Finasterida 5mg Sandoz

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Saúde do homem

Finasterida 5mg Sandoz, para o que é indicado e para o que serve?

Comprimido 1mg

A Finasterida é indicada para o tratamento de homens com calvície de padrão masculino ( alopecia androgênica), para aumentar o crescimento e prevenir a queda adicional de cabelo.

A Finasterida não é indicada para mulheres ou crianças.

Comprimido 5mg

Finasterida é indicado para o tratamento e o controle da hiperplasia prostática benigna (HPB) e para a prevenção de eventos urológicos para:

  • Reduzir o risco de retenção urinária aguda;
  • Reduzir o risco de cirurgias, incluindo ressecção transuretral da próstata e prostatectomia.

Finasterida diminui o tamanho da próstata aumentada , melhora o fluxo urinário e os sintomas associados à HPB.

Pacientes que apresentam aumento do volume da próstata são os candidatos mais adequados para a terapia com Finasterida.

Quais as contraindicações do Finasterida 5mg Sandoz?

  • Pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
  • Finasterida não é indicado para mulheres ou crianças.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres e crianças.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Como usar o Finasterida 5mg Sandoz?

Comprimido 1mg

A posologia recomendada é de um comprimido de 1mg diariamente, com ou sem alimentos.

Geralmente, o uso diário por 3 meses ou mais é necessário antes que se observe aumento de crescimento capilar e/ou prevenção da queda de cabelo.

O uso contínuo é recomendado para obtenção do máximo benefício. A interrupção do tratamento reverte o efeito do medicamento no período de 12 meses.

Comprimido 5mg

A posologia recomendada é de 1 comprimido de 5 mg diariamente, com ou sem alimentos.

Insuficiência Renal

Não é necessário ajuste posológico para pacientes com graus variados de insuficiência renal (depuração de creatinina de até 9 mL/min), pois os estudos de farmacocinética não indicaram qualquer alteração da biodisponibilidade da Finasterida.

Idosos

Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos, embora estudos de farmacocinética tenham demonstrado certa diminuição na eliminação da Finasterida em pacientes com mais de 70 anos de idade.

Quais cuidados devo ter ao usar o Finasterida 5mg Sandoz?

Comprimido 1mg

Em estudos clínicos com a Finasterida, que incluíram homens de 18 a 41 anos de idade, a concentração sérica média de antígeno prostático específico (PSA) diminuiu de 0,7ng/mL no período basal para 0,5ng/mL no 12º mês. Quando a Finasterida for administrado para o tratamento da calvície de padrão masculino em homens mais velhos, com hiperplasia prostática benigna (HPB), deve-se levar em consideração que, nesses casos, os níveis de PSA diminuem aproximadamente 50%.

Gravidez e lactação

Categoria de risco: X.

A Finasterida é contraindicado para mulheres grávidas ou que possam engravidar.

Devido à capacidade dos inibidores da 5−α−redutase do tipo II, como a Finasterida, de inibir a conversão de testosterona em diidrotestosterona em alguns tecidos, essas medicações podem causar anormalidades na genitália externa de fetos do sexo masculino, quando administradas a mulheres grávidas.

Mulheres grávidas ou que possam engravidar não devem manusear comprimidos esfarelados ou quebrados de Finasterida, devido à possibilidade de absorção da Finasterida e do risco potencial subsequente para o feto do sexo masculino. Os comprimidos são revestidos para prevenir o contato com o ingrediente ativo durante o manuseio, razão pela qual o comprimido não deve ser esfarelado ou quebrado.

A Finasterida 1mg não é indicada para mulheres.

Não se sabe se a Finasterida é excretada no leite materno.

Uso Pediátrico

A Finasterida não é indicado para crianças.

Uso em Idosos

Não foram realizados estudos clínicos com Finasterida em idosos com calvície de padrão masculino.

Dirigir ou operar máquinas

Não existem dados que sugiram que a Finasterida afete a capacidade de conduzir veículos ou operar máquinas.

Comprimido 5mg

Para evitar complicações obstrutivas, é importante que os pacientes com grande quantidade de urina residual e/ou com fluxo urinário fortemente diminuído sejam cuidadosamente controlados. A possibilidade de cirurgia deve ser uma opção.

Efeitos no PSA e Detecção de Câncer de Próstata

Ainda não foi demonstrado nenhum benefício clínico em pacientes com câncer de próstata tratados com Finasterida. Em estudos clínicos controlados, os pacientes com HPB e níveis elevados de PSA foram monitorados com dosagens em série de PSA e biópsias da próstata. Nesses estudos de HPB, Finasterida aparentemente não alterou a taxa de detecção de câncer de próstata. Além disso, a incidência total de câncer de próstata não foi significativamente diferente em pacientes tratados com Finasterida ou placebo.

Antes de iniciar o tratamento com Finasterida e periodicamente durante o tratamento, recomenda-se realizar exame da próstata por meio do toque retal, bem como outras avaliações para detecção de câncer . A concentração de PSA no soro também é utilizada para a detecção do câncer de próstata. Em geral, um valor inicial de PSA >10 ng/mL ( Hybritech ) indica a necessidade de outros exames complementares e eventual biópsia ; quando os níveis de PSA situam-se entre 4 e 10 ng/mL, aconselha-se avaliações adicionais. Há considerável superposição nos níveis de PSA em homens com e sem câncer de próstata; portanto, em homens com HPB, valores de PSA na faixa normal de referência não descartam câncer de próstata, independentemente do tratamento com Finasterida. Um valor basal de PSA <4 ng/mL não exclui a possibilidade de câncer de próstata.

