaliado em 586 adultos para o tratamento de infecções de pé diabético em um estudo clínico controlado, randômico, multicêntrico, duplo-cego, que comparou Ertapeném Sódico (1 g IV uma vez ao dia) com piperacilina/tazobactam (3,375 g IV a cada 6 horas). Ambos os regimes permitiam a troca para amoxicilina /clavulanato via oral para completar 5 a 28 dias de tratamento (parenteral e oral). A taxa de sucesso clínico 10 dias após a terapia foi de 87,4% (180/206) com o Ertapeném Sódico e 82,7 % (162/196) com a piperacilina/tazobactam. As taxas de sucesso clínico na visita pós-terapia para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica, são apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3. Taxas de sucesso clínico na visita pós-terapia para cada patógeno entre os pacientes adultos com infecções de pé diabético passíveis de avaliação microbiológica

Patógeno

Ertapeném Sódico % (n/N)*

Piperacilina/tazobactam % (n/N)*
Staphylococcus aureus (MSSA) 84,5 (60/71) 81,3 (52/64)
Streptococcus

100,0 (11/11)

83,3 (5/6)

Streptococcus agalactiae

71,4 (15/21) 84,6 (22/26)

Escherichia coli

90,9 (10/11) 100,0 (5/5)

Peptostreptococcus spp.

91,8 (56/61) 81,1 (43/53)

Porphyromonas asaccharolytica

60,0 (6/10) 71,4 (5/7)

Prevotella species

87,0 (20/23) 78,9 (15/19)

Grupo do Bacteroides fragilis

90,0 (18/20) 72,9 (10/13)

* Número de isolados com avaliação de resposta favorável/Número total de isolados.
+ Inclui Bacteroides fragilis e espécies do grupo do B. fragilis .

Pneumonia Adquirida na Comunidade 6

O Ertapeném Sódico foi avaliado em 866 adultos com pneumonia adquirida na comunidade em dois estudos clínicos controlados, randômicos, multicêntricos, duplo-cegos, que compararam o Ertapeném Sódico (1 g por via parenteral/dia) com a ceftriaxona (1 g por via parenteral/dia). Foi permitido trocar os antibióticos parenterais por amoxicilina/clavulanato por via oral para completar 10 a 14 dias de tratamento (parenteral e oral). As taxas de sucesso clínico (estudos agrupados) depois de 7 a 14 dias de tratamento (teste de cura) foram de 92,0% (335/364) com o Ertapeném Sódico e de 91,8% (270/294) com a ceftriaxona. As taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica agrupados são apresentadas na Tabela 4.

Tabela 4. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos com pneumonia adquirida na comunidade passíveis de avaliação microbiológica

Patógeno

Ertapeném Sódico % (n/N)*

Ceftriaxona % (n/N)*

Staphylococcus aureus

100 (13/13) 88,9 (8/9)

Streptococcus pneumoniae

89,6 (86/96) 93,7 (74/79)

Haemophilus influenzae

87,9 (29/33) 93,5 (29/31)

Moraxella catarrhalis

90,0 (27/30) 88,9 (24/27)

* Número de isolados com avaliação de resposta favorável/Número total de isolados.

Dos pacientes com bacteremia por S. pneumoniae , 88,9% (16/18) foram tratados com sucesso com Ertapeném Sódico; nenhum desses pacientes apresentava bacteremia persistente documentada.

Infecções Complicadas do Trato Urinário (incluindo pielonefrite) 7,8

O Ertapeném Sódico foi avaliado em 850 adultos com infecções complicadas do trato urinário (incluindo pielonefrite), em dois estudos clínicos controlados, randômicos, multicêntricos, duplo-cegos, que compararam o Ertapeném Sódico (1 g por via parenteral/dia) com a ceftriaxona (1 g por via parenteral/dia). Foi permitido trocar os antibióticos parenterais por ciprofloxacino oral (500 mg 2 vezes ao dia) para completar 10 a 14 dias de tratamento (parenteral e oral). As taxas de sucesso microbiológico (estudos agrupados) depois de 5 a 9 dias de tratamento (teste de cura) foram de 89,5% (229/256) para Ertapeném Sódico e de 91,1% (204/224) para ceftriaxona. No período basal, os pacientes foram estratificados em dois grupos: pielonefrite e qualquer outra infecção complicada do trato urinário. No estrato da pielonefrite, as taxas de sucesso microbiológico (estudos agrupados) foram de 91,3% (116/127) com o Ertapeném Sódico e de 93,4% (99/106) com a ceftriaxona. As taxas de erradicação (combinadas) no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica são apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5. Taxas de erradicação no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos com infecções complicadas do trato urinário passíveis de avaliação microbiológica​​​​​​​

