FURP Isoniazida + Rifampicina

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Sistema respiratório

FURP Isoniazida + Rifampicina, para o que é indicado e para o que serve?

Este medicamento é destinado a combater as diversas formas de tuberculose e pode ser associado a outros medicamentos.

Como o FURP Isoniazida + Rifampicina funciona?

FURP Isoniazida + Rifampicina contém isoniazida e rifampicina, substâncias que combatem a bactéria causadora da tuberculose ( Mycobacterium tuberculosis ). Mesmo que possa haver melhora nos primeiros dias de uso, o tratamento deve ser mantido nos intervalos e na duração recomendada pelo médico para não permitir a falha na recuperação.

A isoniazida é uma substância que inibe a divisão rápida e leva à morte das micobactérias, causadoras da tuberculose.

A rifampicina é um antibiótico que inibe a multiplicação das bactérias sensíveis. Embora ela tenha ação contra diversas bactérias, é especialmente utilizada no tratamento da hanseníase (lepra) e da tuberculose.

Quais as contraindicações do FURP Isoniazida + Rifampicina?

Não use o produto se você apresenta alergia à isoniazida ou à rifampicina ou a medicamentos do grupo das rifamicinas ou, ainda, a qualquer outro componente do produto.

Alguns pacientes que apresentam hepatopatia grave (problemas no fígado ) ou problemas graves nos rins não podem utilizar rifampicina; cabe ao seu médico avaliar o risco-benefício. Não utilize também se estiver em uso de medicamentos que podem induzir alterações no fígado e contraceptivos orais .

Não se recomenda para crianças com menos de 20 kg porque este produto não permite ajuste adequado das doses. Para este grupo se usam doses individualizadas dos dois fármacos, isoniazida e rifampicina.

Como usar o FURP Isoniazida + Rifampicina?

Este medicamento deve ser ingerido pela manhã, em jejum ou duas horas após a refeição, com algum líquido, sem mastigar. Em caso de grande desconforto digestivo, recomenda-se administrar após uma refeição leve.

A administração de FURP Isoniazida + Rifampicina não deve ser interrompida nem se deve alterar a dose e o intervalo da administração sem orientação médica. É muito importante respeitar os horários de tomada deste medicamento.

Posologia do FURP Isoniazida + Rifampicina


Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (1995) ou edição subsequente.

Em todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, exceto meningite e pacientes com mais de 20 kg de peso, devem tomar, por dia, as seguintes doses:

Peso do paciente

Isoniazida Rifampicina

Cápsulas

De 21 a 35 kg

200 mg 300 mg

Uma cápsula de FURP Isoniazida + Rifampicina 200 mg + 300 mg

De 36 a 45 kg

300 mg 450 mg

Uma cápsula de FURP Isoniazida + Rifampicina 200 mg + 300 mg e outra de FURP Isoniazida + Rifampicina 100 mg + 150 mg

Mais de 45 kg

400 mg 600 mg

Duas cápsulas de FURP Isoniazida + Rifampicina 200 mg + 300 mg

De preferência a dose diária é administrada em tomada única de manhã, em jejum, ou duas horas após a refeição. Se houver grande desconforto gástrico, pode-se administrar após uma refeição leve. Este esquema deve permanecer por seis meses, mas nos dois primeiros meses é preciso associar um terceiro fármaco, geralmente a pirazinamida .

Para tuberculose meningoencefálica, a primeira etapa do tratamento, de dois meses, é igual à descrita acima (com uso de três fármacos antituberculose), mas a segunda etapa, quando se mantém isoniazida e rifampicina, tem a duração de sete meses.

Não se recomenda para crianças com menos de 20 kg porque este produto não permite ajuste adequado das doses. Para este grupo, se usam doses individualizadas dos dois fármacos, isoniazida e rifampicina.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

O que eu devo fazer quando esquecer de usar o FURP Isoniazida + Rifampicina?

Se houver esquecimento de uma dose, tome-a assim que possível, a menos que esteja próximo da dose seguinte. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico deverá ser avisado.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o FURP Isoniazida + Rifampicina?