Finasterida reduz as concentrações séricas de PSA em cerca de 50% em pacientes com HPB, mesmo na presença de câncer de próstata. Esta redução, previsível em toda a faixa de valores de PSA (embora possam ocorrer variações individuais), deve ser considerada ao se avaliar osresultados do exame de PSA e não exclui a presença concomitante de câncer de próstata. A análise dos resultados do exame de PSA de mais de 3.000 pacientes envolvidos no estudo PLESS (duplo-cego, controlado com placebo, com duração de 4 anos) confirmou que, em pacientes típicos tratados com Finasterida durante pelo menos seis meses, os valores de PSA deveriam ser duplicados para comparação com a variação normal em pacientes não tratados.

Este ajuste preserva a sensibilidade e a especificidade do teste de PSA e mantém sua capacidade de detectar câncer de próstata.

Qualquer aumento sustentado dos níveis de PSA em pacientes tratados com a Finasterida deve ser cuidadosamente avaliado e deve-se, inclusive, considerar a possibilidade de não adesão ao tratamento com Finasterida.

Câncer de mama em homens

O câncer da mama foi notificado em homens fazendo uso de Finasterida durante os ensaios clínicos e no período pós-comercialização. Os médicos devem instruir seus pacientes a relatar prontamente quaisquer alterações em seus tecidos mamários, como nódulos, dor, ginecomastia ou secreção mamilar.

Alterações de humor e depressão

Alterações do humor, incluindo humor deprimido, depressão e, menos frequentemente, ideação suicida, foram relatadas em pacientes tratados com Finasterida. Os pacientes devem ser acompanhados quanto a sintomas psiquiátricos e, se estes ocorrerem, o paciente deve ser aconselhado a procurar orientação médica.

Uso pediátrico

Finasterida não é indicado para crianças. A eficácia e a segurança em crianças não foram estabelecidas.

Insuficiência hepática

O efeito da insuficiência hepática na farmacocinética da Finasterida não foi estudado.

Gravidez e lactação

Categoria de risco: X.

Finasterida é contraindicado para mulheres grávidas ou em idade fértil.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Por causa da sua capacidade de inibir a conversão da testosterona a diidrotestosterona, os inibidores da 5α-redutase, entre eles a Finasterida, podem causar anormalidades da genitália externa de fetos do sexo masculino quando administrados a mulheres grávidas.

Em estudos de desenvolvimento em animais, observou-se desenvolvimento de hipospádia dose-dependente nos fetos machos de ratas prenhes que receberam 100 μg/kg/dia a 100 mg/kg/dia de Finasterida a uma incidência de 3,6% a 100%. Além disso, as ratas prenhes produziram descendentes masculinos com pesos prostáticos e vesiculares seminais diminuídos, separação prepucial retardada, desenvolvimento transitório dos mamilos e diminuição da distância anogenital, quando Finasterida foi administrada em doses abaixo da dose humana recomendada.. O período crítico para a indução desses efeitos situa-se entre o 16º e o 17º dia de gestação em ratos.

As alterações descritas acima constituem efeitos farmacológicos esperados dos inibidores da 5α-redutase tipo II. Muitas delas, como a hipospádia, observadas em ratos machos expostos à Finasterida no útero, são semelhantes àquelas relatadas em recém-nascidos do sexo masculino com deficiência genética da 5α-redutase tipo II. É por estas razões que a Finasterida está contraindicada em mulheres que estejam ou possam estar grávidas. Não se observou efeitos sobre a prole do sexo feminino exposta a qualquer dose de Finasterida no útero.

Exposição à Finasterida - Risco para os Fetos do Sexo Masculino

Mulheres não devem manusear comprimidos esfarelados ou quebrados de Finasterida quando estiverem grávidas ou se houver possibilidade de gravidez, porque a Finasterida pode ser absorvida e causar danos para o feto do sexo masculino. Os comprimidos de Finasterida são revestidos, o que impede o contato com o ingrediente ativo durante o manuseio normal, desde que os comprimidos não estejam quebrados ou esfarelados.

Pequenas quantidades de Finasterida foram recuperadas do sêmen em indivíduos recebendo Finasterida. Não se sabe se um feto do sexo masculino pode ser adversamente afetado se sua mãe for exposta ao sêmen de um paciente em tratamento com Finasterida. Quando a parceira sexual do paciente está ou pode estar grávida, o paciente é recomendado a minimizar a exposição da parceira ao sêmen.

Lactação

Finasterida não é indicada para mulheres.

Não se sabe se a Finasterida é excretada no leite materno.

Dirigir ou operar máquinas

Não existem dados que sugiram que a Finasterida afete a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Finasterida 5mg Sandoz?

Comprimido 1mg

A Finasterida é geralmente bem tolerado. Os efeitos adversos, normalmente leves, geralmente não resultam na descontinuação do tratamento. A Finasterida para alopecia androgênica foi avaliada quanto à segurança em estudos clínicos que envolveram mais de 3.200 homens. Em três desses estudos, com 12 meses de duração, controlados com placebo, duplo-cegos, multicêntricos, com protocolos comparáveis, o perfil de segurança global de Finasterida e do placebo foram similares. A descontinuação do tratamento em função de efeito adverso clínico ocorreu em 1,7% dos 945 homens que receberam a Finasterida e em 2,1% dos 934 homens que receberam placebo. Nesses estudos, os seguintes efeitos adversos comuns (> 1/100 e ≤ 1/10) relacionados ao medicamento foram relatados em homens que receberam a Finasterida: diminuição da libido (Finasterida, 1,8% versus placebo, 1,3%) e disfunção erétil (Finasterida, 1,3% versus , placebo, 0,7%).

Além disso, a seguinte reação adversa incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100) foi relatada em homens que receberam Finasterida: diminuição do volume do ejaculado (Finasterida, 0,8% versus placebo 0,4%). Esses efeitos desapareceram nos homens que descontinuaram o tratamento e em muitos que mantiveram o tratamento. Em outro estudo, o efeito de Finasterida no volume do ejaculado foi avaliado e não foi diferente daquele observado com placebo.

A incidência de cada um dos efeitos adversos acima diminuiu para ≤0,3% no quinto ano de tratamento com Finasterida.