Patógeno

Ertapeném Sódico % (n/N)*

Ceftriaxona % (n/N)*
Escherichia coli

92,1 (176/191)

92,3 (143/155)

Klebsiella pneumoniae

85,7 (24/28) 96,0 (24/25)
Proteus mirabilis

75,0 (9/12)

87,5 (7/8)

* Número de isolados com avaliação de resposta favorável/Número total de isolados.

Dos pacientes com bacteremia por E. coli , 91,7% (22/24) foram tratados com sucesso com o Ertapeném Sódico; nenhum desses pacientes apresentava bacteremia persistente documentada.

Infecções Pélvicas Agudas (incluindo endomiometrite pós-parto, aborto séptico e infecções ginecológicas pós-cirúrgicas) 9

O Ertapeném Sódico foi avaliado em 412 adultos com infecções pélvicas agudas (inclusive 350 com infecções obstétricas/pós-parto e 45 com aborto séptico) em um estudo clínico controlado, randômico, multicêntrico, duplo-cego, que comparou o Ertapeném Sódico (1 g IV por dia) com a associação piperacilina/tazobactam (3,375 g IV a cada 6 horas) durante 3 a 10 dias. As taxas de sucesso clínico depois de 2 a 4 semanas de tratamento (teste de cura) foram de 93,9% (153/163) com o Ertapeném Sódico e de 91,5% (140/153) com a piperacilina/tazobactam. As taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes passíveis de avaliação microbiológica são apresentadas na Tabela 6.

Tabela 6. Taxas de sucesso clínico no teste de cura para cada patógeno entre os pacientes adultos com infecção pélvica aguda passíveis de avaliação microbiológica​​​​​​​

Patógeno

Ertapeném Sódico % (n/N) *

Piperacilina/tazobactam % (n/N) *

Streptococcus agalactiae

90,9 (10/11) 93,8 (15/16)

Escherichia coli

87,8 (36/41) 92,3 (36/39)

Clostridia spp.

100 (11/11) 100 (10/10)

Peptostreptococcus spp.

96,4 (80/83) 92,7 (76/82)

Grupo do Bacteroides fragilis +

96,8 (30/31) 92,5 (37/40)

Porphyromonas asaccharolytica

92,9 (13/14) 92,3 (12/13)

Prevotella spp.

96,3 (52/54) 92,0 (46/50)

* Número de isolados com avaliação de resposta favorável/Número total de isolados.
+ Inclui Bacteroides fragilis e espécies do grupo do B. fragilis .

Profilaxia de Infecções no Sítio Cirúrgico Após Cirurgia Colorretal Eletiva 10

Um estudo clínico, multicêntrico, randômico, duplo-cego e de não-inferioridade, avaliou em adultos, o Ertapeném Sódico como profilaxia de infecções no sítio cirúrgico após cirurgia colorretal eletiva. Esse estudo comparou a dose única de Ertapeném Sódico IV (1g) versus cefotetana (2g), ambos administrados durante 30 minutos, 1 hora antes da cirurgia colorretal eletiva. Definiu-se o teste de profilaxia como sem evidência de infecção cirúrgica local, fístula anastomótica pós-operatória ou uso inexplicável de antibiótico, na população clinicamente avaliável por até e inclusive a visita da quarta semana de acompanhamento após o tratamento. O estudo inclui 500 pacientes distribuídos de forma randômica para receber Ertapeném Sódico e 502 pacientes distribuídos de forma randômica para receber cefotetana. A população de intenção de tratamento modificada (MITT) consistiu de 451 pacientes que receberam Ertapeném Sódico e 450 pacientes que receberam cefotetana e incluiu todos os pacientes que foram distribuídos de forma randômica, tratados e que se submeteram à cirurgia colorretal eletiva com preparação adequada do intestino. A população clinicamente avaliável foi um subgrupo da população MITT e consistiu de pacientes que receberam dose completa da terapia em estudo, não mais que 2 horas antes da incisão cirúrgica e não mais que 6 horas antes do fechamento cirúrgico.