Pacientes idosos, alcoólatras, diabéticos e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos). Nestes casos, o médico pode recomendar a utilização preventiva de piridoxina ( vitamina B6 ) que pode evitá-la.

O uso também deve ser cauteloso em pacientes que têm hepatopatia (problemas no fígado), insuficiência renal (problemas nos rins), dificuldade em eliminar a isoniazida do sangue aumentando o risco de efeitos adversos, epiléticos (possibilidade de aumento na frequência de convulsões), antecedentes de psicose e porfiria .

Como os pacientes com problemas no fígado e rins apresentam maior risco de efeitos tóxicos, o tratamento somente deve ser empregado em caso de real necessidade e sob supervisão médica.

Em alguns pacientes podem ocorrer aumento da bilirrubina (que é um produto da decomposição de uma substância do sangue) e aumento de algumas enzimas do fígado. Nem sempre o aumento destas impõe o término do tratamento, porém o médico irá avaliar cada caso.

Deve-se evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois aumenta o risco de efeitos tóxicos. Evitar também o uso de salicilatos, laxantes contendo magnésio, anticoncepcionais orais e medicamentos que podem causar efeitos tóxicos para o fígado.

O uso de rifampicina pode provocar uma coloração avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas, sendo que estas últimas podem se manchar em caráter definitivo.

São recomendados exames oftalmológicos periódicos (exames da vista) durante o tratamento, mesmo que não ocorram sintomas oculares.

Informe seu médico se você apresenta fadiga , fraqueza, náusea, vômitos , urina escura ou olhos amarelados, pois estes podem ser sinais de hepatite .

Recomenda-se não usar anticoncepcionais durante o tratamento com rifampicina, portanto, outros métodos devem ser empregados para se evitar gravidez.

Uso durante a gravidez

Como não existem estudos que comprovem a segurança da utilização de isoniazida e rifampicina durante a gravidez e a rifampicina atravessa a placenta, este medicamento não deve ser usado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe sejam superiores aos possíveis riscos para o feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso durante a amamentação

A isoniazida e a rifampicina passam para o leite materno e, portanto, este medicamento não deve ser utilizado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe superem os possíveis riscos para o recém-nascido. Caso seja indicado pelo seu médico, deve-se observar o bebê para identificar possíveis efeitos tóxicos, pois existe um risco teórico de neuropatia (inflamação dos nervos) e convulsões. O médico pode recomendar a administração preventiva de piridoxina para a mãe e o bebê.

Uso em idosos

Pacientes idosos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos); neste caso o médico deve orientar uso preventivo de piridoxina (vitamina B6), que pode evitá-la.

Uso em outros grupos de riscos

Pacientes diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos); neste caso o médico pode recomendar uso preventivo de piridoxina (vitamina B6), que pode evitá-la. O uso deve ser cauteloso em pacientes com problemas no fígado e rins, pois apresentam maior risco de efeitos tóxicos. Nestes casos, o tratamento somente deve ser empregado em casos de real necessidade e sob supervisão médica.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do FURP Isoniazida + Rifampicina?

A seguir encontram-se as reações adversas que podem estar relacionadas com o uso da isoniazida e rifampicina:

Isoniazida

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

As reações mais graves são neuropatia periférica (perda da sensibilidade das extremidades como pés e mãos) e hepatite (alteração no fígado), especialmente em pessoas com mais de 35 anos. A neuropatia, em geral reversível, é mais comum em desnutridos, alcoólatras ou hepatopatas (pessoas que já possuem problemas no fígado) e quando estão expostas a altas doses de isoniazida.

Reações com frequências não estabelecidas

A hepatite, efeito adverso mais importante, é mais frequente em idosos e alcoólatras podendo ser fatal. Outras manifestações são náuseas, vômitos, dor no estômago e reações alérgicas que incluem febre , linfadenopatia (ínguas ou gânglios), erupção na pele, vasculite (inflamação dos vasos), púrpura (pontos avermelhados que aparecem na pele), alterações nas células de defesa do sangue (agranulocitose), neurite óptica (alteração na visão), convulsões, episódios psicóticos, síndrome semelhante à doença lúpus eritematoso sistêmico , pelagra (doença que leva a problemas na pele, no trato gastrintestinal e distúrbios psíquicos), hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), ginecomastia (aumento da mama em homens), acidose metabólica (alteração no sangue), síndrome reumatoide e retenção urinária (dificuldade em urinar).