A Finasterida também foi estudada na redução do risco de câncer de próstata com doses 5 vezes maiores que a dose recomendada para calvície de padrão masculino. Em um estudo controlado com placebo de 7 anos de duração que incluiu 18.882 homens saudáveis, dos quais 9.060 tinham dados de biópsia de próstata com agulha disponíveis para análise, foi detectado câncer de próstata em 803 (18,4%) homens que receberam 5mg de Finasterida e 1.147 (24,4%) homens que receberam placebo.

No grupo que recebeu 5mg de Finasterida, 280 (6,4%) homens tiveram câncer de próstata com pontuações de Gleason de 7-10 detectadas por biópsia com agulha versus 237 (5,1%) homens no grupo placebo. Análises adicionais sugerem que o aumento na prevalência de câncer de próstata de alto grau observado no grupo que recebeu 5mg de Finasterida pode ser explicado por um viés devido ao efeito de 5 mg de Finasterida no volume da próstata. Do total de casos de câncer de próstata diagnosticados nesse estudo, aproximadamente 98% foram classificados como intracapsulares (estágio clínico T1 ou T2) no diagnóstico. A significância clínica dos dados de Gleason 7-10 é desconhecida.

Câncer de mama

A Finasterida também foi estudada em homens com câncer de próstata com doses 5 vezes maiores que a dose recomendada para calvície de padrão masculino. Durante os 4 a 6 anos do estudo MTPOS, comparativo e controlado com placebo, que envolveu 3.047 homens, foram detectados 4 casos de câncer de mama em homens tratados com Finasterida, mas nenhum caso em homens não tratados com Finasterida.

Durante os 4 anos do estudo PLESS, controlado com placebo, que envolveu 3.040 homens, foram detectados 2 casos de câncer de mama em homens tratados com placebo, mas nenhum caso nos homens tratados com Finasterida 5mg. Durante o estudo de 7 anos, controlado com placebo, Prostate Cancer Prevention Trial (PCPT), que envolveu 18.882 homens saudáveis, foi detectado um caso de câncer de mama em homens tratado com Finasterida 5mg e um caso de câncer de mama em homens tratado com placebo. Houve relatos pós-comercialização de câncer de mama com o uso de Finasterida 1mg e 5mg. A relação entre o uso prolongado de Finasterida e neoplasia de mama masculino é atualmente desconhecida.

Experiência Pós-comercialização

As seguintes reações adversas adicionais foram reportadas em uso pós-comercialização.

Como estas reações são relatadas voluntariamente, nem sempre é possível estimar a frequência ou estabelecer um relacionamento causal à exposição da droga.

Após a comercialização, foram relatados os seguintes efeitos adversos:
  • Reações de hipersensibilidade tais como erupção cutânea, prurido, urticária e angioedema (incluindo edema dos lábios, língua, garganta e da face).
  • Depressão.
  • Diminuição da libido que continua após a descontinuação do tratamento.
  • Disfunção sexual (disfunção erétil e distúrbios da ejaculação) que continua após descontinuação do tratamento, sensibilidade e aumento das mamas, dor testicular, infertilidade masculina e/ou baixa qualidade do sêmen. A normalização ou melhoria da qualidade do sêmen tem sido relatada após a descontinuação da Finasterida.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Comprimido 5mg

As reações adversas mais frequentes são impotência e diminuição da libido. Estas reações adversas ocorrem precocemente no decurso do tratamento e resolvem-se com a continuação do tratamento na maioria dos pacientes.

As reações adversas notificadas durante os ensaios clínicos e/ou na utilização póscomercialização estão listadas na tabela abaixo.

A frequência das reações adversas é determinada da seguinte forma:

  • Muito comuns (≥1/10);
  • Comuns (≥1/100 a <1/10);
  • Incomuns (≥1/1.000 a <1/100);
  • Earas (≥1/10.000 a <1 / 1.000);
  • Muito raras (<1/10.000);
  • Frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

A frequência de reações adversas notificadas durante a utilização pós-comercialização não pode ser determinada, uma vez que são derivadas de notificações espontâneas.

Classes de sistemas de órgãos

Frequência

Reações adversas

Distúrbios do sistema imunológico

Desconhecida

Reações de hipersensibilidade, incluindo inchaço dos lábios, língua, garganta e face

Distúrbios psiquiátricos

Comum

Diminuição da libido

Desconhecida

Diminuição da libido, que pode continuar após a descontinuação do tratamento, depressão, ansiedade

Distúrbios cardíacos

Desconhecida

Palpitação

Distúrbios hepatobiliares

Desconhecida

Aumento das enzimas hepáticas

Distúrbios dos tecidos cutâneo e subcutâneo

Incomum

Erupção cutânea

Desconhecida

Prurido, urticária

Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama

Comum

Impotência

Incomum

Distúrbio da ejaculação, sensibilidade nas mamas, aumento das mamas

Desconhecida

Dor nos testículos, disfunção sexual (disfunção erétil e distúrbio da ejaculação) que pode continuar após a descontinuação do tratamento, infertilidade masculina e/ou má qualidade do sêmen. A normalização ou melhora da qualidade do sêmen foi relatada após descontinuação da Finasterida

Exames de diagnóstico

Comum

Diminuição do volume de ejaculação

Além disso, foi relatado em ensaios clínicos e no uso pós-comercialização: câncer de mama masculino.

Terapêutica Médica dos Sintomas Prostáticos (MTOPS)

O estudo MTOPS comparou Finasterida (n = 768), doxazosina 4 ou 8 mg/dia (n = 756), terapia combinada de Finasterida e doxazosina 4 ou 8 mg/dia (n = 786), e placebo (n = 737). Neste estudo, o perfil de segurança e tolerabilidade da terapia combinada foi geralmente consistente com os perfis dos componentes individuais. A incidência de distúrbio da ejaculação em pacientes que receberam terapia combinada foi comparável à soma das incidências desse evento adverso para as duas monoterapias.