Havia informação suficiente sobre os pacientes clinicamente avaliáveis para determinar o resultado na avaliação de acompanhamento na quarta semana, e não havia fatores de confusão com potencial de interferir na avaliação do resultado. Exemplos de fatores de confusão incluem violação ao uso de antibióticos anteriores ou concomitantes, necessidade de um segundo procedimento cirúrgico durante o período do estudo e identificação de uma infecção em local distante, com administração concomitante de antibiótico e nenhuma evidência de infecção de ferida.

Trezentos e quarenta e seis pacientes distribuídos de modo randômico para receber Ertapeném Sódico e 339 pacientes distribuídos de modo randômico para receber cefotetana eram clinicamente avaliáveis. As taxas de sucesso da profilaxia na quarta semana de acompanhamento após o tratamento nos pacientes clinicamente avaliáveis foram 70,5% (244/346) com Ertapeném Sódico e 57,2% (194/339) com cefotetana (diferença 13,3%[I.C. 95%: 6,1 -20,4], p< 0,001). A falha profilática por infecções cirúrgicas locais ocorreu em 18,2% (63/346) com Ertapeném Sódico e 31,0% (105/339) com cefotetana. Fístula anastomótica pós-operatória ocorreu em 2,9% (10/346) com Ertapeném Sódico e 4,1% (14/339) com cefotetana. Ocorreu uso inexplicável de antibióticos em 8,4% (39/346) com Ertapeném Sódico e 7,7% (36/339) com cefotetana.

Apesar do número pequeno de pacientes em alguns subgrupos, em geral, a taxa de resposta clínica por idade, gênero e raça foram consistentes com os resultados encontrados na população clinicamente avaliável. Na análise MITT, a taxa de sucesso profilático na quarta semana pós-tratamento foi 58,3% (263/451) com Ertapeném Sódico e 48,9% (220/450) com cefotetana (diferença 9,4% [I.C. 95%: 2,9 – 15,9], p=0.002). A diferença estatística significativa a favor do Ertapeném Sódico perante a cefotetana, no que diz respeito ao desfecho primário, foi observada com nível de significância de 5% neste estudo. Não foi realizado um segundo estudo adequado e bem controlado para confirmar esses achados, portanto, a superioridade de Ertapeném Sódico sobre cefotetana não foi demonstrada.

Pacientes Pediátricos 11

O Ertapeném Sódico foi avaliado em pacientes pediátricos de 3 meses a 17 anos de idade em dois estudos multicêntricos e randômicos. O primeiro estudo incluiu 404 pacientes e comparou o Ertapeném Sódico (15 mg/kg IV a cada 12 horas para pacientes de 3 meses a 12 anos de idade, e 1 g IV uma vez ao dia para pacientes de 13 a 17 anos de idade) com a ceftriaxona (50 mg/kg/dia IV divididos em duas doses para pacientes de 3 meses a 12 anos de idade e uma dose única diária de 50 mg/kg/dia IV em pacientes pediátricos de 13 a 17 anos de idade) para o tratamento de infecções do trato urinário (ITU) complicadas, infecções de pele e tecidos moles (IPTM) ou pneumonia adquirida na comunidade (PAC). Os dois esquemas permitiam a troca para amoxicilina/clavulanato via oral durante um total de até 14 dias de tratamento (parenteral e oral). As taxas de sucesso microbiológico avaliáveis por protocolo em pacientes com ITU tratados foram de 87,0% (40/46) com Ertapeném Sódico e 90,0% (18/20) com ceftriaxona. As taxas de sucesso clínico avaliáveis por protocolo em pacientes com IPTM tratados foram de 95,5% (64/67) com Ertapeném Sódico e 100% (26/26) com ceftriaxona e, em pacientes com PAC, foram de 96,1% (74/77) com Ertapeném Sódico e 96,4% (27/28) com ceftriaxona.

