Glucantime

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Antiparasitários

Glucantime, para o que é indicado e para o que serve?

Este medicamento é destinado ao tratamento de Leishmaniose tegumentar americana ou cutâneo-mucosa e tratamento da Leishmaniose visceral ou calazar.

Como o Glucantime funciona?

Glucantime provoca destruição do parasita causador da leishmaniose.

Quais as contraindicações do Glucantime?

Glucantime não deve ser utilizado nos seguintes casos:

Alergia ao princípio ativo antimoniato de meglumina e aos demais componentes do produto. E, também, em pacientes com insuficiência nos rins, coração ou fígado .

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com: insuficiência nos rins, coração ou fígado.

Como usar o Glucantime?

Siga as orientações do seu médico, respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento.

A prescrição deve ser baseada na administração de antimônio pentavalente. Cada ampola de 5 mL corresponde a 405 mg de antimônio pentavalente. Cada mL contém 81 mg/mL de antimônio pentavalente.

O cálculo de dosagem é realizado em mg/Kg/dia/Sb +5 recomenda-se não ultrapassar 3 ampolas. Em situações especiais que seja necessário a utilização de uma dose maior, o tratamento deve ser realizado em serviços especializados (Centros de Referência).

Leishmaniose visceral

Administração parenteral (intravenosa ou intramuscular) de 20 mg/Kg/dia de antimônio pentavalente (Sb +5 ) durante 20 dias consecutivos.

Em caso de recorrência, a critério médico, o tratamento pode ser reiniciado imediatamente com a mesma dose diária.

Persistindo os sintomas, é necessário encaminhar o paciente para serviços especializados (Centros de Referência).

Leishmaniose tegumentar

Lesões Cutâneas

Nas formas cutânea localizada e disseminada, a dose recomendada varia entre 10 a 20 mg de Sb +5 /Kg/dia. Sugere-se 15 mg de Sb +5 /Kg/dia tanto para o adulto quanto para crianças durante 20 dias consecutivos. Se não houver cicatrização completa no período de três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido, prolongando-se, desta vez, a duração da série para 30 dias. Em caso de não resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha.

Na forma difusa, a dose é de 20 mg de Sb +5 /Kg/dia durante 20 dias consecutivos. São frequentes as múltiplas recidivas, sendo necessário encaminhar o paciente para serviços especializados.

Lesões Mucosas

Em todas as formas de acometimento mucoso, a dose recomendada é de 20 mg de Sb +5 /Kg/dia durante 30 dias consecutivos, de preferência em ambiente hospitalar. Se não houver cicatrização completa no período de três meses (12 semanas) do término do tratamento, o esquema deverá ser repetido apenas uma vez. Em caso de não resposta, utilizar uma das drogas de segunda escolha.

Modo de aplicação

As aplicações devem ser feitas por via parenteral (intravenosa ou intramuscular).

A via intramuscular pode apresentar o inconveniente da dor local. Sugere-se, então, alternância dos locais de aplicação, preferindo-se a região glútea.

A injeção intravenosa deve ser feita lentamente (por pelo menos 5 minutos) e preferencialmente através de uma agulha fina para evitar o risco de tromboflebite. Esta é a melhor via, pois permite a aplicação de doses mais adequadas e não tem o inconveniente da dor local.

Antimoniato de Meglumina (antimoniato de N-metilglucamina)
Apresentação = Frascos com 5 mL, contendo 81 mg Sb +5 por mL
Exemplos para cálculo das doses:

Pacientes com 60 Kg:
• 10 mg/ Sb +5 /Kg/dia 10 x 60 = 600 mg Sb +5 /dia ÷ 81 = 7,40 mL ou aproximadamente, 1 ampola e meia

• 15 mg/Sb +5 /Kg/dia
15 x 60 = 900 mg Sb+ 5 /dia ÷ 81 = 11,1 mL ou aproximadamente, 2 ampolas mais 1/3 ampola
• 20 mg/Sb +5 /Kg/dia
20 x 60 = 1.200 mg Sb +5 /dia ÷ 81 = 14,8 mL ou aproximadamente, 3 ampolas

Não há estudos dos efeitos de Glucantime administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou intramuscular, conforme recomendado pelo médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

O que eu devo fazer quando esquecer de usar o Glucantime?

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Quais cuidados devo ter ao usar o Glucantime?

Este produto contém sulfitos que podem provocar ou intensificar reações do tipo alérgicas.