Outros dados de longo prazo

Em um estudo de 7 anos, controlado com placebo, que envolveu 18.882 homens saudáveis, dos quais 9.060 tinham dados disponíveis de biópsia de próstata para análise, foi detectado câncer de próstata em 803 homens tratados com Finasterida (18,4%) e 1.147 homens que recebiam placebo (24,4%). No grupo de Finasterida, 280 homens (6,4%) tiveram câncer de próstata detectado através de biópsia por agulha com escore de Gleason 7-10 vs. 237 homens (5,1%) no grupo placebo. Análises adicionais sugerem que o aumento na prevalência de câncer de próstata com alto escore observado no grupo de Finasterida pode ser explicado pelo viés de detecção devido ao efeito da Finasterida no volume da próstata. Do total de casos de câncer de próstata diagnosticado neste estudo, aproximadamente 98% foram classificados como intracapsular (estágio clínico T1 ou T2). A relação entre o uso em longo prazo de Finasterida e tumores com escore de Gleason 7-10 é desconhecida.

Achados dos Testes Laboratoriais

Quando os exames laboratoriais do PSA são avaliados, deve considerar-se o fato dos níveis de PSA estarem diminuídos em pacientes tratados com Finasterida. Na maioria dos pacientes, uma rápida redução do PSA é observada nos primeiros meses de terapia, após os quais os níveis de PSA estabilizam para uma nova linha de base. A linha de base pós-tratamento se aproxima de metade do valor pré-tratamento. Portanto, em pacientes típicos tratados com Finasterida por seis meses ou mais, os valores de PSA devem ser duplicados para comparação com os valores normais em homens não tratados.

Não foram observadas outras diferenças nos parâmetros laboratoriais entre os pacientes tratados com placebo ou Finasterida.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Finasterida 5mg Sandoz com outros remédios?

Comprimido 1mg

Não foram identificadas interações medicamentosas de importância clínica. A Finasterida parece não afetar o sistema enzimático ligado ao citocromo P450, responsável pela metabolização de medicações. Os compostos que foram testados em homens incluíram propranolol , digoxina , gliburida, varfarina , teofilina e antipirina e não foram verificadas interações.

Embora não tenham sido realizados estudos específicos de interação, doses de Finasterida de 1mg ou mais foram utilizadas em estudos clínicos concomitantemente com inibidores da ECA, paracetamol , alfabloqueadores, benzodiazepínicos, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, nitratos, diuréticos , antagonistas H2, inibidores da HMG-CoA redutase, inibidores da síntese de prostaglandina (AINEs) e quinolonas, sem evidência de interações adversas clinicamente significativas.

Comprimido 5mg

Não foram identificadas interações medicamentosas de importância clínica. A Finasterida é metabolizada principalmente via citocromo P450 3A4, mas não parece afetar significativamente o sistema. Embora do risco da Finasterida afetar a farmacocinética de outros medicamentos seja estimado como pequeno, é provável que os inibidores e indutores do citocromo P450 3A4 afetem a concentração plasmática de Finasterida. No entanto, com base nas margens de segurança estabelecidas, qualquer aumento devido ao uso concomitante de tais inibidores é improvável que tenha significado clínico. Os compostos que foram testados no homem incluíram propranolol, digoxina, glibenclamida , varfarina, teofilina e fenazona e não foram encontradas interações clinicamente significativas.

Exames Laboratoriais

Efeitos sobre os Níveis de PSA

As concentrações séricas de PSA estão correlacionadas com a idade do paciente e o volume da próstata e este está correlacionado com a idade do paciente. Ao se avaliar o teste de PSA, deve-se ter em mente que os níveis de PSA diminuem em pacientes tratados com Finasterida. Na maioria dos pacientes, observa-se rápida redução nos níveis de PSA nos primeiros meses de terapia, que, a partir daí, estabilizam-se em um novo valor basal; os valores pós-tratamento aproximam-se da metade dos valores anteriores ao tratamento. Desse modo, em pacientes típicos tratados com Finasterida durante pelo menos seis meses, os valores do PSA devem ser duplicados para comparação com a variação normal em pacientes não tratados.

A porcentagem de PSA livre (razão PSA livre/total) não é diminuída significativamente pela Finasterida, que permanece constante mesmo sob a influência do medicamento. Quando a porcentagem de PSA livre é utilizada como auxiliar na detecção do câncer de próstata, não é necessário ajuste para seu valor.

Qual a ação da substância do Finasterida 5mg Sandoz (Finasterida)?

Resultados de Eficácia


Comprimido 1mg

Estudos em Homens

A eficácia de Finasterida foi demonstrada em três estudos que incluíram 1.879 homens de 18 a 41 anos de idade com perda de cabelo leve a moderada, porém não completa, na área do vértex e frontal/intermediária. Nesses estudos, o crescimento capilar foi avaliado através da utilização de quatro medidas, incluindo contagem de cabelos , classificação de fotografias da cabeça por um painel de dermatologistas especialistas, avaliação do pesquisador e autoavaliação feita pelo paciente.

Nos dois estudos em homens com perda de cabelo no vértex, o tratamento com Finasterida continuou por 5 anos, período durante o qual os pacientes apresentaram melhora nos primeiros três meses de uso, em comparação tanto com o período basal como com o placebo. O tratamento com Finasterida durante 5 anos resultou em estabilização da perda de cabelo em 90% dos homens, com base na avaliação fotográfica, e em 93%, com base na avaliação do pesquisador. Além disso, foi relatado aumento do crescimento de cabelos por 65% dos homens que receberam Finasterida com base na contagem de cabelos ( versus 0% no grupo placebo), por 48% com base na avaliação fotográfica ( versus 6% no grupo placebo) e por 77% com base na avaliação do pesquisador ( versus 15% no grupo placebo). Em contrapartida, no grupo placebo, observou-se perda de cabelo gradual ao longo do tempo em 100% dos homens com base na contagem de cabelos ( versus 35% dos homens que receberam Finasterida), em 75% com base na avaliação fotográfica ( versus 10% dos homens que receberam Finasterida) e em 38% com base na avaliação do pesquisador ( versus 7% dos homens tratados com Finasterida).