O segundo estudo incluiu 112 pacientes e comparou o Ertapeném Sódico (15 mg/kg IV a cada 12 horas para pacientes de 3 meses a 12 anos de idade, e 1 g IV uma vez ao dia para pacientes de 13 a 17 anos de idade) com ticarcilina/clavulanato (50 mg/kg para pacientes com peso 60 kg, 4 ou 6 vezes/dia) por até 14 dias, para o tratamento de infecções intra-abdominais complicadas e infecções pélvicas agudas (IPA). Para os pacientes com infecções intra-abdominais (principalmente pacientes com apendicite perfurada ou complicada), as taxas de sucesso clínico foram de 83,7% (36/43) com Ertapeném Sódico e de 63,6% (7/11) com ticarcilina/clavulanato na análise avaliável por protocolo. Para as pacientes com IPA (endomiometrite obstétrica espontânea ou pós-cirúrgica ou aborto séptico), as taxas de sucesso clínico foram de 100% (23/23) com Ertapeném Sódico e de 100% (4/4) com ticarcilina/clavulanato na análise avaliável por protocolo.

Referências Bibliográficas

1- Infect Dis Obstet Gynecol 2003;11:27–37 Ertapenem once a day versus piperacillin–tazobactam every 6 hours for treatment of acute pelvic infections: a prospective, multicenter, randomized, double-blind study.
2 - Solomkin JS, Yellin AE, Rotstein OD, Christou NV, Dellinger EP, Tellado JM, Malafaia O, Fernandez A, Choe KA, Carides A, Satishchandran V, Teppler H. Ertapenem versus piperacillin/tazobactam in the treatment of complicated intraabdominal infections: results of a double-blind, randomized comparative phase III trial. Protocol 017 Study Group. Ann Surg. 2003 Feb;237(2):235-45.
3 - International Journal of Antimicrobial Agents 20 (2002) 165/173.Ertapenem monotherapy versus combination therapy with ceftriaxone plus metronidazole for treatment of complicated intra-abdominal infections in adults.
4 - Graham DR, Lucasti C, Malafaia O, Nichols RL, Holtom P, Perez NQ, McAdams A, Woods GL, Ceesay TP, Gesser . Ertapenem once daily versus piperacillin-tazobactam 4 times per day for treatment of complicated skin and skin-structure infections in adults: results of a prospective, randomized, double-blind multicenter study. R.Clin Infect Dis. 2002 Jun 1;34(11):1460-8.
5 - Lipsky BA, Armstrong DG, Citron DM, Tice AD, Morgenstern DE, Abramson MA-Ertapenem versus piperacillin/tazobactam for diabetic foot infections (SIDESTEP): prospective, randomised, controlled, doubleblinded, multicentre trial. Lancet 2005.Nov 12;366(9498):1695-703.
6 - Bassetti M, Righi E, Fasce R, Molinari MP, Rosso R, Di Biagio A, Mussap M, Pallavicini FB, Viscoli C.J. Efficacy of ertapenem in the treatment of early ventilator-associated pneumonia caused by extended-spectrum beta-lactamase-producing organisms in an intensive care unit. Antimicrob Chemother. 2007 Aug;60(2):433-5.
7 - Jimenez-Cruz F, Jasovich A, Cajigas J, Jiang Q, Imbeault D, Woods GL, Gesser RM. A prospective, multicenter, randomized, double-blind study comparing ertapenem and ceftriaxone followed by appropriate oral therapy for complicated urinary tract infections in adults. Protocol 021 Study Group.Urology. 2002 Jul;60(1):16- 22.
8 - Tomera KM, Burdmann EA, Reyna OG, Jiang Q, Wimmer WM, Woods GL, Gesser RM. Ertapenem versus ceftriaxone followed by appropriate oral therapy for treatment of complicated urinary tract infections in adults: results of a prospective, randomized, double-blind multicenter study.; Protocol 014 Study Group.Antimicrob Agents Chemother. 2002 Sep;46(9):2895-900.
9 - Roy S, Higareda I, Angel-Muller E, Ismail M, Hague C, Adeyi B, Woods GL, Teppler H. Ertapenem once a day versus piperacillin-tazobactam every 6 hours for treatment of acute pelvic infections: a prospective, multicenter, randomized, double-blind study. Protocol 023 Study Group.Infect Dis Obstet Gynecol. 2003;11(1):27-37.
10 - Wilson SE, Turpin RS, Kumar RN, Itani KM, Jensen EH, Pellissier JM, Abramson MA.Comparative costs of ertapenem and cefotetan as prophylaxis for elective colorectal surgery..Surg Infect (Larchmt). 2008 Jun;9(3):349-56.
11 - The American Journal of Surgery 194 (2007) 367–374. Ertapenem or ticarcillin/clavulanate for the treatment of intra-abdominal infections or acute pelvic infections in pediatric patients.