O antimoniato de meglumina tem sido associado a baixa resposta em pacientes com as defesas comprometidas, com leishmaniose visceral, incluindo pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida ( AIDS ) ou infecção com o vírus HIV. Foi observada resposta clínica com anfotericina B em pacientes HIV-positivos com leishmaniose visceral que não responderam ao antimoniato de meglumina. No entanto, recomenda-se um intervalo mínimo de 10 dias após a utilização de antimonial pentavalente para se administrar anfotericina B. Evitar a administração concomitante de antimoniato de meglumina a outras drogas com características tóxicas para o coração, fígado, pâncreas e rim.

Deve-se administrar dieta rica em proteína durante o período de tratamento com Glucantime, e se possível, deve ser precedido de correção da falta de ferro ou de qualquer outra deficiência específica.

Evitar atividades físicas intensas durante o tratamento.

Durante todo o tratamento, monitorizar as funções do coração, do fígado, e rim. Em caso de verificação de qualquer alteração, deve-se interromper o tratamento com Glucantime e proceder avaliação clínica e laboratorial. Em pacientes acima de 50 anos estes cuidados devem ser intensificados.

Devido ao risco de intolerância ao antimónio, é aconselhável monitorizar os testes de rastreio do ECG, hepáticos e da função renal ao longo do período de tratamento.

O antimoniato de meglumina pode causar prolongamento do intervalo QT e arritmia grave. É aconselhável monitorizar o traçado do ECG e deve ser tomado precaução quando se utiliza antimoniato de meglumina em doentes com factores de risco conhecidos para prolongamento do intervalo QT, tais como:

  • Desequilíbrio eletrolítico não corrgido (ex: hipocalemia , hipomagnesemia);
  • Sindrome congênita de QT longo;
  • Doença cardíaca (ex.:infarto do miocárido, bradicardia);
  • Uso concomitante de medicamentos que são conhecidos por prolongar o intervaloi QT (ex.: antiarrítimicos Classe IA e III, alguns antidepressivos tricíclicos, alguns macrolídeos, alguns antipsicóticos, outros antiparasitários ).

Reações de hipersensibilidade (incluindo choque anafilático e hipersensibilidade tipo IV); às vezes graves, foram relatados com o uso de antimonato de meglumina. Se ocorrerem sinais e sintomas de reações alérgicas, o tratamento com Glucantime deve ser interrompido e o tratamento sintomático apropriado deve ser iniciado.

Se você tiver uma reação alérgica. Contacte imediatamente o seu médico ou profissional de saúde ou dirija-se imediatamente à emergência do hospital mais próximo.

Gravidez e Amamentação

Não é recomendada a administração de Glucantime durante a gravidez. Pacientes grávidas devem ser encaminhadas para serviços especializados (Centros de Referência).

Na ausência de estudos, a amamentação não é recomendada durante o tratamento com Glucantime. No entanto, o médico deverá avaliar o risco/benefício da suspensão da amamentação nas situações em que o uso de substitutos para a nutrição adequada da criança não esteja garantido.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Informar ao seu médico se estiver amamentando.

O antimoniato de meglumina pode ser administrado durante a gravidez se o médico considerar que os benefícios superam o risco potencial.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Glucantime?

  • Reação muito comum: ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação comum: ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação incomum: ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação rara: ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Reação muito rara: ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento;
  • Frequência desconhecida: não pode ser estimada dos dados disponíveis.

Perturbações gerais e alterações no local de administração

Reação febril transitória acompanhada de calafrios ou sensação de desmaio com sudorese, pode ocorrer tosse associada a antimonia e vómitos no início do tratamento; Mal-estar geral, edema facial, tromboflebite quando administrado de forma inadequada.

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino

Dispneia.

Distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Erupção cutânea.

Distúrbios do sistema nervoso

Dor de cabeça .

Laboratoriais

Modificações nos testes de função hepática.

Distúrbios cardíacos

As alterações nos traçados de ECG são dose-dependentes e geralmente reversíveis. Na maioria dos casos, a onda T Inversão e prolongamento do intervalo QT precedem o aparecimento de arritmias graves.

Distúrbios musculosqueléticos e dos tecidos conjuntivos

Artralgia, mialgia.

Distúrbios do metabolismo e da nutrição

Anorexia .

Distúrbios gastrointestinais

No início do tratamento podem ocorrer náuseas e vómitos associados com antimónio; dor abdominal, pancreatite .

Distúrbios renais e urinárias

Alterações nos testes de função renal, insuficiência renal aguda.