Além disso, a autoavaliação feita pelos pacientes demonstrou aumento significativo na densidade do cabelo, diminuição na perda de cabelo e melhora da aparência do cabelo durante 5 anos de tratamento com Finasterida. Enquanto as avaliações do cabelo, em comparação com o período basal, foram melhores em homens tratados com Finasterida por 2 anos e diminuíram de forma gradual subsequentemente (por exemplo, aumento de 88 fios de cabelo em uma área representativa de 5,1 cm2 em 2 anos e aumento de 38 fios de cabelo em 5 anos), a perda de cabelo no grupo placebo piorou progressivamente em comparação com o período basal (redução de 50 fios de cabelo em 2 anos e 239 fios de cabelo em 5 anos). Assim, com base nessas quatro medidas, a diferença entre os grupos de tratamento continuou aumentando ao longo de 5 anos dos estudos.

Um estudo com duração de 12 meses, que incluiu homens com perda de cabelo na área frontal/intermediária, também demonstrou melhora significativa no crescimento e na aparência do couro cabeludo, conforme as mesmas medidas descritas acima.

Um estudo controlado por placebo, de 48 semanas de duração, desenhado para determinar o efeito de Finasterida nas fases do ciclo de crescimento capilar (fase de crescimento [anágena] e fase de repouso [telógena]) na calvície do vértex, incluiu 212 homens com alopecia androgênica. No período basal e em 48 semanas, a contagem total de cabelos, na fase telógena e na fase anágena, foi obtida em uma área-alvo de 1 cm² do couro cabeludo. O tratamento com Finasterida aumentou o número de cabelos na fase anágena, enquanto os homens do grupo placebo perderam cabelos nesta fase. Em 48 semanas, os homens tratados com Finasterida mostraram aumento real na contagem total de cabelos e na fase anágena, de 17 e 27 cabelos, respectivamente, em comparação com o placebo. Esse aumento na contagem de cabelos na fase anágena, em comparação com a contagem total de cabelos, levou a uma melhora real na razão anágena/telógena de 47%, em 48 semanas, em homens tratados com Finasterida, comparado ao placebo. Esses dados fornecem evidências diretas de que o tratamento com Finasterida promove a conversão de folículos capilares para a fase de crescimento ativo.

Em resumo, esses estudos demonstraram que o tratamento com Finasterida aumenta o crescimento capilar e previne a perda de cabelo adicional em homens com alopecia androgênica.

Estudos em Mulheres

A falta de eficácia foi demonstrada em mulheres pós-menopausadas com alopecia androgênica, tratadas com Finasterida, em um estudo controlado por placebo de 12 meses de duração (n= 137). Essas mulheres não apresentaram melhora nos parâmetros de contagem de cabelo, autoavaliação feita pela paciente, avaliação pelo pesquisador ou nas classificações baseadas em fotografias padronizadas, em comparação com o grupo placebo.

Comprimido 5mg

Os dados dos estudos descritos a seguir, que demonstram redução do risco de retenção urinária aguda e cirurgia, melhora dos sintomas relacionados à HPB, aumento das velocidades máximas de fluxo urinário e redução do volume da próstata, sugerem que Finasterida reverte a progressão da HPB em homens com próstata aumentada.

Finasterida, na dose de 5 mg/dia, foi avaliado inicialmente em pacientes com sintomas de HPB e próstatas aumentadas ao exame de toque retal em dois estudos fase III, de 1 ano, randômicos, duplocegos e controlados com placebo, e em suas extensões em regime aberto de 5 anos de duração. Dos 536 pacientes distribuídos originalmente de modo randômico para receber 5 mg/dia de Finasterida, 234 completaram a terapia adicional de 5 anos e foram disponibilizados para análise. Os parâmetros de eficácia foram escore dos sintomas, velocidade máxima de fluxo urinário e volume da próstata.

Finasterida foi avaliado adicionalmente no estudo PLESS, um estudo de 4 anos, multicêntrico, duplocego, randômico e controlado com placebo, que avaliou o efeito da terapia com 5 mg/dia de Finasterida sobre os sintomas de HPB e sobre os eventos urológicos relacionados à HPB (intervenção cirúrgica [por exemplo, ressecção transuretral da próstata e prostatectomia] ou retenção urinária aguda com necessidade de cateterização). Foram distribuídos de modo randômico para o estudo 3.040 pacientes (1.524 para a Finasterida e 1.516 para o placebo), com idades entre 45 e 78 anos, com sintomas moderados a graves de HPB e próstata aumentada ao exame de toque retal, dos quais 3.016 foram avaliáveis quanto à eficácia. Um total de 1.883 pacientes (1.000 do grupo Finasterida, 883 do grupo placebo) completaram o estudo de 4 anos. Também foram avaliados a velocidade máxima de fluxo urinário e o volume da próstata.

Efeito sobre a retenção urinária aguda e necessidade cirurgia

No estudo PLESS, de 4 anos, 13,2% dos pacientes tratados com placebo apresentaram necessidade de cirurgia ou retenção urinária aguda com necessidade de cateterização, em comparação com 6,6% dos pacientes tratados com Finasterida, representando uma redução de 51% do risco de cirurgia ou de retenção urinária aguda em 4 anos. Finasterida reduziu o risco de cirurgia em 55% (10,1% para o placebo versus 4,6% para Finasterida) e reduziu o risco de retenção urinária aguda em 57% (6,6% para o placebo versus 2,8% para Finasterida). A redução do risco ficou evidente entre os grupos de tratamento na primeira avaliação (4 meses) e foi mantida pelos 4 anos do estudo (veja as Figuras 1 e 2).