Características Farmacológicas


Classe Terapêutica

Ertapeném Sódico é um 1-β metilcarbapeném sintético de ação prolongada e estruturalmente relacionado aos antibióticos betalactâmicos (como as penicilinas e as cefalosporinas), disponível em formulação estéril para uso parenteral e com atividade contra um amplo espectro de bactérias Gram-positivas e Gramnegativas, aeróbias e anaeróbias.

Mecanismo de Ação

O Ertapeném Sódico apresenta atividade in vitro contra um amplo espectro de bactérias Grampositivas e Gram-negativas, aeróbias e anaeróbias. A atividade bactericida do Ertapeném Sódico resulta da inibição da síntese da parede celular e é mediada pela ligação do Ertapeném Sódico às proteínas ligadoras de penicilina (PBPs); o Ertapeném Sódico apresenta alta afinidade pelas PBPs 1a, 1b, 2, 3, 4 e 5 da Escherichia coli , com preferência pelas PBPs 2 e 3. O Ertapeném Sódico é significativamente estável à hidrólise pela maioria das classes de betalactamases, incluindo as penicilinases, as cefalosporinases e as betalactamases de espectro estendido, mas não as metalobetalactamases.

Microbiologia

Demonstrou-se que Ertapeném Sódico é ativo in vitro e em infecções clínicas contra a maioria das cepas dos seguintes micro-organismos

Gram-positivos aeróbios e anaeróbios facultativos
  • Staphylococcus aureus (inclusive cepas produtoras de penicilinase) ;
  • Streptococcus agalactiae;
  • Streptococcus pneumoniae;
  • Streptococcus pyogenes.

Obs.: estafilococos resistentes à meticilina são resistentes a Ertapeném Sódico. Muitas cepas de Enterococcus faecalis e a maioria das cepas de Enterococcus faecium são resistentes.

Gram-negativos aeróbios e anaeróbios facultativos
  • Escherichia coli;
  • Haemophilus influenzae (inclusive cepas produtoras de betalactamase) ;
  • Klebsiella pneumoniae;
  • Moraxella catarrhalis;
  • Proteus mirabilis.
Anaeróbios
  • Bacteroides fragilis e outras espécies do grupo do B. fragilis;
  • Clostridium spp. (excluindo C. difficile);
  • Eubacterium spp.;
  • Peptostreptococcus spp.;
  • Porphyromonas asaccharolytica;
  • Prevotella spp.

Os seguintes dados in vitro estão disponíveis, porém não se sabe qual sua significância clínica.

In vitro , as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) de Ertapeném Sódico são ≤ 1 mcg/mL contra a maioria (≥ 90%) das cepas de Streptococcus spp. (inclusive Streptococcus pneumoniae ), ≤ 0,5 mcg/mL contra a maioria (≥ 90%) das cepas de Haemophilus spp., ≤ 2 mcg/mL contra a maioria (≥ 90%) das cepas de outros micro-organismos anaeróbios facultativos e aeróbios e ≤ 4 mcg/mL contra a maioria (≥ 90%) das cepas dos micro-organismos estritamente anaeróbios relacionados a seguir (a segurança e a eficácia de Ertapeném Sódico para o tratamento das infecções clínicas causadas por esses micro-organismos, entretanto, não foram estabelecidas em estudos clínicos adequados e bem controlados).

Gram-positivos aeróbios e anaeróbios facultativos
  • Staphylococcus spp., coagulase-negativa, sensível à meticilina;
  • Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina;
  • Streptococcus viridans .