Distúrbios do sistema imunológico

Frequência desconhecida

Reações de hipersensibilidade (incluindo choque anafilático (reação alérgica grave) e hipersensibilidade do tipo IV). Reações alérgicas (que podem ocorrer imediatamente ou vários dias após a administração do medicamento), que podem ser fatais. Os sintomas podem incluir erupção cutânea, comichão, dificuldade em respirar, falta de ar, inchaço da face, lábios, garganta ou língua, pele fria e úmida, palpitações, tontura , fraqueza ou desmaio. Contacte imediatamente o seu médico ou profissional de saúde ou dirija-se imediatamente à emergência do hospital mais próximo.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Glucantime

Solução injetável 300mg/mL

50 ampolas com 5 mL de solução aquosa a 300 mg/mL.

Uso intravenoso ou intramuscular.

Uso adulto e pediátrico.

Qual a composição do Glucantime?

Cada ampola (5 mL) contém:

1,5 g de antimoniato de meglumina (antimoniato de N-metilglucamina).

Excipientes: metabissulfito de potássio, sulfito de sódio, água para injetáveis .

Cada ampola de 5 ml contém 405 mg de antimônio pentavalente (Sb +5 ), correspondendo a 81 mg/mL.

1,5 g não deve ser utilizado para cálculo do medicamento. A prescrição é baseada no antimônio pentavalente (Sb +5 ). Cada 1,5 g de antimoniato de meglumina contém 405 mg de Sb +5 .

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Glucantime maior do que a recomendada?

Sintomas

Caso a dose total administrada for muito alta, podem ocorrer:

Alterações no fígado ( icterícia grave), nos rins (insuficiência renal aguda), no coração (bradicardia, prolongamento do intervalo QT, achatamento ou inversão da onda T em eletrocardiograma ), hematopoiéticas ( anemia , agranulocitose), neurológicas (polineuropatias).

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Glucantime com outros remédios?

Medicamento-medicamento

Uma vez que a interação entre antimônio pentavalente e outros fármacos são grandemente desconhecidas, é recomendado cuidado especial quando usar o antimoniato de meglumina em combinação com outros medicamentos, em particular com fármacos que também aumentam o intervalo QT em eletrocardiograma como quinidina, procainamida, disopiramida, sotalol, amiodarona , probucol, hidrato de cloral, antidepressivos tricíclicos, antraciclinas, trimetoprima/sulfametoxazol, tetraciclina , eritromicina , pentamida, cetoconazol , e o anti-histamínico terfenadina.

Drogas conhecidas por prolongar o intervalo QT

O antimoniato de meglumina deve ser utilizado com cautela em pacientes que utilizem medicamentos que prolongam o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de Classe IA e III, alguns antidepressivos tricíclicos, alguns macrólidos,antipsicóticos, outros antiparasitários).

Medicamento-exame laboratorial e testes de diagnóstico

Em pacientes com idade acima de 50 anos, pacientes com doenças do coração, doenças nos rins, doenças do fígado e Doença de Chagas , deverá ser feita rigorosa avaliação clínica antes e durante o tratamento, com realização de eletrocardiograma duas vezes por semana, hemograma e exame sanguíneo para avaliação das funções dos rins (creatitina e ureia ), pâncreas (amilase e lipase) e fígado (transaminases, bilirrubina e fosfatase alcalina). Esses parâmetros sanguíneos devem ser monitorados semanalmente, para orientar a redução da dose ou a suspensão do medicamento com indicação de terapia alternativa.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Glucantime (Antimoniato de Meglumina)?

Resultados de Eficácia


A eficácia clínica do Antimoniato de Meglumina depende da adequação na dose; 20 mg SbV/Kg/dia IM ou IV por 20 a 28 dias é recomendado para todas as formas de leishmaniose (Anon, 1992c). Antimoniato de Meglumina intramuscular foi eficaz em erradicar leishmaniose cutânea em um estudo clínico aberto. Cento e cinco pacientes com leishmaniose cutânea causada por Leishmania (L) mexicana (96%) ou L. braziliensis (4%) receberam doses únicas diárias via IM de Antimoniato de Meglumina 1.5 gramas (g) até a cicatrização. Média de 25.1 doses foi necessária para obter remissão completa das lesões. Não houve sinais de recaída em 12 meses de seguimento após término do tratamento. (Vargas-Gonzalez et al, 1999).