Rifampicina

Reações com frequências não estabelecidas

As mais comuns são: perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia . Pode ocorrer colite (inflamação intestinal) associada ao uso do antibiótico . Também podem surgir alterações na pele (vermelhidão facial, urticária e erupções), icterícia (amarelamento da pele e/ou olhos), insuficiência do fígado (problema no fígado), presença de pontos ou manchas avermelhadas na pele, sangramento do nariz ou gengiva, sangramento vaginal, anemia por destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, sintomas de gripe (como febre, fraqueza, dor de cabeça , tremores e dor muscular), problemas graves nos rins, com perda do órgão e choque, distúrbios do sistema nervoso central (confusão mental, distúrbios de coordenação motora, alterações visuais transitórias), neurite periférica (inflamação dos nervos periféricos) e trombose venosa (formação de coágulos no interior das veias).

Pode surgir coloração avermelhada a marrom na urina, fezes, saliva, suor ou lágrimas. Outras reações incluem calafrios, respiração ofegante, tontura , dores musculares e hematúria.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do FURP Isoniazida + Rifampicina

Cápsula gelatinosa dura

  • Embalagem com 10 cápsulas de 100 mg de isoniazida + 150 mg de rifampicina;
  • Embalagem com 10 cápsulas de 200 mg de isoniazida + 300 mg de rifampicina.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico.

Qual a composição do FURP Isoniazida + Rifampicina?

Cada cápsula de 100mg + 150mg contém:

Isoniazida

100 mg

Rifampicina

150 mg

Excipientes: estearato de magnésio, croscarmelose sódica e talco .

Cada cápsula de 200mg + 300mg contém:

Isoniazida

200 mg

Rifampicina

300 mg

Excipientes: estearato de magnésio, croscarmelose sódica e talco.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do FURP Isoniazida + Rifampicina maior do que a recomendada?

Doses muito elevadas podem causar náuseas, vômitos, acidose metabólica (alteração no sangue), hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), inchaço ao redor dos olhos ou na face, coceira, diarreia, convulsões, coma, coloração da pele em tom vermelho alaranjado e outras manifestações como as descritas no item anterior. Deve-se encaminhar o paciente até um atendimento médico de urgência.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar FURP Isoniazida + Rifampicina com outros remédios?

O produto pode interagir com outros medicamentos. Alguns medicamentos interagem com a isoniazida e outros com a rifampicina.

A seguir estão descritas as interações com cada um dos componentes da fórmula:

Isoniazida

Efeitos tóxicos no fígado podem ser aumentados se a isoniazida for administrada com anestésicos como enflurano , halotano ou isoflurano . Com cicloserina pode ocorrer aumento dos efeitos tóxicos no sistema nervoso central.

A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carbamazepina , etossuximida , fenitoína , diazepam e teofilina . A carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico de isoniazida no fígado.

Antiácidos ( hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes ( carvão ativado ) reduzem a absorção da isoniazida, diminuindo, assim, sua ação.

A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol .

Teofilina

A isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade.

Meperidina

Uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central.

Dissulfiram

Uso concomitante pode causar sintomas neurológicos.

Anticoagulantes orais , como varfarina , podem ter efeito aumentado pela isoniazida.

Rifampicina

Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção da rifampicina, portanto, devem ser tomados em horários separados, pelo menos por duas horas.

Vários medicamentos têm sua ação diminuída pelo uso concomitante com a rifampicina. São eles:

Diazepam, quinidina, disopiramida, cloranfenicol , dapsona , cumarinas, varfarina (reduz o efeito anticoagulante ), imipramina, clomipramina , carbamazepina, fenitoína (dificulta o controle da epilepsia ), fluconazol , itraconazol , cetoconazol, haloperidol , propranolol , diltiazem , nifedipino , verapamil , isradipino, nisoldipino, ciclosporina , azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes), corticosteroides ( prednisona ), levotiroxina, tacrolimus, teofilina, metadona , digoxina , paracetamol , clofibrato, amitriptilina e nortriptilina.