Obs.: estafilococos resistentes à meticilina são resistentes a Ertapeném Sódico. Muitas cepas de Enterococcus faecalis e a maioria das cepas de Enterococcus faecium são resistentes.

Gram-negativos aeróbios e anaeróbios facultativos
  • Citrobacter freundii;
  • Enterobacter aerogenes;
  • Enterobacter cloacae;
  • Escherichia coli produtora de ESBLs;
  • Haemophilus parainfluenzae;
  • Klebsiella oxytoca;
  • Klebsiella pneumoniae produtora de ESBLs;
  • Morganella morganii;
  • Proteus vulgaris;
  • Serratia marcescens.

Obs.: muitas cepas dos micro-organismos mencionados acima, resistentes a vários outros antibióticos (por exemplo, penicilinas, cefalosporinas [inclusive as de terceira geração] e aminoglicosídeos), são sensíveis a Ertapeném Sódico.

Anaeróbios

Fusobacterium spp.

Farmacocinética

Absorção

O Ertapeném Sódico reconstituído com cloridrato de lidocaína a 1% injetável USP (em solução fisiológica sem epinefrina) é bem absorvido após a administração IM da dose recomendada de 1 g. A biodisponibilidade média é de cerca de 92%. Após a administração de 1 g/dia IM, as concentrações plasmáticas máximas médias (C máx ) são atingidas em cerca de 2 horas (T máx ).

Distribuição

A taxa de ligação do Ertapeném Sódico às proteínas plasmáticas humanas é elevada. Em adultos jovens saudáveis, a taxa de ligação do Ertapeném Sódico às proteínas diminui à medida que as concentrações plasmáticas aumentam de cerca de 95% em concentrações plasmáticas aproximadas de < 100 mcg/mL a cerca de 85% em concentrações plasmáticas aproximadas de 300 mcg/mL.

A Tabela 7 apresenta as concentrações plasmáticas médias (mcg/mL) do Ertapeném Sódico após infusão IV de dose única de 1 g ou 2 g durante 30 minutos e após administração IM de dose única de 1 g a adultos jovens saudáveis.

Tabela 7. Concentrações plasmáticas de Ertapeném Sódico após administração de dose única

Dose/via

Concentrações plasmáticas médias (mcg/mL)

-

0,5 h

1h 2h 4h 6h 8h 12h 18h 24h

1 g IV +

155 115 83 48 31 20 9 3 1

1 g IM

33 53 67 57 40 27 13 4 2

2 g IV +

283 202 145 86 58 36 16 5 2

+ As doses IV foram infundidas com velocidade de infusão constante durante 30 minutos.

A área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de Ertapeném Sódico em adultos aumenta quase proporcionalmente à dose na faixa posológica de 0,5 g a 2 g. Não há acúmulo de Ertapeném Sódico em adultos após doses múltiplas IV de 0,5 g a 2 g/dia ou doses IM de 1 g/dia.

As concentrações plasmáticas médias (mcg/mL) de Ertapeném Sódico em pacientes pediátricos são apresentadas na Tabela 8.

Tabela 8. Concentrações plasmáticas de Ertapeném Sódico após administração de dose única IV* em pacientes pediátricos

Faixa etária (dose)

Concentrações plasmáticas médias (mcg/mL)

- 0,5 h 1h 2h 4h 6h 8h 12h

24h

3 a 23 meses

(15 mg/kg)

103,8 57,3 43,6 23,7 13,5 8,2 2,5 -

(20 mg/kg)

126,8 87,6 58,7 28,4 - 12,0 3,4

0,4

(40 mg/kg)

199,1 144,1 95,7 58,0 - 20,2 7,7

0,6

2 a 12 anos

(15 mg/kg)

113,2 63,9 42,1 21,9 12,8 7,6 3,0 -

(20 mg/kg)

147,6 97,6 63,2 34,5 - 12,3 4,9

0,5

(40 mg/kg)

241,7 152,7 96,3 55,6 - 18,8 7,2

0,6

13 a 17 anos

(20 mg/kg)

170,4 98,3 67,8 40,4 - 16,0 7,0

1,1

(1 g) §

155,9 110,9 74,8 - 24,0 - 6,2 -

(40 mg/kg)

255,0 188,7 127,9 76,2 - 31,0 15,3

2,1

* As doses IV foram infundidas com velocidade de infusão constante durante 30 minutos.
Até a dose máxima de 1 g/dia.
Até a dose máxima de 2 g/dia.
§ Com base em 3 pacientes que receberam 1 g de Ertapeném Sódico e foram voluntariamente submetidos à avaliação farmacocinética em um dos dois estudos de segurança e eficácia.