A Tabela 1 a seguir apresenta as taxas de ocorrência e a redução do risco de eventos urológicos durante o estudo.

Figura 1: Porcentagem de Pacientes Submetidos à Cirurgia para HPB, Incluindo RTUP*

RTUP: Ressecção Transuretral da Próstata.

Figura 2: Porcentagem de Pacientes com Desenvolvimento de Retenção Urinária Aguda (Espontânea e Precipitada)

Tabela 1: Taxas de redução urológicos e redução do risco por Finasterida durante 4 anos

Porcentagem de pacientes

Eventos urológicos

Placebo (n= 1.503) Finasterida (n= 1.513)

Redução do risco

Cirurgia ou retenção urinária aguda

13,2% 6,6%

51%*

Cirurgia

10,1% 4,6%

55%*

RTUP

8,3% 4,2%

49%*

Retenção urinária aguda

6,6% 2,8%

57%*

†Cirurgia relacionada à HPB.
* p< 0,001.

Efeito sobre o escore dos sinomas

Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do escore de sintomas totais diminuiu em relação à fase inicial logo na 2ª semana. Em comparação com o placebo, observou-se melhora significativa dos sintomas no 7º e no 10º meses destes estudos. Embora tenha sido observada melhora precoce dos sintomas urinários em alguns pacientes, um estudo terapêutico, de pelo menos 6 meses, foi em geral necessário para avaliar se uma resposta benéfica no alívio dos sintomas foi alcançada. A melhora dos sintomas de HPB manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais outros 5 anos nos estudos deextensão.

Os pacientes do estudo PLESS, de 4 anos, apresentavam sintomas moderados a graves na fase inicial (média de aproximadamente 15 pontos, em escala de 0 a 34 pontos). Entre aqueles que permaneceram na terapia durante os 4 anos do estudo, foi observada melhora de 3,3 pontos no escore dos sintomas com Finasterida em comparação com uma melhora de 1,3 ponto observada no grupo placebo (p< 0,001). Ficou evidente uma melhora do escore dos sintomas no 1º ano nos pacientes tratados com Finasterida e esta melhora continuou até o 4º ano. Em contrapartida, os pacientes que receberam placebo apresentaram melhora no escore de sintomas no primeiro ano, porém apresentaram piora após este período. Os pacientes com sintomas moderados a graves na fase inicial tiveram tendência a apresentar melhora superior de escore dos sintomas.

Efeito sobre a velocidade máxima de fluxo urinário

Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a velocidade máxima de fluxo urinário aumentou de forma significativa na 2ª semana, em comparação com a fase inicial. Comparado com o placebo, observou-se aumento significativo no 4º e no 7º meses. Este efeito manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais 5 anos dos estudos de extensão. No estudo PLESS, de 4 anos, houve uma nítida separação entre os grupos de tratamento em relação à velocidade máxima de fluxo urinário a favor de Finasterida no 4º mês, que se manteve durante todo o estudo. A média da velocidade máxima de fluxo urinário na fase inicial foi de aproximadamente 11 mL/s nos dois grupos de tratamento. Entre os pacientes que permaneceram na terapia durante todo o estudo e apresentaram dados avaliáveis de fluxo urinário, Finasterida aumentou a velocidade máxima de fluxo urinário em 1,9 mL/s em comparação com um aumento de 0,2 mL/s observado no grupo placebo.

Efeito sobre o volume da próstata

Nos dois estudos fase III, de 1 ano de duração, a média do volume da próstata na fase inicial variou de 40 a 50 cc. Nos dois estudos, o volume da próstata foi reduzido de forma significativa em comparação com a fase inicial e com o placebo na primeira avaliação (3 meses). Este efeito manteve-se durante todo o primeiro ano e por mais 5 anos dos estudos de extensão.

No estudo PLESS, de 4 anos, o volume da próstata foi avaliado anualmente por ressonância magnética (RMI) em um subgrupo de pacientes (n= 284). Nos pacientes tratados com Finasterida, o volume da próstata foi reduzido, tanto em comparação com a fase inicial como com o tratamento com placebo durante todo o período de 4 anos do estudo. Dos pacientes do subgrupo de RMI, que permaneceram em terapia durante todo o estudo, Finasterida diminuiu o volume da próstata em 17,9% (de 55,9 cc na fase inicial para 45,8 cc após 4 anos) em comparação com um aumento de 14,1% (de 51,3 cc para 58,5 cc) do grupo placebo (p< 0,001).

Volume da próstata como indicador da resposta terapêutica

Uma metanálise que combinou dados de 1 ano de sete estudos duplo-cegos e controlados com placebo, com desenhos semelhantes, envolvendo 4.491 pacientes com HPB sintomática, demonstrou que, nos pacientes tratados com Finasterida, a magnitude da resposta dos sintomas e o nível de melhora da velocidade máxima de fluxo urinário foram maiores em pacientes com próstata aumentada (aproximadamente >40 cc) na fase inicial.

Outros estudos clínicos

Os efeitos urodinâmicos da Finasterida no tratamento da obstrução da vazão da bexiga decorrente de HPB foram avaliados por meio de técnicas invasivas, em um estudo duplo-cego e controlado com placebo, de 24 semanas de duração, que envolveu 36 pacientes com sintomas moderados a graves de obstrução urinária e velocidade máxima de fluxo urinário <15 mL/s. Os pacientes tratados com 5 mg de Finasterida demonstraram alívio da obstrução, conforme evidenciado através da melhora significativa da pressão detrusora e do aumento da média de velocidade de fluxo, em comparação com aqueles que receberamplacebo.