Taxas de cura e tempo até a cura são discretamente melhores com injeções a cada 3 dias de Antimoniato de Meglumina comparado com injeções semanais. Entretanto, o regime semanal foi considerado mais favorável em termos de custo e facilidade de administração baseado em um estudo Iraniano aberto (n=52). O grupo 1 (n=35) teve um total de 59 lesões; eles receberam infiltração intralesional de Antimoniato de Meglumina a cada 3 dias totalizando 6 injeções. O grupo 2 (n=17) tinha 31 lesões e recebeu Antimoniato de Meglumina uma vez por semana totalizando 3 injeções. No total, 34 dos 35 pacientes no grupo 1 (97%) foram curados em uma média de 18 dias e 16 dos 17 pacientes no grupo 1 (94%) foram curados em uma média de 21 dias. A quantidade média de Antimoniato de Meglumina no grupo 1 foi de 1080 mg, comparada com 540 mg por lesão no grupo 2. Baseado nos custos da medicação e sua administração, os investigadores recomendaram que para o tratamento da leishmaniose cutânea a infiltração intralesional de Antimoniato de Meglumina fosse feita semanalmente. (Radmanesh et al , 1998). Infiltração perilesional de Antimoniato de Meglumina (1 a 3 mL de Antimoniato de Meglumina uma vez por semana por 5 semanas) demonstrou eficácia superior em leishmaniose cutânea quando comparado ao uso intralesional de interferon. (Harms et al , 1991).

Antimoniatos (Antimoniato de Meglumina e stibogluconato de sódio) usados em combinação com paromomicina foram eficazes em reduzir a duração do tratamento para leishmaniose visceral epidêmica no sudeste do Sudão. (Wilson & Streit, 1996) Uma combinação de alopurinol via oral (15 mg/Kg/dia) e Antimoniato de Meglumina IM (15 mg SbV/Kg/dia) tem sido eficaz no tratamento da leishmaniose visceral infantil (L infantum) em crianças sem tratamento prévio numa area endêmica da Itália aonde é frequente a resistência a antimoniais isolados. (di Martino et al, 1990).

Referências bibliográficas

Vargas-Gonzalez A, Canto-Lara SB, Damian-Centeno AG, et al: Response of cutaneous leishmaniasis (Chiclero's ulcer) to treatment with meglumine antimoniate in southeast Mexico. Am J Trop Med Hyg 1999; 61(6):960-963.
Radmanesh M, Falahzadeh A, & Dowraghi HF: Weekly versus every 3 days intralesional meglumine antimoniate therapy for cutaneous leishmaniasis. J Dermatol Treatment 1998; 9:231-233.
Harms G, Chehade AK, Douba M, et al: A randomized trial comparing a pentavalent antimonial drug and recombinant interferon-gamma in the local treatment of cutaneous leishmaniasis. Trans R Soc Trop Med Hyg 1991; 85:214-216.
Wilson ME & Streit JA: Visceral leishmaniasis. Gastroenterol Clin N Am 1996; 25:535-551.
di Martino L, Mantovani MP, Gradoni L, et al: Low dosage combination of meglumine antimoniate plus allopurinol as first choice treatment of infantile visceral leishmaniasis in Italy. Trans R Soc Trop Med Hyg 1990; 84:534-535.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

O Antimoniato de Meglumina apresenta atividade leishmanicida. O mecanismo de ação preciso dos antimoniais pentavalentes permanece incerto. É pressuposto que várias enzimas de Leishmania spp sejam inibidas seletivamente. Esses agentes também parecem inibir a fosfofrutoquinase, com subseqüente bloqueio da produção de adenosina trifosfato.

Farmacocinética

Mais que 80% da dose administrada é excretada dentro de 24 horas na urina na forma inalterada. É eliminada em duas fases. Na primeira fase, a meia-vida é pequena e aproximadamente de 2 horas e na segunda fase, a meia-vida é mais lenta, cerca de 76 horas.

Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade De Reprodução

Os dados pré-clínicos disponíveis na literatura sugerem que o Antimoniato de Meglumina foi associado com embrioletalidade animal e/ou atraso no desenvolvimento em doses elevadas conforme descrito abaixo:

Em uma primeira publicação, o Antimoniato de Meglumina, quando administrado a ratos durante toda a sua gravidez, foi embriotóxico e induziu um atraso no desenvolvimento em doses iguais ou superiores a 150 mg de antimónio pentavalente/ kg de peso corporal/ dia.

Em uma segunda publicação, 300 mg/kg reduziram o peso ao nascer e o número de recém-nascidos viáveis em ratos.

No nascimento, o produto não prejudicou significativamente o desenvolvimento ou a função reprodutiva.

Em uma terceira publicação, uma administração de 10 dias de Antimoniato de Meglumina (300 mg/kg/dia) a ratos durante a organogénese demonstrou uma embriolalidade e uma maior incidência de variação do atlas ósseo.

Como devo armazenar o Glucantime?

Glucantime deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).Proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Glucantime é um líquido límpido de coloração levemente amarela a amarela-amarronzada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Glucantime

MS 1.8326.0322

Farm. Resp.:
Ricardo Jonsson
CRF - SP nº 40.796

Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413
Suzano – SP
CNPJ 10.588.595/0010-92
Indústria Brasileira

® Marca registrada.

Uso sob prescrição médica.

Proibida venda ao comércio.