O volume de distribuição (Vdss) de Ertapeném Sódico em adultos é de cerca de 8 litros (0,11 litros/kg), aproximadamente 0,2 litros/kg em pacientes pediátricos de 3 meses a 12 anos de idade e aproximadamente 0,16 litros/kg em pacientes pediátricos de 13 a 17 anos de idade.

O Ertapeném Sódico penetra as vesículas cutâneas induzidas por sucção. A Tabela 9 apresenta as concentrações de Ertapeném Sódico obtidas no fluido de vesículas cutâneas a cada ponto de amostragem no terceiro dia de administração IV de 1 g em dose única. A proporção da AUC no fluido da vesícula cutânea para a AUC no plasma é de 0,61.

Tabela 9. Concentrações (mcg/mL) de Ertapeném Sódico no fluido de vesícula cutânea de adultos em cada ponto de amostragem no 3º dia de administração IV de dose única de 1 g

0,5h

1h 2h 4h 8h 12h 24h
7 12 17 24 24 21

8

O nível de Ertapeném Sódico no leite de 5 nutrizes foi determinado aleatoriamente ao longo das 24 horas, durante 5 dias consecutivos, após a administração IV da última dose de 1 g. A concentração de Ertapeném Sódico no leite materno determinada no último dia de tratamento (5 a 14 dias após o parto) nas 5 mulheres foi < 0,38 mcg/mL; as concentrações máximas não foram avaliadas. No quinto dia após a descontinuação do tratamento, o nível de Ertapeném Sódico não foi detectado no leite de 4 mulheres e foram detectados níveis mínimos (< 0,13 mcg/mL) em uma delas.

Estudos in vitro indicam que o Ertapeném Sódico não inibe o transporte de digoxina ou vimblastina mediado pela glicoproteína P e que ele também não é substrato para esse transporte.

Metabolismo

Após infusão IV de 1 g de Ertapeném Sódico marcado com substância radioativa, a radioatividade plasmática consiste principalmente de Ertapeném Sódico (94%) em adultos jovens saudáveis. O principal metabólito do Ertapeném Sódico é o derivado de anel aberto, formado pela hidrólise do anel betalactâmico.

Estudos in vitro em microssomos hepáticos humanos indicam que o Ertapeném Sódico não inibe o metabolismo mediado pelas seis principais isoenzimas do citocromo P450 (CYP): 1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4.

Eliminação

O Ertapeném Sódico é eliminado principalmente pelos rins. A meia-vida plasmática média em adultos jovens saudáveis e pacientes de 13 a 17 anos de idade é de cerca de 4 horas e aproximadamente 2,5 horas em pacientes pediátricos de 3 meses a 12 anos de idade.

Após a administração IV de 1 g de Ertapeném Sódico marcado com substância radioativa a adultos jovens saudáveis, cerca de 80% da dose é recuperada na urina (aproximadamente 38% na forma inalterada e 37% como o metabólito de anel aberto) e 10% nas fezes.

Em adultos jovens saudáveis que receberam 1 g IV, as concentrações urinárias médias de Ertapeném Sódico excederam 984 mcg/mL até 2 horas após a dose e 52 mcg/mL 12 a 24 horas após a dose.

Características dos Pacientes

Sexo

As concentrações plasmáticas de Ertapeném Sódico são comparáveis em homens e mulheres.

Crianças

Após uma dose IV de 1 g ao dia, as concentrações plasmáticas de Ertapeném Sódico são comparáveis em pacientes pediátricos de 13 a 17 anos de idade e adultos.