Estrogênios combinados a progestogênios ou progestogênios: há redução do efeito contraceptivo, exigindo a utilização de outros métodos para evitar a gravidez.

O uso de antirretrovirais como indinavir , nelfinavir, saquinavir , efavirenz e nevirapina , com rifampicina pode aumentar o risco de reações. O uso associado de rifampicina com ritonavir e saquinavir apresenta elevado risco de causar efeitos tóxicos no fígado.

A redução no efeito de clorpropamida , tolbutamida e, possivelmente, outros antidiabéticos orais pode dificultar o controle da doença.

O uso concomitante de rifampicina e trimetoprima pode aumentar a eliminação desta, prejudicando a eficácia. O emprego junto com o miconazol pode aumentar o risco de lesão no fígado.

Interações com plantas medicinais

A erva-de-São-João pode diminuir a ação de rifampicina. Evite tomá-la durante o tratamento.

Interações com substâncias químicas

Álcool

O consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina, reduzindo a eficácia do tratamento.

Interações com exames laboratoriais

A isoniazida interfere na determinação da glicosúria (açúcar na urina) e dos níveis de bilirrubinas e transaminases (enzimas do fígado que aparecem no sangue). Pode haver aumento transitório dos níveis de transaminases no sangue de alguns doentes, mas geralmente voltam ao normal, sem necessidade de interromper o tratamento.

As concentrações plasmáticas de ALT, AST (enzimas), fosfatase alcalina, bilirrubina, ureia e ácido úrico (são exames de sangue) podem estar aumentadas.

Interações com exames não laboratoriais

Não são descritas.

Interações com doenças

Descritas nas precauções.

Interações com alimentos

Evite comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas , carne de sol), pois interagem com a isoniazida.

A absorção da rifampicina e da isoniazida é diminuída quando tomada junto com alimentos e, portanto, o medicamento deve ser ingerido 1 hora antes ou 2 horas após as refeições.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação alimentícia: posso usar o FURP Isoniazida + Rifampicina com alimentos?

Interações com substâncias químicas

Álcool:

O consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina. Quanto a isoniazida, a ingestão diária de bebidas alcoólicas pode aumentar risco de hepatites durante a terapêutica.

Interações com alimentos

Podem surgir sintomas se o paciente comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas, carne de sol).

A absorção da rifampicina é diminuída quando tomada junto com alimentos.

Qual a ação da substância do FURP Isoniazida + Rifampicina (Isoniazida + Rifampicina)?

Características farmacológicas

O produto combina um tuberculostático (isoniazida) com um antibiótico macrocíclico (rifampicina) também ativo contra o M. tuberculosis , que são usados associados com grande frequência na prática clínica.

Farmacodinâmica

A isoniazida é um derivado sintético do ácido isonicotínico. Inibe a síntese do ácido micólico, um componente importante da parede de micobactérias, não atuando contra outros tipos de bactérias. É considerada um fármaco primário, sendo utilizada no tratamento de todas as formas de tuberculose causadas por cepas de Mycobacterium tuberculosis sensíveis à isoniazida. Tem ação bactericida extracelular.

A rifampicina é um antibiótico derivado semissintético da rifamicina B. As rifamicinas são derivadas do Nocardia mediterranei . A rifampicina age contra Mycobacterium leprae, M.tuberculosis , diversas outras micobactérias e bactérias gram-positivas e gram-negativas. M. fortuitum é resistente.

Mecanismo de ação

Inibe a biossíntese do RNA bacteriano ao inibir fortemente a subunidade beta de RNA-polimerase que depende do DNA, evitando a união da enzima do DNA bloqueando, assim, o início da transcrição do RNA.

Embora tenha ação contra diversas bactérias, sua utilização é quase exclusiva para o tratamento da hanseníase e da tuberculose, sempre em associação com outros antibacterianos adequados, pois é muito rápida a emergência de resistência bacteriana. A causa mais comum de resistência bacteriana é a mutação na subunidade beta da RNApolimerase, onde ocorre a ligação da rifampicina.