Um estudo duplo-cego e controlado com placebo, de um ano de duração, avaliou por ressonância magnética o efeito da Finasterida sobre o volume das zonas periféricas e periuretrais da próstata em 20 homens com HPB. Os pacientes tratados com Finasterida, ao contrário dos que receberam placebo, apresentaram redução significativa (11,5 ± 3,2 cc [SE]) do tamanho total da glândula, em grande parte em razão de uma redução (6,2 ± 3 cc) do tamanho da zona periuretral. Uma vez que a zona periuretral é responsável pela obstrução do fluxo, esta redução pode ser responsável pela resposta clínica benéfica observada nessespacientes.

Características Farmacológicas


Comprimido 1mg

Farmacologia clínica

Mecanismo de Ação

A Finasterida é um inibidor competitivo e específico da 5α-redutase do tipo II, capaz de formar lentamente com esta um complexo enzimático estável. O turnover desse complexo é extremamente lento (t 1⁄2 a 30 dias). A Finasterida não tem afinidade pelo receptor de androgênio e não possui efeitos androgênicos, antiandrogênicos, estrogênicos, antiestrogênicos ou progestagênicos. A inibição dessa enzima bloqueia a conversão periférica da testosterona ao androgênio diidrotestosterona (DHT), resultando em reduções significativas das concentrações séricas e teciduais de DHT. A Finasterida produz rápida redução dos níveis séricos de DHT, alcançando supressão significativa no período de 24 horas após a administração.

Os folículos capilares contêm a 5α-redutase do tipo II. Em homens com alopecia androgênica, a área calva possui folículos capilares miniaturizados e quantidades aumentadas de DHT. A administração de Finasterida a esses homens diminui as concentrações de DHT no soro e no couro cabeludo. Além disso, homens com deficiência genética de 5α-redutase do tipo II não apresentam alopecia androgênica. Esses dados e os resultados dos estudos clínicos comprovam que a Finasterida inibe o processo responsável pela miniaturização dos folículos capilares do couro cabeludo, levando à reversão do processo de calvície.

Absorção

Em relação a uma dose intravenosa de referência, a biodisponibilidade oral da Finasterida é de aproximadamente 80%. A biodisponibilidade não é prejudicada pelos alimentos. A concentração plasmática máxima da Finasterida é alcançada aproximadamente 2 horas após a ingestão, e a absorção é completa depois de 6 a 8 horas.

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%. O volume de distribuição da Finasterida é de aproximadamente 76 litros. Após a administração de múltiplas doses, ocorre pequeno acúmulo de Finasterida no plasma. Em estado de equilíbrio, após uma dose de 1mg/dia, a concentração plasmática máxima de Finasterida atingiu em média 9,2ng/mL, alcançada 1 a 2 horas após a dose; a AUC( 0-24 h ) foi de 53ng.h/mL.

A Finasterida foi detectada no liquor (líquido cefalorraquidiano - LCR), mas a medicação parece não se concentrar preferencialmente no LCR. Uma quantidade muito pequena de Finasterida também foi detectada no líquido seminal de indivíduos sob uso de Finasterida.

Metabolismo

A Finasterida é metabolizada principalmente pela subfamília 3A4 do sistema enzimático do citocromo P450. Após uma dose oral de Finasterida marcada com C14 em homens, foram identificados dois metabólitos da Finasterida que possuem apenas uma pequena fração da atividade inibitória da 5α-redutase da Finasterida.

Eliminação

Após uma dose oral de Finasterida marcada com C 14 em homens, 39% da dose foram excretados na urina na forma de metabólitos (para todos os efeitos, não se encontrou medicamento inalterado na urina) e 57% da dose total foram excretados nas fezes. A depuração plasmática é de aproximadamente 165mL/min. A taxa de eliminação da Finasterida diminui um pouco com a idade. A meia-vida terminal média é de aproximadamente 5 a 6 horas em homens de 18-60 anos de idade e de 8 horas em homens com mais de 70 anos de idade. Esses achados não possuem importância clínica e, portanto, não servem como base para a redução da dose em pacientes idosos.

Farmacodinâmica

A Finasterida não apresentou efeito sobre os níveis circulantes de cortisol, hormônio estimulante da tiroide ou tiroxina, nem efeito sobre o perfil lipídico do plasma (por exemplo, colesterol total, lipoproteínas de baixa densidade, lipoproteínas de alta densidade e triglicérides) ou sobre a densidade mineral óssea. Em estudos clínicos, com a Finasterida, não foram detectados efeitos significativos no hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH), estradiol ou prolactina. O estímulo do hormônio de liberação da gonadotrofina (GnRH) nos níveis de LH ou FSH não foi alterado, indicando que o controle regulatório do eixo hipofisário-testicular não foi afetado.

O nível de testosterona circulante aumentou aproximadamente 10-15% comparado com o placebo, entretanto mantendo-se dentro do nível fisiológico. Não houve efeito nos parâmetros do sêmen em homens tratados com Finasterida 1mg/dia por 48 semanas. A Finasterida parece ter inibido tanto o metabolismo do esteroide C19 como o do C21 e, consequentemente, parece ter apresentado efeito inibitório sobre as atividades hepática e periférica da 5α-redutase tipo II. Os níveis séricos dos metabólitos da DHT – androstenediol glicuronida e androsterona glicuronida – também apresentaram redução significativa. Este padrão metabólico é semelhante ao observado em indivíduos com deficiência genética de 5α-redutase tipo II, que apresentam níveis acentuadamente diminuídos de DHT e que não sofrem de calvície de padrão masculino.

Comprimido 5mg

Finasterida, um composto sintético 4-azasteróide, é um inibidor específico da 5α-redutase tipo II, uma enzima intracelular que metaboliza a testosterona no andrógeno mais potente, a diidrotestosterona (DHT). Na hiperplasia prostática benigna, o aumento da glândula prostática depende da conversão da testosterona em DHT dentro da próstata. Finasterida é altamente eficaz na redução da DHT circulante e intraprostática. A Finasterida não tem afinidade pelo receptor androgênico.