Após uma dose de 20 mg/kg (até a dose máxima de 1 g), os valores do parâmetro farmacocinético em pacientes de 13 a 17 anos de idade foram geralmente comparáveis àqueles de pacientes adultos jovens saudáveis. Três de seis pacientes entre 13 a 17 anos de idade receberam uma dose menor do que 1 g. Para fornecer uma estimativa dos dados farmacocinéticos como se todos os pacientes dessa faixa etária tivessem recebido uma dose de 1 g, os dados farmacocinéticos foram calculados com ajuste para uma dose de 1 g, assumindo linearidade. A comparação dos resultados mostra que uma dose de 1 g de Ertapeném Sódico diariamente tem perfil farmacocinético em pacientes de 13 a 17 anos de idade comparável ao de adultos.

As taxas de AUC (13 a 17 anos de idade/adultos), a concentração no final da infusão e a concentração no ponto médio do intervalo da dose foram, respectivamente, 0,99, 1,20, e 0,84.

As concentrações plasmáticas no ponto médio do intervalo da dose após uma dose única IV de 15 mg/kg de Ertapeném Sódico em pacientes de 3 meses a 12 anos de idade são comparáveis às concentrações plasmáticas do ponto médio do intervalo da dose após uma dose diária IV de 1g em adulto. A depuração plasmática (mL/min/kg) de Ertapeném Sódico em pacientes de 3 meses a 12 anos de idade é aproximadamente 2 vezes maior quando comparada à de adultos. O valor da AUC (duplicado para o modelo de um esquema de duas doses ao dia, ou seja, exposição a 30 mg/kg/dia) de uma dose de 15 mg/kg em pacientes de 3 meses a 12 anos de idade foi comparável ao valor da AUC em pacientes adultos jovens saudáveis que receberam uma dose IV de 1 g de Ertapeném Sódico.

Idosos

Após administração IV de 1 g e 2 g de Ertapeném Sódico, as concentrações plasmáticas são um pouco mais altas (aproximadamente 39% e 22%, respectivamente) em adultos idosos (≥ 65 anos de idade) do que em adultos jovens (< 65 anos de idade). Não há necessidade de ajuste posológico para pacientes idosos.

Insuficiência Hepática

A farmacocinética de Ertapeném Sódico em pacientes com insuficiência hepática ainda não foi estabelecida. Como o Ertapeném Sódico é pouco metabolizado no fígado , não se espera que sua farmacocinética seja alterada pela insuficiência hepática, portanto não há necessidade de ajuste posológico para pacientes com insuficiência hepática.

Insuficiência Renal

Em comparação com a AUC em indivíduos saudáveis (25 a 82 anos de idade), a AUC após uma dose única IV de 1 g de Ertapeném Sódico é semelhante em pacientes adultos com insuficiência renal leve (Clcr 60- 90 mL/min/1,73 m 2 ), é cerca de 1,5 vez maior em pacientes adultos com insuficiência renal moderada (Clcr 31- 59 mL/min/1,73 m 2 ), é aproximadamente 2,6 vezes maior em pacientes adultos com insuficiência renal avançada (Clcr 5-30 mL/min/1,73 m 2 ) e é cerca de 2,9 vezes maior em pacientes com insuficiência renal terminal (Clcr <10 mL/min/1,73 m 2 ). Após administração IV de uma dose única de 1 g imediatamente antes da sessão de hemodiálise, cerca de 30% da dose é recuperada no dialisado. Não há dados em pacientes pediátricos com insuficiência renal.

Recomenda-se ajuste posológico para pacientes adultos com insuficiência renal em estágio avançado ou terminal.

Como devo armazenar o Invanz?

O pó liofilizado não deve ser armazenado em temperatura acima de 25°C.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo, manter em temperatura ambiente (25ºC) por 6 horas ou sob refrigeração (5ºC) por 24 horas.

Utilizar em até 4 horas depois de retirar da refrigeração. As soluções de Invanz ® não devem ser congeladas.

Aparência

Invanz ® é um pó branco a quase branco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Invanz

M.S 1.0029.0034

Farm. Resp.:
Fernando C. Lemos
CRF-SP nº 16.243

Registrado e importado por:
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda
Rua 13 de Maio, 815 - Sousas
Campinas/SP
CNPJ: 45.987.013/0001-34

Fabricado por:
Laboratoires Merck Sharp & Dohme - Chibret
Clermont-Ferrand, França

SAC
0800-0122232
online@merck.com

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.