Farmacocinética

Isoniazida

Absorção:

É rápida e completamente absorvida no sistema digestivo após ser administrada por via oral e parenteral. Proporciona picos sanguíneos dentro de 1 a 2 horas e que diminuem em mais de 50% dentro de 6 horas. A taxa e o montante da absorção diminuem com os alimentos.

Distribuição:

Possui ampla distribuição nos diversos tecidos e fluidos corporais incluindo o líquido cefalorraquidiano, quando apresenta níveis equivalentes a 20% dos níveis no sangue, mas que se elevam quando existe inflamação das meninges, podendo se igualar à concentração sérica.

Difunde-se também no líquido pleural, tecidos, órgãos e excreções (saliva e fezes). Atravessa a barreira placentária e é secretada no leite.

Metabolismo:

A biotransformação é hepática, por acetilação. Doença hepática pode prolongar o clearance da isoniazida.

Em seres humanos há heterogeneidade genética quanto à velocidade de acetilação da isoniazida, isto é, existem indivíduos que são acetiladores rápidos e outros lentos, que tendem a apresentar manifestações de hepatotoxicidade.

Meia-vida:

Sua meia-vida fica em torno de uma hora em indivíduos acetiladores rápidos e de três a cinco horas nos lentos, elevando-se ainda mais na presença de hepatopatias. Os acetiladores rápidos metabolizam a isoniazida cerca de 5 a 6 vezes mais rápido que os acetiladores lentos. O grau de acetilação não altera significativamente a eficácia da isoniazida. No entanto, a acetilação lenta pode levar a níveis mais elevados de isoniazida e provocar aumento das reações tóxicas.

A duração da ação é prolongada, e assim, os níveis da concentração sanguínea necessários para que ocorra ação contra as micobactérias são muito baixos. Permite o uso de dose única diária ou em dias alternados. A absorção e biodisponibilidade oral são diminuídas com a presença de alimentos.

Excreção:

Cerca de 50 a 70% de uma dose de isoniazida é excretada como droga inalterada e metabólitos pelos rins em 24 horas. A excreção independe da função renal.

Rifampicina

Absorção:

É bem absorvida pelo trato gastrintestinal, mas esta absorção se reduz quando é administrada com alimentos. Depois de completamente absorvida, níveis plasmáticos são obtidos dentro de 1 e 4 horas. Liga-se em 80% às proteínas e é muito solúvel em lipídios.

Distribuição:

Difunde-se nos líquidos e tecidos orgânicos, inclusive no líquido cerebroespinhal e sistema nervoso. Concentrações terapêuticas são obtidas na saliva. Por ser lipossolúvel, a rifampicina pode chegar às micobactérias.

Metabolismo:

A rifampicina é metabolizada no fígado e o metabólito é ainda ativo contra a M. tuberculosis .

Excreção:

6 a 30% da rifampicina é excretada na urina; 30 a 60% sob a forma desacetilada e aproximadamente 50% inalterada. Ela é também excretada no leite materno e atravessa a barreira placentária.

Meia-vida:

É de aproximadamente 3 horas após dose única oral de 600 mg e de 5,1 horas após dose oral de 900 mg.

Como devo armazenar o FURP Isoniazida + Rifampicina?

Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade.

Número de lote e data de validade: vide embalagem.

Data de fabricação: fabricado 24 meses antes da data de validade.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Cápsula 100 + 150 mg

Cápsula vermelho vinho contendo pó vermelho amarronzado com pontos brancos.

Cápsula 200 + 300 mg

Cápsula vermelho vinho contendo pó vermelho amarronzado com pontos brancos.

Características organolépticas

Cápsula 100 + 150 mg

Cápsula sem odor ou sabor.

Cápsula 200 + 300 mg

Cápsula sem odor ou sabor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do FURP Isoniazida + Rifampicina

MS – 1.1039.0062

Farm. Responsável:
Dr. Adivar Aparecido Cristina
CRF-SP nº 10.714

Fundação Para o Remédio Popular - FURP
Governo do Estado de São Paulo
Rua Endres, 35 - Guarulhos - SP
CNPJ 43.640.754/0001-19
Indústria Brasileira

Uso sob prescrição médica.

Só pode ser dispensado com retenção da receita.

Venda proibida ao comércio.