Em estudos clínicos de pacientes com sintomas moderados a graves de HPB, próstata aumentada em exame retal digital e baixos volumes urinários residuais, a Finasterida reduziu a incidência de retenção aguda de urina de 7/100 para 3/100 ao longo de quatro anos, e a necessidade de cirurgia (RTUP ou prostatectomia) de 10/100 para 5/100. Estas reduções foram associadas a uma melhora de 2 pontos no escore de sintomas QUASI-AUA (variação de 0-34), uma regressão sustentada no volume da próstata de aproximadamente 20% e um aumento sustentado na taxa de fluxo urinário.

Terapia médica de sintomas prostáticos

O Medical Therapy of Prostatic Symptoms (MTOPS) foi um estudo de 4 a 6 anos em 3.047 homens com HPB sintomática que foram randomizados para receber Finasterida doxazosina 4 ou 8 mg/dia*, combinação de Finasterida e doxazosina 4 ou 8 mg/dia* ou placebo. O endpoint primário foi o tempo até à progressão clínica da HPB, definida como um aumento confirmado ≥ 4 pontos em relação aos valores iniciais no escore dos sintomas, retenção urinária aguda, insuficiência renal relacionada à HPB, infecções recorrentes do trato urinário ou urossepsis, ou incontinência. Comparado ao placebo, o tratamento com Finasterida, doxazosina ou terapia combinada resultou em uma redução significativa no risco de progressão clínica da HPB de 34 (p = 0,002), 39 (p <0,001) e 67% (p <0,001), respectivamente. A maioria dos eventos (274 de 351) que constituíram a progressão da HPB foram aumentos confirmados de 4 pontos ou mais no escore de sintomas; o risco de progressão do escore de sintomas foi reduzido em 30 (IC 95% 6 a 48%), 46 (95% IC 25 a 60%) e 64% (IC 95% 48 a 75%) com finasterida, doxazosina e terapia combinada, respectivamente, em comparação ao placebo. A retenção urinária aguda foi responsável por 41 dos 351 eventos de progressão da HPB; o risco de desenvolver retenção urinária aguda foi reduzido em 67 (p = 0,011), 31 (p = 0,296) e 79% (p = 0,001) nos grupos finasterida, doxazosina e terapia combinada, respectivamente, em comparação ao placebo. Apenas os grupos de finasterida e terapia combinada foram significativamente diferentes do placebo.

* Titulado de 1 mg a 4 ou 8 mg, conforme tolerado durante um período de 3 semanas.

Farmacocinética

Após dose oral de 14 C-finasterida em homens, 39% da dose foi excretada na urina na forma de metabólitos (praticamente, não foi excretado nenhum fármaco na forma inalterada na urina) e 57% da dose total foram excretados nas fezes. Foram identificados dois metabolitos que possuem apenas uma pequena fração da atividade de alfa-redutase tipo II da Finasterida.

Em relação a uma dose intravenosa de referência, a biodisponibilidade oral da Finasterida é de aproximadamente 80%. A biodisponibilidade não é afetada pela presença de alimentos. São atingidas concentrações plasmáticas máximas de Finasterida aproximadamente duas horas após a administração e a absorção é completa após seis a oito horas. A taxa de ligação a proteínas plasmáticas é de aproximadamente 93%. O clearance plasmático e o volume de distribuição da Finasterida são de aproximadamente 165 mL/min e 76 litros, respectivamente.

A velocidade de eliminação da Finasterida é ligeiramente diminuída em idosos. A meiavida média é prolongada, passando de aproximadamente 6 horas, em homens entre 18 e 60 anos, para 8 horas, em homens com mais de 70 anos de idade. Este achado não representa significância clínica e, consequentemente, não é recomendada redução da dose.

Em pacientes com insuficiência renal crônica, cujos clearance de creatinina variaram de 9 a 55 mL/min, a disposição de uma dose única de 14 C-finasterida não foi diferente da de voluntários saudáveis. A taxa de ligação a proteínas também não foi diferente em pacientes com insuficiência renal. Uma parte dos metabólitos, que normalmente é excretada por via renal, foi excretada nas fezes. Portanto, parece que a excreção fecal aumenta proporcionalmente conforme reduz a excreção urinária dos metabólitos. Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal não dialisados.

Não há dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática.

Verificou-se que a Finasterida atravessa a barreira hematoencefálica. Pequenas quantidades de Finasterida foram recuperadas no fluido seminal dos pacientes tratados.

Dados pré-clínicos de segurança

Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, com base em estudos convencionais de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e potencial carcinogênico. Estudos de toxicologia reprodutiva em ratos machos demonstraram redução dos pesos da próstata e da vesícula seminal, redução da secreção das glândulas genitais acessórias e redução do índice de fertilidade (causada pelo efeito farmacológico primário da Finasterida). A relevância clínica desses achados não é clara.

Tal como ocorre com outros inibidores da 5-alfa-redutase, observou-se femininização de fetos de ratos machos com a administração de Finasterida no período de gestação. A administração intravenosa de Finasterida em macacas rhesus prenhes em doses até 800 ng/dia durante todo o período de desenvolvimento embrionário e fetal não resultou em anormalidades em fetos do sexo masculino. Esta dose é cerca de 60-120 vezes superior à quantidade estimada no sêmen de um homem que tomou 5 mg de Finasterida e ao qual uma mulher pode ser exposta através do sêmen. Na confirmação da relevância do modelo Rhesus para o desenvolvimento fetal humano, a administração oral de 2 mg/g/dia de Finasterida, (exposição sistêmica (AUC) de macacos foi ligeiramente superior (3x) à dos homens que tomaram 5 mg de Finasterida, ou aproximadamente 1-2 milhões de vezes a quantidade estimada de Finasterida no sêmen) para macacas prenhes resultou em anormalidades genitais externas em fetos do sexo masculino. Nenhuma outra anormalidade foi observada em fetos masculinos e nenhuma anormalidade relacionada à Finasterida foi observada em fetos femininos em qualquer dose.